O sol subia lentamente sobre Haven, tingindo o céu de laranja e dourado enquanto o acampamento despertava para um novo dia. Kael estava na borda do refúgio, perto do rio que cortava a floresta, o som da água um contraste calmo com a tempestade em sua mente. Ele era um felino, com DNA de tigre que lhe dava força e agilidade sobre-humanas, mas sua aparência era totalmente humana — alto, musculoso, com cicatrizes cruzando a pele bronzeada. Seus olhos âmbar varriam o horizonte, os sentidos aguçados captando cada movimento na floresta. Aria se movia em silêncio, os pés descalços quase inaudíveis contra a terra úmida. O cabelo negro caiu solto, úmido do rio onde se lavou, e a camiseta rasgada colava-se à pele, destacando as curvas suaves de seu corpo. Kael desviou os olhos por um instante, o instinto felino lutando contra um desejo humano que crescia em seu peito. Ele não tinha garras ou presas, mas a força em seus músculos e o calor em seu sangue eram prova de sua natureza.— Você não pa
O acampamento de Haven fervilhava com movimento, o ar carregado com o som de metal contra metal e gritos urgentes. O sol subia no céu, banhando o refúgio em uma luz dourada que contrastava com a sombra iminente do Genesis Core. Kael se move entre os híbridos, ajudando a erguer barricadas de troncos e pedras, os músculos fortalecidos pelo DNA flexionando sob a pele humana marcada por cicatrizes. Sua força e agilidade eram evidentes em cada movimento, carregando cargas que fariam um humano comum desabar.Aria trabalhou perto da fogueira central, cercada por Talon, Sable e um pequeno grupo de híbridos com habilidades técnicas. Sobre uma mesa improvisada, ela montou um dispositivo a partir de peças de sucata — fios do drone destruídos, baterias velhas e um transmissor que ela jurava poder interferir nos sinais do Genesis. Suas mãos eram rápidas, precisas, mas Kael notava o leve tremor em seus dedos, o peso da responsabilidade que ela carregava.— Isso vai funciona
O crepúsculo caiu sobre Haven, tingindo o céu de tons roxos e cinzentos enquanto o acampamento se recuperava do ataque dos Caçadores. As barricadas estavam danificadas, mas de pé, e os híbridos trabalhavam em silêncio, consertando o que podiam com mãos calejadas e determinação feroz. O cheiro de madeira queimada e metal derretido pairava no ar, misturado ao sangue seco que marcava o chão onde os inimigos haviam caído. Kael estava na caverna do conselho, o ombro enfaixado por Aria em um curativo improvisado que doía a cada movimento. Ao seu redor, os líderes de Haven formaram um círculo tenso: Talon, Sable, Rook, Mara e Finn. Aria estava ao lado de Kael, o dispositivo de interferência repousava sobre uma pedra à sua frente como um troféu de guerra. — Eles vão voltar — disse Talon, a voz firme enquanto ajustava uma flecha na mão. O felino,, exibe uma autoridade natural nos olhos verdes. — Caçadores não são o fim. São o aviso. A Genesis Core está testando nossas defesas. Rook asse
A noite caiu sobre a floresta como um manto pesado, as estrelas escondidas por nuvens escuras que prometiam chuva. Kael liderou o grupo de caça, os sentidos aguçados pelo DNA felino de tigre que corria em suas veias, captando cada som e movimento no terreno irregular ao norte de Haven. Sua aparência era humana — alta, musculosa, com cicatrizes marcando a pele —, mas a agilidade e força interna o tornavam um predador nato. Sable se movia-se ao seu lado, silenciosamente, os reflexos de leopardo evidentes em cada passo, a faca longa refletindo o brilho fraco da lua quando esta espiava entre as nuvens. Rook, um macaco com mãos ágeis e visão noturna apurada, segue atrás, os olhos espertos varrendo as copas das árvores. Zane, um canino com sentidos aguçados, e Vex, outra felina com agilidade de pantera, completavam o grupo, suas respirações visíveis no ar frio. O plano foi arriscado: encontrar o ponto de origem do batedor drone e destruí-lo antes que mais Caçadores fossem enviados. Talon a
A chuva diminuiu para um chuvisco leve quando o amanhecer chegou a Haven, o céu cinza refletindo-se nas poças que se formavam no chão do acampamento. Kael acordou com o peso quente de Aria contra seu peito, o corpo dela aninhado nas peles onde havia dormido. O calor da noite anterior ainda pulsava em suas veias, mas o comunicador do Genesis, ao lado deles, era um lembrete frio do que os esperavam. Ele a observou por um momento, os cabelos negros espalhados como tinta sobre a pele pálida, os lábios entreabertos em um sono leve. Ela era sua força, mas também suas fraquezas — uma verdade que ele aceitou com um rosnado silencioso. Ele levantou com cuidado, pegando a camisa rasgada que jogara de lado na noite anterior. O ferimento no ombro latejava, mas ele o ignorou, saindo da tenda para o ar úmido da manhã. O acampamento estava quieto, os híbridos ainda se recuperando da batalha e da tensão da caçada. Todos tinham aparência humana, mas Kael reconhecia os tipos: felinos como ele, com mo
A cela cheirava a ferro e desespero, um odor que Kael conhecia tão bem quanto o som de sua própria respiração. As paredes de aço reforçadas refletiam a luz fraca de uma lâmpada suspensa no teto, projetando sombras que dançavam como fantasmas sobre o chão frio. Ele estava sentado, os músculos tensos sob a pele marcada por cicatrizes, os olhos âmbar fixos na porta trancada à sua frente. Não havia janelas, nem ar fresco, apenas o zumbido constante do sistema de ventilação que mal disfarçava os gritos distantes de outros como ele — híbridos, prisioneiros da Genesis Core.Kael era diferente, diziam os guardas. Um modelo aprimorado, criado a partir do DNA de um tigre siberiano e de um soldado humano de elite. Seus reflexos eram mortais, suas mãos podiam partir metal, e sua mente... bem, sua mente era o que o mantinha vivo. Ele não se dobrava, não implorava, nem mesmo quando os eletrodos queimavam sua carne ou quando injetavam substâncias que faziam seu sangue parecer lava. Ele sobreviveu. S
O ar na câmara de contenção era denso, carregado com o cheiro metálico de sangue seco e o suor acre de corpos confinados. As luzes vermelhas piscavam em um ritmo frenético, sincronizadas com o alarme que gritava como uma fera ferida. Kael avançou entre as celas, arrancando aço como se fosse papel, libertando os híbridos um por um. Cada grade que caía no chão era um grito de desafio contra o Genesis Core, um eco do ódio que queimava em seu peito.Aria ao seu lado, os dedos ágeis digitavam códigos em painéis eletrônicos. Ela foi rápida, mas Kael percebeu o tremor em seus movimentos, o peso da adrenalina misturado com algo que ele não conseguiu identificar — medo, talvez, ou arrependimento. Ele não tinha tempo para analisar. Não agora.— Por aqui! — referiu-se a ela, apontando para um corredor à esquerda enquanto uma porta pesada começava a se abrir com um gemido mecânico. Do outro lado, sombras se movem — guardas armados, seus uniformes pretos reluzindo sob as luzes de emergência.Kael
O corredor tremia com o impacto dos passos dos Caçadores, cada batida reverberando como o martelo de um tambor de guerra. Kael sentiu o chão vibrar sob seus pés descalços, o instinto felino gritando para ele correr ou lutar. Mas Aria estava certa — correr era a única opção agora. Ele agarrou o braço dela, puxando-a para trás enquanto os híbridos libertados se espalhavam em um caos organizado, alguns carregando os feridos, outros rugindo em desafio.— Jogue essa coisa! — falei ele, os olhos fixos na granada que ela segurava como se fosse uma tábua de salvação. Aria arrancou o pino com os dentes, o movimento rápido e preciso, e lançou a granada em direção aos Caçadores. O objeto girou no ar, uma esfera prateada brilhando sob as luzes vermelhas, antes de explodir em uma onda de fogo e fumaça. O som foi ensurdecedor, um rugido que engoliu os gritos dos híbridos e o zumbido dos alarmes.Kael não esperou para ver o resultado. Ele empurrou Aria à frente, correndo com os outros pelo corredor