Val— Não, não me esqueci. É bom para curar o efeito da bebida, você vai me agradecer depois — ralho.Ele termina o seu café e me devolve a xícara.— Agora, vá tomar um banho, eu vou providenciar uma muda de roupa pra você. — Ele assente, caminhando sem muita disposição para o banheiro.Portanto, vou até um pequeno closet que Alberto mantém aqui em seu escritório e escolho um conjunto de terno preto, uma camisa azul-claro, uma gravata cor de chumbo, uma box azul escura, um par de meias limpas, e levo tudo para sala.No entanto, paro impactada ao vê-lo sair do banheiro enrolado apenas com uma mini toalha branca na cintura. Sem perceber, meus olhos paralisam na pele morena e úmida, desceram pela barriga tanquinho e depois, no V no pé da barriga.Sim, estou hipnotizada com a sua visão. O observo secar os cabelos com o auxílio de outra toalha e suspiro sem saber o que fazer realmente. Eu deveria estar em pânico e sair correndo daqui, mas surpreendentemente não estou. Pelo contrário, estou
AlbertoMEU PAR PERFEITO!Alguns dias depois…Depois daquela manhã absurdamente catastrófica no meu escritório…Ou deveria dizer maravilhosa?Talvez os dois.As minhas noites não têm as melhores, meus pensamentos estão sempre retornando ao beijo que dei em Valquíria Drummond bem no meio da minha sala. Ainda consigo sentir os seus braços me envolverem, o toque das pontas dos seus dedos nos meus cabelos, o seu perfume de rosas. Saio da cama revigorado. Até dois dias atrás eu não tinha a menor perspectiva de me envolver intimamente com qualquer mulher, o sexo casual tem sido o meu lema durante esses três meses, e depois daquela festinha muito íntima na despedida de solteiro de Alex, saí acompanhado de duas dançarinas.E acreditem, fizemos uma farrinha particular aqui mesmo no escritório.Secamos algumas garrafas e transamos feito coelhos por cada parte que se possa imaginar desse lugar. Depois as dispensei, pagando um bom dinheiro pela noitada e adormeci ali mesmo no tapete do meu escr
AlbertoEU VOU, OU NÃO VOU?A festa de despedida de solteiro do meu irmão deu muito o que falar entre a macharada e, diga-se de passagem, as garotas contratadas para esse evento eram simplesmente fabulosas e combinavam exatamente com o meu estado de espírito naquele exato momento. Desde aquela m*****a noite, eu não tinha a menor perspectiva de me envolver alguém e sexo casual tem sido o meu lema desde então.No final da nossa farra, saí acompanhado de duas dançarinas pra lá de gostosas e fizemos uma festinha particular aqui mesmo no meu escritório. Secamos algumas garrafas e transamos feito coelhos boa parte da madrugada, em cada canto que foi possível. No final, as dispensei lhes dando algum dinheiro pela noitada e adormeci cansado e saciado no tapete do escritório. A parte mais estranha disso tudo, foi ter os meus sonhos invadidos por uma cena que pensei ter apagado completamente.Um abraço de resgate, o seu perfume me envolvendo, o seu calor se misturando ao meu. Seus lindos olhos a
Alberto— Meu pai. — Ela dá de ombros. — Ele era veterinário e tinha paixão pelo seu trabalho. Lembro-me que quando eu era pequena ele me levava para o seu consultório e me ensinava a alimentar os animais enfermos. Eu amava ficar perto e cuidar deles! — Me pego maravilhado com isso e juro que chego a imaginar essa linda cena.— Isso é lindo, Val! — sussurro. Ela beberica o seu café e me mostra um sorriso pequeno e de boca fechada. Não é o sorriso que aprendi a amar, mas ainda assim, é tão lindo quanto o outro.— Um dia encontramos uma cadelinha na rua, sabe? Ela estava muito maltratada e suja. Quando a mostrei para o meu pai e quase implorei que a ajudasse, ele não pensou duas vezes. Parou o carro no meio do trânsito e a pegou em seus braços. Ajeitou o banco traseiro e a colocou lá.Não voltamos para casa, com havíamos planejado. Ele fez questão de voltar para clínica e cuidou dela. Cada cantinho dela foi examinado. Eu sabia que ele estava cansado do dia corrido, mas o amor que ele tin
AlbertoTINHA TUDO PARA SER MÁGICO.Quando a música, I live life for you começa a tocar eu não perco tempo e levo Val para pista de dança. Pode até ser bobo da minha parte, mas, seus braços me envolvendo o meu pescoço é o paraíso! Aproveitei essa doce aproximação para inalar sutilmente o seu perfume suave, e este invadiu imediatamente os meus sentidos.No mesmo instante, acariciei sua pele macia com a minha barba por fazer e seguro em sua cintura, mexendo-me em seguida. Eu podia ouvir o som da sua respiração e música já não tinha mais sentido.As pontas dos seus dedos acariciaram inocentemente os fios de cabelos na minha nuca, fazendo meu coração mudar o seu ritmo. Imaginei minha boca tomando a sua, causando-me sensações que não consigo descrever. Meu subconsciente questiona… Por que ela? Procurei uma resposta, mas ela simplesmente não existia. Eu não sei o porquê, só sei que ela precisa de mim e que perto dela, as minhas trevas não me cercam, a minha dor se afasta, e me sinto eu de no
Alberto— Val? — Chamo o seu nome, mas ela apressa os seus passos. Seus braços envolvem o seu corpo, pois a noite está fria e ela está desprotegida. — Val, para, por favor! — insisto, porém, ela continua. Acelero ainda mais e assim que a alcanço, puxo o seu corpo ao encontro do meu. — O que você está fazendo, garota? Já é tarde para andar sozinha pelas ruas! — rosno irritado e seguro em seus ombros.— Desculpe! — Ela pede com um fio de voz. — Eu sou má, não sou? Eu só faço mal as pessoas. — O quê? Me pergunto atordoado e ela começa a chorar. Imediatamente toda a raiva e irritação me abandona e eu a abraço. Com esse gesto, não contenho as minhas lágrimas. O que te fizeram, minha pequena? Beijo com suavidade o topo da sua cabeça e a seguro em meus braços, e a levo para o meu carro. Dirijo em silêncio, com minha cabeça explodindo em perguntas sem respostas e minutos depois, estaciono na garagem do meu prédio. O caminho todo não falamos nada. Val apenas chorava baixinho e isso é como uma
ValMINHA TÁBUA DE SALVAÇÃO.Faz tanto tempo que não sonho com a minha infância, que não sinto essa angústia apertar o meu peito. E essa saudade dele que não para de me machucar? Deus, eu julguei estar finalmente curada do meu passado, mas não podia estar mais enganada. Desde que chegue ao Rio de Janeiro tenho lutado contra as minhas dolorosas lembranças. Trabalhar o dia inteiro, estar sobrecarregada com o meu trabalho e chegar em casa cansada já não é mais uma solução, constatei isso quando Alberto foi gentil comigo em seu escritório. Sua total atenção e cuidado me faz sentir mal, pois, não mereço tal cuidado. Eu não mereço que cuidem de mim. Não quando fiz o que fiz. …… Você não é culpada! … Foi um acidente.Escuto a sua voz bem distante me dizendo, repetindo e logo adormeço.…Abro os olhos encontrando um lindo dia ensolarado. Ao meu redor, algumas borboletas coloridas sobrevoam as flore do jardim. Baixo minha cabeça e sorrio ao ver a minha boneca e começo a brincar com ela. A
Val— Tem biquínis nesse armário, ponha um e vamos lá pra cima.— Está bem! — Ele me dá as costas para sair. — Posso te pedir uma coisa? — Alberto para e me olha.— Claro.— Pode espera aqui enquanto me troco? — Ele avalia o meu rosto e assente.— Tudo bem! — Ele diz, mas sua expressão revela que não entendeu o motivo do meu pedido. Escolho um biquíni preto, com detalhes brancos. Um sutiã tipo cortininha e a calcinha amarrada dos lados e para finalizar, coloco uma canga branca amarrada em meu quadril. Quando saio do banheiro, encontro Alberto usando apenas uma sunga branca. Sem conseguir me conter, olho os detalhes do seu corpo.O homem é todo malhado e mesmo com todos os meus traumas e receios, fico babando em sua bunda em cada músculo e na pele bronzeada. Seu peitoral é alto e firme, e me pergunto como não percebi isso na noite passada?Tenho vontade de tocá-lo e quando ergo o meu olhar, percebo que ele está fazendo o mesmo com o meu corpo. Alberto analista minuciosamente cada parte