Capítulo Dois

Minha cabeça lateja como se uma festa estivesse presente nela, meu corpo está dolorido e meu sexo arde. Abro meus olhos e sinto a luz do sol me cegar, fecho meus olhos fortemente e cobro minha cabeça com o lençol macio. Macio até demais para ser meu, a cama fofa reconforta meu corpo. Após poucos minutos abro meus olhos em uma segunda tentativa, olho para os lençóis, mas atentamente e me sento na cama. Esses lençóis não são meus, assim como esse quarto. Olho em volta e vejo um quarto luxuoso que esbanja glamour. Ao lado esquerdo tenho uma vista panorâmica e maravilhosa da cidade de Seattle. Me levanto da ampla cama em um pulo e minhas pernas fraquejam, me fazendo senta na cama. Passo uma mão pelo cabelo e me levanto novamente com mais cautela. ando pelo quarto, minha cabeça gira e sinto que vou vomitar. Olho para o teto tentando afastar o mal estar, percebo que em cima da cama onde estava um grande espelho se destaca, mas o que me chama atenção é ver meu corpo nu. Sem nenhuma peça de roupa qualquer. Pego o lençol vinho da cama e cobro minha nudez. Passeio meus olhos pelo quarto na esperança de achar minhas roupas, tento me lembrar de alguma coisa da noite passada e nada me vem à mente. Ouço uma porta se aberta e ao me virar meu corpo entra em choque. Ele está parado secando os cabelos com uma pequena toalha, gotas de água percorrem o seu corpo indo até a toalha enrolada em sua cintura. Seus músculos se flexionam a cada movimento que ele faz como um verdadeiro Deus Grego.

— Que bom que acordou, eu iria fazer isso depois de tomar banho.

Fala naturalmente colocando a toalha envolta do seu pescoço, sinto um nervosismo repentino me invadir. E involuntariamente me curvo colocando o que me faz mal para fora. Coloco tudo para fora sem poder evitar, sinto algo quente em minhas costas e percebo que ele afaga meu ombro com sua mão, quente e convidativa. Ele tenta limpar minha boca com a toalha que estava envolta no seu pescoço, afasto meu corpo do seu e pego a toalha de sua mão.

— Tudo bem? Vou pegar algo pra você.

Pergunta preocupado quando me encosto na cama, ele volta para onde saiu agora sei que é o banheiro. E em poucos segundos volta com um copo de água e um comprimido. Pego o mesmo e bebo, tento limpar um pouco do meu cabelo que se sujou com meu próprio vômito. Passo a toalha pelos fios, mas o tal estranho toma a toalha de mim e limpa meu cabelo.

— Você precisa de um banho, vem eu te ajudo.

Fala estendendo seus braços músculos em minha direção, me afasto do mesmo. Não quero que ele me toque e muito menos que me veja nua. Sei que aconteceu algo entre nós ontem à noite, mas não me lembro de absolutamente nada. Aperto, mas firme o lençol em volta do meu corpo.

— Você sabe que não tem nada em baixo desse lençol melado de vômito que eu já não tenha visto.

Fala de forma neutra, sua expressão é séria e autoritária. Mas não vou mudar de ideia.

—Eu não sei quem você é, e nem quero saber. Só preciso das minhas roupas e minha casa.

Falo de forma firme o mesmo que está abaixado ao meu lado, ele olha meu rosto atentamente antes de levantar e se afastar. O fito ir até a escrivaninha e pegar seu celular, o mesma disca algum número em poucos segundos ele fala.

— Preciso que compre roupas femininas, Obrigado.

Após tais palavras desliga o celular e me olha mais uma vez, seu olhar é diferente de quando vi pela primeira vez, seu olhar agora é vazio e distante.

— Daqui a pouco vão trazer suas roupas. — Fala o mesmo colocando o celular no mesmo lugar de antes.

— Não preciso de roupas novas.

— Acredite, precisa sim. Tome um banho quando acabar as roupas já estarão aqui.

Fala indo em direção a uma outra porta, solto um pequeno suspiro de alívio e me levanto me sentindo um tanto quanto melhor. Olho para o lençol e vejo o tanho do estrago que fiz, é inevitável não sentir minhas bochechas esquentarem. Ando em direção ao banheiro passando pela porta que ele entrou e entro no mesmo. Me deslumbro com o lugar, esse banheiro é maior do que o meu quarto. Solto o lençol que desliza pelo meu corpo e entro no box, quero evitar ao máximo prolongar isso. A água quente reconforta meu corpo, uso o shampoo que está na pedra de mármore, com sabote e outros usos masculinos. Lavo meu cabelo e meu corpo atentamente, percebo alguns chupões pelo meu corpo. Me pergunto como pude me envolver em uma situação como essa, isso não faz parte do meu fértil. Termino de me lavar e saio do box me enrolando em uma toalha, abro a porta do banheiro e olho em volta do quarto. Em cima da cama uma sacola me chama atenção, mas não a sacola em si. Mas sim a marca. Em nenhum milhão de anos pensaria em comparar ou ganhar alguma coisa dessa loja, Molly e eu já passamos algumas vezes na frente dessa loja. Mas o que queríamos só ficava em nossas imaginações. Abro a sacola e vejo um elegante vestido preto no estilo "tubinho", dentro do mesmo também tem uma lingerie de renda cor preta. Olho o local onde o tal homem estava me certificando de que estou sozinha, rapidamente visto o conjunto de peças. Me incomoda um pouco o fato de o vestido ficar justo em meu quadril, termino de me vestir e faço um coque no topo da cabeça, mesmo meu cabelo estando molhado. calço uma rasteirinha de cor bege que estava dentro de outra sacola e saiu do quarto. Agradeço mentalmente por hoje ser meu dia de folga, ando até o final do corredor e me vejo no topo de uma escada. Mas abaixo uma sala luxuosa brilha expondo o quanto deve ser caro viver ali, desço as escadas não me importando com o barulho que meus passos fazem.

— Onde pensa que vai?

A voz firme do tal homem soa no ambiente, me dando um leve susto. Giro meus calcanhares em sua direção, ele está parado vestido em uma blusa social branca, juntamente com sua calça de tom escuro. Suas mãos repousam em seus bolsos da calça. Ele dá alguns passos em minha direção, seus sapatos caros soam a cada passo que ele dá.

— Estou indo para minha casa.

— Não quer tomar café primeiro?

Pergunta ficando próximo a mim, sua colônia invade minhas narinas causando leves arrepios.

— Eu nem sei quem você é, eu agradeço pelo vestido. Mas eu quero ir pra casa agora.

Falo firme impondo meu desejo, ele assente com a cabeça.

— Tudo bem, meu motorista leva você.

— Obrigado.

Não recuso, pois não tenho dinheiro para o taxi e sei que estou longe da minha casa. por quê aqui é um lugar luxuoso, e onde eu moro não tem nada disso. Me viro em direção a porta, um homem vestido em um palito azul marinho me cumprimenta com um aceno de cabeça.

— Deixe a Senhorita Foggs, na casa dela.

Fala neutro para o homem de palito azul, Olhopara o tal homem uma última voz antes de virar as costas e ir embora. Opercurso para minha casa foi mais longo do que pensei, em todo caminho nãoparei de pensar nesse homem. Mas tenho que esquecer isso, afinal foi caso deuma noite. Tenho uma vida para cuidar e alguém para sustentar, pelo bem deambas as partes espero que não nos vejamos nunca mais.

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