Construindo memórias

Felipe

Eu nunca pensei que um sorriso tão pequeno pudesse carregar tanto peso. Giulia está no banco de trás, abraçando a sua boneca favorita, os cabelos loiros balançando ao vento, enquanto Vivian canta baixinho para ela. O carro desliza suavemente pela estrada, mas dentro de mim, a tensão é um nó que não se desfaz. Hoje é o último dia de Giulia conosco no Rio de Janeiro, e cada segundo parece escorrer pelos meus dedos como areia fina. Beatriz não aguenta mais a distância, e por mais que eu entenda, isso não torna a despedida mais fácil.

Vivian segura minha mão enquanto dirijo. Seus olhos me observam com uma ternura que me desmonta. Ela sabe como estou me sentindo, porque sente o mesmo. Desde que soubemos que a pequena voltaria para a mãe, o clima entre nós ficou denso, mas decidimos não deixar isso apagar o brilho do dia de hoje. Esse é o nosso momento, e nada vai tirar isso de nós.

Chegamos ao parque, um lugar cercado por montanhas e verde por todos os lados. O som da água correndo
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