Ao entrar me encosto na porta, solto um longo suspiro de alívio. Minha cabeça gira um pouco, deve ser por causa do comprido ou o cansaço da ressaca. Ouço panelas batendo vou andando até a cozinha e encontro Molly cozinhando.
—Você chegou. — Fala ao perceber minha presença na cozinha. — Tô fazendo chá, você quer?—Quero.Falo me sentando na cadeira da cozinha, apoio minha cabeça em minha mão e solto um gemido incomodo.—Você parece péssima.—Eu estou péssima.Tento me recompor, encaro a mesma que ponhe açúcar nas xícaras que pegou no armário depois os saquinhos com ervas trituradas dentro.—Vai deitar e descansa um pouco, preciso de você novinha em folha para fazer compras depois.—Eu tinha me esquecido.Falo me lembrando que não vi a Molly quase um dia e meio, pós quando ela foi para casa do Phil só chegou no outro dia a tarde. E a última coisa que me lembro da noite passada e ir diretamente do trabalho para a boate. Não acredito no quanto fui irresponsável, nem sequer deixei comida para Molly.—Você ficou aqui sem comida?Pergunto para a mesma que balança a cabeça em negação.—A Marta veio aqui falar com você sobre a festa de aniversário do Jim, e de quebra trouxe umas coisas deliciosas pra provarmos para festa.—Me lembra de agradecer a ela depois.—Não precisa eu já fiz isso por você.Fala despejando a água quente na xícara, e logo depois me entregando.—Obrigada.Agradeço e bebo um gole da bebida quente, com o aroma doce.—Onde você consegui esse vestido?Sua voz soa curiosa, sinto meu corpo endurecer com tal pergunto. E uma pequena aflição se instala dentro de mim.—Uma amiga do trabalho me emprestou por que o meu sujou.—E você passou a noite na casa dela?Pergunta tomando um gole do seu chá.—Sim! Ela não tava muito bem, bebeu demais e não tinha ninguém pra cuidar dela.Falo um pouco rápido de mais, mas isso parece convencer a Molly. Pois ela não faz mas nenhuma pergunta.—Eu vou me deitar um pouco, depois você me acorda para irmos ao mercado.—Ok.Fala bebendo mais um pouco do seu chá, em quanto volta a ler o livro que deixou aberto encima da mesa. Ao entrar no meu quarto me jogo na cama, minhas pálpebras pensam e instantaneamente adormeço.—Bellinda, acorda.Ouço a voz da Molly chamar meu nome, sinto a mesma me balança em uma forma de me acordar mais rápido. Movo minha cabeça para o lado contrário e suspiro.—Só mais cinco minutos Molly.—Bel tem homens na sala querendo falar com você.Sua voz soa em tom irritado, movo minha cabeça em sua direção e abro meus olhos encarando a mesma. Sua expressão è séria, sinto um pequeno arrepio pelo meu corpo em pensar que talvez seja o tal homem. Rapidamente fico em alerta e sento na cama.—Que homens?—Eu não sei, mas eles estão bem arrumados. Estão vestindo terno e tudo mas.Agora tenho plena certeza de que è ele, engulo minha saliva com dificuldade. Devo ter ficado pálida pois Molly está com um olhar preocupado.—Bel aconteceu alguma coisa, quem são esses homens?—Eles não disseram nada?Pergunto a mesma ignorando sua pergunta.—Não. Por que eu devia saber de algo?—Não. Olha desce lá e oferece alguma coisa a eles, eu só vou trocar de roupa e já desço.—Tá bem, espero que eles gostem de água.Fala saindo do quarto e trancando a porta logo em seguida, me levanto e vou até o banheiro. Olho minha aparência cansada e adormecida, as marcas do lençol se fazem presentes em meu rosto, dando uma impressão de amassada. Escovo meus dentes e lavo meu rosto, volto para o quarto e tiro o vestido luxuoso deixando sobre a cama. Possa ser que eles vieram aqui pega o vestido, afinal quem seria capaz de dar um vestido tão caro a alguém. Aproveito e tiro a lingerie, vou até o closet e visto uma calcinha. Pego uma calsa moleton um pouco desgastada e visto, junto com uma blusa de manga. Na pressa não visto o sutiã. Pego uma bolsa de plástico na gaveta e coloco o vestido dentro, junto com a sapatilha e as peças íntimas. Gostaria de ter lavado antes de entregar. Abro a porta do quarto e desço as escadas, a cada degrau que desço a aflição dentro de mim aumenta cada vez mas. Ao olhar para o sofá encontro o causador de toda minha aflição, ele está sentado com as mãos juntas em cima das pernas. Seu olhar está focado no chão, ele veste um perfeito terno cinza. Ele está acompanhando de mais dois homens, que também vestem terno. O que está sentado ao seu lado, tem cabelos loiros e um porte atlético. Já o outro tem cabelo preto e aparenta ser um pouco mas jovem que os outros, noto que ele encara Molly sentada na cadeira da cozinha que trouxe para sala, ao notar minha presença a mesma levanta. Os outros fazem a mesma coisa.—Boa noite senhorita Foggs.—Boa noite.Comprimento o tal homem, só por educação. Olho o relógio da sala e me espanto em saber que dormi tanto. Vou até o tal homem que está sentado no meio dos outros dois, e estendo a bolsa plástica em sua direção.—Provavelmente veio pegar isso.Minha voz sai ríspida para o mesmo, que não muda sua expressão séria.—Se esta falando sobre a roupa que te dei, pode fica. Ela è sua.Aceno com a cabeça e sento no outro sofá mas pequeno do outro lado da sala, ficando de frente para ambos.—Na verdade Senhorita Foggs, estamos aqui para falar sobre a noite passada.Um grande incomodo se instala em meu estômago, pensei que tivéssemos resolvido tudo hoje de manhã. Mas pelo visto estava enganada, por um momento pensei que pudesse ignorar o que aconteceu, Mas pelo visto não. Não quero que Molly fique aqui para ouvir isso, sinto que se ela souber o que fiz vai pensar que pode fazer a mesma coisa com Phil. Não quero que ela tenha essa imagem sobre mim, e talvez ela não pense. sei que ele è uma garota madura para sua idade. Mas não quero correr riscos, não quero que esse problema se espalhe.—Molly.Falo seu nome em tom de aviso, ela bufa irritada e anda em direção as escadas. Noto que o jovem rapaz a segue com o olhar em cada degrau que ela sobe, sinto muito rapaz mas a Molly não vai entrar na mesma enrascada que eu. Quando não ouço mas os passos de Molly me pronuncio.—E o que mais temos que falar sobre aquela noite?Pergunto cruzando os braços em quanto ambos me encaram.—Estamos aqui para representa os assuntos do Senhor John Nahant.Fala o homem de cabelos loiros. Nahant, então esse è o sobrenome dele, diferente mas com certa sensualidade.—E que assuntos seriam esses?Pergunto sem rodeios, quero saber o que esse homem tanto quer para me livrar logo dele.—Na noite anterior a senhorita e o senhor Nahat tiveram relações íntimas certo?Não respondo, porque mesmo se eu dissesse sim ou não. Não faria diferença já que não lembro de nada. O mesmo faz um arranho de garganta e continua.— Fez ou faz uso de algum anticoncepcional?— Não, sou alérgica. — lembro que descobri isso da pior maneira possível. Depois daquele incidente criei um trauma, só em ouvir falar sobre isso sinto meu estômago embrulhar.—A senhorita lembra de alguma coisa que aconteceu noite passada?—Não.Falo com certo constrangimento.—O senhor Nahant também não, o que quer dizer que ele não sabe se usaram proteção ou não.Suas palavras me chamam atenção, olho para o tal Nahant e seu olhar è sério sobre mim. Ele me analisa de cima a abaixo, volto meu olhar para o homem de cabelos loiros. Mas quem fala desta vez è o outro homem de cabelos negros.—O senhor Nahant gostaria que a senhorita fizesse exames, para gravidez e doenças è claro. Ele já fez os exames para doenças, os resultados estão aqui se quiser ver.Fala naturalmente como se isso fosse algo comum, meu corpo endurece e sinto minhas mãos soarem em pensar que posso está grávida. Gravida de alguém que nem conheço. Não consigo dizer nada ou até mesmo pensar em nada.—Não precisa ficar nervosa, só quero ter certeza de que não está grávida.Olho para o mesmo incrédula, como ele pode agir com tanta calma e frieza em um momento como esse. O homem de cabelos loiros abre uma maleta de couro marrom, e estende uma pasta com papéis dentro.—Esses são os exames do Senhor Nahant.Pego a pasta e abro a mesma começando a folheá-la. Tudo nos exames indicam que ele tem uma saúde ótima, sem nenhuma doença qualquer.—Então a senhorita vai fazer os exames também?Pergunta o homem de cabelos negros.—Por que não, já que ele fez eu farei também.E o justo, não posso me negar a fazer isso. E ainda mas sabendo que possa existe a possibilidade de eu esta grávida. Entrego a pasta transparente ao mesmo e me levanto do sofá.—Vou deixar meu número com a senhorita, para passarmos o endereço da clínica e o dia.Fala o homem de cabelos negros me entregando um pequeno cartão, Onde tem seu número e seu nome. Nick Blogger.—Certo Nick.Acompanho os mesmos até a porta e abro a mesma, o homem de cabelos negros sorri para mim de forma simpática quando sai. logo depois o homem de cabelos loiros, diferente do Nick ele tem uma expressão séria. Logo depois o tal Nahant. Ele para em minha frente e me encara por alguns momentos, sinto meu coração saltar em encara seu rosto tão de perto.—Até logo senhorita Foggs.—Até logo senhor Nahant.Me despeço do mesmo e fecho a porta quando ele sai, meu coração b**e loucamente e meu corpo treme. Mas uma palavra me vem a mente fazendo meu corpo se retrair. Grávida!Ouço os passos rápidos de Molly descendo as escadas, em poucos segundos ela está em minha frente com seus grandes olhos verdes me fitando.—O que eles queriam?—Nada de mas.Digo me afastando da porta indo até o meu quarto pegar minha bolsa, sei que a mesma observa cada movimento que eu faço, sinto seu olhar em minhas costas. Me queimando cheio de curiosidade.—Qual è Bellinda. me fala a verdade, nunca escondemos nada uma da outra.Suspiro um pouco irritada, não quero tocar nesse assunto, Não por hora pelo menos. Mas sei que ela não me deixará em paz enquanto não dizer tudo.—Quando voltamos do mercado eu conto tudo, tá bem?—Não, porque quando chegarmos você vai fugir do assunto.Não me surpreende Molly me conhecer como um livro aberto, já estamos a tantos anos juntas. Que seria impossível ela não adivinhar o que passa pela minha cabeça. Assim como sei o que passa pela dela, suspiro em derrota e me sento na cama. Dou duas palminhas no colchão ao meu lado, incentivando a mesma a senta
John, move a frigideira de modo agil, nunca imaginária que alguém com seu físico, forte e bruto poderia ser tão delicado, e habilidoso. Devo admitir que ele me impressiona a cada coisa que me revela sobre ele. O observando percebi que ele è alguém discreto e de poucas palavras, me sinto curiosa sobre ele. Pós até o momento ele è um grande mistério, que terei de desvendar. Seus músculos flexionam na blusa social, mostrando cada parte de seus músculos. Seus ombros largos se destacam, o dando uma postura de macho alfa. Mas abaixo sua cintura afina um pouca, fazendo com que sua bunda se destaque, redonda e durinha combinando com suas pernas malhadas. Uma perfeita figura de um deus grego. Me entristece não conseguir lembrar dos eventos daquela noite, mesmo John e eu não termos começado com algo glorioso. Quero me dar bem com ele, e se possível... Vivermos juntos. Afinal não se pode ter certeza de nada se não tentamos, e mas cedo eu concordei com isso, então é inevitável voltar atrás agora.
O barulho persistente do meu celular me desperta de um bom sono, que não tenho a dias. Tateio minha mão sobre o móvel ao lado da cama até achar o mesmo. O trago para perto do meu rosto, o brilho me cega momentaneamente mas logo vejo quem é.—Oi, Marcy.Falo de forma sonolenta e arrastada, deixando claro que acabei de acordar.—Bom dia, flor do dia.Ao contrário de mim, sua voz soa animada e bem acordada.—Me desculpa por te acordar, só queria avisa que já cheguei a empresa.Meu corpo fica tenso e me sento na cama, trazendo o celular para frente do meu rosto. percebendo que não estou atrasada e que ainda sao 06:15 da manhã.—Por que você tá me dizendo isso?Pergunto confusa a mesma. Ouço um som agudo vindo do outro lado da linha, e sei que ela acabou de entrar no elevador.—Ué você não pediu o dia de folga hoje para resolver um problema família?—O que? não.Como um lampejo. John, vem em minha mente. Ah ele não fez isso.—Quem mandou você ficar no meu lugar?Minha voz sai séria, e sint
Após deixamos Molly na escola, vamos em direção a clínica. O silêncio é mútuo no carro. John, não diz uma palavra sequer e eu também, para duas pessoas que passaram a noite juntos não ter nada para conversar é intrigante.—Quanto tempo vai demorar até o teste ficar pronto?Pergunto tentando me livrar daquele silêncio constrangedor. John, olha para mim de relance.—Eu não sei, acho que uma semana no máximo.Após o mesmo responder, o silêncio volta. Mas por sorte não dura por muito tempo. John, estaciona em frente a um grande hospital. O nome do mesmo me chama atenção de forma imediata. Clínica Garson's.—Eu pensei que nós iríamos a uma clínica pequena.Respondo tirando o cinto, o mesmo sai do carro dando a volta para abrir a porta para mim.—Não è lá grande coisa.Responde fechando a porta, dou alguns passos mas logo sinto os dedos de John, se entrelaçarem nós meus. paro por reflexo fazendo com que o mesmo me encare.—Tudo bem?Pergunta balanço a cabeça em confirmação, tentando não dem
Thamur Garson. Dono da empresa em que trabalho, meu chefe. Minha cabeça está a toda velocidade, não consigo pensar em nada além disso, não consigo assimilar suas palavras, mesmo que eu tenha ouvido em alto e bom som. Talvez eu seja mais uma conquista do chefe, por isso que ele esta tão interessado no fato de que eu possa está grávida. Claro, ele tem dinheiro, é solteiro. Não que perder sua liberdade e se amarrar em uma simples secretária, que a partir desse momento está desempregada. Um misto de sentimentos me invade, mas o sentimento de saber que fui enganada é o que mas dói. Sinto meus olhos arder, mas me nego a derramar uma lágrima sequer. Cruzo minhas pernas girando minha cabeça em direção a parede de vidro com vista panorâmica da cidade. Não consigo encara-lo, não depois disso. Pelo canto do olho vejo que Thamur, continua parada e não diz nada, esperando alguma reação minha. Pego minha bolsa e levanto, caminho em passos firmes em direção ao elevador.—Bellinda, espera!Thamur, pe
Coloco o último garfo na mesa quando ouço uma voz feminina, vejo de relance Nick, andar em direção ao elevador enquanto Molly, levanta e fica parada onde está com um sorriso simpático nos lábios. Sinto a grande mão de Thamur, se apossar da minha cintura. Giro meu corpo para que eu possa ficar de frente para o mesmo, percebo que seus olhos tem um pequeno brilho profundo, ao qual não sei decifra.— Vamos.Fala me levando ao seu lado, como se fossemos um casal. E talvez fossemos um. Vejo uma mulher de meia idade beijar o lado esquerdo do rosto de Nick, que sorri contente. A mulher está bem vestida e com os cabelos brancos presos em um coque firme, não deixando nenhum fio sequer escapar. O homem ao seu lado que julgo ter a mesma idade que a mulher, comprimenta Nick, com um aperto de mão. A mulher dirige seu olhar para nós, quando paramos a sua frente. Um grande sorriso se destaca em seu rosto, e percebo que seus olhos verdes brilham. Sem hesitar a mesma vem em direção a Thamur, e passa se
Ouvir aquelas palavras de Thamur, foi algo surreal. Nunca em mil anos pensaria que alguém como ele gostaria de mim, afinal não me acho nada daquilo que os homens deseja, principalmente homens como Thamur Garson. Seus olhos me observam atentos como se esperasse alguma resposta minha, mas suas palavras me pegaram de supresa e não consigo formulá uma única palavra. Sinto algo quente dentro de mim, e um reconforto por ter ouvido isso. Mas a insegurança de que ele tenha dito aquilo só pelo fato de que eu esteja possivelmente grávida, me faz vacilar e sem pensar balbucio.— Idem.Suas sobrancelhas grossas se juntam, e seus lábios se curvam em um curto sorriso. Mordo meu lábio inferior em forma de repreensão, por ter dito isso. Mas sua feição se suaviza e o mesmo me solta para poder se levanta.— Vou pegar algo pra você comer.Fala tão repentinamente saindo do quarto, que mal consigo distinguir se ele estava triste ou frustrado. Por minha falha em dizer que eu também gosto dele. Não posso di
Nós já tínhamos acordado a algum tempo, mas não saimos da cama. Ficamos lá parados, observando os raios de sol entrar pela janela e a temperatura se elevar no quarto. Faço uma trilha com a ponta dos dedos pelo seu peitoral. Começando pela clavícula até o seu umbigo, onde faço pequenos círculos. A mão de Thamur afega minha cabeça em um carinho gostoso. O silêncio no local faz minha audição ficar mais apurada. assim, como seu toque sobre minha pele causando arrepios por meu corpo, o atrito que sua mão áspera causa ao deslizar por minha pele faz arrepios se espalhar por meu corpo, enviando ondas de calor até meu sexo, minha carne pulsa. Thamur, suspira. Minha cabeça sobe junto com seu peitoral quando ele estufa o peito. A posição me impede de ver seu rosto, mas sinto que Thamur, quer me dizer algo.— Bellinda, em dois meses vou ter que ir embora. — fala após alguns segundos, assim como pressentir.— Ir embora para onde?Pergunto aflita, sentindo cada músculo do meu corpo tenso. Um sentim