CAPÍTULO- 6

Olivia fica pálida depois de ouvir o que terá que fazer... Isso é demais pra ela que nunca mentiu sobre algo tão grande ou fez coisas ilícitas na vida.

– Eu não posso fazer isso, por que você quer que eu faça tal coisa? Eu não sou capaz... seria melhor contratar alguém experiente pra isso.

– Cale a boca. Você fará ou...

O encapuzado pega uma foto do bolso de seu sobretudo preto a entregando, se virando para andar em seguida.

–  E um rapaz tão novo, que pena.

Ele fala ao dar seus primeiros passos.

Na foto encontre-se Felipe, amarrado com cordas em sua cela da prisão... amordaçado em um chão frio. Sem contestar Olivia grita que aceita, com o coração ferido.

– Tudo bem. Eu faço.

O encapuzado lança seu sorriso malicioso ao voltar, satisfeito por ter conseguido o que queria.

– A partir de hoje, você trabalha pra mim. Qualquer deslize seu, seu irmão deixa de respirar. EU FUI CLARO?

Segurando suas lágrimas, ela é obrigada a concordar... se remoendo por dentro brava com si mesma.

– Sim.

– Pode começar agora, eu quero todos os dados possíveis sobre Gloomy... desde seus negócios até suas fraquezas. Eu quero o queimar... e você minha cara, é a entrada da chama do inferno.

Ele então se vai... gargalhando ao desaparecer pelo caminho em que veio.

Quando Olivia volta pra casa, ela está tão devastada que mal consegue parar de chorar, trêmula... quase deixa suas chaves caírem pela calçada.

Mas de repente, ela sente um baque em suas costas... E quando vira para ver do que se trata, ela fica surpresa.

Petric, seu tio... apareceu deixando-a mais nervosa do que já estava, fazia tempo que ela não o via.

– O que você está fazendo aqui?

Pergunta Olivia limpando suas bochechas.

Seu tio a pega pelo braço puxando-a para andar, sem entender ela o segue até que chegam em um canto onde quase não tem luz.

Seu tio que parece atormentado, faz um sinal com as mãos para que ela entenda que não é para falar... depois que lhe mostra sua escuta.

Ele deixa um bilhete em suas mãos ao sair de perto dela, como se fugisse da morte ou de algo bem pior.

Mas como Petric poderia aparecer assim do nada em Roma? Eu diria que tem mais coisas acontecendo do que ela possa ver.

———//————//———

Enquanto isso... em Calábria.

Os membros da máfia Italiana se encontram reunidos para uma decisão importante da organização.

Um deles é Giovanni, melhor amigo de Gloomy desde a infância e hoje seu braço direito no comando dos negócios.

Gritos ecoam por toda a sala assim que capangas trazem o refém, tirando o saco de seu rosto machucado.

– Meus amigos, esse é o rato.

Diz Giovanni ao chegar perto do homem que está ajoelhado no chão.

Seus hematomas entregam que foi cruelmente torturado com objetos perfurantes.

– É um saco ter que acabar com as pragas quando fazem muito barulho.

Pow! Faz o barulho de sua arma ao atirar na cabeça do homem...  espirrando sangue em todo o seu terno listrado.

– Argh... Eu odeio sujar minha roupa no trabalho, mas... É apenas um dia comum.

Agora, dê o resto para os cachorros.

Giovanni limpa seu rosto com uma flanela ao voltar para seu lugar... com sua roupa ainda suja, enquanto todos olham para ele sentindo sua perversidade de longe.

– Voltemos a falar de negócios, não?

Ele pronuncia aos integrantes bebendo seu vinho em seguida.

– Gloomy ainda não entregou o armamento, era pra ontem Giovanni.

Queremos a reposição em entorpecentes... pagamos alto por isso, e só estamos perdendo lucro.

Diz com raiva uns dos membros da Cosa Nostra... batendo os punhos sobre a mesa de marfim.

– Gloomy teve seus motivos, se está tão decepcionado com a forma da entrega você deveria dizer-lhe pessoalmente.

Apontando o dedo para o canto separado da sala, Giovanni mostra Gloomy... que os observava em silêncio ao fumar seu charuto com sua cobra em seu pescoço.

O membro que demonstrou raiva se acua na hora, ao ver a feição neutra dele depois de ouvir sua reclamação.

– Seu armamento foi entregue. Você está me fazendo de idiota é isso mesmo? Por qual motivo estaria mentindo Callazo?

Gloomy o pergunta ao se levantar emanando seu poder diante todos com sua voz calma..., mas em um tom provocador.

– Eu... eu... 

– Eu presumo que se cale, não por você, mas por mim... eu odiaria voltar para Roma com meu terno ensanguentado.

Amedrontado para respondê-lo Callazo recua sem graça. Mantendo-se quieto o resto da reunião.

São 17:00pm quando Olivia atende seu último cliente, olhando em seu relógio ansiosa para fechar seu estabelecimento e ir descansar.

Seu dia foi tão cansativo, por ter saído Adelaide não soube cuidar da padaria corretamente como ela... Estão quando voltou não parou nem se quer um minuto por quê teve que refazer várias receitas.

Colocando suas bandejas no balcão ela se lembra do bilhete de seu tio, o tirando do bolso para lê-lo.

BILHETE:

– O escuro nem sempre é sombrio como a luz nem sempre é sinal de bondade, pois pode cegar.

Olivia não entende o que seu tio quis passar, isso só deixou ainda mais complexa sua situação.

Depois de dois expressos, seu cliente em fim vai embora... Olivia se apressa para fechar tudo, antes que alguém entre novamente.

– Não estamos atendendo mais, me desculpe, mas já fechamos.

Ela diz quando ouvi a porta bater atrás de si, não olhando para trás.

– Eu vim por quero comer um doce, senti saudades de seus lábios de mel.

Gloomy sussurra ao seu ouvido a pegando firme pela cintura, beijando seu pescoço lentamente... ao sentir seu cheiro de melancia.

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