A semana passou e minha idas para casa diminuíram, todos os dias médicos diferentes subiam meu morro para consultar Antonella, olhavam seus exames e pediam novos, a última vez que vi a Ju foi quando peguei ela chorando no telefone, aquele dia foi uns dos melhores depois da notícia do câncer da Antonella, poder estar dentro dela e sentindo seu cheiro era está no paraíso.. “Seu sheik... Depois de todos esses exames feitos, chego a conclusão que infelizmente a doença da sua esposa não tem mais cura, agora é o paliativo para diminuírem seus sintomas e lhe dá qualidade de vida até o fatídico dia.” O primeiro médico disse.“Infelizmente...” O segundo médico começou. “Não há o que fazer...” O terceiro médico falou. “Só um milagre...” O quarto com olhar de pesar disse. E todos os médicos que procurei disse a mesma coisa, Antonella não queria mais ser consultada, já estava conformada e vê-la se isolar do mundo e emagrecer cada dia mais estava me matando, eu ocupava o dia da Lua, coloqu
Voltei pra casa, Antonella estava pior, lua voltou a chorar e agora eu recebia bilhetes da escola dizendo o quanto Lua estava agressiva. — Por que você bateu na Yasmim? Digo séro. Yasmin era uma colega de classe dela, as duas eram amigas e nos últimos dias andavam se estranhando. — Minha caneta colorida estava no estojo dela, ela roubou e ladrão aqui não tem vez! Ela dizia brava e usava minhas palavras. — Roubou? Será? Yasmim é sua melhor amiga, tenho certeza que ela não roubaria algo seu... — Mas minha caneta estava no estojo dela! — E se ela usou e no meio das atividades ela esqueceu e colocou no estojo dela sem querer? Quantas vezes isso aconteceu com você, Lua? — Mas eu sempre devolvia! — E você deu a chance dela te devolver? Lua fica pensativa e sacode a cabeça negativamente. — Não. Diz baixando a cabeça. — Então você vai subir, vai tomar seu banho, vai comer algo e vai ligar pra ela... Vai pedir desculpas e amanhã vai levar um presente pra ela... O que você fez foi
Aquele papo estava surreal, nada fazia sentindo. — Nick, tú bebeu já de manhã cedo? — Não! Claro que não... — Fumou? — Não sheik! Para de fugir do assunto, o que tá pegando? Eu sei que vocês estavam brigados, que sua cabeça estava abarrotada de merda, mas filho é filho, é nosso sangue, cara... Sem contar que, eu sou seu parça, por que não conversou comigo. — Nick... Respiro já sem paciência. — Ou tú me explica essa história direito por que nada faz sentido ou eu vou precisar ligar pra sua mãe e pedir ela para obrigar você a passar no médico aí... — A Ju está grávida, sheik! Grávida de um filho seu e tú rejeitou o bebê, quero saber o porquê? Você não é assim, cara! Como assim, Ju grávida? — Cara, esse filho não deve ser meu não, ela está namorando. Dizer isso em voz alta foi como uma facada em meu peito, eu quis tanto ter um filho com ela e no final ela vai ter com outro. Mesmo parado ainda com o carro no estacionamento do hospital, minhas mãos está segurando firme o volante
Acordo em uma sala toda branca, eu sabia que era a sala de um hospital, olho para o meu braço e vejo um acesso esquisito no braço, acompanho a mangueira até o alto e vejo uma bolsa de sangue... — Estamos no postinho. Ouço a voz de Ju e meu olhar vai até ela que está sentada em uma cadeira. — O que... Antes que eu pergunte ela já me responde. — Por causa da sua teimosia o tiro atingiu uma artéria sua, você perdeu muito sangue, sorte que ela atravessou seu braço e não precisou de cirurgia... — Preciso do meu telefone... Peço e a mesma tira ele do bolso e me entrega, a sua cara não era nada boa e seu corpo tremia. Pego o mesmo e ligo para Nick. “Fala aí mano, já acordou?” “To de boa parça, preciso de um favor seu.” “ Diz aí!” “Passa lá em casa e pega um moletom meu.” “Ta maneiro!” Assim que desligo o telefone o silêncio volta a reinar no lugar, Ju não diz nada e fica o tempo todo mexendo no celular, talvez esteja dando alguma satisfação ao seu namorado e isso me deixa puto.
Passei a noite no hospital, Ju passou comigo, não conversamos mais sobre nós, no entanto falamos muito sobre como vai ser daqui pra frente. Eu queria que ela viesse morar no morro, mas claro que ela não aceitou, disse que podemos nos falar sempre que eu quisesse, que tudo sobre o bebê será passado para mim e disse que me ajudaria a montar o quarto do bebê aqui na minha casa para quando ele viesse ficar comigo, isso me fodeu, por que tive a certeza que era realmente verdade o que ela disse, que não voltaria pra mim. Eu tinha me despedido dela enquanto ela entrava no carro de Estevão, ele levaria ela até em casa, quando vejo marreta se aproximar. — Não! Digo sério pra ele. — Mas eu preciso me desculpar, porra sheik, isso vai durar até quando? — Não sei, talvez pra sempre! Ele bufa. — Você me fodeu marreta, ela está grávida e não vai voltar pra mim... Tô ligado que nem tudo foi culpa sua, mas tenho certeza que o fato de não ter me metido naquela presepada sua fodeu tudo muito mais
Ju... — Oh meu Deus, o que foi minha filha? Entro em casa chorando e minha mãe me recebe com um abraço bem apertado. — Eu amo aquele idiota, mãe! Amo mais que tudo. Digo aos prantos. — Vocês não se acertaram? Minha mãe acaricia minha cabeça. — Não tem como mãe, eu... Eu o amo, mas ele tem uma bagagem muito pesada para eu carregar... Uma ex doente, uma filha que me odeia, amigos que tem liberdade para me destrataram, não vai dar certo, só vamos nos magoar. — Eu não gosto dele, você sabe neh? Mas agora vocês vão ter um filho, como vai ser? — Eu não sei... A princípio vou deixá-lo informado de tudo sobre o bebê, mas quando ele nascer eu não sei, meu pai não vai querer ele aqui, eu não vou querer ficar no morro... Droga, por que eu quis engravidar? Choro. — Não fala isso, Ju! O bebê pode achar que você não o ama. Minha mãe me repreende. — Tá vendo? Eu sou uma péssima mãe! Me sento no sofá chorando mais ainda. — Não, não é, você só está perdida, mas estamos c
— Eu vou conversar com ele um dia, mas ainda não estou preparada. Digo já no portão da casa da Nathy. — Não se preocupe com isso, vai ser no seu tempo e se você quiser. — Tá bom... Mas, o que você queria conversar? — Queria te levar em um lugar... — Onde? — Lá em casa... — Sheik... Eu já falei... Ele me interrompe. — Não, não é isso... Eu descobri o motivo de eu nunca ter recebido as mensagem e nem as ligações. — Ok... Mas, você pode falar aqui. — Não, tem que ser lá em casa, a pessoa que fez a merda precisa te pedir desculpas. — Então tinha alguém? Pergunto triste, realmente ele estava com alguém. — Não precisa disso, se você já sabe quem foi e já resolveu o problema, por mim está tudo bem. — Não, não está! Vem comigo. Bufo com sua insistência, mas aceito ir. Assim que ele abre a porta da sala um monte de lembranças vem em minha mente, todas as coisas boas que vivemos aqui, cada canto dessa casa que batizamos com nosso sexo, mas também vem as coisas ruins, todas as v
Sheik se aproxima de mim com um meio sorriso. — Então quer dizer que você virou tia agora? O que você falou pra ela? — Nada... Só mostrei a ela que seu amor por ela nunca vai diminuir, pelo contrário, ele vai multiplicar para a chegado do bebê. — Tá, entendi... Mas ela te odiava pela separação... — Ah sim, eu disse que quem ama não divide, que se você tinha três esposas era por que não amava ninguém... Disse que quem ama não divide, mas isso só com adultos, disse que como eu amei você, não poderia te dividir. — Amou? Ele pergunta se aproximando mais de mim. — Sheik... Chamo sua atenção me afastando, mas ele segura minha cintura me puxando para grudar nossos corpos. — Você falou no passado, como se não me amasse mais.... Mas eu sei que não é verdade, eu sinto que ainda existe amor aqui. Ele toca em meu peito. — Amar não é o suficiente, uma relação precisa de muito mais que amor... Respeito, companheirismo, honestidade, atenção, proteção... Tantas coisas sheik. Ele fica me