.Olho ao redor, posso ver um conjunto de belíssimas mulheres, e na mesma proporção um conjunto de baba ovos do meu pai – Ser o filho herdeiro do Capo da Máfia, caro mio, não é nada fácil.
Desde que meus pais decidiram que estava na hora de eu me casar para que no futuro quando meu pai deixasse o cargo, eu tivesse uma imagem forte e uma família consolidada o inferno reinou na minha vida.
E o pior, tenho certeza que essa história de casar foi ideia de minha mãe, mama maledetta. Esse não eram meus planos. O foco era trabalhar bastante, fortalecer a famiglia e a máfia, me enfiar em uma rabos de saia para relaxar e esperar até que meu papa decidisse que era a hora de eu assumir.
Mas não, vamos ouvir as mulheres, vamos dar uma chance ao amor e aos corações. Não sei o que acontece com esses homens, inclusive meu pai e meu irmão, quando a cabeça de baixo se apaixona a cabeça de cima perde o juízo, por isso o lema é NÃO SE APAIXONAR – como se fosse possível.
Todos continuam a me olhar, acho que esperam que eu dia algo, quando eu não queria nem estar aqui, estar entre as pernas da morena a 30 minutos atras estava muito mais interessante. Pego uma taça de champanhe que passa a minha frente, e começo o discurso mais mentiroso que já fiz em minha vida.
Agradeço a presença de todos os presentes, não poderia estar mais feliz com a oportunidade de conhecer e escolher a minha futura esposa. Todos nós sabemos como a famiglia é importante para nós, e mal posso esperar para iniciar a minha. Um brinde a esse momento especial – digo levantando a taça e esperando que todos façam o mesmo.
Após a minha fala as pessoas se dispersam e voltam a conversa - ótimo já posso beber meu whisky em paz e dar uma olhada em algumas dessas mulheres .
Uma hora depois, confesso que estou um pouco embriagado e de saco cheio, ter esse bando de mulher interessada em mim por motivos sérios e ainda ter que fingir que me importo me tira a paciência.
Vejo sentada em uma mesa, sozinha, com um sorriso zombeteiro nos lábios e um copo de whisky na mão, uma morena que não parece estar muito interessada em me conquistar. - Vamos ver qual é a dessa ragazza.
-Olá, boa noite, vim me desculpar pessoalmente pelo meu atraso – percebo que a morena me olha por inteiro – Qual seu nome?
-Olá, prazer, sou a Anna, sem problemas com o atraso, seu irmão me disse que houve um problema com uma encomenda. Só que dá próxima vez, avisa a encomenda que esse batom já está fora de moda a anos – a morena fala enquanto toca meu colarinho.
Me surpreendo com sua atitude, nenhuma delas ousou perceber sobre meu colarinho ou desconfiou do meu atraso, interessante, apenas solto um misto de bufo e sorriso levanto meu copo em um gesto de brinde e me afasto em direção ao meu irmão.
Toda essa história me parece; uma grande merda, seriam longos e tediosos dias, tendo que dar atenção a todas elas sem poder me divertir nenhum pouquinho com algumas.
Chego próximo ao meu irmão, que visivelmente ri da minha cara
-Mal começou e já está cansado, fratello ? Não é assim que você é conhecido entre as mulheres.
-Não me enche Vitorio, você sabe muito bem que não quero nada disso, sabe que nunca vou me tornar uma besta apaixonada como você. Não quero casar, não quero ter um filho que não terei tempo de cuidar
-Oi queridinho, se divertindo? - é só falar no diabo que ele aparece – diz Barbara mulher de meu irmão. Essa insuportável amarrou as bolas do Vitorio e roubou ele de mim. Agora nem companhia para ir caçar tenho mais.
-Babi, não me irrita ainda mais, por favor. Se quer encher o saco de alguém vai chupar as bolas do meu irmão.
-Nossa não está mais aqui quem falou!! - Diz, colocando as mãos ao alto em sinal de rendição - Não sei por que está tão estressado, você aproveitar e se divertir com alguma delas, não pode?
-Aí é que você se engana, insuportável cunhada, se a sua sogra ousar desconfiar que eu tirei a virgindade de alguma dessas meninas antes do casamento, terei de além de ouvir um baita sermão me casar com essa garota no minuto seguinte.
-Calma fratello- meu irmão diz enquanto apoia em meus ombros – quem sabe dessa maneira você não encontra alguém pelos motivos certos.
Dio santo, esses dois estavam querendo me deixar mais estressado que o normal. Olho em meu celular algumas mensagens indecentes e ao mesmo tempo percebo que já são 2 da manhã. A Festa está boa, mas é melhor eu me retirar e dormir um pouco, me sinto cansado, e amanhã terei de almoçar com uma e jantar com outra dessas meninas.
Estou almoçando em um dos restaurantes de costume, com uma delícia de pernas longas, Helena – herdeira da máfia grega. A conversa flui bem, e ela pare ser inteligente e interessada nos assuntos da máfia.
Reservei o menu completo, e comemos enquanto conversamos. Às vezes me dá umas olhadas sacanas e se não fosse a voz da minha mãe em minha mente eu já teria transado com ela empressada na parede do banheiro nesse momento.
“Lorenzo, se eu descobrir que você transou com alguma delas. Você se casa na hora, entendeu? Espero que estejamos entendidos. “
Merda o negócio vai ser me contentar com a garçonete gostosa de sempre, a procuro pelo lugar e encontro me encarando.
Me sento na mesma mesa do mesmo restaurante esperando mais uma garota. Isso já está me deixando de saco cheio. Se para conversar com mulher eu tiver que continuar comendo esse tanto, é melhor eu me esforçar mais nos treinos com meu irmão ou vou ficar barrigudo.
Vejo uma morena caminhando em minha direção, lembro dela, a garota que falou da marca de batom.
Intrometida, mas gostosa para caralho.
Eu nem pude ser cavalheiro – sou pegador, mas não sou mal educado. A bonita já chegou se sentando, cruzando a perna e me encarando com uma sobrancelha levantada.
Ela está vestindo um conjunto em alfaiataria de calça e top roxo e uma jaqueta de couro por cima. Sexy.
- Boa noite – digo usando o meu melhor sorriso.
- Boa noite. Garçom poderia trazer um martini per favore? Mal educada, nem me deu atenção.
Aproveito para pedir um whisky, pelo visto essa noite será longa. Mas não da maneira como gostaria.
O silencio reina até que as bebidas chegam junto com o menu que havia solicitado previamente.
A garota bebe seu drink enquanto me olha com cara de metida.
-Me fale um pouco de você - digo levando o copo a boca, tenho quase certeza que ela revirou os olhos.
-Sou Anna Yanov, tenho 22 anos, filha do capo russo como você já deve saber.... e não vou me casar com você. -
- Oi? Não? - abusada.
- Não vou me casar com você, simples – ela dá um sorriso ao final da frase.
- Mas quem escolhe isso sou eu, amore – sorrio de volta um pouco mais sínico.
- Me escolher para casar com você seria a pior coisa que você poderia fazer
- Por que?
Ela sorri para mim, dá um gole lento em sua bebida e se inclina na mesa em minha direção.
- Porque se casar comigo, eu agirei da mesma maneira que você, o que você fizer ou fazer – ela me encara bem seria – porque homens como você gostam de pisar em mulheres – ela nega com a cabeça - e mulheres como EU não abaixam a cabela para ninguém.
Tá ela foi a que mais detestei até agora.
- Você se casaria com alguém com a mesma personalidade que você? - ela pergunta e eu fico quieto – foi o que pensei.
- Mas que cazzo você está fazendo aqui então?
- Fui obrigada pelo meu pai, mas você como um bom garoto vai me mandar para casa na primeira oportunidade. Não lindinha, eu já não ia, agora com a sua insolência que não vou mesmo.
- E por que eu te mandaria de volta? Não tenho motivos.
- Vou te dar um – se ajeita na cadeira - não sou mais virgem.
Que? Permaneço em fico em silencio.
- Eu menti na minha entrevista, não chego nem perto disso.
- E você e seu pai acharam que eu iria deixar isso passar quando descobrisse?
- Meu pai acha que você irá se apaixonar por mim e no final não vai se importar se eu for virgem ou não. Eu acho essa história toda uma palhaçada.
Nem fodendo, não mesmo.
Primeiro: não vou me casar com mulher rodada
Segundo: eu me apaixonar, sem chance.
Terminamos de jantar com esse clima de merda, e ela logo vai embora junto o segurança.
O único jeito de terminar essa noite, e repetindo a rodada de sexo com a garçonete.
- Anna você não fez isso! Você é louca garota! - escuto minha melhor amiga falar pelo Ipad. Estamos em vídeo chamada, ela está me ajudando a escolher o vestido para o evento dessa noite. - Eu pensei que ele iria me mandar embora na hora, quando soubesse. Mas já fazem 2 dias. - Olho rapidamente para a tela e volto a procurar um vestido. - Amiga, você é muito louca ou realmente não se importa. - diz rindo - você e seu pai podem se ferrar tanto por isso. - É eu não me importo. - Se você não se casar com ele, você sabe que terá de se casar com o Petrov. Seu pai já deixou isso bem claro. - Se casar com um estranho ou com alguém que vive salvando a sua pele? - mostro as duas mãos em sinal de ponderação - Qual você acha que eu escolho? - Mas você não ama o Petrov. - Como se eu amasse o italianinho. - Agatha, foca no vestido! Preto longo ou verde midi ? - digo mostrando ambos - Não, que tal aquele azul com uns brilhos. Eu amo você naquele vestido, fica realmente parecendo uma princ
Acordei uma dor de cabeça infernal, me lembro vagamente de Petrov me trazendo para casa e me deixando na porta do quarto. Não posso negar que a noite de ontem foi uma das mais divertidas que tive desde que essa história começou, bebi horrores e dancei muito. Olho para a criado mudo e vejo um copo com água e um comprimido, me estigo para pegar e percebo que junto há um bilhete. Noites como a da inauguração da minha boate, merecem manhãs igualmente incríveis. Tome! Lorenzo. Italianinho convencido, aposto que mandou seus empregados colocarem em todos os quartos de suas meninas. Um babaca de cantadas prontas, como que essas garotas podem estar tão animadas para passar o resto de suas vidas com um cara desse. Com toda certeza ele não irá tratar a escolhida como ela merece, provável que seja humilhada, traída e ser usada como enfeite nas festas e para parir. Na máfia quando você se casa, é para sempre, mesmo que você sofra com isso. O único jeito de um casamento ser anulado é
Após terminar o treino com Vitorio vim para meu quarto tomar um banho e começar a me arrumar. Hoje tenho mais um jantar com Lorenzo. Sabendo que será a mesma porcaria de sempre, não vou nem caprichar. Coloco um vestido vermelho simples, saltos pretos, cabelos escovados, gloss, delineador e rímel. Desço para a sala de estar, que está vazia. Ele está atrasado, que novidade. Após que não é por conta do trabalho. Vou até o mini bar localizado no canto e encho um copo de whisky, só estando bêbada para aguentar esse homem idiota. O tempo passa e ele não aparece, devo estar no meu terceiro copo quando o vejo se aproximando. Não dá pra negar que o miserável é uma delícia. Se controla Anna, deve ser o álcool falando. - Já enchendo a cara? - Tenho que aturar você - ergo o copo - único jeito. LORENZO Tem algo nessa garota que me irrita, e eu nem sei dizer o que é. Depois dessa resposta malcriada dela, me sento - Peço perdão pelo atraso – estou uma hora atrasado, e nem vou diz
LORENZO - Essa sua ideia é ridícula, Lorenzo – Vitorio exclama – quantos anos você tem? Isso é infantil para cassete. - Não acho, acho que sou vou me divertir. - Não, você quer transar com ela, e depois tratar mal – ele coloca as mãos na cintura – so para mostrar que tem poder aqui, e isso já e demais. -Vitório, não exagera, per favore. - A Anna não é virgem ok, se vocês quiserem transar porque sentem um desejo mutuo eu não me oponho, até te ajudo com a mamãe, agora isso não. -Eu estou comentando e não pedindo a sua opinião. A cena da Anna ontem me irritou, ela ter saído achando que manda em algo por aqui me deixou completamente furioso. Então eu faço questão de lembra-la: ELA NÃO É NADA DEMAIS. ANNA Com toda certeza e única e melhor parte dessa seleção é o acesso a boate, eu adoro esse lugar. Hoje viemos eu a Helena, herdeira da máfia grega, ela é ótima, quero manter minha amizade com ela quando isso tudo terminar. Nós estamos muito bêbadas e eu estava me
ANNA Seu pai está convicto que você vai ser casar com o Lorenzo. Eu não entendo Petrov, eu posso muito bem comandar a máfia russa sem me casar. Eu já provei isso várias vezes, eu não sou de contar vantagem, mas sou muito melhor que muito líder por aí. Eu sei pequena, mas isso vem de gerações e mudar não é fácil. E se ei não me casar com o Lorenzo, o que obviamente não vai acontecer já que ele colocou uma arma na minha cabeça ontem de manhã. Eu vou ter que me casar com você. Ah qual é, tira essa cara feia do rosto. Eu sou um bom partido, e sou gostoso – Petrov diz rindo. Mas tem um problema, vamos nos casar e ser herdeiros. Mas não seremos felizes, porque não somos apaixonados um pelo outro. Eu odeio muito, tudo isso. Eu sei disso, e sinto muito – ele diz quanto me abraça e dá um beijo em minha testa – seu eu pudesse fazer algo para te tirar disso, faria sem pensar duas vezes. Eu acredito nele, ele sempre está me tirando de umas enrascadas, aperto meu abraço ao lon
LORENZO Chegamos à casa da família um pouco depois de todos, a Anna dirigiu rápido e com destreza, mesmo com o ombro baleado não podia negar que aquilo era sexy demais. Vê-la dirigindo concentrada com o vestido meio levantando, cabelo bagunçado e uma arma no meio das pernas, cara, se meu corpo não estivesse tão preocupado em estancar o sangue que saia do meu ombro, tenho certeza que teria ficado de pau duro. Quando chegamos alguns seguranças estavam fazendo uma ronda de reconhecimento – no mínimo para ter de evitar outra merda pior – e outro dois nos esperavam na porta. Ela abriu a porta do carro, deu a volta e veio em minha direção, no mesmo instante os seguranças que estavam na porta vieram ao meu encontro para me ajudar a sair. A Anna abriu a porta, o ferimento doia para um cassete e sangra consideravelmente, porém não ia ser um bundão e deixar que me ajudasse, já tinha tomado outros tiros antes, por isso sai sozinho do carro e fui entrando em casa onde tinha certeza que
LORENZO Já fazem três dia que eu estou miseravelmente preso nesse quarto, hoje me sinto um pouco menos miserável e decidi que vou sair daqui. Mesmo eu não gostando de ter que ficar de molho, esses dias foram bons para pensar no que eu quero para mim e para minha vida. Não é todo dia que uma gostosa salva sua pele. Brincadeiras a parte, o que a Anna fez por mim, eu não sei se todos dos meus homens fariam. É aquele ditado falar é fácil quero ver fazer. E cara ela foi lá e fez, sem nem piscar ou titubear. E pra mim que fui um merda, e só pense em ser um merda com ela. Confesso que isso mexeu muito comigo. Eu ainda não sei se quero aposentar minhas bolas, mas decidi que vou para de ser um imbecil pelo menos com ela. Levanto da cama e tomo um banho decente, hoje os pontos que tomei no ombro estão secos e com um processo de cicatrização ótimo – sangue italiano ne meus queridos. Aproveito para fazer a barba em frente ao espelho, passar um creme e meu perfume. Vou até o closet
ANNA Ainda estava um pouco em choque com as palavras do Lorenzo, o fato dele mostrar algum tipo da gratidão já era esperado, agora dele quer fazer isso passando um pouco do tempo comigo me surpreendeu. - Nada como ficar 3 dias enjaulado para mexer com a cabeça de uma pessoa. Seria divertido ir ao shopping com ele, primeiro por todo o esquema de segurança que era armado. Os negócios da família Moreno os faziam famosos na Itália, não famoso tipo Beyonce, mas tipo Bill Gates ou Donald Trump, por isso uma ida ao shopping precisava de seguranças. Minha família também tem dinheiro na Rússia, e também somos conhecidos, mas não ao ponto de pessoas comuns saberem que somos. Só quem é da máfia sabe do nosso poder e da nossa grana, para os demais somos como qualquer família normalmente rica. Isso significa que la posso andar mais livremente, vou al shopping com meu carro e geralmente com Petrov. Pensar sobre isso me fez sentir falta dos meus dias com Petrov, ele é um grande amigo e em gra