CAPÍTULO- 2

No dia seguinte...

Olivia levantou-se cedo para visitar seu irmão Felipe na cadeia. Quando chega na sala de visitas, espera por ele, no meio das outras pessoas... batendo os dedos na mesa ansiosa para vê-lo e saber se está bem.

– Eu já te disse pra não vir nesse lugar Olivia.

Ele resmunga quando senta à sua frente, com uma carranca no rosto por vê-la lá.

– Se você não estivesse preso eu não teria que vir aqui pra começo de conversa Lipe.

Pegando as mãos de seu irmão ela suspira preocupada quando nota o rosto dele ferido.

– Não é possível... o que é isso? Tem somente uma semana que você está aqui e já se meteu em briga?

– Não viaja Olivia, eu não fiz nada, eles que me atacaram.

– "Eles”? Eu te conheço, pode parar. Seja sincero comigo pelo menos uma vez Felipe. Não procure por briga aqui.

Exclama Olivia brava com seu irmão por ver que ele já está metido em confusão outra vez. Felipe sempre foi assim desde pequeno... uma criança briguenta e desafiadora, na adolescência começaram os crimes pesados, mas nada que o fizesse vir parar aqui onde está, que por sinal... Olivia não sabe o motivo até hoje da sua prisão... que quanto a isso ele é bem reservado. Ela teme que ele piore ao tentar falar sobre, e por isso decide não tocar no assunto pra não o irritar.

Da última vez que brigaram ela não o viu por um bom tempo, ele tem a tendência de agir assim diante do peso das consequências, fugir sempre foi sua saída, como se seus problemas desaparecessem também.

– E o que você quer que eu faça? Continuar aceitando as ameaças dos caras lá dentro? Se você realmente me conhece, sabe que isso é uma coisa improvável de acontecer. Caia na real Olivia, eu não duro nem um mês aqui.

Felipe olha para o lado com o olhar perdido, transmitindo medo na sua voz em seguida ao falar quase sussurrando.

– Olivia, você sabe que eu te amo, mas não quero vê-la aqui novamente.

Da próxima vez... você pode nem me encontrar vivo. Eu não quero que veja isso, então por favor, não venha mais.

Ele se levanta da cadeira deixando o lugar onde estava... sem olhar para trás, sem olhar para sua irmã, que chora em seguida entristecida.

Olivia se levanta limpando suas bochechas enquanto caminha pelo corredor vasto da prisão... seu coração está em um turbilhão de emoções, ela está tão aflita que acaba se perdendo.

– Droga! Onde estou?

Ela para ao notar que se desviou do caminho de onde veio, diferente dos outros lugares da cadeia... esse lhe causa calafrios pela pouca luz que entra no cômodo, parecendo uma espécie de porão.

– Aqui é uma prisão, não deve ser difícil encontrar um guarda.

Falando pra si mesma ela procura por vozes..., mas nada. Tendo que andar mais e mais para achar alguma coisa.

De repente Olivia ouve alguém falando atrás de uma porta, e agindo por nervosismo ela a abre não gostando do que vê em seguida. Dois homens encapuzados batem no rosto de um outro, exigindo respostas.

– Diga... Onde Gloomy esconde as mercadorias repassadas pela alfândega?

Um dos caras soca seu estômago o fazendo cuspir sangue pela força do golpe.

– Vocês não vão conseguir isso de mim, eu deveria ter contado para Máxsuel quem era o traidor quando tive a chance... que ironia, logo você... A-

Quando o homem está prestes a dizer quem é, o encapuzado o mata com uma arma de fogo, usando um silenciador...  revelando seu rosto ao tirar o capuz em seguida... que por medo, Olivia não o olha, se virando para trás.

Entretanto ao se virar ela acaba batendo a porta forte demais ao sair...  tendo que correr o mais rápido que pode pelo barulho que fez.

– Vá atrás dela, não a deixe viva! Ela me viu!

O homem alto grita para que o outro corra atrás dela imediatamente, cerrando os punhos ao lado do seu corpo. Olivia faz o que pode para desviar do perigo incessante, mas acaba ficando presa em beco sem saída.

"Como uma prisão tão vigiada pode acontecer tantas coisas por baixo do nariz dos guardas?" Ela se pergunta em pensamentos procurando um lugar para se esconder.

Vendo uma pequena brecha no canto escuro da parede Olivia vai até lá, se escondendo e torcendo para que o seu perseguidor não a ache, ela sabe que ele a seguiu e que sua vida corre perigo.

Depois de alguns minutos ali, Olivia sai do esconderijo achando estar em fim segura, quando se surpreende.

– O que?

– Te peguei princesa.

Agarrada pelo braço ela se debate ao aperto do homem, lutando com toda a sua força ao gritar sem parar pelo corredor.

– Me solta! SOCORRO! SOCORRO!

– Ninguém vai te ouvir aqui, Só os sujos, mas eles não se preocupam com bisbilhoteiros como você.

Segurando-a pela garganta ele começa a estrangula-la, seu rosto fica roxo ao começar a ficar sem ar, enquanto luta pela vida desesperadamente.

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