– O que você que com Máxsuel?
Ainda com seu celular em suas mãos, Olivia leva um susto ao ouvir a voz rouca e grave atrás de si, que a tira de seu devaneio tempestuoso.
– Máxsuel?
Ela pergunta a Zyan, que dá a volta por trás do sofá com um certo ardor nos olhos, um olhar que a deixa nervosa por estar em sua presença.... como se sentisse ódio ao se juntar a ela no mesmo lugar, agindo friamente.
– Sim, meu irmão... não se faça de sonsa!
– Eu não quero nada com ele.
– Mas ele quer com você, por qual outro motivo ele confiaria nossa casa de família a uma estranha? Com toda a certeza... ele quer.
Diz ele passando suas mãos pelo queixo pensativo. No mesmo instante ele a encara... se aproximando perto o suficiente de Olivia no sofá.
– Eu não o julgo, você é saborosa, também me faria de cavalheiro para tê-la.
Seus olhos e sua feição sugerem o que ele diz quando morde os lábios, em um gesto simples... ele passa um dedo sobre o ombro nu de Olivia, fazendo-a se levantar imediatamente pelo toque inapropriado.
– Eu não sou um objeto... Acho melhor você ficar longe de mim seu idiota!
Nervosa, Olivia sente um mal estar por onde Zyan a tocou após respondê-lo. Não é a mesma coisa quando Gloomy a toca... não é o mesmo arrepio, a mesma sensação de sentir borboletas em seu estômago. Pelo contrário... ela sente algo errado, como se sua intuição a mandasse ficar longe.
– Ha... me esqueço que não sou tão poderoso quanto "SENHOR GLOOMY. "
Talvez você goste de ser tratada mal, não se envergonhe, também posso fazer isso por você.Depois de ouvi-lo. Obedecendo seu instinto Olivia sai pelo corredor sem dizer nada a Zyan, ela anda o mais rápido que pode... até que bate em alguém.
Seu peitoral enorme encosta em seu rosto no momento em que a segura firme pela cintura para que não caia, olhando em seus olhos assustados de cor de avelã, enquanto nota sua feição, Gloomy fica preocupado.
– Calma. O que aconteceu? Olivia, você está bem? Parece ter visto o lobo mau.
Gloomy sorri..., mas do contrário dele Olivia permanece com o rosto frio.
– ME SOLTA GLOOMY!
Ela grita com ele saindo de seu aperto o deixando sem entender nada, frustrado por sua reação repentina ao vê-la ir feito um vulcão em chamas, sua raiva era nítida e Gloomy sabia que algo aconteceu em sua ausência.
Seus capangas o olham de um jeito como se estivesse louco por deixar que Olivia o tratasse assim. Por outro lado, Gloomy não liga e apenas acena para que a deixem ir, para que não interfiram. Ele sabe que terá que procurá-la cedo ou tarde, só de imaginar aqueles lábios rosados seu corpo fica elétrico.
Gloomy volta para a sala assim que a vê partir, encontrando seu irmão no sofá brincando com o anel de esmeralda em seu dedo. Um anel que seu pai usava bastante quando era vivo, as sobras de um passado ainda doloroso para Zyan, um passado que não conseguiu superar nem esquecer.
– Zyan, o que você disse a ela... Pra sair correndo daquela maneira?
Seu irmão o olha desentendido, arqueando as sobrancelhas em sinal de incredulidade ao responder com cinismo voltando seu anel para o lugar.
– Eu? Eu não fiz nada, ela que me viu chegar e agiu estranho. Bom, sobre o armamento que pediu, está na sua outra casa aqui em Roma. Sugiro que você volte com os capangas para pegar ainda hoje.
Gloomy não gosta do que ouve, muito menos do tom em que Zyan fala, seu irmão sempre gostou de interferir nos "negócios" da família. Mas sempre foi Máxsuel que comandou todas as operações desde que seu pai era vivo.
– Você está me dizendo o que eu devo fazer? NA MINHA CASA? NO MEU COMANDO?
Zyan cerra os dentes se controlando diante do seu irmão...Ele sabe o quão cruel ele pode ser pela voz alta que branda pela sala, feito um trovão na noite fria de chuva.
Mas por sorte a dele, Gloomy está preocupado demais com Olivia para gastar seu tempo brigando com ele.
Máx estala os dedos e rapidamente seu capanga aparece, recantando a ordem que ele diz baixo somente para que os dois ouçam.
– Mandou seguirem-na?
– Sim Senhor Gloomy.
– Diga que eu mandei ficarem de prontidão, que não saiam nem um segundo de perto dela. Se acontecer alguma coisa... vocês pagaram por isso, e sou eu quem cobrarei pessoalmente.
Seu capanga engole em seco saindo em seguida para repassar a ordem dada.
Então Gloomy volta sua atenção para Zyan, que está com a expressão neutra.– Você sabe. que primeiro temos que cuidar da comunidade da Calábria. Depois vemos as armas que ficaram na outra casa aqui em Roma.
Ajeitando sua gravata ele continua, com sua postura dominante de volta.
– Quanto a Olivia... não pense que eu sou tolo! Afinal, eu vi como a olhou.
Não queira brigar comigo irmão, eu sou pior ainda quando roubam o que é meu.Dia seguinte...
Olivia abriu a padaria embaixo de sua casa como sempre, mas a sensação de ser vigiada a incomoda durante o dia todo... lhe dando calafrios por lembrar da mensagem anônima em seu celular.
– Olivia.
– Aí... que susto Adelaide!
Colocando a mão no peito, ela tenta se acalmar pelo susto que levou ao se sentar um pouco na cadeira.
– Você está assim o dia todo minha querida, tem certeza de que está bem? Posso fazer uma canja quentinha.
– Estou bem sim Adelaide, é apenas cansaço do dia.
– Tenho uma notícia pra você minha jovem, pode ser que não goste.
Olivia suspira já imaginando do que se trata. Desde que veio pra Roma, sua tia em Chicago anda pedindo dinheiro para se sustentar... ela diz que é sua obrigação já que cuidou dela e de seu irmão até a maior idade.
– Chegou esse envelope pra você. É de sua tia Giola.
– Obrigada Adelaide.
Ao abrir a carta, era exatamente o que Olivia previu. ela pediu uma quantia muito alta dessa vez, nem em dois meses trabalhando duro na padaria ela teria esse valor.
– Amanhã mando minhas economias.
Diz Olivia cabisbaixa ao fechar o papel o guardando no bolso, que por coincidência é no mesmo instante que seu celular vibra.
– Me encontre na ponte, agora.
Diz o número desconhecido que mandou a mensagem outra vez.
Olivia prende a respiração e só então reúne sua coragem, tirando seu avental para prosseguir com o que lhe pedem.Depois de alguns minutos ela em fim chega à ponte. Notando que não há ninguém por lá, somente os barcos que passam pelo rio.
– Ah... você veio princesa.
Sussurra o homem que estava no porão daquela prisão, usando uma máscara em seu rosto para que ela não o veja.
Dando passos para trás depois de se virar, Olivia é encurralada em uma árvore esperando que o pior aconteça.Entretanto, o homem soa sua gargalhada dizendo em seguida.
– Eu não vou te matar hoje.
– Então... o que você quer de mim?
Sério outra vez o encapuzado responde friamente ao se aproximar de Olivia, jogando seus cabelos para trás do ombro ainda encostada na árvore.
– Eu quero... que você seduza O Gloomy, que me traga informações sobre suas atividades e os seus colaboradores. Caso queira o inútil de seu irmão vivo meu anjo.
Olivia fica pálida depois de ouvir o que terá que fazer... Isso é demais pra ela que nunca mentiu sobre algo tão grande ou fez coisas ilícitas na vida.– Eu não posso fazer isso, por que você quer que eu faça tal coisa? Eu não sou capaz... seria melhor contratar alguém experiente pra isso.– Cale a boca. Você fará ou...O encapuzado pega uma foto do bolso de seu sobretudo preto a entregando, se virando para andar em seguida.– E um rapaz tão novo, que pena.Ele fala ao dar seus primeiros passos.Na foto encontre-se Felipe, amarrado com cordas em sua cela da prisão... amordaçado em um chão frio. Sem contestar Olivia grita que aceita, com o coração ferido.– Tudo bem. Eu faço.O encapuzado lança seu sorriso malicioso ao voltar, satisfeito por ter conseguido o que queria.– A partir de hoje, você trabalha pra mim. Qualquer deslize seu, seu irmão deixa de respirar. EU FUI CLARO?Segurando suas lágrimas, ela é obrigada a c
Prendendo sua respiração Olivia sente um fervor subir por suas pernas até seu ventre, o mesmo fervor que a captura toda vez que se encontram.– Gloomy... eu...Ela se vira na tentativa de escapar de suas mãos..., mas é tomada em seus braços com um beijo avassalador lhe tirando o pouco fôlego que ainda tinha.E agora? Agora já era, ela estava possuída por desejo... suas unhas cravam no abdômen de Gloomy o arranhando por baixo da camisa, no mesmo instante em que ele a pega e pressiona suas costas na parede... segurando-a como se não pesasse mais do que uma leve pluma.Tão entregues ao momento...Eles sentem o calor de seus corpos, a carga elétrica que passa por ambos que está prestes a explodir. Em cada toque Gloomy absorve sensações que nunca teve antes, fazendo-o enlouquecer pelo caminho dos lábios carnudos de Olivia... em um puxão rasgando seu uniforme de trabalho. O mesmo cai sobre o chão revelando seus seios fartos e latejantes por trás do sutiã de rend
Ao descer e fechar a porta Olivia vê Gloomy encostado na parede esperando... Quando ele a percebe se aproximar com o barulho de seus sapatos, suas mãos tocam seu chapéu colocando-o de lado ao levantar sua cabeça, revelando um charme que somente ele tem.Esse simples gesto dá um toque de homem italiano nele se juntando com o contraste de sua camisa listrada de botões. Em nenhum momento em que Olivia o viu, ele estava vestido de um jeito tão esbanjado como agora, mostrando uma outra face de quem ele pode ser.- Você está linda, eres perfecta mi chica.Diz ele a puxando depois de pegar suas mãos, tirando um belo sorriso de seus lábios ao rodeia-la, como se fosse uma boneca de uma caixinha de música.- Você é um galanteador e tanto. -Ela o responde provocando.Impulsionado um leve aperto em sua cintura Gloomy a leva até seu Cadillac Ciel preto, o carro é clássico... de tirar o fôlego.- Você está brincando comigo? Esse carro tem 3,6 litros de
Depois de já estar no iate, Olivia tenta acalmar seu coração por ver uma mesa posta para dois sobre a luz de velas.Gloomy sorri ao puxar a cadeira para que ela se sente, tudo parece perfeito demais... ela se belisca só para garantir que não é um sonho.— Obrigada. — Ela agradece ao se sentar.— Por nada.Na mesa encontra-se o prato típico da Itália... macarronada em molho branco. O cheiro faz com que o estômago de Olivia acorde, revelando sua fome que havia segurado.Gloomy os serve uma champanhe roçando seus dedos sobre os dela ao colocar o líquido em seu copo.
Abrindo seus olhos lentamente Olivia pisca ao tentar acostuma-los com a escuridão que lhe cerca. Depois de ter certeza que está amordaçada, ela tenta se mexer, na tentativa frustrada acaba caindo em seguida... chamando a atenção dos seus sequestradores do lado de fora pelo barulho de sua queda.— Chefe... ela acordou. — Soa a voz do outro lado.Um som estridente ecoa rangendo no chão próximo a ela no momento em que feixes de luz entram na medida que a porta se abre aos poucos, ao notar uma pessoa ao seu lado. Um de seus pés se arrasta ao andar com dificuldade, e observando atentamente parece ser uma prótese de ferro julgando pelo peso e esforço que o homem faz para caminhar até onde ela caiu.— Não se assuste minha jovem, isso acabará em breve. logo que Gloomy se for, eu a solto. — Ele estala seus dedos e logo depois seu capanga a levanta do ch&atil
Ao acordar Olivia se depara em um quarto enorme e julgando pelo céu estrelado do visto da janela já anoiteceu. Ainda um pouco sonolenta ela se senta na cama, reunindo suas forças para levantar... mesmo assim ela cambaleia pelo efeito da droga em seu corpo, tendo que se encostar na parede para se estabilizar logo depois de dar seus primeiros passos. No mesmo instante uma mulher sai do banheiro, indo até ela com a feição preocupada, ao tocar seu ombro delicadamente.— Senhora, por favor, não deveria se levantar agora... tem que descansar.Olhando pra ela Olivia faz um gesto de não com a cabeça e um sussurro fraco sai de seus lábios.— Obrigada, mas estou bem.A arrumadeira sorri voltando aos seus afazeres, saindo do quarto. Decidida a pegar um pouco de ar fresco e procurar por Gloomy Olivia calça um par de pantufas que estava ao lado da cama... fechando seu Robe, ela vê que está de camisola, que a faz se questionar em sua mente " será que Gloomy me viu pelada?"
Depois que a deita na cama com delicadeza, Gloomy retira suas pantufas colocando do lado do criado mudo. Seu dia foi bastante estressante, e a ver desafiá-lo na frente de seus capangas deixa tudo difícil. Ele sabe que terá que impor limites, mas por agora é mais importante que ela precise de cuidados. Roberto haverá de querer se vingar.Suspirando, ele se levanta indo até a janela para fechar as cortinas que trazem um vento gelado da noite, sentindo-se preocupado em relação à Olivia... que continua a par de tudo o que acontece ao seu redor e, mesmo já tendo conseguido o que queria decide continuar fingindo que está desacordada, para que ele não descubra sua artimanha.Entretanto, seu plano foi por água abaixo no instante que tudo ficou em silêncio, quando ela sente a respiração dele em seu rosto... seguida por um beijo em sua testa. Logo depois as mãos de Gloomy tocam suas bochechas carinhosamente, no que parece ser uma amostra de afeto com seu polegar em movimentos circ
Gloomy carrega Olivia ao passar pela porta de entrada, só que dessa vez com ela reclamando em seus ombros... remexendo-se enquanto bate com os punhos em suas costas, resmungando querendo descer.— ME SOLTA!— SENTE-SE. — Ele branda a jogando no sofá, se afastando depois bufando.Arrumando suas roupas Olivia se ajeita, olhando pra ele, que anda de um lado para o outro instável, até que para... batendo a porta a sua frente com raiva se virando para ela em seguida.— POR QUAL MOTIVO ESTAVASUBINDO NO PORTÃO? — Ele grita.— Pelo motivo de você não medeixar ir embora. EU NÃO VOU FICAR EM UMA CASA DE ASSASSINOS. — Ela responde de volta no mesmo tom o fuzilando com os olhos... iniciando uma batalha sem fim já que os dois aparentam que não vão ceder as rédeas.— Você não tem escolha Olivia, se sair por aquele portão...você estará morta em menos de uma hora. Eu não posso cometer esse erro pela segunda vez. Não posso deixar que nada te aconteça, você