CAPÍTULO- 3

Olivia vê sua vida inteira passar diante de seus olhos, e quando se encontra já sem fôlego... ela apaga, se desligando da cena enquanto vê de relance alguém surgir por trás do capanga do misterioso homem encapuzado.

Quando volta a si, ela é despertada ao sentir um carinho fraco em sua pele, notando estar nos braços de alguém.

Sua visão turva deixa tudo muito confuso conforme seus olhos se adaptam a luz forte do dia, percebendo que não está mais na prisão, e sim em uma sala luxuosa com um lustre dos tempos antigos ao olhar para cima.

– Você acordou... achei que iria precisar de um beijo meu, bela adormecida.

"Essa voz" ela pensa consigo mesma se virando para o lado, ao ver Gloomy, o Homem que ela ajudou na noite passada... sobre o colo do mesmo de um ângulo abaixo de seu abdômen.

– Como eu vim parar aqui? Você me sequestrou?

Ela se levanta depressa do sofá se distanciando dele, como se ele fosse o inimigo de repente.

– De nada por ter salvado a sua vida.

Ele resmunga ao sair de onde estava sentado, indo em direção a seu bicho de estimação... uma cobra albina linda, que ele coloca sobre os ombros acariciando-a.

– Se você não se lembra... Estava quase morrendo quando eu te salvei, apenas te trouxe aqui para poder descansar. Fica tranquila, eu só a olhei dormindo, não fiz nada demais, só usei minha imaginação.

Seus lábios se abrem em um sorriso perverso ao olhá-la de baixo para cima imaginando seu corpo por trás de suas roupas, aquele leve tecido de sua blusa de seda o tira do ar... tanto que ele se perde em seus próprios pensamentos.

Olivia... sem graça, se aconchega na janela olhando para o jardim imenso do lado de fora, vendo homens armados de prontidão. Então cai sua ficha, de que o homem que está a sua frente é mais do que poderoso, ele é perigoso.

– Obrigada por salvar minha vida, mas eu tenho que ir embora.

Ela diz amedrontada ao caminhar lentamente até a porta, então ela para vendo outro capanga mais à frente, no corredor.

– Você pode me mostrar a saída?

Ele acorda de seu torpor pegando sua cobra e a colocando de volta em sua caixa de vidro transparente.

– Está com medo de mim? – Ele a pergunta com ênfase em sua voz.

– Eu só quero ir embora.

Voltando para perto dela, Gloomy a puxa, tão dominante como na primeira vez.

Fazendo com que suspire alto por ser pega tão firmemente, em uma mistura de medo e desejo que surgi em seu peito, descendo para seu ventre.

– Engraçado, que... ontem à noite, você não estava com tanto medo assim.

Gloomy vira o rosto de Olivia com suas mãos ásperas, deixando que seus olhares se cruzem quando a prende na parede de sua sala.

– Isso, porquê ontem à noite eu não sabia quem você era, Gloomy...

Diz Olivia com ironia ao apontar para sua arma em seu quadril, nem ela mesma sabe o porquê de atiçar o homem mais perigoso da Itália, só que parece natural toda vez que abre sua boca.

– Danadinha você, lábios de mel. Eu gosto assim, do que me desafia.

Gloomy a beija intensamente mais atraído do que nunca, Olivia não reluta e ao contrário de medo... ela sente um calor subir por sua saia.

Tão devastador como uma tempestade eles se atacam como se o mundo estivesse acabando, deixando o clima bem tenso em meio as carícias trocadas.

Gloomy preenche toda a sua cintura a levantando para e beijando o meio de seus seios, de uma maneira que a faz arfar de prazer.

Quando ele sobe sua saia, a palma de suas mãos encaixam no quadril de Olivia sentindo todas as suas curvas por completo, o deixando louco como um animal selvagem.

– Ai!

Ele geme de dor quando Olivia esbarra em seu ferimento sem querer, ao tentar tirar sua camisa... fazendo-a acordar de suas preliminares.

– Eu não posso!

Diz ela ao se afastar ajeitando suas roupas...  envergonhada.

– Ok... Tudo bem.

Gloomy resmunga, ele não esconde sua frustração, mas a respeita o suficiente para cessar seu desejo antes que seja tarde.

Olivia cruza os braços tentando se conter também, apesar de ela não ser o tipo que transa no primeiro dia... seu desejo por ele emana na sala, como o dele por ela.

– Venha, vou te levar.

Ele ajeita agora as suas roupas, abotoando seu elegante terno italiano com listras cinzas, apontando o caminho para fora da sala logo depois.

– Então... Por quê me ajudou?

Olivia o pergunta colocando uma mecha de seu cabelo para trás.

– Porquê você me salvou. Nossa dívida está paga.

Ele diz friamente a ela com suas mãos no bolso ao continuar caminhando por sua casa enorme.

– Não sabia que tínhamos uma dívida, você está mentindo não está?

Ele para bruscamente, ao ver que enfim estão no lado de fora, sentindo-se seguro ele despacha seus capangas para não assustar Olivia com o tamanho das armas.

– Por que eu mentiria pra você? Isso não é um jogo é?

Olivia engole em seco pelo jeito de como ele fala, tudo parece tão sexy saindo de sua voz rouca e grave.

– O que você fez com o homem que me atacou? Ele está bem?

Ela o pergunta desviando do assunto em que estava, escondendo sua timidez.

– Não vai dizer nada? Estou falando com você...

Ela o chama, mas parece que a alma de Gloomy está fora do corpo, procurando por algo na rua que não consegue ver.

– Abaixa, agora!

Ele grita, se colocando na frente de Olivia como um escudo para que ela não se machuque com os tiros vindo de um carro preto que passa por eles.

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