Aqueles momentos constrangedores e desajustados causaram um efeito em mim, eu estava afinal de contas, na porra da minha casa, então por que eu estava tão aflita? Tentei manter a compostura, da forma como eu consegui, bom, não havia compostura olhar para ele me deixava nervosa. Um tipo de nervoso diferente, era como olhar direto para o sol e sentir a sensação de ter os seus próprios olhos queimando.
- Ah... desculpa... eu não vi que já estava ocupado... - eu disse sem graça, querendo olhar para ele e querendo fugir.
- Não se preocupa, tem lugar para todo mundo que acha essas porras de eventos insuportáveis! - eu nem acreditava que ele havia tido coragem de falar isso, eu mesma achava a mesma coisa, mas ouvir alguém dizer isso sobre um evento que era sobre a sua irmã... era difícil.
Eu queria dizer o mesmo, mas eu podia detonar aquele evento de todas as formas, mas ele? Ele não!
- Não são tão ruins assim... tem bebida de graça... e a anfitriã é linda.
- Você é o que? parente do dono da casa? - disse ele de um jeito super mal-educado, rude mesmo me olhando dentro dos olhos.
- E isso importa? - respondi ríspida, por que eu também sabia ser terrível. Para dizer a verdade eu nem conseguia saber e entender dentro de mim o porquê eu estava tentando bater boca com um cara que eu mal conhecia.
- Se eu perguntar é claro que importa... você é empregada? te deixaram participar da festa e você está super agradecida por estar no meio da alta sociedade? - continuou a chuva de impropérios, que homenzinho sem noção, toda a beleza dele acabou ali para mim. Imbecil e totalmente arrogante.
- Deixa eu adivinhar, você deve ser o filho cuzão de algum criminoso aqui dentro e cresceu achando que tudo gira em torno do seu umbigo... e que todo mundo tem medo de você por ser filho de algum cara importante nesse meio, mas a realidade é que você nunca saiu do vídeo game e só viveu de recontar as histórias do papai! Acertei? Namora... talvez uma mulher muito feia que o seu pai obrigou por ter contatos demais e a vida para você é uma eterna tristeza!
Ele começou a rir, gargalhar da minha cara com um desdém que me deixou com tanta raiva que eu poderia socar o rosto dele.
- E você? uma menininha idiota e frágil que está à espera de um casamento que o papai vai arranjar? você quer me colocar na posição de ser patético, e você nem sabe quem eu sou... eu pensei que a função de uma mulher fosse ser agradável!
- Ah claro, todas nós vivemos para servir imbecis como você... olha eu nem sei por que estou perdendo tempo para falar com um idiota! Me dá licença, daqui a pouco o jantar vai ser servido...
- Ah agora tudo faz sentido... você terá que servir o jantar? Deixa eu adivinhar, você é uma empregada mas eles te tratam como da família? Isso explicaria bastante o vestido!
- Você é desprezível! – eu disse para ele.
Eu entrei atordoada com as palavras daquele homem, eu iria exigir que o meu pai o retirasse da festa, da forma que falou, só poderia ser um desclassificado sem noção.
- Onde você estava Isabella? - disse Beatrice assim que eu entrei novamente no salão
- Estava nos arbustos, acredita que tem um animal lá fora?
- Como assim um animal? - disse ela erguendo as sobrancelhas
- Sim, ele se veste feito gente, até fala nossa língua, mas se comporta como um animal! - eu disse ainda irritada, suando, essa foi uma reação natural do meu corpo que estava quente de tanto ódio que eu estava sentindo naquele momento.
- Esquece isso Bella, o jantar já vai ser servido... tem como alguma coisa não ser sobre você? - disse Beatrice me olhando nos olhos, doeu sabe? mas eu não disse nada, falar sobre o que aconteceu no jardim foi natural, eu não estava querendo tirar o brilho do dia dela.
- Desculpa... não foi intencional Bea, e o seu príncipe encantado? você já o encontrou? - eu disse tentando parecer interessada. Pelo menos salvar um pouco da minha dignidade depois da patada que levei da minha irmã.
- Não... ele não estava com os irmãos e os pais... espero ver ele agora na mesa do jantar com todo mundo reunido.
Eu pensei "Minha irmã por que dar importância para um cara que está claramente fugindo de você?" mas ao invés disso eu disse:
- Sim, vocês vão ter a chance de conversar... vamos então... o papai vai começar algum discurso constrangedor... - eu disse tentando manter o sorriso, mas eu não conseguia, eram muitas emoções para uma noite só, e eu estava tão irritada que o meu corpo estava doendo. Eu só esperava não ver aquele ANIMAL nunca mais, enquanto eu vivesse eu queria a arrogância e o sexismo daquele infeliz longe de mim.
Nos sentamos a mesa, e eu estava cega de ódio, tomei de uma vez o champanhe que me foi servido na taça e logo me serviram mais... tomei umas três ou quatro taças tentando relaxar e deixar para lá o que estava acontecendo.
E foi quando eu o vi.
Porra, eu vi aquele infeliz... ele estava sentado na ponta da mesa, me olhou e ergueu uma taça zombando da minha cara.
Meu pai começou então o discursinho
- Estamos hoje reunidos para comemorar um noivado, ninguém sabia sobre isso, mas a união Lion e Salvatore já é algo combinado e acertado entre mim e o nosso irmão! Uma felicidade sem tamanho...
Eu cutuquei a Beatrice - Olha lá Bea, aquele ali é o animal que eu falei para você...
E o meu pai continuou falando
- Vamos unir a minha filha Beatrice Leon e Matteo Salvatore... se levantem meus queridos!
- É aquele ali Beatrice... - ela não me deu atenção e se levantou como mandou o meu pai, e os meus olhos foram ficando um pouco mais turvos quando eu percebi que o animal se levantou junto com ela.
Aquilo só podia ser um engano, os meus olhos estavam me enganando... não era possível que uma desgraça dessa tenha acontecido bem ali diante dos meus olhos, como um avião caindo no meio de uma mata, como um acidente de carro muito feio! Porra, o meu coração se acelerou.
Ele permaneceu sorrindo para mim com uma cara de demônio, ergueu novamente a taça e Beatrice olhou para ele com os olhos brilhando, parecia tão encantada.
- É uma honra que essa união seja realizada, e vamos providenciar o mais rápido possível! - disse o meu pai, e enquanto todos aplaudiam eu não conseguia nem fechar a boca de tão chocada.
Quando acabou Beatrice se virou para mim e disse - E então Bella, o que era tão urgente? cadê o tal animal? - disse ela curiosa.
O que eu deveria responder a minha irmã? "Tenho novidades o animal é o seu futuro marido" "Você está prestes a se casar com o homem mais misógino, idiota e imbecil que o mundo já conheceu..." "Durma sempre com um dos olhos abertos por que ele seria capaz de te apunhalar"
Eu tinha tanto a dizer, mas nenhuma coragem.
- Deixa isso para lá... não é importante... - eu disse murchando um pouquinho, porra, eu não queria que ela se chateasse com a verdade.
- Tudo bem então, e me diz... o que você achou do Matteo? ele é lindo, não é? - ela disse parecendo animada
- Então Bea... eu... então eu nem prestei a atenção... você acredita? - eu disse tentando disfarçar
- Como assim ele está bem ali na ponta da mesa... é só você virar e olhar...
- Não Beatrice, eu estou bem! Se você está feliz é isso o que me importa... agora vamos jantar para eu poder ir me esconder no meu quarto e rezar bastante para essa noite passar.
- Nossa o tal animal te perturbou mesmo, você deveria contar ao papai quem é, assim ele não convida de novo ou toma alguma atitude...
- Eu acho que podemos deixar isso para lá... não foi assim tão grave que devemos contar ao papai. Você me conhece... eu sou exagerada, ele me disse algo que não gostei sobre casamento e eu já surtei.
- Você precisa parar com isso minha irmã, não se leva tão a sério... - ela sorriu
Nossa, como era enganada a minha irmã.
Eu senti vontade de vomitar em cima dela as verdades, e a realidade é que eu deveria mesmo ter feito isso, porque eu estava deixando ela se envolver com aquele bicho! Mas se eu contasse ela ia achar um jeito de me desacreditar, e o meu pai iria acabar comigo.
Então eu escolhi o que era mais inteligente de fazer naquele momento, ficar em silêncio total até aquilo tudo terminar.
Porque se eu ficasse calada eu poderia ter uma possibilidade de sobreviver aquela noite insalubre.
O jantar terminou, todo mundo comemorou e eu era a única que estava ansiosa para aquilo tudo acabar. Eu vi Matteo e Beatrice conversando, espero que ele seja com ela mais agradável do que foi comigo e pronto, todo o problema estava resolvido.
Eu só iria precisar evitar o meu próprio cunhado por pelo menos mais uns dez anos até o meu ódio por ele passar.
Eu o vi vindo em minha direção... eu saí andando em outra direção, torcendo para ele se tocar e se manter longe, mas e o medo de que alguém percebesse que havíamos feito um barraco no jardim pouco tempo antes?
- Você então é Isabella Lion! - ele disse um pouco mais alto para que eu não pudesse fugir
- E você é o Matteo Salvatore... bem conveniente...
- Você errou... não foi?
- Errei sobre o que? - ele me intrigou, eu odiava admitir que estava errada.
- Eu não sou um playboy que vive a sombra do pai, eu sou o Don em comando da minha família... acho que você não esperava por isso! Eu, no entanto, não errei ao me referir a você...
- Como você pode ser tão presunçoso e arrogante? - eu notei olhando nos olhos orgulhosos e verdes dele que eu não ganharia aquela discussão, e qualquer palavra seria perdida em meio a sala, por que ele não dava a mínima - quer saber? você não vale a explicação... se você acha que sou o que você disse... fique com sua versão dos fatos, bom, você nunca vai chegar a me conhecer mesmo.
- Eu vou me casar com sua irmã, então acho que vou acabar conhecendo você...
- Não, você vai conhecer a minha irmã. A mim você nunca vai conhecer... porque eu vou fazer questão de não ter nenhum tipo de contato com você! Vou sempre poupar você da minha companhia desagradável...
Eu ia sair andando, mas ele segurou o meu braço - Ei, você não vai me deixar falando sozinho... - um tipo de eletricidade me invadiu, e o invadiu também, nós olhamos de um jeito estranho e eu senti um frio percorrer o meu corpo... e quando chegou as minhas costas o frio se transformou em um calor intenso, esse momento levou apenas alguns segundos, mas a sensação que eu tinha era que a sensação da mão dele na minha pele seria eterna.
- Me solta Sr. Salvatore, eu vou me recolher.... - Ele demorou para me soltar, as pessoas já começaram a notar. Eu puxei o meu braço e tratei de subir as escadas correndo, precisava processar o que havia acontecido ali, por que nem eu mesma sabia.
Eu só sabia que eu sentia ódio.
Eu estava tão perturbada que saí tropeçando pelo salão até finalmente conseguir me trancar dentro do meu quarto, fiquei parada na porta tentando absorver o que tinha acontecido, o que rolou ali no meio de todos?O meu primeiro pensamento foi "Será que Beatrice viu?" "Será que ficou chateada comigo?" "Não foi intencional"Depois eu percebi que eu estava me justificando em cima de algo que eu não precisava justificar, já que NADA ACONTECEU.Eu só precisava me convencer disso o mais rápido possível.Mas se eu fechasse os olhos eu via os olhos verdes daquele demônio insuportável, acho que ele me impressionou pela capacidade de me tirar do sério, por isso eu estava pensando nele, não rolou nada especial, só rolou alguém que me desafiou... e isso não acontecia normalmente. E eu nem sei por que eu estava tão focada em algo que aconteceu apenas a cinco minutos atrás, já era passado.Eu já estava envolta em minhas cobertas quando Beatrice entrou no meu quarto. Eu sentia os passos dela, sabia e
Eu somatizei todas as coisas, isso é verdade, eu fiz de tudo para que eu não pensasse mais naquele homem nem no cheiro dele ou no modo como ele me segurou forte nos braços a noite toda em meus sonhos, ele era noivo da minha irmã, e eu não podia interferir em nada que pudesse colocar em risco á vida perfeita e quadrada que minha irmã tanto queria para ela. Eu acordei no outro dia estranha, a calcinha melada da noite anterior, uma vontade imensa de ter tirado ela na frente de Matteo. Corei com o pensamento e me senti a maior das vagabundas, tomei um banho e desci as escadas na esperança de tudo aquilo ter sido apenas um maldito devaneio da droga da minha cabeça. - Olá Bella, acordou só agora... eu já estava indo ao seu quarto te acordar – disse Beatrice sorridente demais para o meu gosto no salão principal. - Eu só preciso de um café para acordar de algum jeito Bea, logo volto aqui e falo com você... sou um monstro com fome – sim eu era, aquilo ao menos não era mentira, porém, eu est
Eu não sou como toda mocinha de conto de fadas e livros clichês, eu nunca me senti desajeitada diante da minha irmã que era um monumento, eu nunca me senti feia em relação a nada e quando ele olhava para mim eu sabia que ele me queria de todas as formas possíveis e em todos os lugares e posições possíveis.Eu aceitei, com o coração batendo mais forte do que eu conseguia conter, mas eu encarei aquele desafio.- E então... Isabella não é? – disse o irmão dele caminhando ao meu lado, enquanto ele esticava o pescoço para trás para saber o que estávamos falando.Eu tinha pena.Minha irmã tentava incessantemente chamar a atenção do seu noivo, o homem que deveria estar dando 100% de atenção a ela o tempo inteiro.Matteo parecia incomodado demais com a forma como o irmão estava falando comigo.- E então... vocês dois... podem andar na nossa frente! – ele disse irritado demais para o meu gosto.- Eu realmente não vejo motivo para andarmos na frente, vocês dois precisam de um espaço para se con
Eu caminhei com o Pedro e ele brilhava. Mas infelizmente brilho nunca me atraiu e eu sempre gostei demais de problemas, eu não conseguia evitar. Era mais forte do que eu o meu ímpeto de ser uma m*****a louca de pedra. - Garotos – chamou minha avó do gramado – vamos jantar! – era ordem, ninguém se atrevia a não obedecer a uma ordem direta de uma dama envolvida com um monte de mafiosos armados até os dentes. Crescer nisso dava uma aura engraçada para a minha vida, e enquanto eu crescia em um colégio católico cheio de pompas e circunstâncias eu ouvia o quanto os pais das minhas amigas eram CEO’s de grandes empresas, enquanto eu sempre soube que o meu pai matava pessoas e contrabandeava drogas pelo mundo inteiro. O meu senso de justiça foi afetado, e talvez, só talvez, o meu senso de atração também. A luz nunca me disse nada, eu gostava de problema, e os olhos dele era puro ódio e me atraíam como um raio para ele. Ele se sentou na outra ponta da mesa, mas o meu sentimento, era que e
Todo o motivo do desprezo de Matteo era porque eu estava na jogada.E essa frase ficava ecoando na minha mente, de novo e de novo e sem pausa enquanto ela chorava as lágrimas mais sinceras que podia chorar.Eu não queria decepcionar Beatrice, minha intenção jamais havia sido essa, eu não esperava que esse homem me atropelaria como um caminhão sem freio em uma rodovia molhada pela chuva.Mas foi assim que aconteceu.- Tudo bem Bea, fala para o papai... que você... não se sente confortável se casamento com alguém que claramente não tem sentimentos por você! – até que ponto o meu conselho para ela era real? Até que ponto eu realmente estava preocupada com seus sentimentos e não com os meus?- Eu não posso! Eu quero me casar com ele! – ela disse firmemente se levantando e limpando as lágrimas no rosto.- Por qual motivo você iria querer se casar com um cara que não está nem aí para você? – eu falei veemente, acho que fiquei com o rosto vermelho do nada, por que sentia como se pegasse fog
Matteo foi embora, como sempre me deixando perturbada.Demorei uma vida para conseguir dormir e quando eu acordei de manhã a casa já estava na maior algazarra.- O que está havendo aqui? – eu gritei descendo as escadas, o vestido da minha mãe nas mãos de Beatrice me fez dar três passos para trás.- Oi Belinha, desce logo... vamos ajustar o vestido da Amélia para sua irmã! – disse minha avó vendo que eu realmente estava puta.- E quem disse que Beatrice pode usar o vestido da mamãe? – eu falei indignada.- Ah, não seja mimada! Depois você pode usar o vestido Isabella... – disse ela com um sorriso irritante nos lábios.- Eu jamais vou concordar com isso! Entendeu? O vestido da mamãe tem que ficar guardado, como era o nosso combinado!- Um desperdício de renda francesa! E você pode muito bem deixar sua irmã usar, logo será o seu casamento... Você poderá usar o vestido também!- O vestido da mãe vai ficar guardado! Entendeu?! Eu não quero você com ele, tem que ter respeito pela minha opin
O problema todo estava em mim e eu sabia, e ao sair do carro uma brisa leve bateu no meu rosto e eu fui atingida como um raio de desesperança quando na frente da droga da modista estava Matteo parado com seus seguranças com uma m*****a cara de quem ia matar alguém ali a qualquer momento. - O que faz aqui? – disse Beatrice um pouco surpresa, mas parecendo feliz pela “Atenção” que o seu noivo pretendia dar a ela, enfim, eu não podia dizer nada sobre isso, ele de fato teria que dar toda a atenção possível a ela. - Eu vim garantir que tudo sairá como o planejado, não deveria ter vindo? – disse ele olhando para mim, não sei por que, o cara simplesmente sempre dava um jeito de me impedir de respirar. - Dá má sorte ver a noiva antes do casamento! – disse ela um pouco sem graça. - Você verá que os planos vão mudar Beatrice, não se preocupe com isso! – disse ele misterioso, mas eu senti que o recado era para mim, ele não dava um maldito ponto sem nó. O celular da minha irmã explodiu em mil
Eu só soube chorar.E Beatrice não ficou atrás, ela estava arrasada.Um acordo foi feito, o meu casamento iria acontecer, eu apenas consegui mais duas semanas de anistia daquele martírio, já que tudo teria que ser repensado para que eu não tivesse o mesmo estilo de casamento da minha irmã que passou anos e anos planejando sua cerimônia perfeita.Eu não me interessei pelos preparativos, eu não ligava a mínima para o que iria ser feito ou não de tudo, e o olhar de ódio que minha irmã fazia vez ou outra me fazia querer ofegar e se deitar em posição fetal de tanto chorar.Número Desconhecido E então, tudo pronto? Nosso casamento acontece daqui a três dias!15:07 pmBellaEu odeio você, odeio esse casamento, odeio o olhar da minha irmã para mim por sua causa! Maldito!15:10 pmEu estava em uma maldita reunião de decisão sobre o sabor do maldito bolo, os docinhos que eu nem queria encostar e um bocado de assentos marcados com pessoas que eu nem ao menos conhecia.Mas era importante.Onde e