Capítulo Um

Ao chegar em casa acendo as luzes e vou em direção a cozinha, abro a geladeira me lembrando que terei que ir ao mercado logo. Pego a caixa de leite quase vazia e bebo o resto do conteúdo direto da caixa, depois jogo a caixa vazia no lixo. Subo as escadas comendo uma maçã que peguei no cesto de frutas em cima da mesa, pensando bem até que foi uma boa ideia a Molly ir para casa do Phil. Entro no quarto e desabo na cama, termino de comer a maçã e deixo o resto sobre o móvel ao lado da cama. Trabalhar nessa empresa está me deixando relaxada e irresponsável, me pergunto o que Papai iria achar disso. Rapidamente afasto esses pensamentos e sinto meus olhos pesarem, em um piscar de olhos me aprofundo na escuridão do quarto e apago. Ouço o som alucinante do despertador tocar, anunciando que meu descanso acabou. Abro meus olhos e a luz do sol que entra pela janela quase me cega, fecho eles novamente e passo minha mão por meu rosto. Me espreguiço e levanto preguiçosamente, meu corpo clama para que eu me deite novamente. Mas esse é um convite que terei de recusar. Me lembro que não tomei banho pra dormir, pois estou com a roupa que cheguei e ainda pior, de sapatos. Aperto o botão do despertador e tiro meus sapatos indo em direção ao banheiro, encaro minha aparência cansada e meu cabelo bagunçada. Me dispo e entro no minúsculo box. Ao ligar a água tomo um pequeno choque pelo frio. Droga o aquecedor quebrou de novo, e acho que sei quem é a culpada. Mesmo com a água congelando me lavo e saio rapidamente me enrolando em uma toalha. começo a secar meu cabelo com o secador, percebo que ele cresceu bastante desde a última vez que cortei. Talvez eu passe no salão da Cris, para aparar um pouco as pontas. Termino de secar o mesmo e o prendo no alto da minha cabeça em um coque firme. Entro no closet e visto um conjunto de lingerie qualquer, noto que algumas roupas estão faltando. Provavelmente a Molly deve ter esquecido de lavar as roupas. Suspiro e tento achar algo adequado para usar, e o que vejo não me agrada em nada. O vestido amarelo rodado se destaca no meio das roupas, não me sinto à vontade com esse vestido. Ele realça meu quadril fazendo com que ele aparenta ser maior, o pequeno decote em formato de V realça meu busto. Ele é uma opção melhor do que o blazer cinza com uma grande mancha de ketchup. Olho para o relógio e vejo que não tenho tempo de improvisar, visto o mesmo e coloco meu relógio de pulso novamente quando tirei para tomar banho. Passo uma base de leve para tirar um pouca das pequenas olheiras. Ponho minhas sapatilhas e desço as escadas, pego minha bolsa e saiu. Ando um pouco rápido para não perder o ônibus, embarco no mesmo e sento ao lado da janela uma senhora se senta ao meu lado, comprimento a mesma com um sorriso simpático que é retribuído. Em poucos minutos desço do ônibus, mas antes de entrar na empresa paro ao lado de um carrinho de rosquinhas. Ao sentir o cheiro das mesmas minha barriga dar sinal de vida, entro na empresa comendo uma em quanto guardo a outra na bolsa. Mas por ironia do destino esbarro em algo, ou melhor em alguém. A rosquinha com cobertura de chocolate cai da minha mão melando meu vestido. Fico olhando para o estrago boquiaberta, Mil vezes Droga! Pego um lenço em minha bolsa e tento limpar uma boa parte do estrago.

— Peço perdão Senhorita, não era minha intenção.

Meu corpo paralisa em ouvir tal voz, pois aparenta ser daquele homem. Penso que talvez não seja a mesma pessoa. Mas ao olhar para ele, não tenho dúvidas. E o mesmo homem de ontem. Seu olhar sobre mim é avaliador, ele encara a grande mancha de chocolate em meu vestido e o vejo tirar um talão de cheques do seu bolso.

— Poderia me dizer seu nome, irei cobrir o prejuízo.

Sua voz soa firme e ao mesmo tempo suave, ele segura o talão de cheques na mão e na outra uma caneta dourada.

— Não se preocupe, fui eu que esbarrou em você.

Falo tentando amenizar a situação, noto que as pessoas em volta nos encaram não muito discreta. Seu olhar é como o da noite anterior, de um felino. Por mas que eu tente não consigo desviar meu olhar do seu, e acho que ele sente a mesma coisa. Pois seu olhar é intenso e predominante. Um ranger de garganta me fiz desviar o olhar, por fim noto uma figura magra e alta ao seu lado. Seu cabelo loiro se destaca no vestido justo vinho, seus lábios vermelhos se destacam com sua palidez.

— Se não existe problema, não tem por que prolongar isso. Vamos estamos atrasados.

Sua voz soa delicada, mas firme. Ela segura seu braço e o mesmo guarda o talão de cheques junto com a caneta.

— Tem razão, até logo senhorita.

Fala desviando seu olhar de mim e passando ao meu lado, suspiro e giro minha cabeça um pouco. vendo ambos entra em um carro e o mesmo partir. Balanço minha cabeça em negação e ando em direção aos elevadores tentando limpar a mancha. Antes de ir a minha mesa vou ao banheiro e passo um pouco de água. A mancha saiu, mas a água ficou no lugar da mancha. Pelo menos água seca. Me sento em minha mesa e começo a revisar alguns papéis.

— Oie.

Olho em direção da dona da voz alegre Marcy, sustenta um simpático sorriso nos lábios carnudos.

— Oi, Marcy.

Comprimento a mesma me espreguiçando um pouco, acho que passei tempo de mas debruçada sobre a papelada.

— Bellinda, ontem fez uma semana que trabalha aqui certo?

Pergunta a mesma, balanço a cabeça em confirmação.

— Então precisamos comemorar!

Fala sorridente batendo em minha mesa, olho para mesma não muito animada com a ideia.

— Eu não sei...

Sua expressão se torna tediosa.

— Ah qual é! você é a primeira mulher que fica aqui mais de uma semana, sabe o que isso quer dizer. Que o temível Thamur Garson se agradou de alguém.

As vezes penso que esses boatos sobre o Sr. Garson são um pouco exagerados, mas mesmo assim não quero saber se são reais ou não. Penso melhor em sua proposta, mas logo me lembro de Molly.

— E a Molly?

— Eu prometo que vamos chegar cedo.

Fala juntando as mãos e fazendo cara de piedade, depois do que aconteceu hoje. Por que não sair um pouco, fazer amigos não seria tão ruim assim. E distrair um pouco a mente do trabalho. Faço um pequeno barulho com a boca em forma de suspense, mas por fim sorrio.

— Você me convenceu.

— Isso! Você não vai ser arrepender.

Fala indo embora, espero sinceramente não me arrepender mesmo. Falo mentalmente para mim mesma.

Sigue leyendo en Buenovela
Escanea el código para descargar la APP

Capítulos relacionados

Último capítulo

Escanea el código para leer en la APP