- Sete pessoas e cinco lugares. É isso mesmo? - Andréia perguntou. – Não sabe mais contar, Francis?- Bem, duas pessoas irão no colo. – Francis falou, pouco preocupado, entrando no carro.- E não vai ser eu. – sorri, abrindo a porta e sentando ao lado dele, fechando-a logo em seguida.Ele me encarou e eu sorri, ironicamente:- Não se importa, não é mesmo?- De forma alguma. – ele rebateu, arqueando as sobrancelhas.Enquanto isso, no banco traseiro:- Eu levo Andréia. – Liam disse.- Não, posso levá-la, sem problemas. – o amigo dele garantiu.- Não me importo de ela sentar no meu colo. – Douglas falou sorrindo.Na minha humilde opinião ela deveria ir no colo de Douglas, pois era o mesmo que sentar no banco do carro. Ele não oferecia perigo com seu pau em miniatura.- O que está rindo sozinha? – Francis me perguntou.- Lembrei de uma coisa...- Não quer compartilhar?- Não mesmo. – garanti.- Nem só comigo, em particular? – falou, curioso.Balancei a cabeça, negativamente.- Francis, o
Dorothy passou por nós pela porta do banheiro. Nós saíamos enquanto ela entrava. E demos de cara com Francis.Andréia começou a rir e falou no meu ouvido:- Vamos lá. Você disse o primeiro... Qualquer um. Seria... Como é mesmo? Lembrei: um ato de caridade.- Qualquer um menos ele.- Prometo que afasto ela de vez da sua vida. Mas em troca você vai beijá-lo.Estávamos de frente, mas ele um pouco afastado, nos olhando. Respirei fundo e tirando uma coragem não sei de onde, e na esperança de que Dothy saísse do banheiro e nos flagrasse, fui até Francis e parei a centímetros dele.- Onde... – ele começou a falar.Coloquei o dedo na boca dele, impedindo-o de falar e o encarei, dizendo:- Feche os olhos, Francis, que eu vou beijar você agora.- Como assim? – ele deu um passo para trás, assustado.Passei minha mão pelo pescoço dele e o puxei para mim, encostando meus lábios nos dele, insegura de seguir ou não. Fechei os olhos e o senti pousar as mãos nas minhas costas. Ficamos assim, imóveis,
- Ei, garoto, eu durmo com Virgínia na cama dela e ela na minha a vida inteira. Se quiséssemos fazer algo, já teríamos feito. Não é mesmo, Vi? – ele passou o dedo pela minha extensão úmida.- Sim... – falei num fio de voz, com o sangue fervendo dentro de mim.A música estava alta, as vozes mais ainda e todos discutiam. O dedo dele adentrou na minha fenda, lenta e profundamente. Liam passou num buraco e eu sentei fundo, mordendo meu próprio dedo com força e fechando os olhos para não gritar de prazer.Passei a mão por trás e tentei abrir o zíper da calça dele. Francis retirou o dedo de dentro de mim e abriu seu o zíper vagarosamente, voltando a fazer o que estava acabando comigo e minha sanidade. Toquei seu membro duro feito pedra, sobre a cueca, sem conseguir retirá-lo.Puta que pariu, eu daria qualquer coisa para estar sozinha com ele e fazermos aquilo decentemente. Se é que havia um jeito de fazer aquilo de forma “decente”. Afinal, era completamente indecente. Estávamos nos tocando
- Obrigada, pai.- No fundo, ela ama você. E se importa, sim. Porque ela é sua mãe.- Mas às vezes ela me magoa profundamente.- Assim como magoa a mim e seu irmão e provavelmente a ela mesma.Ele alisou meu rosto e perguntou:- O que houve entre você e Francis?- Nada, pai. Foi só um beijo. Nada além disto.- Um beijo pode ser o início de grandes sentimentos... E você sabe disto, não é mesmo?- Eu sempre tive sentimentos fortes por Francis. Como amigo... Ele mora no meu coração.- E se vocês estiverem estragando tudo?- Eu sei, pai. Eu mesma falei com ele e disse que não quero seguir com isso. E tenho certeza de que Francis vai me entender.- Sua mãe diz atrocidades, faz coisas ruins. Mas numa coisa ela tem razão: Francis não é para você.Eu ri, ironicamente:- Por que ele não é rico o suficiente?- Não destorça as coisas. Eu não sou Michelle. Sou Yan, seu pai, que a ama. Você não tem que encontrar alguém rico. Tem que encontrar alguém que ame você e que você também ame.- Como você
O domingo se encerrava tradicionalmente na praça de Primavera. Eu havia combinado com Andréia de nos encontrarmos lá.Eu teria feito isso com Francis. Mas estava tentando me aproximar de Andréia um pouco mais, já que nos conhecíamos bem e eu gostava dela. E falar com Francis sem ficar completamente sem jeito depois do que aconteceu seria complicado.Coloquei uma saia longa e um cropped bordado com uma sandália sem salto confortável. Assim que desci, encontrei Liam estudando na sala.- Onde está mamãe? – perguntei, percebendo que não havia sinal dela.- Sumiu. Não a vejo há um bom tempo.- Será que foi atrás de papai?- É mais fácil ela ter ido à igreja fingir que reza do que ter ido atrás de nosso pai. – ele ironizou. – Onde você vai com esta barriga de fora?- Encontrar Andréia na praça.Ele levantou imediatamente do sofá:- Vamos.- Ei, eu convidei ela.- Só vou acompanhar você, querida irmã.- Liam, Andréia é muito mulher para você. Não quero que você sofra, irmãozinho. – usei as m
Peguei minha bolsa, os exames, que estavam dentro de um envelope de papel e saí. Estava chovendo fino, mas molhava. Voltei e peguei um guarda-chuva.Assim que passei do portão para a calçada, vi Francis vindo colocar o lixo na lixeira.- Para que acordar tão cedo para se livrar do lixo, vizinho? – ironizei.- Onde você vai?- Onde eu vou, “marido”? Bom dia para você, também. – sorri, sarcasticamente.Ele ficou parado seriamente, esperando a resposta.Abri o guarda-chuva e respondi:- Médico.- O alergologista?Assenti, com a cabeça.- Eu levo você.- Não precisa Francis. Eu vou de ônibus, sem problemas. Não quero incomodar.- Não é incômodo. Além do mais está chovendo.- Não sou de açúcar.- Quase é, pelo que consome de açúcar.- Francis, não...Ele já estava correndo para dentro de casa. Não levou cinco minutos e já estacionou ao meu lado. Abri a porta e olhei carinhosamente para ele:- Obrigada, Francis. Você é um amor.- Eu sei. – ele disse, olhando para frente e dirigindo.- E nad
- Posso apostar que não mesmo. – ele riu.Francis abriu a porta antes do doutor Marcelus.Eu estava saindo quando o médico pegou meu braço, gentilmente:- Sua mãe me convidou para o Baile de Primavera.- Legal! Aposto que o doutor vai gostar.- Ela disse que você vai concorrer ao título de rainha da cidade.Eu ri:- Isso não é nada importante, doutor. Concorro desde os 15 anos e confesso que não é porque eu gosto... E sim porque ela quer.- Imagino. – ele sorriu. – Michelle tem uma personalidade forte.- Sim... E o doutor já percebeu em pouco tempo, não é mesmo?- Bem, se você acha 5 anos pouco tempo... Sim.- Verdade... No fim, cinco anos é tempo suficiente para conhecer minha mãe.- Eu gostaria de ir. Mas não conheço ninguém por lá... Então se você pudesse me fazer companhia, eu ficaria muito feliz.Fiquei olhando para ele sem saber o que responder. Mas Francis respondeu por mim:- Claro que ela ficará honrada em lhe fazer companhia, doutor.Olhei para Francis e depois para o médico
Irina abriu a porta. Ficou um pouco surpresa ao me ver:- Virgínia?- Francis já voltou? Quer dizer... Olá, Irina! Francis já voltou de onde foi?- Não, querida.Olhei novamente no relógio e suspirei, resignada. Droga, ele levou Dothy para cama de novo. Sendo que há minutos atrás estava fingindo que sentia algo por mim. E por que eu deveria me importar com os sentimentos de Francis? Eu mesma havia decidido que seríamos só amigos e que isso era o melhor para nós dois. Então, não tinha direito de cobrar nada dele... Nem de mim mesma. Mesmo que eu decidisse ficar com ele, este seria exatamente o meu futuro: desconfiança, medo, insegurança. Porque Francis não era um homem fiel, tampouco de relacionamentos sérios. Aliás, nenhum de nós dois éramos. Jamais tivemos namoros fixos.- Quem sabe você entra um pouco e espera? – ela convidou.- Não... Tudo bem. Vou voltar e preparar algo para o almoço.- Não mesmo. Eu estou com o almoço pronto e Maurício acabou de me ligar que teve um imprevisto e