O amanhecer na mansão trouxe consigo um clima de tensão palpável. O sol despontava no horizonte, tingindo o céu com tons dourados, mas dentro dos muros da propriedade, as sombras se tornavam mais densas. Helena acordou após uma noite agitada. Desde a chegada de Bruno, ela não conseguia dormir em paz. Seu corpo sentia o peso de tudo: a gravidez, as mentiras, as ameaças veladas.Ela se dirigiu aos jardins na tentativa de encontrar algum consolo. O frescor da manhã tocava sua pele enquanto o aroma das flores preenchia o ar. No entanto, sua tranquilidade foi interrompida por passos firmes atrás de si. Virando-se rapidamente, encontrou Petrov. Ele estava ali, como sempre, vigilante.— Não é seguro para você andar sozinha assim — disse ele, a voz grave, mas com um toque de preocupação.— Não posso ficar trancada para sempre, Petrov — respondeu Helena, tentando esconder o desconforto em sua voz. — Preciso de um pouco de ar.Ele se aproximou, cruzando os braços enquanto a encarava com intensi
A luz do amanhecer adentrava pela janela do quarto de Helena, envolvendo o espaço em um brilho dourado. Ela estava acordada há horas, revirando-se na cama enquanto sua mente trabalhava sem descanso. Desde a conversa com Petrov no dia anterior, algo dentro dela havia mudado. Pela primeira vez em semanas, sentiu que talvez pudesse confiar em alguém. Essa confiança, ainda que tímida, deu-lhe coragem para algo que adiava há dias: cuidar de si mesma.Ela precisava ir ao médico. Os enjoos matinais estavam ficando mais frequentes, e a ansiedade sobre sua gravidez crescia. Sabia que não poderia ir sozinha — seria suspeito demais. Mas Petrov… ele era a escolha perfeita. Discreto, leal e com uma proximidade que não chamaria atenção de Lorenzo ou Anna. Se fosse cuidadosa, ele não descobriria nada.Helena desceu para o café da manhã com o coração acelerado. Encontrou Petrov no corredor, próximo à sala de refeições. Ele estava impecável como sempre, a postura firme e a expressão séria, mas ao vê-l
Petrov estava encostado no capô do carro, observando as luzes da mansão enquanto o céu começava a escurecer. Ele sentia o peso de algo que não conseguia definir. Desde a consulta de Helena, algo o incomodava profundamente. As palavras desconexas que ouvira pela porta — "enjoos", "progresso", "precauções" — estavam cravadas em sua mente como um mistério insolúvel.Helena era um quebra-cabeça, disso ele tinha certeza. Sempre reservada, sempre cuidadosa, mas ultimamente algo nela estava diferente. Havia uma tensão em seus ombros, um brilho estranho nos olhos. Não era o tipo de mulher que demonstrava fraquezas, mas ele sabia que havia algo acontecendo. E agora, aquilo começava a perturbá-lo de formas que iam além de sua função de segurança.Ele relembrou o momento no carro, quando ela riu, um som suave e genuíno, enquanto ele colocava uma música no rádio. Era raro vê-la relaxada. Durante o trajeto, conversaram sobre coisas simples: os jardins da mansão, seus
O amanhecer trouxe um céu carregado sobre a mansão, como se os próprios céus refletissem a turbulência interna que tomava conta dos seus habitantes. Lorenzo despertou antes do nascer do sol, sentindo o peso das decisões que teria que tomar. O que antes era uma competição para encontrar uma companheira havia se transformado em um campo de batalha silencioso.Depois de vestir-se com a precisão de sempre, Lorenzo convocou Petrov ao seu escritório. Ele sabia que o momento de agir havia chegado, e confiar no seu segurança de confiança era essencial.Petrov entrou pontualmente, sua postura impecável como sempre.— Senhor?— Sente-se, Petrov — ordenou Lorenzo, gesticulando para a cadeira à sua frente.Petrov obedeceu sem hesitar, mas seus olhos avaliavam cada movimento de Lorenzo. Ele podia sentir a gravidade na sala.— Tenho algumas instruções específicas para você — começou Lorenzo, inclinando-se ligeiramente para a frente. — A partir de agora, quero que fique atento a cada movimento de Br
om, caso você não me conheça sou a Anna Yanov (até parece que alguém não me conhece, Puff), sou filha de Alexander Yanov, o chefe da Organização Solsnet, o maior e mais poderoso núcleo da máfia russa - e provavelmente do mundo -, com mais de 5 mil membros ativos e com negócios com a Itália, Alemanha e Brasil. Sou filha única e mulher, e como todo mundo sabe, isso é uma da desonra e desgraça na vida de meu pai. E mesmo eu sabendo tudo sobre a máfia e sendo mil vezes melhor que qualquer capanga dele, não sou digna de ser sua sucessora. Basicamente se você nasce mulher na máfia, só tem 2 caminhos: ser pura e esperar para casar com quem te disserem, ou curtir a vida e ir para uma prostibulo de algum dos mafiosos. Aah e tem também o meu jeito, que é curtir a vida na encolha e se fazer de pura e recatada na frente desse bando de velho hipócrita. Até essa semana, esse inferno não era tão infernal assim, dava pra lidar, até eu descobrir que terei de casar com o filho do Capo da Máfia I
.Olho ao redor, posso ver um conjunto de belíssimas mulheres, e na mesma proporção um conjunto de baba ovos do meu pai – Ser o filho herdeiro do Capo da Máfia, caro mio, não é nada fácil. Desde que meus pais decidiram que estava na hora de eu me casar para que no futuro quando meu pai deixasse o cargo, eu tivesse uma imagem forte e uma família consolidada o inferno reinou na minha vida. E o pior, tenho certeza que essa história de casar foi ideia de minha mãe, mama maledetta. Esse não eram meus planos. O foco era trabalhar bastante, fortalecer a famiglia e a máfia, me enfiar em uma rabos de saia para relaxar e esperar até que meu papa decidisse que era a hora de eu assumir. Mas não, vamos ouvir as mulheres, vamos dar uma chance ao amor e aos corações. Não sei o que acontece com esses homens, inclusive meu pai e meu irmão, quando a cabeça de baixo se apaixona a cabeça de cima perde o juízo, por isso o lema é NÃO SE APAIXONAR – como se fosse possível. Todos continuam a me olhar,
- Anna você não fez isso! Você é louca garota! - escuto minha melhor amiga falar pelo Ipad. Estamos em vídeo chamada, ela está me ajudando a escolher o vestido para o evento dessa noite. - Eu pensei que ele iria me mandar embora na hora, quando soubesse. Mas já fazem 2 dias. - Olho rapidamente para a tela e volto a procurar um vestido. - Amiga, você é muito louca ou realmente não se importa. - diz rindo - você e seu pai podem se ferrar tanto por isso. - É eu não me importo. - Se você não se casar com ele, você sabe que terá de se casar com o Petrov. Seu pai já deixou isso bem claro. - Se casar com um estranho ou com alguém que vive salvando a sua pele? - mostro as duas mãos em sinal de ponderação - Qual você acha que eu escolho? - Mas você não ama o Petrov. - Como se eu amasse o italianinho. - Agatha, foca no vestido! Preto longo ou verde midi ? - digo mostrando ambos - Não, que tal aquele azul com uns brilhos. Eu amo você naquele vestido, fica realmente parecendo uma princ
Acordei uma dor de cabeça infernal, me lembro vagamente de Petrov me trazendo para casa e me deixando na porta do quarto. Não posso negar que a noite de ontem foi uma das mais divertidas que tive desde que essa história começou, bebi horrores e dancei muito. Olho para a criado mudo e vejo um copo com água e um comprimido, me estigo para pegar e percebo que junto há um bilhete. Noites como a da inauguração da minha boate, merecem manhãs igualmente incríveis. Tome! Lorenzo. Italianinho convencido, aposto que mandou seus empregados colocarem em todos os quartos de suas meninas. Um babaca de cantadas prontas, como que essas garotas podem estar tão animadas para passar o resto de suas vidas com um cara desse. Com toda certeza ele não irá tratar a escolhida como ela merece, provável que seja humilhada, traída e ser usada como enfeite nas festas e para parir. Na máfia quando você se casa, é para sempre, mesmo que você sofra com isso. O único jeito de um casamento ser anulado é