- Eu... Trouxe isso. – Michelle me mostrou uma margarida na mão.- Eu... Não estava louca. Vi você... O que quer?- Vim lhe trazer uma flor. – ela disse, sem se aproximar.- Você quer me dar uma flor? – perguntei confusa. – Tem... Veneno nela? Leite?- Acha que eu faria isso?- Acho... Quer dizer, tenho certeza.Michelle olhou para os presentes que estavam em todos os lugares no quarto. Foi até a janela e abriu o vidro, jogando fora a flor.Fiquei olhando para ela, que disse com ar de deboche:- Por que quereria uma simples margarida, não é mesmo?Ela estava tão próxima que eu senti seu perfume. Um leve tremor tomou conta do meu corpo:- O que você quer aqui? Vá embora... Ou vou chamar a polícia.- O que eu fiz? Vai dizer o que para a Polícia?- Que... Você entrou sem permissão.- Eu sou sua mãe, Virgínia, quer você queira, quer não.- Nunca foi... Por que isso agora? Fale de uma vez o que quer de mim e suma daqui.- Quero ver a criança. – falou em tom autoritário.- Está louca? Você.
Francis estava atendendo alguns clientes na cidade vizinha naquele dia. E eu estava com projetos atrasados, o que já era comum. Estava disposta a termina-los de vez, mas Francisco estava muito agitado. Se não bastasse ele correndo pela casa, tinha os cachorros acompanhando com latidos. Na verdade, essa era a brincadeira favorita dele: corria enquanto as bolinhas de pelo tentavam pegá-lo.Certa de que não conseguiria fazer mais nada, convidei:- Francisco, o que acha de brincarmos na praça?- Sim, sim, sim... – ele foi pulando até o quarto, já separando algumas bonecas, carrinhos e vestindo sua roupa de super herói favorita.Ajudei-o a se vestir corretamente, já que havia colocado a parte das pernas nos braços e já estava ficando irritado. Logo entramos no carro, com as mãos cheias de sacolas com brinquedos.- Mamãe, coloca a nossa música. – ele pediu, assim que liguei o carro.Coloquei Your Love a tocar. Ele começou a cantar imediatamente. Logo me ouvi acompanhando-o. Sorri, ao vê-lo
- Marcelus... Por favor, deixe meu menino ir. – pedi, num fio de voz.- Por que eu faria isso, bela Virgínia? – ele riu. – Mas me mate uma curiosidade: ele é alérgico?Eu não disse nada. Ele pegou a arma e apontou para o chão:- Quer que eu mostre para o Francisco? Ou devo chamá-lo de Francis? Ei, Francis, este é seu apelido?- Não. – ele deu de ombros enquanto imitava a voz do boneco, fazendo-o voar em seus braços. – Francis é o meu pai. – fez voz de super herói.- Onde está Francis? - Marcelus perguntou. – Não acredito que ele vai perder o melhor da festa.- O que você quer, seu idiota? – Michelle perguntou.- Ela. – ele apontou a arma para mim. – Só isso. Poderia ver você... Afinal, quem fez a propaganda da boa moça foi a mamãe, não é mesmo?- Acha que vai sair impune desta vez? – ela perguntou.- Não... Não sou como você, Michelle. Você saiu impune. Eu paguei pelo que fiz. Perdi o direito de clinicar. Então... Adivinhem? Me mudei de país, para poder exercer minha profissão... Por
Entre uma troca de fralda no banheiro feminino e uma foda rápida no masculino, nossa música começou. Já estávamos completamente esgotados quando nossos corpos se encontraram na pista de dança.- Acho que ano que vem não vou dançar Your Love. – falei.- Por quê? – ele riu.- Porque não aguento mais esta música dia e noite. – comecei a rir também.- Quem diria que a nossa música seria a preferida dos nossos filhos?- Eu posso apostar que tudo isso é obra de Irina.- Ah, eu não tenho dúvidas. – ele me puxou, deixando a barriga entre nós.Olhei nos seus olhos e senti o mesmo amor de quando dançamos a mesma música dez anos atrás, obrigados por um testamento completamente absurdo. Alisei a nunca dele e disse:- Eu amo você, Francis gostosão.- Amo você, Vi gostosa... E mãe dos meus três meninos.Eu ri:- Você imaginava que um dia isso tudo aconteceria?- Que eu faria amor com você sim... Porque eu já fazia com as suas fotos.- Seu depravado... Tarado.- Mas confesso que fiquei com medo de
ALGUNS ANOS ANTESEu e Francis assistíamos televisão enquanto minha mãe preparava o jantar. Liam, meu irmão, estava conosco na sala, mas concentrado nos livros. Ele sempre era muito focado nos estudos. Minha mãe não deixava ser diferente. Ele era o garoto que ficaria rico estudando e sendo alguém na vida. Eu seria rica porque casaria com um homem milionário.Estava entrando uma brisa fria pela janela. Levantei e subi as escadas, indo até meu quarto e pegando uma coberta fina. Joguei sobre Francis, que abriu-a, nos cobrindo.Meus pais conversavam na cozinha, mas eu não prestava atenção. Estava fixa na série que eu mais amava, sendo exibida na televisão.Quando percebi, minha mãe puxou a coberta, me deixando com os joelhos para cima, enquanto minhas mãos o seguravam. Olhei-a confusa:- Eu estou com frio.- Nem pensar que vai ficar coberta junto de Francis.Francis olhou para minha mãe, arqueando a sobrancelha, confuso:- Não entendi.- Estou impedindo de antemão que tenha qualquer cont
Cinco anos depoisA prova não estava difícil. Embora eu não tivesse certeza de todas as respostas, creio que tenha acertado grande parte. Fui a penúltima a deixar a sala e entregar a folha com o gabarito.Assim que saí pela porta, Francis me esperava do lado de fora.- Achei que você nunca mais fosse sair. – ele disse, me oferecendo uma caixa com chicletes.- Não... – recusei, observando que enquanto passávamos, todas as mulheres, independente da idade, ficavam olhando para ele.- Achou fácil a prova?- Não estava difícil. E o que você achou?- Acho que vou ser um bom “advogato” futuramente.- Daqueles nada convencidos? – ironizei.- O que um advogado e uma bióloga tem em comum? – ele perguntou, empurrando meu corpo com o dele.- Isso é uma piada?- Claro que não. Eu achei que você responderia “uma amizade eterna”.- Me poupe, Francis. – revirei meus olhos. – A propósito, você veio com os braços de fora só para chamar a atenção?- Você não costumava ser tão chata, Vi.- É que eu estou
Dorothy Falco era loira e tinha os cabelos passando dos ombros, mais claro que o tom mel. Os olhos eram azuis e ela sempre marcava eles com muito delineador preto. Acho que nunca a vi sem delineador ou máscara para cílios... Desde os doze anos, creio eu.Ela não era alta, mas também não servia para baixa. Eu era mais alta que ela. Era magra. E completamente antipática. O nariz era fino e ela nem havia feito procedimento estético, como eu. A boca era carnuda, sem botox, creio. Enfim, ela era natural... Se não toda, quase cem porcento.Suspirei. Todos na cidade sabiam que eu passava no cirurgião uma vez ao ano para “arrumar” qualquer coisa que não estivesse em harmonia no meu corpo eu face. A parte boa era que não jogavam isso na minha cara. Não sei se por medo da minha mãe ou de Francis. Enfim, na adolescência eu tive um certo preconceito contra mim mesma e cheguei a ficar retraída um tempo por vergonha, especialmente depois de ter colocado silicone aos dezesseis anos.Hoje, aos vinte
Nunca, na minha vida, eu vi um pau tão pequeno. Nem sabia que poderia existir. Completamente desproporcional ao tamanho daquele homem.- Tudo bem? – ele perguntou, sorrindo confiante.Coloquei a mão na minha cabeça e disse:- Deu uma pontada na minha cabeça...- Vou fazer você se curar. – ele sorriu, tentando ser sedutor, olhando para minhas partes íntimas parecendo querer me devorar.Caralho, estou na chuva, vou ter que me molhar. Não vou julgar pelo tamanho, pensei. Vai que ele saiba trabalhar bem com outros artifícios.Ele deitou-se sobre mim e voltou a me beijar. Tentei retirar minha camiseta, mas ele não deu brecha.Recebi sua língua sedenta enquanto as mãos dele foram para as minhas nádegas, alisando não de forma gentil e lenta, tampouco agressiva ou violenta. No meio termo, o que não me inspirava em nada.Comecei a alisar seu corpo musculoso e duro e quando vi, ele estava me penetrando. Eu nem tenho certeza se fiquei excitada a ponto de me lubrificar. Mas ao mesmo tempo o pau d