- Eu não matei Irina! – gritei, partindo para cima dela.Francis e Maurício se levantaram, intervindo enquanto eu tentava agredir fisicamente minha própria mãe. A que ponto chegou nossa relação, meu Deus! Eu sentia tanto ódio dela... Que tinha vontade de machucá-la... Fazê-la pagar por tudo que ela fazia de mal para as pessoas ao redor dela.Francis me virou para ele e me encarou, enquanto segurava meus braços firmemente:- Vi... Termine... Por favor.- Eu não matei Irina... – meus lábios tremiam. – Você precisa acreditar em mim...- Termine. – ele gritou.Engoli em seco e continuei, arriscando tudo que eu tinha:- Desci enquanto eles tentavam me impedir de sair pela porta... Consegui me desvencilhar dela, que me segurava... – olhei para Michelle. – E corri até a sua casa. Quando cheguei... – a cena pareceu estar acontecendo naquele momento, tão viva que ainda estava na minha mente. – Ela estava caída no chão, próximo da escada... Exatamente aqui... – apontei. - Então... Eu não tive
- Eu gostei muito da loja. Adorei o corredor livre... As prateleiras são bem construídas e combinam com o ambiente. Não gostei do lustre... – fui sincera. – Destoa de tudo. Eu colocaria melhor iluminação na parte do caixa também, mas embutidas no teto. Achei a fachada externa muito simples... Não tem nada que chame a atenção. E a placa da loja é antiquada... E cafona.Ela ficou me encarando, sem dizer nada. Achei que estava furiosa. Foi quando ela deu um sorriso largo:- Eu adorei suas considerações, Virgínia.- Obrigada.- Mas eu não vou mais investir na loja. Quero um espaço novo. Mas ainda em Primavera. Gosto daqui... E minhas vendas estão dentro do esperado. As pessoas não têm mais importado por conta própria... Acabam vindo até aqui pegar seus perfumes preferidos.- Você não precisa de um espaço tão grande como este. Um lugar menor ficaria mais aconchegante.- E... Será que você poderia fazer o projeto todo para mim? Externo e interno? Desde o alicerce... Até o telhado?- Eu... M
- Não, Francis. Dom nunca o substituiu. Aliás, ele nunca quis. Somos seres humanos... E completamente imperfeitos. Eu fiz várias coisas erradas. Sei o quanto o magoei... E me magoei por isso. Mas já me culpei muito por minha atitude no passado. E me perdoei também. Eu me envolvi com Dom há um tempo atrás... Assim como você se envolveu com a loira do baile... E a outra que atendeu o interfone do seu apartamento uma semana depois. Fora as que eu não soube, não é mesmo? Porque eu tenho certeza de que foram muitas. Mas no meu caso, foi só ele mesmo. Mas amor... Eu nunca dediquei a outra pessoa a não ser você. – consegui dizer tudo que eu pensava.Francis ficou me olhando um tempo e pareceu um pouco mais tranquilo.- Vou jantar com vocês... Amiga! – ele sorriu.O abracei:- Obrigada. É importante para mim... Muito importante a sua presença.Fomos para fora do espaço onde foi a cerimônia de formatura na faculdade. Encontrei Katrina chegando com o marido. Estavam vestidos elegantemente e sor
- Padrinho? – Francis olhou-os surpresos. – Eu... Fico lisonjeado com o convite. E estarei presente, sim.- Padrinho... Com Vi. – Andréia me olhou. – Queremos que você seja a madrinha do nosso casamento... Amiga.Eu a abracei com força:- Eu... Não acredito que meu irmãozinho vai casar... – balancei a cabeça, emocionada.- Então vou ter que encontrar esta mulher antes do baile de primavera? – Francis me olhou, divertidamente.- Posso não ir, caso prefira assim. – o olhei seriamente.- Eu buscaria você... No quinto dos infernos, diabinha. – ele me encarou.- Dentro de dois meses... Vocês têm um compromisso marcado. – Andréia sorriu.- Bem, eu realmente gostaria de ficar mais... Mas preciso ir. Me desculpem. – ele falou, se despedindo de todos.Fui com ele até o carro.- Veio... Se despedir longe dos outros? – ele perguntou no meu ouvido, fazendo eu estremecer só com seu hálito quente no meu pescoço.- Não... Vim pegar minha cesta. Por que acha que eu não comi a sobremesa? Vou devorar o
Desci do carro me sentindo imensamente bem. Eu não sorria só com os lábios... Eu sorria por dentro também. Esperei um dia lindo de sol para dar a notícia a Michelle e Maurício. Escolhi um conjunto de blazer e calça pretos, com camisa branca por baixo. Os sapatos Prada eram novos em folha e tinham custado uma fortuna. Guardei-os para uma ocasião especial, que ainda não tinha acontecido até aquele momento. Mas aquele dia era uma ocasião pra lá de especial.Bati na porta. Michelle Miller atendeu. Me olhou dos pés a cabeça, dizendo:- O que faz aqui? Já vendi a casa. – virou as costas e entrou, me deixando ali, parada.Empurrei a porta e entrei, mesmo sem ser convidada. Ela já estava com seus pertences em caixas. A barriga havia crescido muito e ela andava devagar e por vezes colocava as mãos nas costas, parecendo sentir dor ou desconforto.- Você está horrível. – falei.- Obrigada... – ela sorriu sarcástica.- Maurício, além de pobre, meteu um filho em você. Deixou-a gorda... Feia. Seus
Me olhei inúmeras vezes no espelho antes de sair. Particularmente eu achava que vermelho me deixava bem. Assim que saí do quarto, Ária disse:- Está linda, Virgínia. Vai chamar mais atenção que a própria noiva.Eu ri divertidamente: - Fala isso porque não viu Andréia com o vestido de noiva. Eu vi uma foto que ela me mandou... Ficou absurdamente linda.- Eu posso apostar que esta produção toda é para um certo juiz...- Imagina, Ária. Eu jamais faria isso. – pisquei, pegando a pequena bolsa dourada. – Combina?- Claro, amiga.O look com vestido vermelho foi complementado com sapatos e bolsa dourados, bem como acessórios da mesma cor.Depois da prova do vestido de madrinha com os acessórios, organizei tudo na mala.Como Noriah Norte ficava longe e demandava muito tempo para ir de carro, fui de avião com meu pai e Grécia. Para minha surpresa, Liam não convidou nossa mãe, nem o pai biológico, Maurício.Eu nunca havia andado de avião na vida. Entre idas e vindas, sempre em Noriah Sul e por
Assim que acabou a cerimônia, nos encaminhamos para a área que receberia os convidados para o jantar.Procurei Francis com meu olhar, mas não o encontrei. Mas assim que chegamos à nossa mesa, ele estava lá, já sentado. Levantou-se e cumprimentou todos. Quando recebi o beijo no rosto, senti sua barba levemente crescida, fazendo cócegas na minha pele. O cheiro dele nunca mudou. Ela usava o mesmo perfume desde a adolescência. E ainda era o que eu escolhia para ele. Agora ele tinha opção de escolher outro aroma, mas ainda assim preferiu ficar com o que eu gostava.- Você está linda, Vi! – ele disse olhando nos meus olhos.- Você também, Francis. – retribui o elogio, sinceramente.Ele balançou a cabeça, sorrindo e sentou-se. Logo meu pai começou a falar com ele sobre o trabalho como juiz. E eu fiquei ali, observando-o, com o rosto apoiado no braço, sem conseguir prestar atenção em uma única palavra do que meu pai dizia.O jantar foi servido. Para minha sorte, era comida italiana. Tive medo
Senti sua ereção sob a calça e o toquei, provocante. Logo senti suas mãos nas minhas coxas, subindo suavemente, trazendo junto todo tecido do vestido. Quando chegou na calcinha, ele tocou minha intimidade sob o minúsculo tecido rendado, sentindo a umidade excessiva.- Gostosa... – murmurou enquanto os lábios beijavam meu pescoço sem pressa.- Arranca logo, Francis... – pedi, como se aquilo precisasse acontecer sempre que estivéssemos juntos.Habilidosamente ele rasgou as laterais, retirando com facilidade a calcinha enquanto guardava no bolso.- Continua habilidoso em arrancar calcinhas... Quantas... Arrancou mesmo? – apertei as nádegas dele com toda minha força.Ele gemeu:- Mulher, você é muito ciumenta... Juro que me comportei.- Então prove isso... E me come, do jeito que eu gosto, Francis.Ele foi até a fenda do vestido, rasgando-o até a altura da cintura:- Não fiz amor enquanto estive longe de você... Só sexo. Porque amor eu só faço com você, Vi.- Francis... Seu louco... Meu p