Ju... — Oh meu Deus, o que foi minha filha? Entro em casa chorando e minha mãe me recebe com um abraço bem apertado. — Eu amo aquele idiota, mãe! Amo mais que tudo. Digo aos prantos. — Vocês não se acertaram? Minha mãe acaricia minha cabeça. — Não tem como mãe, eu... Eu o amo, mas ele tem uma bagagem muito pesada para eu carregar... Uma ex doente, uma filha que me odeia, amigos que tem liberdade para me destrataram, não vai dar certo, só vamos nos magoar. — Eu não gosto dele, você sabe neh? Mas agora vocês vão ter um filho, como vai ser? — Eu não sei... A princípio vou deixá-lo informado de tudo sobre o bebê, mas quando ele nascer eu não sei, meu pai não vai querer ele aqui, eu não vou querer ficar no morro... Droga, por que eu quis engravidar? Choro. — Não fala isso, Ju! O bebê pode achar que você não o ama. Minha mãe me repreende. — Tá vendo? Eu sou uma péssima mãe! Me sento no sofá chorando mais ainda. — Não, não é, você só está perdida, mas estamos c
— Eu vou conversar com ele um dia, mas ainda não estou preparada. Digo já no portão da casa da Nathy. — Não se preocupe com isso, vai ser no seu tempo e se você quiser. — Tá bom... Mas, o que você queria conversar? — Queria te levar em um lugar... — Onde? — Lá em casa... — Sheik... Eu já falei... Ele me interrompe. — Não, não é isso... Eu descobri o motivo de eu nunca ter recebido as mensagem e nem as ligações. — Ok... Mas, você pode falar aqui. — Não, tem que ser lá em casa, a pessoa que fez a merda precisa te pedir desculpas. — Então tinha alguém? Pergunto triste, realmente ele estava com alguém. — Não precisa disso, se você já sabe quem foi e já resolveu o problema, por mim está tudo bem. — Não, não está! Vem comigo. Bufo com sua insistência, mas aceito ir. Assim que ele abre a porta da sala um monte de lembranças vem em minha mente, todas as coisas boas que vivemos aqui, cada canto dessa casa que batizamos com nosso sexo, mas também vem as coisas ruins, todas as v
Sheik se aproxima de mim com um meio sorriso. — Então quer dizer que você virou tia agora? O que você falou pra ela? — Nada... Só mostrei a ela que seu amor por ela nunca vai diminuir, pelo contrário, ele vai multiplicar para a chegado do bebê. — Tá, entendi... Mas ela te odiava pela separação... — Ah sim, eu disse que quem ama não divide, que se você tinha três esposas era por que não amava ninguém... Disse que quem ama não divide, mas isso só com adultos, disse que como eu amei você, não poderia te dividir. — Amou? Ele pergunta se aproximando mais de mim. — Sheik... Chamo sua atenção me afastando, mas ele segura minha cintura me puxando para grudar nossos corpos. — Você falou no passado, como se não me amasse mais.... Mas eu sei que não é verdade, eu sinto que ainda existe amor aqui. Ele toca em meu peito. — Amar não é o suficiente, uma relação precisa de muito mais que amor... Respeito, companheirismo, honestidade, atenção, proteção... Tantas coisas sheik. Ele fica me
Whatsapp... — Como você está? — Hoje não muito bem. Respondo. — O que aconteceu desta vez? — A mesma coisa de sempre! “Jhu, abre essa porta! Meu pai grita do outro lado. — Não enche, pai! Grito. " Abre agora ou então vou arrombar! Reviro os olhos com tédio, mas me levanto e abro a porta." — Pronto, satisfeito? Digo e já dou logo as costas a ele, voltando para o meu celular. — Muito! Mantenha essa porta destrancada, ouviu! Respiro fundo e resolvo ignorar, fazendo ele resmungar algo que não prestei atenção e sair do meu quarto. — Ainda seu pai? — Como sempre! Ele pega no meu pé o tempo todo e eu já estou saturada. Volto a digitar bufando. — Falta pouco para você fazer 18 anos e se livrar dessa opressão! — Não vejo a hora, estou contando os dias. — Queria te encontrar... — No momento certo nos encontraremos, mas fala sobre você, como você está? Mudo de assunto e ele demora a digitar. Meu nome é... Bom, podem me chamar de Jhu, é assim que todos me chamam, tenho 17
Foram quatro horas tentando convencê-lo a me deixar na estrada, falei sobre o meu pai, sobre meu irmão, sobre meus padrinhos, mas ele não esboçava medo algum, era como se ele já soubesse quem eu era e já tivesse planejado tudo. Passamos por uma placa dizendo “Bem vindo a Penedo”, eu conhecia o local, já vim a passeio com meus pais em uma época em que eles eram felizes. Era uma cidade turística, conhecida como a Finlândia brasileira, eu só não entendia o por que ele estava me trazendo pra cá, já que aqui não era onde ele morava, pelo menos não foi o que ele me disse. — Meu Deus... Você mentiu pra mim?! Digo assustada. — Sobre o que? Sobre onde eu moro? Ele tem uma voz divertida e eu juro que a cada hora tenho mais pavor dele. — Marcell é pelo menos seu nome verdadeiro? Questiono. — Talvez sim, talvez não! Ele responde irônico. Paramos em frente a um conjunto de casas, casas simples. Era um corredor e passávamos por várias casas amarelas, uma grudada na outra e no final desse
Pegamos as sacolas e seguimos para a casa, a todo tempo ele olha pelo retrovisor. — Você ligou pra quem? Ele grita e eu acabo levando um susto. — Pra ninguém. Respondo gritando também e me arrependo na hora, por que sinto sua mão em cheio acertar minha boca que sangra na hora. — Fala direito comigo sua putinha mimada... Pra quem você ligou, porra! Ele grita mais uma vez. — Pro meu irmão, mas disquei o número errado no nervosismo. Digo chorando e tentando parar o sangramento. Assim que entramos em casa, Marcell já vai me jogando em cima do colchão. — Eu avisei, você não me ouviu... Marcell arranca o cinto que está prendendo suas calças e meus olhos se arregalam, sem demora já sinto a primeira cintada em minhas pernas. — Não grita! Ele diz enquanto me acerta outra e mais outra e mais outra... Estou encolhida no colchão, meu corpo está todo marcado, pernas, braços, minha boca está inchada e meu rosto tem marcas de sua mão. Marcell saiu de casa logo após me bater e não sei
Sheik...Isso não é justo Allan!Olho para Duda que está questionando o fato de eu ter dormido com tom tom (Antonella) essa noite. Eu morava com três mulheres, Eduarda(duda), Antonella e Isis...Conheci Antonella na adolescência, eu tinha 16 anos e ela 15, começamos a namorar e um ano depois ela engravidou. Foi um momento muito difícil pra gente, ela só tinha 16 anos e eu 17, não tínhamos como manter uma criança, mas eu tive que dá meu jeito, já que os pais dela não aceitaram a gravidez e colocaram ela pra fora de casa.Antonella veio morar na minha casa, mas eu não tinha pai e quem bancava a casa faxinando casa de gente rica do asfalto era minha coroa, um dia recebi a notícia que ela havia sofrido um acidente de trabalho, lavando a vidraça de um apartamento, ela se desequilibrou e caiu do 5° andar, morreu na hora. Foi uma época difícil, eu estava só, menor de idade, com uma outra menor grávida e tendo que arcar com as despesas da casa, eu não tive opção, fui até a boca e pedi um em
Pousamos em um heliporto a 5 minutos da casa que ela estava, roubamos dois carros e seguimos para o endereço. Passamos pelo pequeno corredor em silêncio, Estevão foi o que ficou no carro nos escoltando, eu sabia exatamente qual a casa que ela estava, por que os gritos dela dava pra ouvir da rua, o pior é que os vizinhos filhos da puta não faziam nada. Paro na frente da porta de onde vem os gritos e olhando para Nick e Breno faço gesto com a mão contando até três... 1...2...3 Arrombamos a porta e entramos já apontando a arma para o filho da puta que tem seu membro pra fora das calças e tenta colocar na boca da menina, que esta toda machucada e com a cabeça sangrando. O filho da puta tenta apontar a arma em nossa direção, mas assim que ouve o gatilho da minha arma joga a dele no chão e levanta os braços. — Quem... Quem são vocês? Ele pergunta gaguejando. — Seu pesadelo, filho da puta! Quero ele na minha comunidade e vivo! Digo já indo pegar Ju, que me olha com os olhos quase se