Eu prometi que não teria amor, eu prometi que não teria paixão e eu prometi a mim mesma que eu não ia me deixar levar pelo olhar dele e muito menos pelo jeito como ele conseguia me levar no bico sem nenhum esforço.Matteo tinha que ser um caso encerrado, eu tinha que conseguir esquecer totalmente o que aconteceu. Eu tinha que enterrar de todo jeito o meu desejo por aquele crápula insensível.Eu olhei minuciosamente o quarto ao lado ao que eu entrei primeiro, e sim, erro de principiante, aquele deveria ser mesmo o quarto principal.Ele era três vezes maior do que o quarto anterior e como ele mesmo disse, impossível ter alguma câmera.O telefone tocou, atendi sem surpresa nenhuma.- O que é Matteo? – eu disse ainda com raiva- Como não te vi entrar no quarto... Você está agora no quarto certo? - falou o desgraçado rindo como um idiota.- Acredito que sim! Agora se você não se importa... Eu vou dormir!- Isabella... de qualquer forma eu vou subir e dormir aí no quarto, eu estou te avisa
Eu não sabia o que eu poderia dizer para ele, a minha inquietação estava aparente, ele conseguia perceber... Parecia pairar pelo ar.- Me diz Isabella... Eu posso ajudar você com alguma coisa? – ele repetiu- Eu não sei... Droga é que tudo é novo, eu estou em uma casa nova... Estou casada, nem é um casamento de verdade... Eu estou... Com medo – as palavras escorregaram de novo pela minha garganta, eu não estava gostando de como eu mesma estava me comportando, o meu corpo parecia me sabotar.Eu queria dizer algo diferente do que eu estava dizendo.A minha máscara iria cair a qualquer momento, eu não era durona.- Você quer que eu faça o que quanto a isso? Porque se o seu plano é morar com seu pai... Esqueça! – ele disse em um tom bravo demais para o meu gosto.- Por que você está tentando brigar comigo Matteo? Eu nem disse nada disso, só falei que tudo é novo para mim, tudo é diferente!- Você está com medo? – ele disse já se levantando do sofá cama.Não se preocupou nem um pouco com m
Nem que eu quisesse muito aquela informação fazia sentido na minha cabeça, eu sei, ela era difícil, mas minha irmã não era o tipo de pessoa que seria uma chefona em algum lugar.Mas o olhar de Matteo aquela noite era tão visceral que eu não consegui não me conectar com a sua preocupação.Eu fiquei olhando nos olhos dele de uma forma diferente, eu estava com medo, mas o corpo dele ao lado do meu me deixava um pouco mais calma.Eu sabia que aquele casamento era arranjado, mas a sensação de que poderia ser real não saía da minha mente, principalmente quando ele estava por perto, tão perto que o perfume dele exalava pelo quarto e invadia as minhas narinas.- Está tudo bem Isabella? – ele disse olhando nos meus olhos.- Está... eu não sei, você deu uma informação que muda tudo e nem é isso que está me chateando.Ele colocou as mãos quentes no meu rosto e eu fechei os olhos por alguns segundos absorvendo tudo o que tinha de bom naquela situação, tentando pelo menos fingir que havia alguma
Nascida e criada em um meio não tão bom, sofrendo pelos mesmos motivos que todas as pessoas normais sofrem, mas em um ambiente onde nenhuma pessoa normal deveria viver... assim eu fui criada, assim eu vivi, assim eu cresci e provavelmente assim será a minha morte.Quando o meu coração que é feito de mim, decidir parar o corpo que também é feito de mim.- Eu já disse Beatrice não tenho nenhum interesse se quer nos planos do nosso pai, eu não sou como você... - eu disse enquanto minha irmã mais velha afofava o meu vestido de baile, ela fazia a função de mim mãe desde que ela meteu uma bala na cabeça no meu aniversário de cinco anos de idade, trágico, mas eu evitava pensar muito nisso para não acabar enlouquecendo mais do que já era de praxe - eu agradeço que esse baile seja para te apresentar um marido, por que assim eu posso ficar um pouco mais livre. Até parece que estamos no ano de mil e quinhentos onde uma mulher não tem chance de se apaixonar de verdade. Não sei como você não se in
Aqueles momentos constrangedores e desajustados causaram um efeito em mim, eu estava afinal de contas, na porra da minha casa, então por que eu estava tão aflita? Tentei manter a compostura, da forma como eu consegui, bom, não havia compostura olhar para ele me deixava nervosa. Um tipo de nervoso diferente, era como olhar direto para o sol e sentir a sensação de ter os seus próprios olhos queimando.- Ah... desculpa... eu não vi que já estava ocupado... - eu disse sem graça, querendo olhar para ele e querendo fugir.- Não se preocupa, tem lugar para todo mundo que acha essas porras de eventos insuportáveis! - eu nem acreditava que ele havia tido coragem de falar isso, eu mesma achava a mesma coisa, mas ouvir alguém dizer isso sobre um evento que era sobre a sua irmã... era difícil.Eu queria dizer o mesmo, mas eu podia detonar aquele evento de todas as formas, mas ele? Ele não!- Não são tão ruins assim... tem bebida de graça... e a anfitriã é linda.- Você é o que? parente do dono da
Eu estava tão perturbada que saí tropeçando pelo salão até finalmente conseguir me trancar dentro do meu quarto, fiquei parada na porta tentando absorver o que tinha acontecido, o que rolou ali no meio de todos?O meu primeiro pensamento foi "Será que Beatrice viu?" "Será que ficou chateada comigo?" "Não foi intencional"Depois eu percebi que eu estava me justificando em cima de algo que eu não precisava justificar, já que NADA ACONTECEU.Eu só precisava me convencer disso o mais rápido possível.Mas se eu fechasse os olhos eu via os olhos verdes daquele demônio insuportável, acho que ele me impressionou pela capacidade de me tirar do sério, por isso eu estava pensando nele, não rolou nada especial, só rolou alguém que me desafiou... e isso não acontecia normalmente. E eu nem sei por que eu estava tão focada em algo que aconteceu apenas a cinco minutos atrás, já era passado.Eu já estava envolta em minhas cobertas quando Beatrice entrou no meu quarto. Eu sentia os passos dela, sabia e
Eu somatizei todas as coisas, isso é verdade, eu fiz de tudo para que eu não pensasse mais naquele homem nem no cheiro dele ou no modo como ele me segurou forte nos braços a noite toda em meus sonhos, ele era noivo da minha irmã, e eu não podia interferir em nada que pudesse colocar em risco á vida perfeita e quadrada que minha irmã tanto queria para ela. Eu acordei no outro dia estranha, a calcinha melada da noite anterior, uma vontade imensa de ter tirado ela na frente de Matteo. Corei com o pensamento e me senti a maior das vagabundas, tomei um banho e desci as escadas na esperança de tudo aquilo ter sido apenas um maldito devaneio da droga da minha cabeça. - Olá Bella, acordou só agora... eu já estava indo ao seu quarto te acordar – disse Beatrice sorridente demais para o meu gosto no salão principal. - Eu só preciso de um café para acordar de algum jeito Bea, logo volto aqui e falo com você... sou um monstro com fome – sim eu era, aquilo ao menos não era mentira, porém, eu est
Eu não sou como toda mocinha de conto de fadas e livros clichês, eu nunca me senti desajeitada diante da minha irmã que era um monumento, eu nunca me senti feia em relação a nada e quando ele olhava para mim eu sabia que ele me queria de todas as formas possíveis e em todos os lugares e posições possíveis.Eu aceitei, com o coração batendo mais forte do que eu conseguia conter, mas eu encarei aquele desafio.- E então... Isabella não é? – disse o irmão dele caminhando ao meu lado, enquanto ele esticava o pescoço para trás para saber o que estávamos falando.Eu tinha pena.Minha irmã tentava incessantemente chamar a atenção do seu noivo, o homem que deveria estar dando 100% de atenção a ela o tempo inteiro.Matteo parecia incomodado demais com a forma como o irmão estava falando comigo.- E então... vocês dois... podem andar na nossa frente! – ele disse irritado demais para o meu gosto.- Eu realmente não vejo motivo para andarmos na frente, vocês dois precisam de um espaço para se con