Giulia já estava soluçando quando decidiu apontar a arma. Ela a abaixou duas vezes antes de finalmente aponta-la pela última vez, e então, destravou. Tudo estava pronto para acabar com a vida dele, afinal, aquilo era justo. Ele tirou tudo que ela tinha para oferecer. Como a Srta. Rossi poderia se casar e chegar a ter filhos agora que havia se entregado ao mafioso? Ela o deu tudo que tinha, e ele deveria devolver na mesma moeda. A sensação de acabar com tudo... Ela sabia que morreria no momento em que apertasse o gatilho, mas não estava disposta a desistir. O mafioso abriu os olhos com o som da arma, mas nada seria capaz de surpreende-lo tanto quanto a imagem da Giulia Rossi parada na borda da piscina. Ele encarou a arma, mas não teve medo. Ainda assim, o homem jogou a mulher para o lado, causando um quase afogamento de alguém que não estava devidamente preparada para mergulhar na água aquecida. – Você ficou maluco? – Olivia Carter se levantou, tossindo a água que havia engolin
Giulia Rossi acordou assustada. A boca estava seca e o braço ardia. Nada tinha o cheiro que ela esperava. Na verdade, ainda era tudo tão familiar que a deixou assustada. Os olhos perfeitos foram abertos e vasculharam as paredes do quarto estranho. A cama que parecia com a de um hospital a deixou de sobreaviso. Ainda sentindo-se tonta, Giulia Rossi se sentou na cama, levantando do estado de sono que ainda se encontrava. Os olhos intensos e tristes fitaram o homem sentado na poltrona, com os olhos fixos e cansados a observando como uma ave de rapina. – O que você faz aqui? – Eu estou cuidando de você, como prometi que faria. – Você sabe que tudo isso é por sua causa, não é? Ele esfregou os dedos no queixo enquanto ainda mantinha os olhos sobre ela. – Você não deveria ter ido até o hotel, Giulia. – É isso que você tem a dizer? Que tal explicar o que fazia com a mulher naquele lugar? – Você pegou o meu celular ontem, não foi? – O que? – Quando estava de pé, ao meu lado.
– Irmão, nós temos um problema. Eles estão no seu escritório com um mandato. – Deixe! – O que disse? Vão nos pegar. – Não. Eles não vão nos pegar... Lucca Rossi estava praticamente em desespero do outro lado da linha. – O que quer dizer? Que providências você tomou. – Não se preocupe com isso. E não fale mais sobre isso por esta linha! – É mesmo... – Ele finalmente caiu em si. Leoni Messina o xingou mentalmente, antes de finalmente desligar.Ele ainda estava sentado no sofá, fumando o charuto e completamente sozinho, enquanto o vazio no peito o torturava profundamente. Prender Giulia Rossi foi certo? Ele provavelmente não fazia ideia, mas tinha certeza de que enlouqueceria sem ela ao lado. O homem se levantou, ansioso pelo momento em que a veria dormindo na cama que por tantas vezes a teve completamente entregue.Ele abriu a porta devagar, e então andou sorrateiramente, até que as mãos grandes pudessem alcançá-la. O cabelo em frente ao rosto fora carinhosamente ret
O carro parou em frente a porta bege da mansão que agora tinha uma decoração completamente diferente. Ela colocou os pés no chão, mas sentiu como se ainda não os tivesse tocado em nada. Não havia uma única mala quando ela andou em direção a casa, sem se despedir do motorista fiel que por tantas vezes a levou para todos os lugares da cidade. Os olhos tristes e cansados fitaram a sala com o grande tapete de onças. As cores douradas por todos os lugares a fizeram pensar que estava na casa errada. Felipo Rossi desceu as escadas abraçado a duas mulheres praticamente sem roupas. – Então você finalmente resolveu aparecer por aqui! – Para você ver. Ao que parece, há lugares piores que o inferno. – Eu imagino o que você estava fazendo. E eu imagino o que ele fez a você. Agora você aprende.– Eu não tenho o que aprender, mas você sim. As suas rotas estão uma merda. – Então que bom que você voltou, irmãzinha! – Ele andou até ela, e então a encarou. – O que o don andou fazendo com vo
Enquanto subia as escadas, o telefone da garota passou a tocar como louco. Ela estava tão bêbada que quase caiu da escada ao buscar pelo aparelho no bolso da calça apertada. – Alô? – Ela falou mais alto que o necessário.Leoni Messina praticamente afastou o celular do ouvido para não correr o risco de ficar surdo, mas a ideia de que ela estava em um lugar que não deveria o deixava profundamente irritado. O homem dentro de uma limusine ordenou ao soldado que fizesse a volta. Ele deveria ir para outro lugar agora. – Giulia, que merda você esta fazendo? – Eu estou curtindo a minha vida. A vida que você destruiu. – Para de drama e sai dai agora. – O que? Não... – Ela falou da mesma forma embriagada que ele conhecia tão bem. – Eu acabei de chegar. Eu vou desligar! – Esse território é perigoso, garota. Para de ser teimosa! – Eu não sou teimosa. Você que é! – ela riu. – Me deixa em paz. – Eu estou indo ai te buscar agora. Fica exatamente aonde você está!Ela riu alto, olha
Giulia Rossi deixou que os olhos fossem inundados de lágrimas. Ela não podia contar a verdade, ou perderia a única família que havia restado. – Eu não sei. – Ela abraçou o corpo. O homem se levantou e a tocou no rosto. – Eu sei que você esconde algo de mim, e eu vou tirar de você, Giulia. Não importa como eu tenha que fazer isso! – Eu não sei. – Ela deu de ombros. – Ele parecia prestes a fazer algum tipo de exame. Eu não sei... – De quem foi a idéia? – De que? – De ir até aquela merda de lugar. – De ninguém. Nós só... – Não se preocupe em me contar, amor. Eu vou saber. Leoni Messina saiu da água e arrancou as roupas. Deixando que o corpo musculoso invadisse a retina da garota, agora, tentada para agarra-lo. Ele, no entanto, parecia completamente indiferente a ela. A nudez... O que havia acontecido? Por que ele não a estava agarrando como costumava fazer? – Não se preocupe com isso. Foi idéia minha. – Não foi! Eu sei que você é imprudente e quer se matar, mas não
O vestido rosa claro a fazia sentir-se como um algodão doce. As outras mulheres em frente do altar pareciam tão felizes, embora não fosse igual para a noiva tradicionalmente atrasada. Giulia Rossi encarou os rostos das pessoas cinicamente sentadas nos bancos da igreja como as mais inocentes almas que já pisaram em solo sagrado. A verdade é que não havia um único inocente naquele lugar. Ela observou a impaciência do noivo que provavelmente a puniria por aquela maldita demora, e então, encarou o relógio grande preso acima de uma elaborada coroa de flores rosas e amarelas. Giulia Rossi sabia bem o que a Alessandra Stone havia feito para ela, e considerava o casamento a pior das punições. Ela não tinha motivos para destrui-la além do que o próprio marido se encarregaria de fazer quando estivesse a sós na primeira noite de pesadelo. Giulia andou em direção aos camarins, torcendo para que a mulher não tenha fugindo tão perto do altar. Alessandra Stone de certo era uma cretina, mas defin
Giulia seguiu firme até que a cerimônia acabasse. Logo, todos os convidados foram direcionados aos carros que os levariam ao salão de festas. Não estava nos planos do don Leoni Messina que aquela festa fosse parte da sua noite, no entanto, ele sentia que não ficaria em paz sem que pudesse explicar-se sobre as atividades daquela tarde.Giulia Rossi o viu aproximando do carro e então avançou com mais rapidez, esperando que pudesse fugir o quanto antes daquele homem. – Para o carro! – Ele ordenou. Nada se moveria sem que ele ordenasse para que fosse feito, e aquilo a deixou ainda mais enfurecida. Giulia Rossi direcionou-lhe um olhar enviesado, mas ele ainda a adorava assim. – O que você quer comigo! – Você tem que saber por mim, e não por outra pessoa. Quem quer que fale com você essa noite, pode te dizer algo que eu tentei esconder de você por muito tempo, Giulia Rossi. Ela ergueu uma sobrancelha questionadora. – Não tenho que saber nada sobre você, Sr. Messina. Nada que ve