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Capitulo 4 – Surpresas

Acordei uma dor de cabeça infernal, me lembro vagamente de Petrov me trazendo para casa e me deixando na porta do quarto. 

Não posso negar que a noite de ontem foi uma das mais divertidas que tive desde que essa história começou, bebi horrores e dancei muito. 

Olho para a criado mudo e vejo um copo com água e um comprimido, me estigo para pegar e percebo que junto há um bilhete. 

Noites como a da inauguração da minha boate, merecem manhãs igualmente incríveis. 

Tome!  

Lorenzo. 

Italianinho convencido, aposto que mandou seus empregados colocarem em todos os quartos de suas meninas.  

Um babaca de cantadas prontas, como que essas garotas podem estar tão animadas para passar o resto de suas vidas com um cara desse. Com toda certeza ele não irá tratar a escolhida como ela merece, provável que seja humilhada, traída e ser usada como enfeite nas festas e para parir. 

Na máfia quando você se casa, é para sempre, mesmo que você sofra com isso. O único jeito de um casamento ser anulado é com a morte e as chances de você morrer antes do seu marido são bem grandes. 

Tomo o comprimido com ajuda da água e me levanto para me arrumar. Agora são 9 horas e provável que todos já esteja tomando café. Na máfia é assim, se você for homem pode farrear à vontade desde que no dia seguinte esteja pronto para suas obrigações. 

Ao entrar na sala de café, quase todos estão a mesa.

Me sento ao lado da Natasha, herdeira da máfia alemã, nos divertimos muito ontem. Tomamos café tranquilamente. 

- Senhorita Yanov – paro meu café e olho para Giussepe – tenho negócios a tratar com seu pai.

Apenas concordo e percebo olhares em minha direção.

- Me ofereci para ir pessoalmente a Rússia, mas ele preferiu ver para a Itália. Assim poderá matar as saudades de você.

 - Que ótimo, também estou com saudade – sorrio de maneira forçada.

-  Fico feliz em saber por que ele chega ainda hoje.

Pouco mais tarde, Dona Francesca a governanta da casa, veio me avisar que meu pai havia chegado e me esperava no jardim.

Respiro fundo e vou ao encontro daquele monstro que tenho que chamar de pai. 

 - Olá minha filha– apenas aceno com a cabeça - espero que esteja fazendo todo o possível para se tornar a esposa do Lorenzo.

- Nossa você não faz ideia – cruzo os braços em frente ao peito - Negócios com os Marino? Não vai me dizer que irá solicitar esforços para procurar a minha mãe?

- Sim, ela não pode sair impune depois de ter fugido com meu dinheiro e ter me condenado a criar você - sinto meu peito se apertar depois da última frase. Me condenar a criar você.

- Talvez se você não fosse um AGRESSOR ela não teria fugido.

- Você está insinuando que a culpa é minha? - vejo seu semblante sutilmente para raiva, mas ele esconde bem e abre um sorriso.

 - E de quem mais seria?

- Talvez sua, ela queria me dar um herdeiro digno, homem, mas então veio você, que além de inútil a fez ficar infértil - tento disfarçar a vontade que tenho de chorar mordendo o lábio - ou também porque desde que criança você era insuportável, sempre tendo crises idiotas, chorando e não a deixando em paz um misero minuto.

- Vai se fuder! - tento controlar ainda mais a vontade de chorar e ele segura meu braço com força.

- Seja útil uma vez na sua vida e faça o possível para se casar aquele homem. Faça o necessário para tal – ele me olha com cara de nojo – se porte como uma dama, ele não precisa saber a vadia que é!

Travei meus punhos e olhei para baixo, não queria olhar nos olhos dele, me virei e fui em direção ao meu quarto tentando falha mente segurar as lagrima. 

Cheguei no quarto e me taquei na cama, e morri de tanto chorar. 

Eu não era aquela criança, eu apenas tinha medo, por isso tentava sempre ficar perto da minha mãe.

Uma vez, quando eu ainda era bem pequena, nossa casa foi invadida e um dos homens e pegou e machucou. Eu não entendia o que estava acontecendo e depois disso sempre tive medo de estar sozinha. 

LORENZO

O velho russo veio pedir ajuda para meu pai para encontrar sua mulher. Um papinho que ela fugiu, mas não sabia direito o que estava fazendo. 

Estamos todos no escritório de meu pai, terminando de conversar sobre, e bebendo whisky.

- Guiseppe, eu agradeço muito sua ajuda para esse assunto e agradeço mais ainda por disponibilizar um de seus seguranças para cuidar de minha Anna. Petrov terá de me acompanhar em uma missão, ele é meu homem de confiança.

- Petrov está recostado na parede do escritório, calado todo o tempo, apenas escutando a conversa.

- Não tem problema, se Anna está participando da seleção também é importante para nós. Afinal pode ser a escolhida de meu filho. Pai, o senhor não sabe de nada

- Obrigada. Eu e a Anna sentimos muita falta da mãe dela.

Neste momento posso ver o segurança revirar os olhos, será que temos um mentiroso por aqui? Tal pai tal filha.

ANNA

Paro um pouco para respirar e sento minha garganta seca, apoio minhas mãos no joelho e respiro fundo.

Essa é a terceira volta que dou pelo terreno, eu PRECISO me exercitar e aliviar a mente. Como se não bastasse a merda com meu pai a dois dias atras, hoje precisei aguentar as meninas se derretendo por aquele bacana por uma manhã inteira.

Alem de tudo isso, ainda não fui expulsa desse lugar. O que esse italianinho está esperando para me mandar embora daqui. Talvez eu deva contar a verdade para mãe dele, não sei.

Pior que tenho outro jantar com ele.

Vejo Vitorio se aproximar com roupa de treino

- Você estava correndo? – assinto com a cabeça que sim – Tem uma área de treino aqui, você quer ir para lá?

- Quero sim, não sabia que você treinava.

- É tipo isso, vamos?

Caminhamos juntos até o salão de treinamentos.

Ao chegarmos me deparo com um ambiente amplo e completamente equipado, além de um tatame para treinamento corpo a corpo.

Percebo que alguns dos seguranças que já vi pela casa estão ali.

Me contento por um tempo em somente levantar pesos, mas o que me fascina mesmo são os golpes. Paro e fico olhando os seguranças.

- Meu irmão não vai gostar nada de saber que você está de olho nos seguranças dele. - Vitorio me provoca.

- Não que seja da conta dele, mas não estou de olho NELES, mas sim no que estão fazendo. É sempre bom aprender novas técnicas.

- Você luta?

- Sim, você pensou que eu era apenas um bibelô submissa? Aprendi a lutar escondido de meu pai. Petrov me treinou esse tempo todo.

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