Ao chegar em casa acendo as luzes e vou em direção a cozinha, abro a geladeira me lembrando que terei que ir ao mercado logo. Pego a caixa de leite quase vazia e bebo o resto do conteúdo direto da caixa, depois jogo a caixa vazia no lixo. Subo as escadas comendo uma maçã que peguei no cesto de frutas em cima da mesa, pensando bem até que foi uma boa ideia a Molly ir para casa do Phil. Entro no quarto e desabo na cama, termino de comer a maçã e deixo o resto sobre o móvel ao lado da cama. Trabalhar nessa empresa está me deixando relaxada e irresponsável, me pergunto o que Papai iria achar disso. Rapidamente afasto esses pensamentos e sinto meus olhos pesarem, em um piscar de olhos me aprofundo na escuridão do quarto e apago. Ouço o som alucinante do despertador tocar, anunciando que meu descanso acabou. Abro meus olhos e a luz do sol que entra pela janela quase me cega, fecho eles novamente e passo minha mão por meu rosto. Me espreguiço e levanto preguiçosamente, meu corpo clama para que eu me deite novamente. Mas esse é um convite que terei de recusar. Me lembro que não tomei banho pra dormir, pois estou com a roupa que cheguei e ainda pior, de sapatos. Aperto o botão do despertador e tiro meus sapatos indo em direção ao banheiro, encaro minha aparência cansada e meu cabelo bagunçada. Me dispo e entro no minúsculo box. Ao ligar a água tomo um pequeno choque pelo frio. Droga o aquecedor quebrou de novo, e acho que sei quem é a culpada. Mesmo com a água congelando me lavo e saio rapidamente me enrolando em uma toalha. começo a secar meu cabelo com o secador, percebo que ele cresceu bastante desde a última vez que cortei. Talvez eu passe no salão da Cris, para aparar um pouco as pontas. Termino de secar o mesmo e o prendo no alto da minha cabeça em um coque firme. Entro no closet e visto um conjunto de lingerie qualquer, noto que algumas roupas estão faltando. Provavelmente a Molly deve ter esquecido de lavar as roupas. Suspiro e tento achar algo adequado para usar, e o que vejo não me agrada em nada. O vestido amarelo rodado se destaca no meio das roupas, não me sinto à vontade com esse vestido. Ele realça meu quadril fazendo com que ele aparenta ser maior, o pequeno decote em formato de V realça meu busto. Ele é uma opção melhor do que o blazer cinza com uma grande mancha de ketchup. Olho para o relógio e vejo que não tenho tempo de improvisar, visto o mesmo e coloco meu relógio de pulso novamente quando tirei para tomar banho. Passo uma base de leve para tirar um pouca das pequenas olheiras. Ponho minhas sapatilhas e desço as escadas, pego minha bolsa e saiu. Ando um pouco rápido para não perder o ônibus, embarco no mesmo e sento ao lado da janela uma senhora se senta ao meu lado, comprimento a mesma com um sorriso simpático que é retribuído. Em poucos minutos desço do ônibus, mas antes de entrar na empresa paro ao lado de um carrinho de rosquinhas. Ao sentir o cheiro das mesmas minha barriga dar sinal de vida, entro na empresa comendo uma em quanto guardo a outra na bolsa. Mas por ironia do destino esbarro em algo, ou melhor em alguém. A rosquinha com cobertura de chocolate cai da minha mão melando meu vestido. Fico olhando para o estrago boquiaberta, Mil vezes Droga! Pego um lenço em minha bolsa e tento limpar uma boa parte do estrago.
— Peço perdão Senhorita, não era minha intenção.Meu corpo paralisa em ouvir tal voz, pois aparenta ser daquele homem. Penso que talvez não seja a mesma pessoa. Mas ao olhar para ele, não tenho dúvidas. E o mesmo homem de ontem. Seu olhar sobre mim é avaliador, ele encara a grande mancha de chocolate em meu vestido e o vejo tirar um talão de cheques do seu bolso.— Poderia me dizer seu nome, irei cobrir o prejuízo.Sua voz soa firme e ao mesmo tempo suave, ele segura o talão de cheques na mão e na outra uma caneta dourada.— Não se preocupe, fui eu que esbarrou em você.Falo tentando amenizar a situação, noto que as pessoas em volta nos encaram não muito discreta. Seu olhar é como o da noite anterior, de um felino. Por mas que eu tente não consigo desviar meu olhar do seu, e acho que ele sente a mesma coisa. Pois seu olhar é intenso e predominante. Um ranger de garganta me fiz desviar o olhar, por fim noto uma figura magra e alta ao seu lado. Seu cabelo loiro se destaca no vestido justo vinho, seus lábios vermelhos se destacam com sua palidez.— Se não existe problema, não tem por que prolongar isso. Vamos estamos atrasados.Sua voz soa delicada, mas firme. Ela segura seu braço e o mesmo guarda o talão de cheques junto com a caneta.— Tem razão, até logo senhorita.Fala desviando seu olhar de mim e passando ao meu lado, suspiro e giro minha cabeça um pouco. vendo ambos entra em um carro e o mesmo partir. Balanço minha cabeça em negação e ando em direção aos elevadores tentando limpar a mancha. Antes de ir a minha mesa vou ao banheiro e passo um pouco de água. A mancha saiu, mas a água ficou no lugar da mancha. Pelo menos água seca. Me sento em minha mesa e começo a revisar alguns papéis.— Oie.Olho em direção da dona da voz alegre Marcy, sustenta um simpático sorriso nos lábios carnudos.— Oi, Marcy.Comprimento a mesma me espreguiçando um pouco, acho que passei tempo de mas debruçada sobre a papelada.— Bellinda, ontem fez uma semana que trabalha aqui certo?Pergunta a mesma, balanço a cabeça em confirmação.— Então precisamos comemorar!Fala sorridente batendo em minha mesa, olho para mesma não muito animada com a ideia.— Eu não sei...Sua expressão se torna tediosa.— Ah qual é! você é a primeira mulher que fica aqui mais de uma semana, sabe o que isso quer dizer. Que o temível Thamur Garson se agradou de alguém.As vezes penso que esses boatos sobre o Sr. Garson são um pouco exagerados, mas mesmo assim não quero saber se são reais ou não. Penso melhor em sua proposta, mas logo me lembro de Molly.— E a Molly?— Eu prometo que vamos chegar cedo.Fala juntando as mãos e fazendo cara de piedade, depois do que aconteceu hoje. Por que não sair um pouco, fazer amigos não seria tão ruim assim. E distrair um pouco a mente do trabalho. Faço um pequeno barulho com a boca em forma de suspense, mas por fim sorrio.— Você me convenceu.— Isso! Você não vai ser arrepender.Fala indo embora, espero sinceramente não me arrepender mesmo. Falo mentalmente para mim mesma.Minha cabeça lateja como se uma festa estivesse presente nela, meu corpo está dolorido e meu sexo arde. Abro meus olhos e sinto a luz do sol me cegar, fecho meus olhos fortemente e cobro minha cabeça com o lençol macio. Macio até demais para ser meu, a cama fofa reconforta meu corpo. Após poucos minutos abro meus olhos em uma segunda tentativa, olho para os lençóis, mas atentamente e me sento na cama. Esses lençóis não são meus, assim como esse quarto. Olho em volta e vejo um quarto luxuoso que esbanja glamour. Ao lado esquerdo tenho uma vista panorâmica e maravilhosa da cidade de Seattle. Me levanto da ampla cama em um pulo e minhas pernas fraquejam, me fazendo senta na cama. Passo uma mão pelo cabelo e me levanto novamente com mais cautela. ando pelo quarto, minha cabeça gira e sinto que vou vomitar. Olho para o teto tentando afastar o mal estar, percebo que em cima da cama onde estava um grande espelho se destaca, mas o que me chama atenção é ver meu corpo nu. Sem nenhuma peça de r
Ao entrar me encosto na porta, solto um longo suspiro de alívio. Minha cabeça gira um pouco, deve ser por causa do comprido ou o cansaço da ressaca. Ouço panelas batendo vou andando até a cozinha e encontro Molly cozinhando. —Você chegou. — Fala ao perceber minha presença na cozinha. — Tô fazendo chá, você quer?—Quero.Falo me sentando na cadeira da cozinha, apoio minha cabeça em minha mão e solto um gemido incomodo. —Você parece péssima. —Eu estou péssima. Tento me recompor, encaro a mesma que ponhe açúcar nas xícaras que pegou no armário depois os saquinhos com ervas trituradas dentro. —Vai deitar e descansa um pouco, preciso de você novinha em folha para fazer compras depois.—Eu tinha me esquecido.Falo me lembrando que não vi a Molly quase um dia e meio, pós quando ela foi para casa do Phil só chegou no outro dia a tarde. E a última coisa que me lembro da noite passada e ir diretamente do trabalho para a boate. Não acredito no quanto fui irresponsável, nem sequer deixei com
Ouço os passos rápidos de Molly descendo as escadas, em poucos segundos ela está em minha frente com seus grandes olhos verdes me fitando.—O que eles queriam?—Nada de mas.Digo me afastando da porta indo até o meu quarto pegar minha bolsa, sei que a mesma observa cada movimento que eu faço, sinto seu olhar em minhas costas. Me queimando cheio de curiosidade.—Qual è Bellinda. me fala a verdade, nunca escondemos nada uma da outra.Suspiro um pouco irritada, não quero tocar nesse assunto, Não por hora pelo menos. Mas sei que ela não me deixará em paz enquanto não dizer tudo.—Quando voltamos do mercado eu conto tudo, tá bem?—Não, porque quando chegarmos você vai fugir do assunto.Não me surpreende Molly me conhecer como um livro aberto, já estamos a tantos anos juntas. Que seria impossível ela não adivinhar o que passa pela minha cabeça. Assim como sei o que passa pela dela, suspiro em derrota e me sento na cama. Dou duas palminhas no colchão ao meu lado, incentivando a mesma a senta
John, move a frigideira de modo agil, nunca imaginária que alguém com seu físico, forte e bruto poderia ser tão delicado, e habilidoso. Devo admitir que ele me impressiona a cada coisa que me revela sobre ele. O observando percebi que ele è alguém discreto e de poucas palavras, me sinto curiosa sobre ele. Pós até o momento ele è um grande mistério, que terei de desvendar. Seus músculos flexionam na blusa social, mostrando cada parte de seus músculos. Seus ombros largos se destacam, o dando uma postura de macho alfa. Mas abaixo sua cintura afina um pouca, fazendo com que sua bunda se destaque, redonda e durinha combinando com suas pernas malhadas. Uma perfeita figura de um deus grego. Me entristece não conseguir lembrar dos eventos daquela noite, mesmo John e eu não termos começado com algo glorioso. Quero me dar bem com ele, e se possível... Vivermos juntos. Afinal não se pode ter certeza de nada se não tentamos, e mas cedo eu concordei com isso, então é inevitável voltar atrás agora.
O barulho persistente do meu celular me desperta de um bom sono, que não tenho a dias. Tateio minha mão sobre o móvel ao lado da cama até achar o mesmo. O trago para perto do meu rosto, o brilho me cega momentaneamente mas logo vejo quem é.—Oi, Marcy.Falo de forma sonolenta e arrastada, deixando claro que acabei de acordar.—Bom dia, flor do dia.Ao contrário de mim, sua voz soa animada e bem acordada.—Me desculpa por te acordar, só queria avisa que já cheguei a empresa.Meu corpo fica tenso e me sento na cama, trazendo o celular para frente do meu rosto. percebendo que não estou atrasada e que ainda sao 06:15 da manhã.—Por que você tá me dizendo isso?Pergunto confusa a mesma. Ouço um som agudo vindo do outro lado da linha, e sei que ela acabou de entrar no elevador.—Ué você não pediu o dia de folga hoje para resolver um problema família?—O que? não.Como um lampejo. John, vem em minha mente. Ah ele não fez isso.—Quem mandou você ficar no meu lugar?Minha voz sai séria, e sint
Após deixamos Molly na escola, vamos em direção a clínica. O silêncio é mútuo no carro. John, não diz uma palavra sequer e eu também, para duas pessoas que passaram a noite juntos não ter nada para conversar é intrigante.—Quanto tempo vai demorar até o teste ficar pronto?Pergunto tentando me livrar daquele silêncio constrangedor. John, olha para mim de relance.—Eu não sei, acho que uma semana no máximo.Após o mesmo responder, o silêncio volta. Mas por sorte não dura por muito tempo. John, estaciona em frente a um grande hospital. O nome do mesmo me chama atenção de forma imediata. Clínica Garson's.—Eu pensei que nós iríamos a uma clínica pequena.Respondo tirando o cinto, o mesmo sai do carro dando a volta para abrir a porta para mim.—Não è lá grande coisa.Responde fechando a porta, dou alguns passos mas logo sinto os dedos de John, se entrelaçarem nós meus. paro por reflexo fazendo com que o mesmo me encare.—Tudo bem?Pergunta balanço a cabeça em confirmação, tentando não dem
Thamur Garson. Dono da empresa em que trabalho, meu chefe. Minha cabeça está a toda velocidade, não consigo pensar em nada além disso, não consigo assimilar suas palavras, mesmo que eu tenha ouvido em alto e bom som. Talvez eu seja mais uma conquista do chefe, por isso que ele esta tão interessado no fato de que eu possa está grávida. Claro, ele tem dinheiro, é solteiro. Não que perder sua liberdade e se amarrar em uma simples secretária, que a partir desse momento está desempregada. Um misto de sentimentos me invade, mas o sentimento de saber que fui enganada é o que mas dói. Sinto meus olhos arder, mas me nego a derramar uma lágrima sequer. Cruzo minhas pernas girando minha cabeça em direção a parede de vidro com vista panorâmica da cidade. Não consigo encara-lo, não depois disso. Pelo canto do olho vejo que Thamur, continua parada e não diz nada, esperando alguma reação minha. Pego minha bolsa e levanto, caminho em passos firmes em direção ao elevador.—Bellinda, espera!Thamur, pe
Coloco o último garfo na mesa quando ouço uma voz feminina, vejo de relance Nick, andar em direção ao elevador enquanto Molly, levanta e fica parada onde está com um sorriso simpático nos lábios. Sinto a grande mão de Thamur, se apossar da minha cintura. Giro meu corpo para que eu possa ficar de frente para o mesmo, percebo que seus olhos tem um pequeno brilho profundo, ao qual não sei decifra.— Vamos.Fala me levando ao seu lado, como se fossemos um casal. E talvez fossemos um. Vejo uma mulher de meia idade beijar o lado esquerdo do rosto de Nick, que sorri contente. A mulher está bem vestida e com os cabelos brancos presos em um coque firme, não deixando nenhum fio sequer escapar. O homem ao seu lado que julgo ter a mesma idade que a mulher, comprimenta Nick, com um aperto de mão. A mulher dirige seu olhar para nós, quando paramos a sua frente. Um grande sorriso se destaca em seu rosto, e percebo que seus olhos verdes brilham. Sem hesitar a mesma vem em direção a Thamur, e passa se