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Capitulo 3 – Conflitos

- Anna você não fez isso! Você é louca garota! - escuto minha melhor amiga falar pelo Ipad. Estamos em vídeo chamada, ela está me ajudando a escolher o vestido para o evento dessa noite.

- Eu pensei que ele iria me mandar embora na hora, quando soubesse. Mas já fazem 2 dias. - Olho rapidamente para a tela e volto a procurar um vestido.

- Amiga, você é muito louca ou realmente não se importa. - diz rindo - você e seu pai podem se ferrar tanto por isso.

- É eu não me importo.

- Se você não se casar com ele, você sabe que terá de se casar com o Petrov. Seu pai já deixou isso bem claro.

- Se casar com um estranho ou com alguém que vive salvando a sua pele? - mostro as duas mãos em sinal de ponderação - Qual você acha que eu escolho?

- Mas você não ama o Petrov.

- Como se eu amasse o italianinho.

- Agatha, foca no vestido! Preto longo ou verde midi ? - digo mostrando ambos

- Não, que tal aquele azul com uns brilhos. Eu amo você naquele vestido, fica realmente parecendo uma princesa da máfia. - Dou risada das loucuras dela.

- Tá bom, faz de conta que eu não usei esse look antes, ninguém nesse lugar me viu antes

- Isso, coloca aquele salto poderoso e arrasa! Já que pelo visto você não vai embora mesmo - essa menina é mais louca do que eu, fazer o que eu amo essa garota.

- Tá Agatha, deixa eu desligar então e me arrumar.

Encerramos a chamada e eu vou para o banheiro secar meus cabelos, e começo a pensar como eu vim parar nesse lugar. 

Eu nunca tive uma relação legal com meu pai, mas isso não significa que eu não goste da máfia. Eu não gosto dos meios, mas entendo que a organização tem que ser forte e que para isso são necessários alguns sacrifícios. 

Enquanto eu era uma criança meu pai não era muito próximo, sempre muito ocupado e me deixando em casa com os empregados. A vida sempre foi solitária mês eu não tinha do que reclamar.

Somente quando me tornei uma mulher foi que o inferno começou, cada vez mais trancada em casa e sempre sendo repreendida por ser muito bonita, por me vestir errado e tudo mais.

Mas foi somente depois de uma festa, quando eu tinha uns 15 anos, que a nossa relação desmoronou.

Nessa festa havia um garoto que eu tinha uma paixonite, e ele queria me beijar.

Eu o beijei, e foi só isso, pois sabia que minha virgindade “era valiosa demais”. 

Foi só a porra de um beijo bem babado, meu primeiro beijo, e logo em seguida meu pai apareceu e nos viu, eu até achei que ele iria brigar comigo ou fazer algo com o menino. Porem apenas fomos embora. 

Quando cheguei em casa, eu apanhei tanto, de tantas maneiras, que foi parar o hospital. Saldo: roxos por todo o corpo e três costelas quebradas. 

Alguns dias depois eu já estava recuperada, mas meu orgulho ainda estava ferido. 

Como vingança eu coloquei fogo na garagem dele, os 5 bebes dele, lindos e lustrosos, foram pro espaço.

Petrov me pegou em flagra e sabia que se meu pai descobrisse eu apanharia ou dobro, quem sabe até ficar à beira da morte. Ele apagou as filmagens da câmera de segurança e disse para meu pai que foi sabotagem e que viu um homem sair correndo do terreno de casa. Até hoje ele não sabe que fui eu. 

Saio dos meus devaneios, e me concentro em me maquiar e terminar de me arrumar.

Hoje será a inauguração de mais uma das boates que a máfia mantem como fachada, além de ser um ótimo lugar para a venda das drogas. Todas as garotas haviam sido convidadas. Diga-se obrigadas, a ir. 

Quando estava pronta foi para a entrada da casa, lá vi o Petrov encostado no carro a minha espera. Iriamos eu, Petrov, o motorista e um dos seguranças do italianinho. 

- Pensei que tinha voltado para a Rússia – Diz Petrov enquanto abre a porta do carro para mim.

- Ainda bem que não fui, finalmente a noite pode ser divertida – digo enquanto entro no carro e ele faz o mesmo.

- Malêchka*, Bebida e você não fazem uma boa dupla.

- Aquele dia quando eu e Agatha ficamos bêbadas na viagem de Miami você não reclamou da minha dupla - sorrio - Pelo contrário se divertiu muito.

Ele engoliu seco e passou a olhar pela janela. Algo atingido com sucesso. 

 LORENZO

Vitorio encara a pista de boca aberta, sua noiva agora estava completamente bêbada dançando com a Anna. 

 - Eu falei que essa daí era a pior delas.

 -Mas não faz nem 1 hora que elas começaram a beber.

Olho para Anna na pista, não suporto essa garota, mas não posso negar que ela está uma tremenda de uma gostosa nesse vestido. 

Se não fosse usada e tão insuportável, seria minha primeira opção. 

Uns 15 minutos depois minha cunhada voltou arrastando Vitorio do meu lado, já posso imaginar o que vão fazer, ou não, prefiro não pensar.

Estou entediado, meu pai e minha mãe vieram para a inauguração. Então não posso nem me aventurar com alguém no banheiro.  Se minha mãe descobrir que transei com alguém na presença da minha futura esposa, ela corta o meu pau fora. 

Percebo Anna voltando para o bar, provavelmente para se embebedar mais. Vou irrita-la. 

- Uau, você adora encher a cara – me sento ao seu lado no bar.

- Sim – me responde dando um sorriso – ainda mais quando não tenho que pagar.

Ela vira para frente e encara o barman de um jeito bem promiscuo. Dio santo, bebe demais e não tem o menor pudor. 

- Está pensando que dá para ele ou para outro estranho da pista? - pergunto virando meu corpo em sua direção.

Ela aproveita minha nova posição e me puxa pela gravata me levando em sua direção, de um jeito que sai boca fique próxima ao meu ouvido. 

- Por que? Quer se candidatar? - Fala sensualmente no meu ouvido, enquanto se afasta passa seu rosto e lábios levemente pela minha barba e mandíbula e ao mesmo tempo desliza a mão que não está na gravata pelo meu abdome até chegar o cos da calça, sinto meu corpo arrepiar.

- A última coisa que quero é você - ela sorri e abaixa o olhar para minha calça, meu amigo traidor já está pronto, pronto até demais.

- Pelo menos sua cabeça de cima pensa como a minha, já a de baixo – ri em deboche- não posso dizer o mesmo.

- Meu pau esta duro e daí? Ele fica assim para qualquer gostosa.

- Gostosa?

- Sim, gostosa e não adianta fingir que você não sabe, mas isso não muda o fato de você ser uma vadia oferecida.

 - Você ser um babaca escroto não muda o fato de ser um belo assento. Se me der licença vou ignorar a sua presença.

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