Eu caminhei com o Pedro e ele brilhava. Mas infelizmente brilho nunca me atraiu e eu sempre gostei demais de problemas, eu não conseguia evitar. Era mais forte do que eu o meu ímpeto de ser uma m*****a louca de pedra. - Garotos – chamou minha avó do gramado – vamos jantar! – era ordem, ninguém se atrevia a não obedecer a uma ordem direta de uma dama envolvida com um monte de mafiosos armados até os dentes. Crescer nisso dava uma aura engraçada para a minha vida, e enquanto eu crescia em um colégio católico cheio de pompas e circunstâncias eu ouvia o quanto os pais das minhas amigas eram CEO’s de grandes empresas, enquanto eu sempre soube que o meu pai matava pessoas e contrabandeava drogas pelo mundo inteiro. O meu senso de justiça foi afetado, e talvez, só talvez, o meu senso de atração também. A luz nunca me disse nada, eu gostava de problema, e os olhos dele era puro ódio e me atraíam como um raio para ele. Ele se sentou na outra ponta da mesa, mas o meu sentimento, era que e
Todo o motivo do desprezo de Matteo era porque eu estava na jogada.E essa frase ficava ecoando na minha mente, de novo e de novo e sem pausa enquanto ela chorava as lágrimas mais sinceras que podia chorar.Eu não queria decepcionar Beatrice, minha intenção jamais havia sido essa, eu não esperava que esse homem me atropelaria como um caminhão sem freio em uma rodovia molhada pela chuva.Mas foi assim que aconteceu.- Tudo bem Bea, fala para o papai... que você... não se sente confortável se casamento com alguém que claramente não tem sentimentos por você! – até que ponto o meu conselho para ela era real? Até que ponto eu realmente estava preocupada com seus sentimentos e não com os meus?- Eu não posso! Eu quero me casar com ele! – ela disse firmemente se levantando e limpando as lágrimas no rosto.- Por qual motivo você iria querer se casar com um cara que não está nem aí para você? – eu falei veemente, acho que fiquei com o rosto vermelho do nada, por que sentia como se pegasse fog
Matteo foi embora, como sempre me deixando perturbada.Demorei uma vida para conseguir dormir e quando eu acordei de manhã a casa já estava na maior algazarra.- O que está havendo aqui? – eu gritei descendo as escadas, o vestido da minha mãe nas mãos de Beatrice me fez dar três passos para trás.- Oi Belinha, desce logo... vamos ajustar o vestido da Amélia para sua irmã! – disse minha avó vendo que eu realmente estava puta.- E quem disse que Beatrice pode usar o vestido da mamãe? – eu falei indignada.- Ah, não seja mimada! Depois você pode usar o vestido Isabella... – disse ela com um sorriso irritante nos lábios.- Eu jamais vou concordar com isso! Entendeu? O vestido da mamãe tem que ficar guardado, como era o nosso combinado!- Um desperdício de renda francesa! E você pode muito bem deixar sua irmã usar, logo será o seu casamento... Você poderá usar o vestido também!- O vestido da mãe vai ficar guardado! Entendeu?! Eu não quero você com ele, tem que ter respeito pela minha opin
O problema todo estava em mim e eu sabia, e ao sair do carro uma brisa leve bateu no meu rosto e eu fui atingida como um raio de desesperança quando na frente da droga da modista estava Matteo parado com seus seguranças com uma m*****a cara de quem ia matar alguém ali a qualquer momento. - O que faz aqui? – disse Beatrice um pouco surpresa, mas parecendo feliz pela “Atenção” que o seu noivo pretendia dar a ela, enfim, eu não podia dizer nada sobre isso, ele de fato teria que dar toda a atenção possível a ela. - Eu vim garantir que tudo sairá como o planejado, não deveria ter vindo? – disse ele olhando para mim, não sei por que, o cara simplesmente sempre dava um jeito de me impedir de respirar. - Dá má sorte ver a noiva antes do casamento! – disse ela um pouco sem graça. - Você verá que os planos vão mudar Beatrice, não se preocupe com isso! – disse ele misterioso, mas eu senti que o recado era para mim, ele não dava um maldito ponto sem nó. O celular da minha irmã explodiu em mil
Eu só soube chorar.E Beatrice não ficou atrás, ela estava arrasada.Um acordo foi feito, o meu casamento iria acontecer, eu apenas consegui mais duas semanas de anistia daquele martírio, já que tudo teria que ser repensado para que eu não tivesse o mesmo estilo de casamento da minha irmã que passou anos e anos planejando sua cerimônia perfeita.Eu não me interessei pelos preparativos, eu não ligava a mínima para o que iria ser feito ou não de tudo, e o olhar de ódio que minha irmã fazia vez ou outra me fazia querer ofegar e se deitar em posição fetal de tanto chorar.Número Desconhecido E então, tudo pronto? Nosso casamento acontece daqui a três dias!15:07 pmBellaEu odeio você, odeio esse casamento, odeio o olhar da minha irmã para mim por sua causa! Maldito!15:10 pmEu estava em uma maldita reunião de decisão sobre o sabor do maldito bolo, os docinhos que eu nem queria encostar e um bocado de assentos marcados com pessoas que eu nem ao menos conhecia.Mas era importante.Onde e
Ao chegar na modista um grupo de mulheres já se apinhava pelos corredores, os cumprimentos me incomodavam porque aquelas mulheres nem falariam comigo em circunstâncias normais.Porém, apesar da puxação de saco de sempre alguma coisa não estava bem no lugar, uma mulher morena me observava do outro lado da sala com um sorriso esticado no rosto e uma aura de puta de luxo que me dava nos nervos.- Desculpem, mas quem é? – apontei para ela, alguma fofoqueira bajuladora com certeza saberia o nome da mulher.- Eu sou Olívia... tudo Bem Isabella Lion? – disse ela se aproximando de mim – não pergunte a elas, fale comigo diretamente.- Eu só fiquei curiosa, você não parou de me olhar desde que entrei aqui! – eu disse insistindo em saber quem era, a postura dela era de despeito, mas ao mesmo tempo, um certo tipo de orgulho que só pessoas donas de alguma coisa que queremos tem estampado no rosto.- Meu nome é Olívia Mancini, muito prazer! Eu vim até aqui comprar um vestido para o seu casamento.-
Os dias passaram correndo, minha irmã evitava olhar na minha cara e a minha avó ia aos poucos aceitando o golpe que levamos, foi me perdoando por um pecado que eu quase cometi.E eu a cada dia que passava ficava encarando a minha janela e a varanda do meu quarto torcendo para que ele subisse para eu ter um pouco dele, mesmo que fosse um quase nada, mesmo que fosse algo que eu não estava preparada para sentir e nem ouvir.Mas ele não veio.As mensagens cessaram, e tudo o que eu tinha era uma garrafa de vinho e a tristeza da madrugada por ninguém da minha casa falar comigo direito.Foda.O que minha mãe estava achando de onde ela estava?E eu ainda fui capaz de prometer que eu iria ajudar a minha irmã a ficar com o meu futuro marido, seria uma desquitada andando por aí.Tentei me concentrar na possibilidade que eu tinha de ter uma liberdade nunca antes vista ou sonhada por ninguém.Tudo bem, parecia um preço pequeno a ser pago pela minha liberdade.O dia do casamento finalmente chegou,
Eu vi os olhos dele me devorando enquanto eu entrava orgulhosa pelo corredor, não pelo casamento em si, mas pelo vestido da minha mãe ter entrado em mim sem nenhum tipo de ajuste, como teria que ser feito com Beatrice. Eu sentia que ela estava presente. Enquanto eu caminhava pelo longo corredor vi tantas pessoas estranhas, minha mente estava confusa o suficiente para eu não reconhecer direito os rostos. Mas um especificamente me chamou a atenção. Tinha um véu cobrindo o rosto no meio de todas os rostos descobertos, bem no canto da igreja ao lado de uma santa que também ne encarava. Os cabelos extremamente dourados me chamaram a atenção, os olhos azuis que pareciam até me cegar e uma expressão que pela minha idade eu conseguia me lembrar só um pouco. Todas as fotos estampadas pelas paredes da minha casa e a saudade que meu pai nunca deixava de lado, já que ele cultuava a minha mãe como uma divindade. Mas assim como a imagem chegou aos meus olhos ela sumiu, e eu só não acreditei q