Aisha Hussain
AS AMAS abrem as cortinas me despertando de um sonho lindo que tive com meu marido, sempre reclamo da luz do sol cegando-me todas as manhãs, mas o aroma das frutas e dos sucos, o sol escaldante que passa pela cortina deixa-me rarefeita nesta manhã.
Seguro minha barriga de sete meses e sento na cama encostando bem as costas na cabeceira macia. Hoje é segunda-feira o único dia da semana que tenho permissão de Mustafá para sair, mesmo que só possa andar acompanhada do meu baba. Quero comprar tecidos novos, joias ou rir com minhas amigas falsas que desejam trepar com meu marido. Desde que volte às seis da tarde eu posso fazer bastante coisas para me distrair.
— Senhora Hussain, preparamos o chá de rosas cidreiras e o seu bolo favorito. — Ergo uma sobrancelha quando Regina coloca a bandeja em meu colo.
— Realmente estou com muita fome. Meu marido está? Sei que tenho que esperar ele vir aqui para falar comigo, mas acho que hoje pode ser uma exceção preparei um presente à mão para ele ontem a noite.
As três amas se entre-olham, bebo um gole do chá mais perfeito do mundo e Regina solta a voz:
— Ele não dormiu aqui senhora. — Quase cuspo o chá, meu marido sempre dorme na nossa residência, a menos que esteja trabalhando muito.
— Aposto que ele trabalhou até tarde, não é?— Não senhora Aisha, conseguimos a informação de que ele tirou uma jovem do prostibulo para se deitar com ela em um apartamento no centro de Riad, tivemos reforço para conseguir a informação que sempre nos pede.Sinto meus músculos contraindo, fúria perpassa nas minhas veias sanguíneas até alcançar meus olhos. Derrubo a bandeja no chão sujando tudo, levanto-me irritada jogando os lençóis.
— Mentirosas! Sabem o que vão ganhar com mentiras?!
— Não mentimos senhora, o boato estava sendo falado em Amiras Hari's, você sempre diz para ficarmos as espreita.Acaricio minha barriga, eu já me acostumei, todos os anos Mustafá se deita com diversas moças seja do seu Harém ou uma por ano da boate, normal, mas nunca, nunca ele tirou uma moça do prostíbulo para levá-la a outro lugar.
— Apartamento no centro de Riad? Ele se importou com a moça?
— Falaram que era uma virgem lindíssima.Meus olhos se enchem de lágrimas entorpecidas, ele já transou com inúmeras virgens como eu mesma por exemplo, contudo nunca deu tanta importância a uma moça para tirá-la do bordel.
— Aljahim! Eu já sei onde vou, preparem minha burca preta e limpem essa sujeira, malditas!
HORAS DEPOIS:
A burca que uso deixa evidente apenas meus olhos, em todo caminho eu mal consigo olhar para meu baba, só consigo sentir uma raiva detestável, eu tenho que ficar atenta, meu esposo não pode amar outra mulher além de mim! Eu pertenço a ele e não quero nenhuma outra à mais em seu coração frio.
— Querida, de novo querendo conversar com bruxas? Essas mulheres são charlatãs! — Olho apenas para a rua à frente.
— Não são bruxas baba, são videntes. Efetivamente existem milhares de charlatãs, mas essa não é qualquer uma. Agatha mexe com magia negra desde a infância, ela não ganhou o dom ela se esforçou para tê-lo, além de ótima vidente ela faz perfeitas encruzilhadas.— Não tem medo?
— Por que teria? Sou uma moça dedicada a Alah e seu alcorão.
O local da convenção é bem equipado de líquidos religiosos, cabelos e pinturas tenebrosas, além das velas e do fedor do incenso.
Assim que chego até sua mesa, ela me olha com os olhos bem pintados é uma moça bonita, negra só não é caçada pelos homens porque vários temem a ela.
Sento na cadeira e não coloco as mãos na mesa cheia de velas pretas, ela vê a vida dos outros com grãos de café e de aves, algo totalmente diferente que parece funcionar perfeitamente com sua magia.
— Você novamente por aqui?
Sua voz chega a dar medo, mas não em mim! Eu exerço meu poder mesmo estando toda coberta de tecido.
— Meu marido, ele levou uma mulher ontem para dormir em seu apartamento, quero saber quem é ela e se eu devo me preocupar.
— O nome da moça?Ela agita um potinho de vidro com grãos selecionados.
— Não sei, não faço ideia, parece que ele tirou ela do Bordel para dormir com ele... — Agatha dá risada e traga um bastão de vidro para fumo.
— Eu sei quem é a moça, mas a mente da guria é bem fechada. Não consigo lê-la, a menos que ela venha até mim.Grunho, meu baba que está no canto mostra mais notas de dinheiro para Agatha.
— Me diga mais! Algo importante dessa vagabunda, me diga o quão ela é forte?
— Não, ela não é forte.... A vida da pobre é marcada de tragédia, tão fraca quanto uma flor que despedaça ao ser apertada, mas cuidado até as flores tem seus espinhos. — Alivia o meu peito, suspiro fundo.— Se é para isso que veio, acho que acabou. — Me levanto e bato na mesa que faz as luzes bruxelarem.
— Me diga uma coisa útil dessa meretriz!Agatha reverbera, sem da importância para mim:
— Já disse, acabou.
Pego as moedas no meu bolso e coloco na mesa.
— Você vale por muito menos.
Assim que viro as costas, Agatha repete aquela mesma velha frase que diz todas vezes que venho até seu covil:
— Se acrescentar o destino tira com uma força maior, se tirar o destino devolve três vezes com força melhor.
— O que isso significa? Toda vez que venho aqui sempre me fala essa asneira!— Quando você causou a morte de Layla e Lyla, você tirou algo crucial ao destino por querer apenas que eleame você, o destino trouxe no mesmo dia da morte das gêmeas uma moça de sabor único, doce, boa.... Atraente demasiada aos olhos do seu marido, não se engane, Mustafá é o vilão dessa história e se a verdade cair nas mãos dele...Grunho e grito:
— Se ela aparecer na minha vida eu mato-a sem deixar rastros, faço bem pior do que mandei fazerem com Layla e Lyla.
***


Anna AndariaNOIVA DE Khalil? Meu coração nunca acelerou tanto, eu não costumo pensar em casamentos, jamais sonhei em me casar...— Meu Alah... — Ah sua rapariguinha, você abriu sua boca, safada?!Jamal adentra o quarto com os punhos fechados para mim, me puxa pelo braço e me mostra os punhos cerrados. Começo a chorar, Mera intervém se colocando na minha frente.— Pelo visto o Sheik cuidou do seu rosto Youssef, imagina o que ele faz se tocar nela de novo?! —Ele bufa empurrando-me para longe.— Tem razão, ela já não é mais uma rapariguinha, não é mesmo? Ele fez dela mulher, essa VADIA convenceu Mustafá com as pernas, mas o mundo da voltas. Essa Vadia ainda cairá nas minhas mãos! Vai cair.Seco o rosto com as mãos , Yasmin me olha chorando também.— Se arrume Vadia, o Sheik levará você pela noite e nunca mais há trará de novo, mas você ainda vai ser minha por Ala! —
Khalil Mustafá FurakVEJO O medo nos olhos de Anna, e como é maravilhosa a sensação de sentir seu medo, seu grito mais profundo. Eu quero roubar isso junto com toda sua força vital.Saio sem olhar para trás e fecho a porta, aviso a professora sexual das minhas meninas para preparar Anna para dançar para mim. Ainda é uma garota assustada sem inteligência alguma nos atos sexuais. Sei que Anna sabe dançar, mas não da forma que eu quero que ela dance. Se ela acha sensual e libidinoso a forma em que as concubinas do Bordel dançam, é porque ela não viu como minhas vadias dançam para mim.MINUTOS SEGUINTES:Espreitando a porta do quarto, vejo Âmbar fazer a maquiagem em Anna, Anna está chorando e atrapalhando o trabalho da maquiadora, a professora pergunta:— Sabe dançar Anna? — Sim, sei dançar muito bem. — Já dançou para um homem? — N-não. — Então você não sabe
Aisha HussainMEU CORAÇÃO fica mais duro que uma pedra, uma dose paralisa toda minha expressão como se eu tivesse ingerido uma droga extremamente potente, daquelas que só meu marido tem contato para transportar. Prostituta marafona, perdida fútil!Seus gemidos me ensurdecem, enlouquecem meus tímpanos, provocam uma agonia horrenda aos meus ouvidos e me dão raiva, fúria. Mustafá chupa a menina como se tivesse esfomeado, louco, apaixonado.Uma praga de corpo pequeno! Uma rameira dos infernos. Seguro minha barriga ao sentir pontadas, lágrimas escorregam dos meus olhos no mesmo momento que ele segura as pernas da menina e começa a usá-la, ele geme o nome dela com rugidos de prazer... "Anna" a peste feminina geme o primeiro nome dele, o primeiro nome! "Khalil" vejo os músculos do meu marido ficarem mais rígidos, fortes como ficavam comigo quando ele estava prestes a gozar, ele segura os seios dela e xinga de nomes promíscuos. Os dois estão em
Khalil Mustafá FurakLINYA APLAUDE o fim do espetáculo que a pequena tribo do deserto (as tribos não devastadas pelo meu sub-mundo) fez especialmente a ela, sentada ao meu lado nos tambores ornamentados que representam os deuses hindus e a religião que cobre o suor dos anciões. Além de mim, estão outros homens cruciais para o contrabando no deserto, para o dinheiro que dimana em petróleo pelo país que é liderado especialmente por mim. Mohamed está com sua esposa ao lado dos meus camelos.Moças dançam sensualmente e alegremente, mexendo seus traseiros e tecidos, minhas filhas estão no chão sentadas em um tapete esboçado, brincando com a areia.— Baba! Mama!Layla chama nossa atenção para o coração que fez na areia fina. Vejo o sorriso de Lyla, minha esposa elogia nossas filhas.— Mustafá, posso ficar um pouquinho com nossas pequenas?Mordo o beiço segurando sua cintura com fir
Anna AndariaHoras antes:Depois do banho de calda de chocolate que levei, as amas de Aisha me ajudaram, me levaram para o "meu quarto" e prepararam um banho quente com sais para mim. Não sou tola, percebi que ela não me suportou, que não gostou de mim. Simplesmente me detestou, a princípio eu senti que poderíamos nos dar bem, talvez ela pudesse me entender e ajudar com a dor que sinto, não tenho ninguém comigo, ninguém que eu possa conversar e tirar essa angústia do meu peito, mas agora eu sei que não. Estou sozinha, completamente sozinha em um lugar que não conheço, sob a supremacia do homem mais cruel da Arábia e dos continentes à fora, noiva de um Sheik.— Mama...Choro encolhida na banheira, olhando para um tipo de lavabo que jamais poderia entrar se não fosse por Khalil. Sinto tanta falta da minha mamacita, pelo menos eu dividia a dor com ela, agora não, agora estou so
Aisha HussainMANHÃ DEPOIS:Meus músculos estão exaustos, eu odeio ter que fazer um pingo de força possível, ainda mais estando grávida.— Messalina...Minhas vestes estão ensopadas fazendo-me sentir frio, minhas unhas estão acabadas e mal feitas, meu rosto está inchado e bem ferido. Agachada ao chão, escutando o ruído idiota das pontas da escova roendo a sujeira dos pisos da cozinha que ecoam na minha cabeça, minhas lágrimas escorrem do meu rosto e eu só sinto o gosto salgado enquanto arranho os dentes uns nos outros e esfrego o maldito chão.Durante todos os anos da minha sublime existência, jamais senti tanta zanga, tanta fúria misturada com a sensação de indolência, ignava suprema. Primeiro, acima de qualquer coisa: odeio o fato daquela pécora rascoeira ter se safado da morte, sem ter tido seu corpinho insosso corroído por dentro pelo veneno apodrecendo seus órgãos; e segundo: ela es
Anna AndariaCinco dias depois:A última vez que vi o sheik, foi naquela madrugada em que ele me fez arquejar de lassidão, depois que ele me consumiu da forma que queria. Depois que se saturou do meu corpo mais uma vez, ele se vestiu e deu à ordem que eu fizesse o mesmo, sem nenhuma palavra e com o semblante totalmente frio e imponderável ele me levou até seu jatinho.Eu tinha congelado, nunca entrei em nenhum em toda minha vida e fiquei nervosa e aflita quando o jatinho levantou voo. Com certeza não é como aqueles que eu via em revistas, mas sim, bem mais luxuoso.Ele ficou comigo nas primeiras horas que fiquei aflita. Ele ficou me martirizado com sua língua e suas mãos, não entendo bem ou quase nada sobre sexo. Mesmo crescendo em um prostibulo minha mãe me mantinha longe de assuntos como esses e eu não limpava na noite, só no meu aniversário, quando Jamal me obrigou. Khalil não usou seu fálus em minha
Khalil Mustafá FurakMOMENTOS ANTES:Minha ereção nunca é a mesma quando estou na presença de Anna, a desgraçada sabe como me deixar louco até mesmo nos momentos mais banais como esse, ela só está dançando com várias crianças, mexendo a saia alegremente e girando em um círculo composto por esposas, como meu pau pode estar vibrando pra caralho? Como eu posso estar desejando gozar tanto na sua boca? Bater minha vara no seu rostinho de anjo?Só sei que quebrei a tradição, que quebrei a promessa de ver a noiva antes do casório e duas vezes, para mim tem muita importância, estava quase saindo da sala feliz por ter deixado ela desconcertada, com um sorriso maligno escondido na minha face. Quando a diaba fecha os olhos e começa a dançar melhor do que antes, rir com mais energia, quando Anna me desafia.- Alkaliba... - Foda-se a importância.ANNA ANDARIA: