No dia seguinte...
Olivia levantou-se cedo para visitar seu irmão Felipe na cadeia. Quando chega na sala de visitas, espera por ele, no meio das outras pessoas... batendo os dedos na mesa ansiosa para vê-lo e saber se está bem.
– Eu já te disse pra não vir nesse lugar Olivia.
Ele resmunga quando senta à sua frente, com uma carranca no rosto por vê-la lá.
– Se você não estivesse preso eu não teria que vir aqui pra começo de conversa Lipe.
Pegando as mãos de seu irmão ela suspira preocupada quando nota o rosto dele ferido.
– Não é possível... o que é isso? Tem somente uma semana que você está aqui e já se meteu em briga?
– Não viaja Olivia, eu não fiz nada, eles que me atacaram.
– "Eles”? Eu te conheço, pode parar. Seja sincero comigo pelo menos uma vez Felipe. Não procure por briga aqui.
Exclama Olivia brava com seu irmão por ver que ele já está metido em confusão outra vez. Felipe sempre foi assim desde pequeno... uma criança briguenta e desafiadora, na adolescência começaram os crimes pesados, mas nada que o fizesse vir parar aqui onde está, que por sinal... Olivia não sabe o motivo até hoje da sua prisão... que quanto a isso ele é bem reservado. Ela teme que ele piore ao tentar falar sobre, e por isso decide não tocar no assunto pra não o irritar.
Da última vez que brigaram ela não o viu por um bom tempo, ele tem a tendência de agir assim diante do peso das consequências, fugir sempre foi sua saída, como se seus problemas desaparecessem também.
– E o que você quer que eu faça? Continuar aceitando as ameaças dos caras lá dentro? Se você realmente me conhece, sabe que isso é uma coisa improvável de acontecer. Caia na real Olivia, eu não duro nem um mês aqui.
Felipe olha para o lado com o olhar perdido, transmitindo medo na sua voz em seguida ao falar quase sussurrando.
– Olivia, você sabe que eu te amo, mas não quero vê-la aqui novamente.
Da próxima vez... você pode nem me encontrar vivo. Eu não quero que veja isso, então por favor, não venha mais.Ele se levanta da cadeira deixando o lugar onde estava... sem olhar para trás, sem olhar para sua irmã, que chora em seguida entristecida.
Olivia se levanta limpando suas bochechas enquanto caminha pelo corredor vasto da prisão... seu coração está em um turbilhão de emoções, ela está tão aflita que acaba se perdendo.
– Droga! Onde estou?
Ela para ao notar que se desviou do caminho de onde veio, diferente dos outros lugares da cadeia... esse lhe causa calafrios pela pouca luz que entra no cômodo, parecendo uma espécie de porão.
– Aqui é uma prisão, não deve ser difícil encontrar um guarda.
Falando pra si mesma ela procura por vozes..., mas nada. Tendo que andar mais e mais para achar alguma coisa.
De repente Olivia ouve alguém falando atrás de uma porta, e agindo por nervosismo ela a abre não gostando do que vê em seguida. Dois homens encapuzados batem no rosto de um outro, exigindo respostas.– Diga... Onde Gloomy esconde as mercadorias repassadas pela alfândega?
Um dos caras soca seu estômago o fazendo cuspir sangue pela força do golpe.
– Vocês não vão conseguir isso de mim, eu deveria ter contado para Máxsuel quem era o traidor quando tive a chance... que ironia, logo você... A-
Quando o homem está prestes a dizer quem é, o encapuzado o mata com uma arma de fogo, usando um silenciador... revelando seu rosto ao tirar o capuz em seguida... que por medo, Olivia não o olha, se virando para trás.
Entretanto ao se virar ela acaba batendo a porta forte demais ao sair... tendo que correr o mais rápido que pode pelo barulho que fez.
– Vá atrás dela, não a deixe viva! Ela me viu!
O homem alto grita para que o outro corra atrás dela imediatamente, cerrando os punhos ao lado do seu corpo. Olivia faz o que pode para desviar do perigo incessante, mas acaba ficando presa em beco sem saída.
"Como uma prisão tão vigiada pode acontecer tantas coisas por baixo do nariz dos guardas?" Ela se pergunta em pensamentos procurando um lugar para se esconder.
Vendo uma pequena brecha no canto escuro da parede Olivia vai até lá, se escondendo e torcendo para que o seu perseguidor não a ache, ela sabe que ele a seguiu e que sua vida corre perigo.Depois de alguns minutos ali, Olivia sai do esconderijo achando estar em fim segura, quando se surpreende.
– O que?
– Te peguei princesa.
Agarrada pelo braço ela se debate ao aperto do homem, lutando com toda a sua força ao gritar sem parar pelo corredor.
– Me solta! SOCORRO! SOCORRO!
– Ninguém vai te ouvir aqui, Só os sujos, mas eles não se preocupam com bisbilhoteiros como você.
Segurando-a pela garganta ele começa a estrangula-la, seu rosto fica roxo ao começar a ficar sem ar, enquanto luta pela vida desesperadamente.
Olivia vê sua vida inteira passar diante de seus olhos, e quando se encontra já sem fôlego... ela apaga, se desligando da cena enquanto vê de relance alguém surgir por trás do capanga do misterioso homem encapuzado.Quando volta a si, ela é despertada ao sentir um carinho fraco em sua pele, notando estar nos braços de alguém.Sua visão turva deixa tudo muito confuso conforme seus olhos se adaptam a luz forte do dia, percebendo que não está mais na prisão, e sim em uma sala luxuosa com um lustre dos tempos antigos ao olhar para cima.– Você acordou... achei que iria precisar de um beijo meu, bela adormecida."Essa voz" ela pensa consigo mesma se virando para o lado, ao ver Gloomy, o Homem que ela ajudou na noite passada... sobre o colo do mesmo de um ângulo abaixo de seu abdômen.– Como eu vim parar aqui? Você me sequestrou?Ela se levanta depressa do sofá se distanciando dele, como se ele fosse o inimigo de repente.– De nada por ter salvado
Desnorteada pelo barulho que ecoa... Olivia é arremessada ao chão pelo choque do corpo forte de Gloomy no dela, ralando o joelho na queda ao bater o mesmo no cimento frio da calçada.A protegendo da ameaça Gloomy pensa rápido pegando-a em seus braços ao se levantar, no mesmo instante seus capangas aparecem armados até os dentes, fazendo uma barreira sobre ele enquanto trocam tiros quando caminham.Indo para garagem ele abre o portão de metal com seus capangas lhe dando cobertura, Gloomy tira o plástico de cima de seu carro colocando Olivia no banco da frente... saindo logo depois para abrir o porta-malas.– Droga! Como eles sabiam?Ele resmunga pegando suas armas além da qual ele já tinha na cintura.Quando volta para dentro do carro dá a partida deixando a cena de guerra com Olivia ao seu lado, e ao vê-la tremer... sua raiva transborda em seus dedos ape
– O que você que com Máxsuel?Ainda com seu celular em suas mãos, Olivia leva um susto ao ouvir a voz rouca e grave atrás de si, que a tira de seu devaneio tempestuoso.– Máxsuel?Ela pergunta a Zyan, que dá a volta por trás do sofá com um certo ardor nos olhos, um olhar que a deixa nervosa por estar em sua presença.... como se sentisse ódio ao se juntar a ela no mesmo lugar, agindo friamente.– Sim, meu irmão... não se faça de sonsa!– Eu não quero nada com ele.– Mas ele quer com você, por qual outro motivo ele confiaria nossa
Olivia fica pálida depois de ouvir o que terá que fazer... Isso é demais pra ela que nunca mentiu sobre algo tão grande ou fez coisas ilícitas na vida.– Eu não posso fazer isso, por que você quer que eu faça tal coisa? Eu não sou capaz... seria melhor contratar alguém experiente pra isso.– Cale a boca. Você fará ou...O encapuzado pega uma foto do bolso de seu sobretudo preto a entregando, se virando para andar em seguida.– E um rapaz tão novo, que pena.Ele fala ao dar seus primeiros passos.Na foto encontre-se Felipe, amarrado com cordas em sua cela da prisão... amordaçado em um chão frio. Sem contestar Olivia grita que aceita, com o coração ferido.– Tudo bem. Eu faço.O encapuzado lança seu sorriso malicioso ao voltar, satisfeito por ter conseguido o que queria.– A partir de hoje, você trabalha pra mim. Qualquer deslize seu, seu irmão deixa de respirar. EU FUI CLARO?Segurando suas lágrimas, ela é obrigada a c
Prendendo sua respiração Olivia sente um fervor subir por suas pernas até seu ventre, o mesmo fervor que a captura toda vez que se encontram.– Gloomy... eu...Ela se vira na tentativa de escapar de suas mãos..., mas é tomada em seus braços com um beijo avassalador lhe tirando o pouco fôlego que ainda tinha.E agora? Agora já era, ela estava possuída por desejo... suas unhas cravam no abdômen de Gloomy o arranhando por baixo da camisa, no mesmo instante em que ele a pega e pressiona suas costas na parede... segurando-a como se não pesasse mais do que uma leve pluma.Tão entregues ao momento...Eles sentem o calor de seus corpos, a carga elétrica que passa por ambos que está prestes a explodir. Em cada toque Gloomy absorve sensações que nunca teve antes, fazendo-o enlouquecer pelo caminho dos lábios carnudos de Olivia... em um puxão rasgando seu uniforme de trabalho. O mesmo cai sobre o chão revelando seus seios fartos e latejantes por trás do sutiã de rend
Ao descer e fechar a porta Olivia vê Gloomy encostado na parede esperando... Quando ele a percebe se aproximar com o barulho de seus sapatos, suas mãos tocam seu chapéu colocando-o de lado ao levantar sua cabeça, revelando um charme que somente ele tem.Esse simples gesto dá um toque de homem italiano nele se juntando com o contraste de sua camisa listrada de botões. Em nenhum momento em que Olivia o viu, ele estava vestido de um jeito tão esbanjado como agora, mostrando uma outra face de quem ele pode ser.- Você está linda, eres perfecta mi chica.Diz ele a puxando depois de pegar suas mãos, tirando um belo sorriso de seus lábios ao rodeia-la, como se fosse uma boneca de uma caixinha de música.- Você é um galanteador e tanto. -Ela o responde provocando.Impulsionado um leve aperto em sua cintura Gloomy a leva até seu Cadillac Ciel preto, o carro é clássico... de tirar o fôlego.- Você está brincando comigo? Esse carro tem 3,6 litros de
Depois de já estar no iate, Olivia tenta acalmar seu coração por ver uma mesa posta para dois sobre a luz de velas.Gloomy sorri ao puxar a cadeira para que ela se sente, tudo parece perfeito demais... ela se belisca só para garantir que não é um sonho.— Obrigada. — Ela agradece ao se sentar.— Por nada.Na mesa encontra-se o prato típico da Itália... macarronada em molho branco. O cheiro faz com que o estômago de Olivia acorde, revelando sua fome que havia segurado.Gloomy os serve uma champanhe roçando seus dedos sobre os dela ao colocar o líquido em seu copo.
Abrindo seus olhos lentamente Olivia pisca ao tentar acostuma-los com a escuridão que lhe cerca. Depois de ter certeza que está amordaçada, ela tenta se mexer, na tentativa frustrada acaba caindo em seguida... chamando a atenção dos seus sequestradores do lado de fora pelo barulho de sua queda.— Chefe... ela acordou. — Soa a voz do outro lado.Um som estridente ecoa rangendo no chão próximo a ela no momento em que feixes de luz entram na medida que a porta se abre aos poucos, ao notar uma pessoa ao seu lado. Um de seus pés se arrasta ao andar com dificuldade, e observando atentamente parece ser uma prótese de ferro julgando pelo peso e esforço que o homem faz para caminhar até onde ela caiu.— Não se assuste minha jovem, isso acabará em breve. logo que Gloomy se for, eu a solto. — Ele estala seus dedos e logo depois seu capanga a levanta do ch&atil