Dias depois...

Mamãe entra no meu quarto sem bater. Sua expressão é um misto de preocupação e determinação.

— O que você tem, Emily? Se abra, vamos! — diz, a voz firme, mas embargada de afeto. — Cheguei te contando sobre minha viagem, mas você me olhou como um zumbi, o olhar perdido, está sempre tão longe. Ontem foi se deitar cedo e agora rejeitou o convite da Carol para sair. E tenho reparado que anda sem fome. Vamos! Desembucha! Você nunca foi de me esconder as coisas. Você sempre se abriu com sua mãe. Não é agora que começará a me esconder as coisas, não é?

Sento-me melhor na cama, ajeitando o travesseiro atrás de mim. O desânimo pesa sobre meu peito como uma âncora, e um longo suspiro escapa antes que eu fale:

— Eu conheci uma pessoa.

Ela estreita os olhos, me estudando como quem busca decifrar um enigma.

— Conheceu uma pessoa? Na casa de Kayra? Mas eles não são turcos? Não me diga que ficou ligada em algum turco?

— Sim, no irmão dela.

— No irmão dela? — questiona, os olhos arregalados, a incred
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