XXII Contos

Não muito longe dali, mas um pouco mais distante no tempo (fins de 87) uma garota três anos mais velha que Taco e Dingo encarava as delícias da fissura em uma clínica de desintoxicação. Cada um dos 50 dias parecia valer por pelo menos cinco. Certamente, o momento mais tenebroso da cada vez mais raquítica Joanita que, recusando-se a comer, só vomitava oxigênio, em sua abstinência. Os órgãos internos pareciam querer saltar boca afora, explodindo seu corpo cada vez mais fraco. Nos primeiros dias, não tinha acesso a nada. Nem TV, nem revistas ou livros. Era o seu pequeno e abafado quarto, sua cama e o velho sofá num dos cantos, para as raras visitas. A rotina era rígida e padronizada. Era acordada às 07 horas da manhã por uma sirene. Os viventes se encaminhavam para os banheiros, e de lá, para o refeitório, onde faziam a primei

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