Bellinda Foggs
Fazia uma semana que trabalhava para o temível Thamur Garson. Apesar do que leio sobre ele nos tabloides e revistas, ele è um homem bastante misterioso. Desde que comecei a trabalhar aqui, nunca o vi. Apesar de ser sua secretaria partícula. A única forma que me comunico com ele é através de E-mails, nem por telefone nos falamos. Não que eu esteja achando ruim, mas desde que comecei a trabalhar ouço boatos sobre ele. E nenhum foi agradável, Penso que me comunicar com o meu chefe por E-mails não seja tão ruim assim. Termino de digitar o último compromisso para amanhã e envio sua agenda por e-mail. Falta cinco minutos para o meu expediente acabar, começo a arrumar minha mesa e arquivo alguns assuntos importantes no computador. Pego alguns papéis que devo copiar para amanhã e vou até a sala da copiadora um andar abaixo do meu, ando em direção aos elevadores e noto que já foram desligados. Suspiro e vou em direção as escadas, nesse curto período de trabalho me dedico bastante, apesar de ter outras prioridades. Quase sempre nesse curto período de trabalho sou a última a sair e a primeira a chegar. Tenho responsabilidades e alguém para sustentar. Ando pelo corredor deserto e entro na sala de cópias, coloco o primeiro contrato e faço cinco cópias dele. Olho meu pulso coberto por um relógio desgastado, e me amaldiçoo mentalmente por, mas uma vez saber que chegarei tarde em casa, pego meu celular não muito atual e disco o número de Molly, no quarto toque ela atende.— Bellinda — Fala meu nome, ouço que sua voz soa ofegante — Foi mal, eu estava no banho não ouvi o celular tocar.— Tudo bem, só liguei pra avisar que vou chegar um pouco tarde hoje — Falo massageando meu pescoço, minha voz sai cansada e abafada.— Assim como todos os dias que começou a trabalhar? — Sua voz soa irritada, suspiro e pego a folha da copiadora substituindo por outra.— Molly já falou sobre isso — Digo em tom de aviso, a ouço suspirar.— Quer que eu faça alguma coisa pra você?— Não precisa, você vai dormir na casa do Phil? — Pergunto já sabendo sua resposta.— Vou sim, ele me convidou - Sua voz soa animada, troco a folha da copiadora e junto com a outra em cima da máquina.— Você sabe muito bem que não gosto que durma na casa dele.— Qual é Bel, a gente só vai dormir. E além disso os pais dele vão está lá. um pouco de confiança não mata ninguém sabia?Sei que não posso prender Molly para sempre embaixo das minhas asas, um dia ela vai crescer e viver a vida dela. Apesar de ela ter dezesseis anos, é uma garota bastante madura e sempre tomou boas decisões. Ela já dormiu algumas vezes na casa do Phil e sempre me garantiu que nunca aconteceu nada, sem falar que nunca me deu motivos para desmerecer minha confiança. Apesar de Phil nunca me parecer tão confiável, confio em Molly.— Tudo bem, mas você lembra das regras certo?— Sexo só a partir dos dezoito, e sempre usar camisinha — Fala em tom tedioso.— Essa é minha garota, divirta-se.— Você também.Comprimo meus lábios em um sorriso antes da ligação ficar muda. guardo meu celular no bolso. Pego a última folha e junto com as outras saindo da sala, volto para as escadas novamente e começo a subir. Só em lembrar que terei que descer tudo isso para sair do prédio, sinto minhas pernas fraquejarem. Ao chegar em minha mesa guardo os papeis em uma pasta transparente e deixo na gaveta. Pego minha bolsa e vou em direção as escadas, mas um barulho agudo me chama atenção. Olho em direção aos elevadores e vejo alguém entrar no mesmo, agradeço mentalmente por essa pequena cartada de sorte. Ando em passos rápidos em direção ao mesmo, as portas estão se fechando quando dou um curto grito.— ESPERA!Vejo uma grande mão segura um dos lados da porta, e entro como um foguete no local. Espalmo minha mão pela parede metálica me apoiando. Minha respiração está acelerada pela pequena corrida. Isso me lembra que tenho que começar a exercita um pouco.— Você está bem?Uma voz imponente e dominadora soa no local, sinto que minha audição aguçou, pós sinto como se ele estivesse falado próximo ao meu pescoço. Uma inquietude se instalou em mim, sua voz soou tão profunda que sinto arrepios pelo meu corpo. Me questiono por sentir tais sensações, só por ouvir uma voz qualquer, mas uma voz que mexe comigo sem ao menos saber a quem pertence. Sinto algo quente em minhas costas, e tenho quase certeza que ele me encara. Mas quando giro meu corpo e o encaro tenho plena certeza disso. Seus olhos azuis me perfuram, me sinto constrangida com seu olhar atento e observador sobre mim. me sinto como se não estivesse com nenhuma peça de roupa. Seus lábios formam uma linha reta, o deixando com um semblante sério e sexy ao mesmo tempo. Sua mão esquerda repousa no bolso da sua calça social, de tom azul marinho quase um preto. Noto que seus músculos se destacam no palito justo, assim como suas pernas grossas. Tenho certeza que ele é um bom apreciador de academia, diferente de mim. Nunca pensei que precisasse, afinal meu quadril é largo me dando um belo par de nádegas. Meus olhos são incapazes de desviar dos seus. São de um azul profundo que consigo me ver em seus olhos. sinto minha boca seca e como um estalo me recomponho e percebo que passei tempo de mais encarando seu rosto. Faço um arranhar de garganta, coloco uma mexa de cabelo que se soltou do meu coque atrás da orelha.— Estou sim, agradeço por segurar o elevador.Falo de forma educada e baixa, me questiono se ele ouviu o que eu disse. Sem desviar seus olhos de mim ele responde.— Disponha.Fala de forma natural, passeando seus olhos por meu corpo de forma não muito discreta. A contra gosto quebro nosso contato visual e dou um passo ficando ao seu lado, a todo momento encaro a porta do elevador. Mas ainda sinto seus olhos sobre mim como um predador. Vamos lá Bellinda, o que esse homem com aparência de Deus grego veria em você? Provavelmente deve ser casado ou ter namorada. Após os minutos, mas longos da minha vida, a caixa metálica para e finalmente posso ficar longe do campo de visão deste homem. Começo a andar pelo amplo hall de entrada, ouço as portas do elevador fechar e olho para trás para ver uma última vez aquele estranho tão... Misterioso e atraente. Mas ele não está lá, provavelmente deve ter voltado para pegar algo que esqueceu, não sei. Passo o cartão pelas catracas do prédio e finalmente saio pelas portas giratórias, sinto um pequeno alívio quando ponho meus pés na calçada. Furtivamente giro minha cabeça, mas uma vez em direção as portas, para confirmar que ele não está lá. Suspiro e afasto esse homem dos meus pensamentos. Começo a ando em direção ao ponto de ônibus. A única coisa que quero agora é chegar em casa e tomar um bom banho, antes de me jogar na cama.Ao chegar em casa acendo as luzes e vou em direção a cozinha, abro a geladeira me lembrando que terei que ir ao mercado logo. Pego a caixa de leite quase vazia e bebo o resto do conteúdo direto da caixa, depois jogo a caixa vazia no lixo. Subo as escadas comendo uma maçã que peguei no cesto de frutas em cima da mesa, pensando bem até que foi uma boa ideia a Molly ir para casa do Phil. Entro no quarto e desabo na cama, termino de comer a maçã e deixo o resto sobre o móvel ao lado da cama. Trabalhar nessa empresa está me deixando relaxada e irresponsável, me pergunto o que Papai iria achar disso. Rapidamente afasto esses pensamentos e sinto meus olhos pesarem, em um piscar de olhos me aprofundo na escuridão do quarto e apago. Ouço o som alucinante do despertador tocar, anunciando que meu descanso acabou. Abro meus olhos e a luz do sol que entra pela janela quase me cega, fecho eles novamente e passo minha mão por meu rosto. Me espreguiço e levanto preguiçosamente, meu corpo clama para q
Minha cabeça lateja como se uma festa estivesse presente nela, meu corpo está dolorido e meu sexo arde. Abro meus olhos e sinto a luz do sol me cegar, fecho meus olhos fortemente e cobro minha cabeça com o lençol macio. Macio até demais para ser meu, a cama fofa reconforta meu corpo. Após poucos minutos abro meus olhos em uma segunda tentativa, olho para os lençóis, mas atentamente e me sento na cama. Esses lençóis não são meus, assim como esse quarto. Olho em volta e vejo um quarto luxuoso que esbanja glamour. Ao lado esquerdo tenho uma vista panorâmica e maravilhosa da cidade de Seattle. Me levanto da ampla cama em um pulo e minhas pernas fraquejam, me fazendo senta na cama. Passo uma mão pelo cabelo e me levanto novamente com mais cautela. ando pelo quarto, minha cabeça gira e sinto que vou vomitar. Olho para o teto tentando afastar o mal estar, percebo que em cima da cama onde estava um grande espelho se destaca, mas o que me chama atenção é ver meu corpo nu. Sem nenhuma peça de r
Ao entrar me encosto na porta, solto um longo suspiro de alívio. Minha cabeça gira um pouco, deve ser por causa do comprido ou o cansaço da ressaca. Ouço panelas batendo vou andando até a cozinha e encontro Molly cozinhando. —Você chegou. — Fala ao perceber minha presença na cozinha. — Tô fazendo chá, você quer?—Quero.Falo me sentando na cadeira da cozinha, apoio minha cabeça em minha mão e solto um gemido incomodo. —Você parece péssima. —Eu estou péssima. Tento me recompor, encaro a mesma que ponhe açúcar nas xícaras que pegou no armário depois os saquinhos com ervas trituradas dentro. —Vai deitar e descansa um pouco, preciso de você novinha em folha para fazer compras depois.—Eu tinha me esquecido.Falo me lembrando que não vi a Molly quase um dia e meio, pós quando ela foi para casa do Phil só chegou no outro dia a tarde. E a última coisa que me lembro da noite passada e ir diretamente do trabalho para a boate. Não acredito no quanto fui irresponsável, nem sequer deixei com
Ouço os passos rápidos de Molly descendo as escadas, em poucos segundos ela está em minha frente com seus grandes olhos verdes me fitando.—O que eles queriam?—Nada de mas.Digo me afastando da porta indo até o meu quarto pegar minha bolsa, sei que a mesma observa cada movimento que eu faço, sinto seu olhar em minhas costas. Me queimando cheio de curiosidade.—Qual è Bellinda. me fala a verdade, nunca escondemos nada uma da outra.Suspiro um pouco irritada, não quero tocar nesse assunto, Não por hora pelo menos. Mas sei que ela não me deixará em paz enquanto não dizer tudo.—Quando voltamos do mercado eu conto tudo, tá bem?—Não, porque quando chegarmos você vai fugir do assunto.Não me surpreende Molly me conhecer como um livro aberto, já estamos a tantos anos juntas. Que seria impossível ela não adivinhar o que passa pela minha cabeça. Assim como sei o que passa pela dela, suspiro em derrota e me sento na cama. Dou duas palminhas no colchão ao meu lado, incentivando a mesma a senta
John, move a frigideira de modo agil, nunca imaginária que alguém com seu físico, forte e bruto poderia ser tão delicado, e habilidoso. Devo admitir que ele me impressiona a cada coisa que me revela sobre ele. O observando percebi que ele è alguém discreto e de poucas palavras, me sinto curiosa sobre ele. Pós até o momento ele è um grande mistério, que terei de desvendar. Seus músculos flexionam na blusa social, mostrando cada parte de seus músculos. Seus ombros largos se destacam, o dando uma postura de macho alfa. Mas abaixo sua cintura afina um pouca, fazendo com que sua bunda se destaque, redonda e durinha combinando com suas pernas malhadas. Uma perfeita figura de um deus grego. Me entristece não conseguir lembrar dos eventos daquela noite, mesmo John e eu não termos começado com algo glorioso. Quero me dar bem com ele, e se possível... Vivermos juntos. Afinal não se pode ter certeza de nada se não tentamos, e mas cedo eu concordei com isso, então é inevitável voltar atrás agora.
O barulho persistente do meu celular me desperta de um bom sono, que não tenho a dias. Tateio minha mão sobre o móvel ao lado da cama até achar o mesmo. O trago para perto do meu rosto, o brilho me cega momentaneamente mas logo vejo quem é.—Oi, Marcy.Falo de forma sonolenta e arrastada, deixando claro que acabei de acordar.—Bom dia, flor do dia.Ao contrário de mim, sua voz soa animada e bem acordada.—Me desculpa por te acordar, só queria avisa que já cheguei a empresa.Meu corpo fica tenso e me sento na cama, trazendo o celular para frente do meu rosto. percebendo que não estou atrasada e que ainda sao 06:15 da manhã.—Por que você tá me dizendo isso?Pergunto confusa a mesma. Ouço um som agudo vindo do outro lado da linha, e sei que ela acabou de entrar no elevador.—Ué você não pediu o dia de folga hoje para resolver um problema família?—O que? não.Como um lampejo. John, vem em minha mente. Ah ele não fez isso.—Quem mandou você ficar no meu lugar?Minha voz sai séria, e sint
Após deixamos Molly na escola, vamos em direção a clínica. O silêncio é mútuo no carro. John, não diz uma palavra sequer e eu também, para duas pessoas que passaram a noite juntos não ter nada para conversar é intrigante.—Quanto tempo vai demorar até o teste ficar pronto?Pergunto tentando me livrar daquele silêncio constrangedor. John, olha para mim de relance.—Eu não sei, acho que uma semana no máximo.Após o mesmo responder, o silêncio volta. Mas por sorte não dura por muito tempo. John, estaciona em frente a um grande hospital. O nome do mesmo me chama atenção de forma imediata. Clínica Garson's.—Eu pensei que nós iríamos a uma clínica pequena.Respondo tirando o cinto, o mesmo sai do carro dando a volta para abrir a porta para mim.—Não è lá grande coisa.Responde fechando a porta, dou alguns passos mas logo sinto os dedos de John, se entrelaçarem nós meus. paro por reflexo fazendo com que o mesmo me encare.—Tudo bem?Pergunta balanço a cabeça em confirmação, tentando não dem
Thamur Garson. Dono da empresa em que trabalho, meu chefe. Minha cabeça está a toda velocidade, não consigo pensar em nada além disso, não consigo assimilar suas palavras, mesmo que eu tenha ouvido em alto e bom som. Talvez eu seja mais uma conquista do chefe, por isso que ele esta tão interessado no fato de que eu possa está grávida. Claro, ele tem dinheiro, é solteiro. Não que perder sua liberdade e se amarrar em uma simples secretária, que a partir desse momento está desempregada. Um misto de sentimentos me invade, mas o sentimento de saber que fui enganada é o que mas dói. Sinto meus olhos arder, mas me nego a derramar uma lágrima sequer. Cruzo minhas pernas girando minha cabeça em direção a parede de vidro com vista panorâmica da cidade. Não consigo encara-lo, não depois disso. Pelo canto do olho vejo que Thamur, continua parada e não diz nada, esperando alguma reação minha. Pego minha bolsa e levanto, caminho em passos firmes em direção ao elevador.—Bellinda, espera!Thamur, pe