Senhor Garson (Trilogia "Homens de Nome")
Senhor Garson (Trilogia "Homens de Nome")
Por: Aris Sants
Prólogo

Bellinda Foggs

Fazia uma semana que trabalhava para o temível Thamur Garson. Apesar do que leio sobre ele nos tabloides e revistas, ele è um homem bastante misterioso. Desde que comecei a trabalhar aqui, nunca o vi. Apesar de ser sua secretaria partícula. A única forma que me comunico com ele é através de E-mails, nem por telefone nos falamos. Não que eu esteja achando ruim, mas desde que comecei a trabalhar ouço boatos sobre ele. E nenhum foi agradável, Penso que me comunicar com o meu chefe por E-mails não seja tão ruim assim. Termino de digitar o último compromisso para amanhã e envio sua agenda por e-mail. Falta cinco minutos para o meu expediente acabar, começo a arrumar minha mesa e arquivo alguns assuntos importantes no computador. Pego alguns papéis que devo copiar para amanhã e vou até a sala da copiadora um andar abaixo do meu, ando em direção aos elevadores e noto que já foram desligados. Suspiro e vou em direção as escadas, nesse curto período de trabalho me dedico bastante, apesar de ter outras prioridades. Quase sempre nesse curto período de trabalho sou a última a sair e a primeira a chegar. Tenho responsabilidades e alguém para sustentar. Ando pelo corredor deserto e entro na sala de cópias, coloco o primeiro contrato e faço cinco cópias dele. Olho meu pulso coberto por um relógio desgastado, e me amaldiçoo mentalmente por, mas uma vez saber que chegarei tarde em casa, pego meu celular não muito atual e disco o número de Molly, no quarto toque ela atende.

— Bellinda — Fala meu nome, ouço que sua voz soa ofegante — Foi mal, eu estava no banho não ouvi o celular tocar.

— Tudo bem, só liguei pra avisar que vou chegar um pouco tarde hoje — Falo massageando meu pescoço, minha voz sai cansada e abafada.

— Assim como todos os dias que começou a trabalhar? — Sua voz soa irritada, suspiro e pego a folha da copiadora substituindo por outra.

— Molly já falou sobre isso — Digo em tom de aviso, a ouço suspirar.

— Quer que eu faça alguma coisa pra você?

— Não precisa, você vai dormir na casa do Phil? — Pergunto já sabendo sua resposta.

— Vou sim, ele me convidou - Sua voz soa animada, troco a folha da copiadora e junto com a outra em cima da máquina.

— Você sabe muito bem que não gosto que durma na casa dele.

— Qual é Bel, a gente só vai dormir. E além disso os pais dele vão está lá. um pouco de confiança não mata ninguém sabia?

Sei que não posso prender Molly para sempre embaixo das minhas asas, um dia ela vai crescer e viver a vida dela. Apesar de ela ter dezesseis anos, é uma garota bastante madura e sempre tomou boas decisões. Ela já dormiu algumas vezes na casa do Phil e sempre me garantiu que nunca aconteceu nada, sem falar que nunca me deu motivos para desmerecer minha confiança. Apesar de Phil nunca me parecer tão confiável, confio em Molly.

— Tudo bem, mas você lembra das regras certo?

— Sexo só a partir dos dezoito, e sempre usar camisinha — Fala em tom tedioso.

— Essa é minha garota, divirta-se.

— Você também.

Comprimo meus lábios em um sorriso antes da ligação ficar muda. guardo meu celular no bolso. Pego a última folha e junto com as outras saindo da sala, volto para as escadas novamente e começo a subir. Só em lembrar que terei que descer tudo isso para sair do prédio, sinto minhas pernas fraquejarem. Ao chegar em minha mesa guardo os papeis em uma pasta transparente e deixo na gaveta. Pego minha bolsa e vou em direção as escadas, mas um barulho agudo me chama atenção. Olho em direção aos elevadores e vejo alguém entrar no mesmo, agradeço mentalmente por essa pequena cartada de sorte. Ando em passos rápidos em direção ao mesmo, as portas estão se fechando quando dou um curto grito.

— ESPERA!

Vejo uma grande mão segura um dos lados da porta, e entro como um foguete no local. Espalmo minha mão pela parede metálica me apoiando. Minha respiração está acelerada pela pequena corrida. Isso me lembra que tenho que começar a exercita um pouco.

— Você está bem?

Uma voz imponente e dominadora soa no local, sinto que minha audição aguçou, pós sinto como se ele estivesse falado próximo ao meu pescoço. Uma inquietude se instalou em mim, sua voz soou tão profunda que sinto arrepios pelo meu corpo. Me questiono por sentir tais sensações, só por ouvir uma voz qualquer, mas uma voz que mexe comigo sem ao menos saber a quem pertence. Sinto algo quente em minhas costas, e tenho quase certeza que ele me encara. Mas quando giro meu corpo e o encaro tenho plena certeza disso. Seus olhos azuis me perfuram, me sinto constrangida com seu olhar atento e observador sobre mim. me sinto como se não estivesse com nenhuma peça de roupa. Seus lábios formam uma linha reta, o deixando com um semblante sério e sexy ao mesmo tempo. Sua mão esquerda repousa no bolso da sua calça social, de tom azul marinho quase um preto. Noto que seus músculos se destacam no palito justo, assim como suas pernas grossas. Tenho certeza que ele é um bom apreciador de academia, diferente de mim. Nunca pensei que precisasse, afinal meu quadril é largo me dando um belo par de nádegas. Meus olhos são incapazes de desviar dos seus. São de um azul profundo que consigo me ver em seus olhos. sinto minha boca seca e como um estalo me recomponho e percebo que passei tempo de mais encarando seu rosto. Faço um arranhar de garganta, coloco uma mexa de cabelo que se soltou do meu coque atrás da orelha.

— Estou sim, agradeço por segurar o elevador.

Falo de forma educada e baixa, me questiono se ele ouviu o que eu disse. Sem desviar seus olhos de mim ele responde.

— Disponha.

Fala de forma natural, passeando seus olhos por meu corpo de forma não muito discreta. A contra gosto quebro nosso contato visual e dou um passo ficando ao seu lado, a todo momento encaro a porta do elevador. Mas ainda sinto seus olhos sobre mim como um predador. Vamos lá Bellinda, o que esse homem com aparência de Deus grego veria em você? Provavelmente deve ser casado ou ter namorada. Após os minutos, mas longos da minha vida, a caixa metálica para e finalmente posso ficar longe do campo de visão deste homem. Começo a andar pelo amplo hall de entrada, ouço as portas do elevador fechar e olho para trás para ver uma última vez aquele estranho tão... Misterioso e atraente. Mas ele não está lá, provavelmente deve ter voltado para pegar algo que esqueceu, não sei. Passo o cartão pelas catracas do prédio e finalmente saio pelas portas giratórias, sinto um pequeno alívio quando ponho meus pés na calçada. Furtivamente giro minha cabeça, mas uma vez em direção as portas, para confirmar que ele não está lá. Suspiro e afasto esse homem dos meus pensamentos. Começo a ando em direção ao ponto de ônibus. A única coisa que quero agora é chegar em casa e tomar um bom banho, antes de me jogar na cama.  

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