Segunda Parte: 22

Demitre estaria morto. Ele estaria morto. Estaria morto.

Morto como Jota-jota. Pálido, flácido. Morto.

Não conseguia parar de olhar para ela. Então era assim que uma pessoa morta parecia normalmente. Essa informação atualizava a anterior, a imagem do homem rasgado no chão do banheiro. Era assim que pessoas costumavam morrer quando não eram atacadas.

Exceto que Jota-jota havia, sim, sido atacada. E não existia modo “normal” de morrer, existia?

Pensando bem, se num primeiro momento Demitre tivera a impressão de que a ex-colega de alocação dormia, agora se perguntava como pudera ter se enganado tão grosseiramente. Aquela nem sequer parecia Jota-jota. Ele nunca a havia visto com aquela expressão tão neutra no rosto, nem mesmo enquanto dormia — perfeitamente posicionada; frouxa, não como se descansasse, mas como se derretesse. O que era preciso fazer com uma pessoa para que ficasse daquele jeito? Será que todos ficavam daquele jeito em seu leito derradeiro

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