Afrodite Ribeiro
Olho para frente me sentindo agoniada, desde que saímos da casa da Aurora, Rocco não disse uma palavra, ele só mexe no computador respondendo e-mails, faz ligações e só, respiro fundo e solto o ar aos poucos.
— Está entediada?— Os pelos da minha perna se arrepiam, ele me deixa nervosa.
— Sim! — Falo. — Você sabe onde está o meu celular? — Questiono
— Aqui. — Ele diz estendo um celular novo na minha frente, um iphone última geração, em tom azulado muito lindo, pego o celular, quando olho vejo que já tem os números das meninas e o dele como Rocco.
— Eu posso ter redes sociais e essas coisas? — Questiono.
— Por enquanto não, é melhor esperar um pouco, depois do nosso casamento você faz e coloca o novo sobrenome para não levantar suspeitas— Engulo em seco.
— Você realmente pretende casar comigo, não vai negar ou perguntar sobre mim?— Questiono.
— Eu já sei tudo sobre você! — Ele fala e então o carro para, o motorista sai e abre a porta para nós sairmos do carro.
Antes de qualquer coisa ele já sai andando e eu vou atrás, quando eu entro em casa me assusto ao ver um embrulho em seus braços, em seus lábios tem um sorriso pequeno olhando para o manto rosa. Um bebe?
— Quem é essa menina bonita?— Uma senhora pergunta.
— Minha noiva — Ele fala sem desviar os olhos dá bebe.
— Noiva? — A senhora com incredulidade, engulo em seco pensando que ela vai falar algo desagradável, mas ela sorri e em segundos me abraça com força, me deixando confusa mas eu retribuo sem pensar duas vezes.
— Bem vinda a família minha filha! — Sorri.
— Obrigado— Falo.
— Eleonor, leve Sophia para o seu quarto, tenho que falar com Afrodite a sós. — Ela fala.
Eleanor olha confusa para ele, mas pega o pacotinho e leva escada a cima, suspiro e quando olho para ele observo que ele já está bem mais próximo.
— Você está livre para andar por toda a casa, temos três andares, seu quarto vai ficar no segundo, em hipótese alguma suba para o terceiro e nem chegue perto da criança, não a pegue e nem olhe para ela.— Ergo minha sobrancelha.
— Você está achando que eu sou capaz de fazer algum mal para um bebê?— Questiono incrédula.
— Eu só estou dando uma regras, siga elas e você vai poder ficar livre, a não ser que queira ficar no seu quarto presa 24 horas por dia. — Falo brava
— Ok. — Digo e ele assente se afastando.
— Seu quarto é no segundo andar, o último do lado esquerdo, já tem todas as suas coisas lá, fique a vontade para conhecer a casa, fazer suas refeições e pedir o que quiser para a cozinheira.
— Ok.— Falo e então ele sai seguindo escadaria acima, me sento no sofá.
Engulo em seco sentindo uma grande vontade de chorar, eu estou me sentindo perdida, uma verdadeira intrusa, pego meu celular e entro no App Store, baixo o w******p e rapidamente conecto tudo, no primeiro toque minha mãe atende, meu coração se aperta quando vejo seu rosto.
— Oi mãe, eu…
— Amor, finalmente você me ligou, eu estava com tanta saudade de você, mas eu estava contente sabendo que você estava se divertindo— Engulo em seco, obviamente coisa da Kiara.
— Sim mamãe, eu estou me divertindo— Falo, ela sorri e boceja. — Eu só…
— Filha, eu vou dormir porque estou morrendo de sono, eu e seu pai nos divertimos tanto hoje.—
— Tá bom— Falo sentindo meus olhos encherem de lágrimas. — Mamãe, te amo muito.— Digo e então desligo.
— Senhora?— Ergo meu rosto dando de cara com um homem, todos de terno, moreno e lindo.
— Sim?— Falo em inglês.
— Eu sou o seu segurança particular, o senhor Rocco me designou para a sua segurança, tem algo que você quer?— Assinto
— Sim, eu quero um hambúrguer com muito cheddar e uma carne suculenta, bastante batata frita com maionese temperada, e uma coca-cola gelada. — Ele não demonstra nenhuma reação, só pega o rádio, fala algo em italiano e depois me olha.
— Em uma hora seu lanche estará aqui! — Assenti sorrindo aliviada.
— Bom, então vou para o meu quarto, tomar banho e quando o lanche chegar você manda me chamar. — Digo.
— Como deseja? Comer do lado de fora ou perto da piscina? — Sorrio, aliviada por ter uma opção.
— Piscina, ar puro! — Digo.
— Ok, senhora. — Fala.
Decidida, subo para o segundar e vou direto para o meu quarto vendo um quarto todo branco sem graça, porém arrumado, confortável com tudo limpo e arrumado, minhas coisas já organizada em cada canto, a penteadeira é perfeita.
— Tudo lindo e extremamente caro. — Murmuro.
Pego o meu pijama, vou direto para o banheiro e tomo um banho rápido, sai já vestida e quando me sento na cama alguém b**e na porta, vou até ela e a abro vendo o segurança.
— Senhora, já está tudo arrumado lá fora. — Assinto.
— Obrigado! — Falo.
Saio do quarto de pijama e desço sendo guiada pelo o segurança, vou para o lado de fora e assim que vejo tudo me sento na cadeira e já vou pegando o hambúrguer, começo a comer aliviada a cada mordida uma satisfação diferente, escuto uma gargalhada, olho para cima e vejo uma cena linda.
Rocco está com a bebê em suas mãos, ele está fazendo ela rir e em seus lábios tem um pequeno sorriso, sorri abismada com tanta fofura, mas como se ele sentisse a minha presença ele olha na minha direção e assim que me vê o olhando ele abaixa a criança e sai da sacada bem sério, termino de comer e vou para o quarto, tranco a porta e me jogo na cama.
Vou terminar dormir, mas duvido que eu consiga.
Afrodite Ribeiro Assim que dá o horário eu me levanto sem despertador, vou correndo para o banheiro, tomo um banho rápido, visto roupa de academia e corro para fora do banheiro antes que passe do horário, pego o celular vendo que ainda são oito da manhã, assim que saio do quarto dou de cara com o meu segurança, sorrio.— Bom dia— Falo tentando parecer animada.— Bom dia senhora, onde deseja ir?— Ele questiona sério.— Academia— Falo. — Me acompanhe!— Ele fala já começando a descer as escadas.— Se você não se importar, meu nome é Afrodite e eu gostaria de ser chamada pelo meu nome, você me chamar de senhora faz eu me sentir super velha— Digo e vejo um meio sorriso em seus lábios — Qual o seu nome?— — Benito, senhorita Afrodite — Fala.— Obrigado Benito— Falo e ele assente.Descemos os degraus e assim que estamos na sala, entro na mesma porta que entrei ontem e vejo a mesa de café da manhã montada, Rocco me encara sério, me analisando de cima a baixo.— Bom dia Roc
Afrodite Ribeiro Abro meus olhos escutando um choro alto e fino, pulo assustada quando constato que o choro é de um bebê, deve ser a Sophia mas eu tenho certeza que a dona Eleonor deve está capotada, já que ela me disse que ia tomar seus remédios para dor de cabeça junto com um suco de maracujá que ela fez.Suspiro agoniada pois eu odeio ver ou escutar crianças chorando, isso me dá agonia e eu já acho que está acontecendo o pior com a criança e eu detesto ficar na dúvida.Cadê o Rocco?Respiro fundo, sem pensar duas vezes eu abro a porta do meu quarto e corro desesperada para o andar de cima, quando chego no corredor vejo que tem três portas, duas uma do lado da outra e três do outro lado.Quando eu vejo a porta toda rosa com o nome Sophia e uma coroa em cima fico boba, abro a porta rapidamente e ando até o berço dando de cara com uma bebê com o rosto todo vermelho de tanto chorar.A pego no meu colo com cuidado e rapidamente ela gruda uma mão no meu cabelo e a outra na blusa do meu
Afrodite Ribeiro Saio do banheiro mesmo sabendo que está super cedo, eu não consegui dormir depois do que aconteceu. Agora eu estou com medo de sair do quarto e dar de cara com ele ou ele está na mesa do café da manhã me encarando como sempre.Ouço alguém bater na porta, respiro fundo e ando até ela a destrancando e logo em seguida sendo agarrada pela Aurora que me abraça com força me deixando sem ar.— Aurora, você está me esmagando! — Falo e rapidamente Aurora se afasta, com um sorriso gigante no rosto mostrando seus dentes branquinhos.— Desculpa! — Ela fala e fecha a porta — Como estão sendo os dias aqui? Me conta tudo!— Eu não posso ficar aqui. — Digo desesperada e rapidamente sua expressão muda de felicidade para preocupação — Você pode me levar para morar na sua casa e fingir que eu sou uma prima que está fazendo faculdade aqui? — Amiga, o que aconteceu que você está nesse desespero?— Questiona.— O Rocco é louco, eu não quero ficar aqui.— Falo. — Ele me trata
Afrodite Ribeiro — Que merda de aliança é essa?— Grito, fazendo o sorriso em seus lábios sumir e uma expressão de tristeza chegar. — FALA, QUE ALIANÇA É ESSA?— — Pra que gritar?— Ela questiona. — Eu fui pedida em casamento e aceitei!— Ok, mas é tudo uma farsa então não tem o porquê de você tá assim toda feliz e com essa aliança.Ela me olha como se eu fosse um alien.— Se pra você é mentira eu não posso fazer nada, pra mim é muito verdadeiro eu irei me casar com o homem que eu amo.— Você não conhece o cara nem a 1 mês, você tá louca?— Falo indignada. — Seus pais vão amar essa ideia.— Não fala isso, você precisa entender que várias coisas aconteceram não só na sua vida como na minha também, nesse meio tempo— Nego desacreditada, Aurora chega no topo da escada e olha para nós duas.— Meninas, o que está acontecendo? — Pergunta.— Não se mete que isso aqui vem muito antes que você. — Falo brava.— Não fala assim com ela, você não tem esse direito.— Kiara fala brava.
Afrodite Ribeiro Depois de pegar um uber na portaria da fortaleza que é o condomínio de Rocco eu me vi em frente ao Coliseu de roma, sorri feliz sentindo meu coração bombar fortemente dentro do meu peito.Fechei meus olhos agradecendo a Deus e quando abri meus olhos novamente e vi que era realidade que eu realmente estou aqui senti meu corpo vibrar.Na mesma hora peguei meu celular e comecei a tirar várias fotos da frente do museu, por um momento eu até pensei que não iria conseguir entrar, mas eu como uma boa brasileira que não foge da luta.Fui até a bilheteria e depois de uma conversa longa com a moça, quase chorando falando que sou brasileira e era meu sonho entrar no local e consegui.Paguei com o cartão e rapidamente entrei, ficando maravilhada com a visão, vi cada detalhe, escutei os áudios das histórias totalmente maravilhada com o momento, sentindo que a adolescente de 15 anos que via aqueles filmes de High School se imaginado nos Estados Unidos dentro do filme de meninas mal
Afrodite RibeiroSaio dos meus pensamentos e volto a olhar para a bebê nos meus braços, que me encara com seus olhos azuis reluzentes.Enquanto uma mão está na boca toda cheia de baba a outra está segurando o meu cabelo com força.— Ó meu Deus. — Me viro assustada vendo a dona Eleonor me olhar com os olhos arregalados, ainda de pijama toda descabelada. — Eu dormi demais? Ó meu Deus, Rocco vai ficar furioso ao ver que você está com ela.— Calma dona Eleonor, ele mesmo me deu a Sophia. — Falo e ela abre a boca chocada.— Ele autorizou você cuidar da pequena? — Assenti — Você tem noção que nenhuma babá, fica mais de um dia porque ele não confia? Rocco é um pai muito cauteloso, desconfia de todos que chegam perto.— Foi tudo questão de sentar e conversar. — Falo e beijo a bochecha dá neném outra vez que abre um sorriso banguela.— Eu estou tão feliz de ver que vocês estão se acertando, meu menino merece ser amado. — Fala com um sorriso super feliz. — Bom, agora que ele confia a
Afrodite RibeiroEntramos no grande salão e assim que passamos pelas portas é como se tudo ficasse mudo, todos nós encaram. Um nos encaram na cara dura, me olhando de cima a baixo e outros olharam e viram a cara cochichando.Respiro fundo disfarçadamente e ergo a cabeça enfiando minha unhas na minha pele, totalmente tensa, enquanto Rocco passa alguns homens falando com ele mas ele só assentiu com a sua postura prepotente e séria, como se ninguém ali valesse a sua atenção.Quando já estamos na metade do salão eu vejo em uma grande messa, Kiara e Aurora conversando e rindo, enquanto os meninos estão conversando com outros homens em pé mas afastado, fumando e bebendo.Nos aproximamos da mesa e ele se inclina, beija a cabeça dá Aurora, depois fala com a Kiara que só assente e quando ele se vira pra mim sou surpreendida com um beijo leve deixado em meus lábios.— Fique aqui com elas. — Diz e então sai indo em direção aos irmãos.Me sento na mesa, olho para Kiara que me encara com cara de ca
Afrodite Ribeiro — Você está com medo? — Questiona.Minhas pernas tremem, respiro fundo tentando me manter em pé.— Não. — Falo séria, me afasto dele novamente e olho para o sangue em seu corpo, o jeito que ele está se comportando é muito diferente, como se fosse outra pessoa ali. — Então esse é o seu trabalho? — Eu te falei…Sua voz é rouca e grossa, ainda olhando em seus olhos me afasto novamente tentando me sentir segura, mas Rocco dá outro passo tentando se aproximas e eu nego colocando a mão entre nós.— Não. — Falo seria.— Não? — Assenti.— Irei para o meu quarto e amanhã se você acordar de bom humor conversamos. — Falo seria. — Sua filha já está dormindo então não faça barulho ou você ficara com ela.Falo e me viro, subo as escadas calmamnete e sigo pelo corredor, quando entro no meu quarto e finalmente fecho a porta trancando a mesma, eu me permito sentir toda a avalanche de sentimentos.Então caiu no chão, encostada na porta e quando olho para as minhas roupas ai sim, eu si