Afrodite Ribeiro
Saio dos meus pensamentos e volto a olhar para a bebê nos meus braços, que me encara com seus olhos azuis reluzentes.Enquanto uma mão está na boca toda cheia de baba a outra está segurando o meu cabelo com força.— Ó meu Deus. — Me viro assustada vendo a dona Eleonor me olhar com os olhos arregalados, ainda de pijama toda descabelada. — Eu dormi demais? Ó meu Deus, Rocco vai ficar furioso ao ver que você está com ela.— Calma dona Eleonor, ele mesmo me deu a Sophia. — Falo e ela abre a boca chocada.— Ele autorizou você cuidar da pequena? — Assenti — Você tem noção que nenhuma babá, fica mais de um dia porque ele não confia? Rocco é um pai muito cauteloso, desconfia de todos que chegam perto.— Foi tudo questão de sentar e conversar. — Falo e beijo a bochecha dá neném outra vez que abre um sorriso banguela.— Eu estou tão feliz de ver que vocês estão se acertando, meu menino merece ser amado. — Fala com um sorriso super feliz. — Bom, agora que ele confia a Sophia a você, dá para mim fazer uma comida bem gostosa para nós bem calma sem preocupação.— Bom, eu amaria comer uma boa lasanha italiana. — Falo e ela sorri.— Lasanha italiana saindo! — Ela fala toda animada. — Anjo, o cronograma dela está na frente do berço, creio que você já sabe disso né?— Não, eu não sabia. — Falo e ela sorri.— Vem, vamos lá para cima que eu irei te mostrar. — Assenti e subimos as escadas juntas.Quando entrei no quanto ela começou a falar sobre o cronograma e eu fui lendo o livro que a pediatra fez.E literalmente as babás só trocava a fralda dela, colocar ela pra dormir, mamar, banho e só, Sophia nem vê a luz do sol ou da lua direito, isso tudo é uma loucura. A criança vive trancada em casa.Mesmo contrariada eu tento seguir tudo o que está no papel que a tal pediatra passou, mas quando deu meio dia eu cansei e resolvi finalmente sair do quarto, até porque já estava cansada de não fazer nada e vê a menina só olhando para paredes.Desço as escadas ainda com Sophia no meu colo com o papel especificando tudo, já dei banho na neném, coloquei ela para mamar, arrotar e brinquei um pouco com ela.Quando chego na sala vejo dona Eleonor colocando vinho no copo de Rocco, ele veio almoçar em casa?Assim que ele me vê fecha a cara e se levanta rapidamente, Rocco rapidamente se levanta e anda na minha direção, quando ele tenta pegar Sophia do meu colo.Mas ela simplesmente começa a chorar e gruda no meu cabelo, seguro ela comigo e me afasto dele.— Ela não quer ir com você, deixa ela aqui comigo. — Rocco torce o nariz, ele não gostou nadinha.— Mal chegou e já roubou minha filha? — Olho para ele pensando em lhe dar uma resposta rude, mas vejo seu olhar leve sobre nós.Ok, talvez eu consiga manter minha serenidade para tentar manter uma boa convivência. Me sento e coloco Sophia sentada em uma perna, pego um pedaço de manga que já está cortado e coloco em sua mão vendo ela levar direto para boca, Sophia dá um sorriso banguela me olhando, beijo sua testa rindo.Ergo minha cabeça e vejo que Rocco está nos encarando, sorrio.— Que foi? — Pergunto.Coloco ele atrás da minha orelha e pego um pedaço da manga com a mão ainda olhando para Rocco que me encara.— Minha filha está agindo como se te conhecesse. — Ele fala sério, ela não costuma gostar muito das pessoas. — Diz, dou de ombros.— Só tem uma explicação. — Falo vendo ele me olhar com atenção. — Ela me adora!Rocco revira os olhos e nega, sorrio e olho para Sophia que já está toda suja com a manga, ela parece tão feliz.Seu celular toca, ele pega o celular e quando olha o visor seu rosto fica contorcido de raiva.— Merda. — Fala e deixa o celular de lado, fecha a mão em punhos e respira fundo olhando bem sério para frente.Eita, deve ter acontecido algo bem sério.— Eu sei que talvez não seja um bom momento, mas queria conversar com vocêsobre a Sophia. — Falo e vejo que na mesma hora ele volta ao normal.Então ele se levanta, vem até mim e pega a Sophia dos meus braços que dessa vez não resisti e vai com o pai, com a cara toda lambuzada de manga.— Fala! — Corro um pedaço da lasanha e coloco em meu prato.— Sophia tem um dia muito parado para um bebê de 6 meses, eu quero fazer algumas alterações. — Digo, quando coloco uma colher cheia desssnhs na boca, gemo saboreando o tempero Italiano.Rocco ergue a sobrancelha, olha para Sophia que sorri feliz da vida se sujando toda com a manga.— A lista foi feita pela melhor médica pediátrica da Itália e você quer mudar? — Reviro meus olhos.— Fui baba durante dois anos e cuidei de várias crianças no Brasil, Sophia não sai para brincar no jardim, não tem estímulos para ela se desenvolver. — Falo. — Não tem um dia brincando na piscina, pintura, música ou ela sair para ver a rua e se adequar aos sons, sei que com a vida que vocês levam isso é um pouco complicado mas temos que fazer um esforço, ainda mais que ela não tem nenhuma outra criança da idade dela para brincar.Quando termino de falar vejo que Rocco está com sua atenção fixa em mim, ele pode ser um escroto, mas como pai ele é bom.— Eu te autorizo a fazer as mudanças, só quero que ela tenha uma infância boa. — Ele fala e beija a bochecha da filha mesmo toda melada de manga. — Mas sobre sair com ela, só com segurança e você vai ter que me avisar antes.— Ok. — Falo e encho minha boca de lasanha novamente, na mesma hora uma moça entra e coloca a mamadeira da Sophia ao lado do Rocco e sai novamente. — Como devo me comportar hoje à noite?— Você não precisa se preocupar com isso! — Ele fala e pega a mamadeira de Sophia, que rapidamente pega a mamadeira lhe dando.— Como não preciso? — Digo chocada. — O que eu vou falar se me perguntarem quem é meu pai, que grau eu tenho de parentesco com a Aurora ou se pesquisarem a minha vida.— Você não tem que se importar com isso! — Ele fala bem calmo, já me dando nos nervos.— Como não? Imagina se irem atrás disso e descobrir que é tudo mentira. — Falo.— Não vão! — Bufo.— Caralho, eu posso saber porque você está tão calma assim? — Questiono.Ele olha nos meus olhos transparecendo tanta prepotência e soberania, me deixando incrédula.— Você é minha mulher e ninguém vai ousar achar ou pensar algo sobre você. — Ele fala sério. — Vão ter que te aceitar!Sorrio desacreditada, ele deve ser um dos fodão pra ninguém ousar questionar ele— Eu sei que talvez possa está perguntando demais, mas o que você é na máfia? — Questiono.Rocco me encara, sério.— Eu sou o que faz o trabalho sujo! — Ele fala e eu vejo uma nova passar sobre seus olhos.— Trabalho sujo? — Questiono, mas ao invés dele responder, Rocco se levanta com Sophia no colo. — Ela já comeu bastante, irei subir com ela! A e sua professora chega daqui a 1 hora. — Olho pra ele confusa.— Professora? — Pergunto.— Você não queria aprender Italiano? — Ele fala já saindo.— Hum, deve ser alguma das suas mulheres né? — Rocco me lança um olhar inigmatico.— Em outra época, ela seria. — Ele fala saindo da sala.Em outra época, o que ele quis falar?*******— Você é uma americana tão linda e educada, eu amei te conhecer. — Dona Antonieta fala.— Só seu sotaque que não é tão forte, mas eu já conheci outras pessoas assim.Sorrio morrendo de amores pela senhorinha falante e simpática que está a 2 horas me ensinando italiano, com a maior paciência do mundo.E entre uma palavra ou outra palavra, ela me conta uma fofoca sobre a máfia, falando sobre a vida de todo mundo.Diz ela que é para quando eu conhecer todos da “ Família" saber quem é melhor para mim me aproximar e quem eu devo ficar longe ou com a orelha em pé, concluído ela é uma das senhoras fofoqueira, mas que todo mundo simpatiza.Em duas horas de conversa ela me contou tudo sobre sua vida, inclusive eu fiquei chocada ao descobrir que ela foi prometida ao seu marido no dia em que seus pais souberam que ela seria mulher e que com isso, seu pai se tornou alguém poderoso na família ganhando renome.Ela cresceu já sendo forçada a gostar de tudo que ele gostava, músicas, comidas e tudo o que se pode imaginar, ela não queria casar mas pelo bem da família casou.E para a sorte dela ele já a amava e soube conquistar ela ganhando o seu amor, sendo compreensivo e ganhando seu coração aos poucos.Mas ela deixou muito claro que outras amigas suas não tiveram a mesma sorte e vivem casamento de aparência, mas logo quando percebeu a minha cara ela mudou de assunto, acho que com medo sobre o que eu falaria, mas mal sabe ela que eu concordo com tudo o que ela falou.Isso não deveria acontecer, as meninas são praticamente forçadas a casar ou simplesmente são mortas ou largadas ao relento por sujar o nome da família, isso quando não são obrigadas a serem prostitutas.Mas o melhor foi quando ela mostrou fotos dela bem novinha e eu entendi o que Rocco quis dizer, ela era deslumbrante.Quando ela foi embora, sob um juramento meu que no evento de hoje iria procurar ela para conversarmos eu fui direto para a cozinha procurar algo para comer. E me surpreendi quando vi a bancada da cozinha com bolo de cenoura, torta de frango e um bolo de fubá com uma cauda de goiaba tão linda que me deu água na boca, eu me senti no meu país.— Afrodite? — Me viro vendo a dona Eleonor me olhar com um sorriso gigante.— A senhora fez isso tudo pra mim? — Pergunto sentindo o cheior dá comida me enfeitiçar.— Sim, e eu não via a hora daquela velha fofoqueira ir embora para trazer você até aqui e vê se é tudo do seu gosto. — Sorrio.Antes que eu possa me controlar pulo em cima dela e a abraço bem apertado, jesus.— Eu sinto tanta falta da minha mãe, mas com você aqui parece que esse sentimento diminuiu um pouquinho.— Falei e quando me afastei vi seus olhos marejados.— Muito obrigado, pode parecer loucura mas eu sinto que você é a luz que meu menino precisava.— Sorrio, não irei contrariar dona Eleonor, ela ainda acha que esse relacionamento pode dar certo. — Bom, mas enquanto isso não acontece eu te engordo.Me sentei na bancada, e ela já foi cortando um pedaço do bolo de cenoura e colocando no meu prato. Na primeira garfada gemi de prazer, na mesma hora senti um perfume amadeirado inundar a cozinha, me virei e vi Rocco andando na minha direção enchendo Sophia de beijos, com uma calça moletom preta sem camisa, puta merda.Me viro rapidamente e na mesma hora vejo Eleonor me olhando com um sorriso gigante, engulo em seco.— O cheiro está otimo. — Ele fala.Olho para o lado vendo ele com Sophia entretida com um ursinho pequeno, sorrio e volto a olhar para minha comida.— Vou pegar mais um pedaço, posso? — Questiono,— E o outro bolo minha filha, não vai provar? — Questiona já cortando outro pedaço e me dando.— Vou comer tambem, ai eu nem janto.— Falo e ela sorri.— Mas você gostou? — Ela fala se sentando na minha frente.Na mesma hora Rocco pega um pedaço do bolo de cenoura com a mão e dá uma mordida.— Eu amei. — Digo com a boca cheia e ela rir.— Está muito gostoso! — Escutou sua voz pela primeira vez, olho diretamente para seus olhos vendo ele com a boca toda suja de chocolate.Sophia esperneia em seu colo querendo pegar o pedaço de bolo na mão do pai, pego um pedaço sem chocolate e lhe dou, ela come rapidamente sem fazer cara feia.— Nossa ela gostou. — Eleonor fala com um sorriso gigante.Antes que eu fale outra coisa ela corta um pedaço do bolo de fubá e coloca no pratinho, como outro pedaço e gemendo sentindo a goiabada derreter na minha boca.Aqui tem gosto de casa, acolhimento, infância e amor. O amor dos meus pais.Meus olhos se enchem de lágrimas, engulo em seco e olho para dona elenor.— Obrigado, eu estou sentindo o gostinho de infância. — Falo com a voz embargada, antes que eu consiga controlar a lágrima cai e eu rapidamente seco. — Detesto chorar. — Falo rindo.— Ó minha criança, eu sinto muito. — Ela fala segurando na minha mão. — Certeza que logo vocês vão poder estar juntos.— Fé. — Digo, nem preciso olhar para o lado, vendo que o outro está me encarando.Me levanto e quando vou pegar o prato do bolo para lavar, dona Eleonor rapidamente pega e coloca dentro da máquina de lavar, sorrio.— Obrigado, vou subir para começar a me arrumar. — Falo e ela assente, me viro para Rocco. — Que horas vamos sair?— Daqui a uma hora! — Arregalo meus olhos.Subo correndo para o andar de cima, desesperada tentando saber como iria me vestir e como devo me maquiar, vou direto para o banho, molho o cabelo hidratado e quando finalizo meu banho, saí do box e fico em frente ao espelho do banheiro arrumando ele.Bato o secador, passo chapinha e depois faço uma maquiagem básica quando termino seco ele e passo a chapinha para deixar bem alinhado, assim que termino saio do banheiro e me assusto ao ver que tem uma caixa gigante em cima da cama, andou calmamente até ela e quando abro sorrio vendo que tem um vestido verde de seda lindo, abro a minha boca chocada.Esse vestido deve ter custado um rim meus, merda. Pego ele com cuidado, vendo que com esse vestido eu não posso usar calcinha e muito menos sutiã, sorrio.Coloco ele com cuidado na cama e olho novamente na caixa vendo um salto lindo, cheio de pedraria me deixando boba.Suspiro, passo creme, me perfumo, coloco o vestido e na boca passo um batom vermelho, quando termino me olho no espelho saboreando a visão que tenho minha,Meus Deus.Eu estou perfeita.Suspiro, saio do quarto vendo o horário, quando chego na escada vejo Rocco na sala, assim que ele me vê se levanta e anda até o fim da escada.Começo a descer sentindo seus olhos grudados em mim, seu olhar sobre mim me causa um estranho nervosismo.Quando finalmente chego no final da escada e estou de frente para ele sorrio, tentando não demonstrar o quanto eu estou nervosa.— Obrigado pelo vestido.— Digo, Rocco assente.— Está faltando duas coisas. — Arqueei minha sobrancelha confusa.Na nossa frente tem uma escrivaninha com um espelho gigante na frente, ele abre a pequena gaveta e pega duas caixinhas, abre uma e eu vejo um colar lindo, com pedras verdes.— Rubi Verde, mandei fazer para você. — Fala.Sem conseguir pensar em nenhuma resposta eu só me viro e deixo ele colocar o colar em mim, observo o colocar pelo espelho.Quando me viro, Rocco olhando em meus olhos pega minha mão, desvio meus olhos do dele e olho para minha mão, onde ele coloca um anel em meu dedo, o anel tem um designer lindo e tem um diamante lindo.Engulo em seco, isso aqui deve custar uma vida de trabalho!— Agora você é minha mulher. — Ele diz sério, muito sério para o meu gostoAbro e fecho a minha boca sem ter uma boa resposta, então dou de ombros e me afasto um pouco para conseguir pensar em algo.— Por dois anos. — Falo e vejo seu olhar oscilar, então me afasto. — Vamos.Falo e passo por ele indo para longe, o mais longe possível. Longe o suficiente para conseguir respirar normalmente.******Desço do carro dando de cara com uma casa que é idêntico ao castelo, sinto que todos estão nos encarando, engulo em seco e olho para Rocco vendo que ele está olhando para mim.Antes que eu consiga falar algo ele me puxa, beija minha testa e coloca a mão na minha cintura, ok. Pose de casal apaixonado.— Não sai do meu lado e não abaixe a cabeça para ninguém, encare quem te encarar e sorrir para quem sorrir para você, lembre-se que você é superior a eles e qualquer coisa eu resolvo. — Sorrio.— Estou me sentindo a rainha da porra toda. — Falo e vejo ele sorri de lado.Rocco não fala nada, continua com as mãos na minha cintura me puxando para ele, respiro fundo, solto o ar aos poucos e começamos a andar.Acho que consigo dá conta dessa farsa!Afrodite RibeiroEntramos no grande salão e assim que passamos pelas portas é como se tudo ficasse mudo, todos nós encaram. Um nos encaram na cara dura, me olhando de cima a baixo e outros olharam e viram a cara cochichando.Respiro fundo disfarçadamente e ergo a cabeça enfiando minha unhas na minha pele, totalmente tensa, enquanto Rocco passa alguns homens falando com ele mas ele só assentiu com a sua postura prepotente e séria, como se ninguém ali valesse a sua atenção.Quando já estamos na metade do salão eu vejo em uma grande messa, Kiara e Aurora conversando e rindo, enquanto os meninos estão conversando com outros homens em pé mas afastado, fumando e bebendo.Nos aproximamos da mesa e ele se inclina, beija a cabeça dá Aurora, depois fala com a Kiara que só assente e quando ele se vira pra mim sou surpreendida com um beijo leve deixado em meus lábios.— Fique aqui com elas. — Diz e então sai indo em direção aos irmãos.Me sento na mesa, olho para Kiara que me encara com cara de ca
Afrodite Ribeiro — Você está com medo? — Questiona.Minhas pernas tremem, respiro fundo tentando me manter em pé.— Não. — Falo séria, me afasto dele novamente e olho para o sangue em seu corpo, o jeito que ele está se comportando é muito diferente, como se fosse outra pessoa ali. — Então esse é o seu trabalho? — Eu te falei…Sua voz é rouca e grossa, ainda olhando em seus olhos me afasto novamente tentando me sentir segura, mas Rocco dá outro passo tentando se aproximas e eu nego colocando a mão entre nós.— Não. — Falo seria.— Não? — Assenti.— Irei para o meu quarto e amanhã se você acordar de bom humor conversamos. — Falo seria. — Sua filha já está dormindo então não faça barulho ou você ficara com ela.Falo e me viro, subo as escadas calmamnete e sigo pelo corredor, quando entro no meu quarto e finalmente fecho a porta trancando a mesma, eu me permito sentir toda a avalanche de sentimentos.Então caiu no chão, encostada na porta e quando olho para as minhas roupas ai sim, eu si
Afrodite Ribeiro— Sim. — Falo, hoje em dia até que é difícil encontrar mulheres depois dos vinte virgem, mas eu posso ser uma exceção sem vergonha alguma.— Meu Deus, eu estou chocada. — Aurora fala. — Eu achei que só eu em pleno século vinte casou virgem, sem aproveitar muito sabe?— Mentira que você também casou virgem? — Kiara fala chocada.Acho que só a Kiara teve a tal experiência de ficar com vários antes de casar.— Não, na máfia somos guardadas para o nosso marido e caso a mulher não seja virgem na lua de mel, o homem tem direito de devolver a mulher para os pais, e a família toda é invergonhada na sociedade. — Fico chocada. — Se a família tiver outras mulheres para casar, elas não se casam ou se casar é com algum velho nojento que só quer se aproveitar da virgindade da menina.— Você tá brincando, né? — Questiono, incrédula com tudo o que ela fala.— Não, sem falar que eu ainda tentei fugir, então deu o maior escândalo e eu tive que deixar uma médica dá famiglia co
Afrodite Ribeiro Antes que eu o respondesse a porta foi aberta e um homem que parecia ter a idade de Rocco, morto de lindo entrou, será que é da família também. Pois se for, esse DNA é dos Deuses.— Primo. — O homem fala indo até Rocco, me ignorando completamente ou talvez ele nem tenha me visto.— Enrico. — Rocco fala seu nome em um tom bem sério, mas nem faz questão de se levantar.O homem então se vira para trás e quando me olha abre um sorriso gigante.— Tutto bene, Tutto bene. — Fala com um sorriso lindo nos labios. — Essa é a rainha que conquistou o coração do meu primo? — Arregalo meus olhos, confusa.Ele não sabe da mentira? Merda.— Oi, prazer, sou a Afrodite. — Falo sorrindo, tentando ser amigável.— Cugino. Cugino. Sei un fortunato figlio di puttana, che donna sensazionale! — Filho dá puta falou em Italiano, para mim não entender. (Tradução - Primo. Primo. Você é um filha dá puta sortudo, que mulher sensacional)— Para de graça Enrico. — Rocco diz sério. — Fez o que eu lhe
Afrodite Ribeiro Passo o caminho inteiro chorando e pedindo uma resposta para Deus, como que minha vida virou essa confusão?Assim que o carro para em frente a casa da Kiara eu desço já com a minha bolsa, quando vejo minha amiga na frente da casa sinto um alívio instantâneo, ando até ela e me jogo em seus braços.— Shi, fica calma. — Ela fala passando a mão nas minhas costas. — Vamos entrar e aí você me conta tudo.— Ok. — Falo.******Respiro fundo me aconchegando no sofá super fofo, grande e caro da Kiara, ela me entrega uma cerveja e eu tomo um longo gole sentindo o gostinho gostoso do álcool, suspiro aliviada.— Eai, me conta como foi que tudo começou. — Dou de ombros.— Eu estava brincando com a dona Eleonor e do nada ele começou a falar que as mulheres daqui não eram como a do Brasil que ficam se jogando nos homens, praticamente nos chamando de puta, sabe? — Falo e bufo. — Depois falo do primo dele, que eu estava dando em cima do primo dele e ai…— Calma, que primo é esse? — Qu
Afrodite Ribeiro Ando calmamente até onde eles estão e quando chego perto, me sento na quarta espreguiçadeira fazendo todos me olhar estranho.Já que todos estão com seus respectivos maridos e eu sou a única que sentou longe do meu “marido" — Fiquei sabendo que ontem alguém tomou umas garrafas de vinho! — Vittorio fala e eu dou de ombros.— No meu país, é bem comum nós bebemos para não cometermos um homicídio doloso quando há intenção de matar. — Falo e ele gargalhou me fazendo rir também.— É irmão, você vai ter trabalho viu! — Alessandro fala com toda a sua calmaria.— Onde está a Sophia? — Aurora questiona.— Deixei ela com a Eleanor, ela estava com saudades de passar um tempo com ela. — Rocco fala, sua voz me causa arrepios. — Depois ela vai sair, e vai passar aqui para deixar ela.Continuo focada no meu prato, abro uma barrigudinha tirando a tampinha só com a mão e dou para Kiara, depois faço o mesmo com a minha, brindamos e tomamos um gole juntas virando o gargalo.— Hum, que s
Afrodite Ribeiro Me inclino na borda da piscina pegando Sophia no colo, assim que a bebê está em meus braços ela sorri toda feliz e se agarra em meus cabelos, como sempre.Porque ela gosta tanto dos meus cabelos?Olho para os outros vendo cada reação diferente que eles estão tendo, se tornado até hilário.— Vamos comer o pudim? — Questiono e sai andando deixando ambos para trás.Assim que sei que sumi do radar dos olhos deles, olho para bebê em meu colo engolindo o bolo de lágrimas que está em minha garganta. — Eu não esperava ganhar uma filha, mas prometo te amar, cuidar de você e mesmo quando toda essa loucura acabar estarei ao seu lado, pois você me escolheu e eu irei até o fim por você! — Quando termino de falar ela que em nenhum momento desviou o olhar de mim, abre um sorriso banguela como se fosse estivesse entendo tudo.Me sento na bancada e logo todos entraram me fazendo ficar mais séria, minhas emoções estão nas alturas.Pego um pedaço que Aurora cortou e como dividindo
Afrodite Ribeiro Respiro fundo e desço as escadas vendo o meu cunhado na porta, seu olhar sobre mim é de puro carinho e eu não posso negar que estou muito feliz por finalmente saber que minha amiga encontrou o grande amor da sua vida.— Ele está ali no carro. — Vittorio fala e quando eu olho vejo Rocco todo lindo encostado na porta do carro, mãos no bolso da calça social e um terno preto de tirar o fôlego. — Você está linda cunhada.Sorri novamente para Vittorio e logo minha visão foi preenchida pela minha amiga que agarrou o Vittorio pela lateral, ele colocou a mão em sua cintura a puxando para ele.— Minha amiga é linda amor, se ela já não tivesse dono eu facilmente iria propor um trio. — Gargalho jogando minha cabeça para trás.A cara de choque do Vittorio é a melhor, sorri e puxo a minha amiga lhe dando um beijo e abraço.— Sua maluca. — Falo. — Obrigado por hoje, meu dia foi tão bom, eu te amo demais.— Eu que tenho que te agradecer. — Fala. — Você é a luz da minha vida.