As madrugadas quentes não foram capazes de apaziguar um coração despedaçado que parecia resfriar-se cada dia mais. Talvez Leoni Messina estivesse finalmente se cansando dela. Ou talvez ele apenas percebeu que não podia controla-la. De qualquer maneira, eles pareciam distantes em cima de uma cama que a presenciou dois corpos travando uma batalha de amor e sexo. Giulia Rossi virou em direção ao criado mudo, cujo os pertences do homem que amava estavam cuidadosamente dispensados na gaveta de cima. Ela abriu cuidadosamente, ainda sem roupas que pudessem cobri-la da própria nudez. Os olhos alcançaram o rosto calmo com cuidado, esperando que ele não pudesse acordar para flagra-la fazendo algo que efetivamente condenaria. O problema estava nas malditas mãos pequenas que logo tocaram no celular de um chefe da máfia italiana como se o objeto pertencesse a um homem qualquer. Não havia nada de errado na tela bloqueada, mas ela sabia que não teria qualquer chance em descobrir uma senha, por
Ele a viu levantar-se e deslizar a roupa por cima dos braços. A ideia de arrancar-lhe todas as peças parecia uma ideia verdadeiramente tentadora, mas ele apenas contentou-se em apreciar a vista perfeita.Se ele pudesse ficar só com ela, o faria, mas homens como ele não nasceram para a monogamia. Mafiosos como o Leoni Messina não se permitiam amar ou entregar-se tanto quanto ele o fizera naquela manhã. O homem se levantou da cama e caminhou em direção ao closet, onde Giulia Rossi ainda se olhava no espelho. – Aonde você quer ir? – Eu vou dançar um pouco. – Vai dançar? Você não vai a uma festa sem mim. Giulia Rossi o encarou com olhos de julgamento. Como ele ainda podia exigir-lhe algo depois de tudo que fizera para ela? Depois do que estava prestes a fazer. Mesmo assim, ela estampou um sorriso no rosto. – Eu vou ao estúdio de dança. Preciso treinar um pouco ou vou acabar ficando fora de forma. Ele a beijou com um selinho rápido, como de costume e então passou a vestir-se
Giulia Rossi sentiu o coração acelerando pouco a pouco, a medida em que caminhava lentamente pelo longo corredor do hotel luxuoso. Os homens de preto parados na porta como perfeitos seguranças a alertaram a se esconder, mas também fizeram com a Giulia Rossi tivesse a certeza de onde aquele homem estava. A notificação da reserva de um lugar luxuoso como aquele não poderia ter sido feito com um outro intuito além de impressionar uma mulher. Um dos homens passou a andar na direção em que Giulia Rossi se escondeu, e ela abriu a porta de um quarto, torcendo para que estivesse destrancado. Ele se abriu no mesmo momento em que o segurança passou por ela, e a pouco não a flagrou. Giulia já podia até imaginar como teria sido ser capturada pelos soldados do namorado. Ele ficaria tão bravo ao ser pego naquele lugar. E se não houvesse nada de errado? Se ele não estivesse com outra mulher, a senhorita Rossi teria cometido o pior erro da vida. Era tarde para voltar atrás, mas ela ainda pre
Giulia já estava soluçando quando decidiu apontar a arma. Ela a abaixou duas vezes antes de finalmente aponta-la pela última vez, e então, destravou. Tudo estava pronto para acabar com a vida dele, afinal, aquilo era justo. Ele tirou tudo que ela tinha para oferecer. Como a Srta. Rossi poderia se casar e chegar a ter filhos agora que havia se entregado ao mafioso? Ela o deu tudo que tinha, e ele deveria devolver na mesma moeda. A sensação de acabar com tudo... Ela sabia que morreria no momento em que apertasse o gatilho, mas não estava disposta a desistir. O mafioso abriu os olhos com o som da arma, mas nada seria capaz de surpreende-lo tanto quanto a imagem da Giulia Rossi parada na borda da piscina. Ele encarou a arma, mas não teve medo. Ainda assim, o homem jogou a mulher para o lado, causando um quase afogamento de alguém que não estava devidamente preparada para mergulhar na água aquecida. – Você ficou maluco? – Olivia Carter se levantou, tossindo a água que havia engolin
Giulia Rossi acordou assustada. A boca estava seca e o braço ardia. Nada tinha o cheiro que ela esperava. Na verdade, ainda era tudo tão familiar que a deixou assustada. Os olhos perfeitos foram abertos e vasculharam as paredes do quarto estranho. A cama que parecia com a de um hospital a deixou de sobreaviso. Ainda sentindo-se tonta, Giulia Rossi se sentou na cama, levantando do estado de sono que ainda se encontrava. Os olhos intensos e tristes fitaram o homem sentado na poltrona, com os olhos fixos e cansados a observando como uma ave de rapina. – O que você faz aqui? – Eu estou cuidando de você, como prometi que faria. – Você sabe que tudo isso é por sua causa, não é? Ele esfregou os dedos no queixo enquanto ainda mantinha os olhos sobre ela. – Você não deveria ter ido até o hotel, Giulia. – É isso que você tem a dizer? Que tal explicar o que fazia com a mulher naquele lugar? – Você pegou o meu celular ontem, não foi? – O que? – Quando estava de pé, ao meu lado.
– Irmão, nós temos um problema. Eles estão no seu escritório com um mandato. – Deixe! – O que disse? Vão nos pegar. – Não. Eles não vão nos pegar... Lucca Rossi estava praticamente em desespero do outro lado da linha. – O que quer dizer? Que providências você tomou. – Não se preocupe com isso. E não fale mais sobre isso por esta linha! – É mesmo... – Ele finalmente caiu em si. Leoni Messina o xingou mentalmente, antes de finalmente desligar.Ele ainda estava sentado no sofá, fumando o charuto e completamente sozinho, enquanto o vazio no peito o torturava profundamente. Prender Giulia Rossi foi certo? Ele provavelmente não fazia ideia, mas tinha certeza de que enlouqueceria sem ela ao lado. O homem se levantou, ansioso pelo momento em que a veria dormindo na cama que por tantas vezes a teve completamente entregue.Ele abriu a porta devagar, e então andou sorrateiramente, até que as mãos grandes pudessem alcançá-la. O cabelo em frente ao rosto fora carinhosamente ret
O carro parou em frente a porta bege da mansão que agora tinha uma decoração completamente diferente. Ela colocou os pés no chão, mas sentiu como se ainda não os tivesse tocado em nada. Não havia uma única mala quando ela andou em direção a casa, sem se despedir do motorista fiel que por tantas vezes a levou para todos os lugares da cidade. Os olhos tristes e cansados fitaram a sala com o grande tapete de onças. As cores douradas por todos os lugares a fizeram pensar que estava na casa errada. Felipo Rossi desceu as escadas abraçado a duas mulheres praticamente sem roupas. – Então você finalmente resolveu aparecer por aqui! – Para você ver. Ao que parece, há lugares piores que o inferno. – Eu imagino o que você estava fazendo. E eu imagino o que ele fez a você. Agora você aprende.– Eu não tenho o que aprender, mas você sim. As suas rotas estão uma merda. – Então que bom que você voltou, irmãzinha! – Ele andou até ela, e então a encarou. – O que o don andou fazendo com vo
Enquanto subia as escadas, o telefone da garota passou a tocar como louco. Ela estava tão bêbada que quase caiu da escada ao buscar pelo aparelho no bolso da calça apertada. – Alô? – Ela falou mais alto que o necessário.Leoni Messina praticamente afastou o celular do ouvido para não correr o risco de ficar surdo, mas a ideia de que ela estava em um lugar que não deveria o deixava profundamente irritado. O homem dentro de uma limusine ordenou ao soldado que fizesse a volta. Ele deveria ir para outro lugar agora. – Giulia, que merda você esta fazendo? – Eu estou curtindo a minha vida. A vida que você destruiu. – Para de drama e sai dai agora. – O que? Não... – Ela falou da mesma forma embriagada que ele conhecia tão bem. – Eu acabei de chegar. Eu vou desligar! – Esse território é perigoso, garota. Para de ser teimosa! – Eu não sou teimosa. Você que é! – ela riu. – Me deixa em paz. – Eu estou indo ai te buscar agora. Fica exatamente aonde você está!Ela riu alto, olha