Don FalconeA última coisa que eu deveria estar fazendo é jantando com a Giulia, sozinhos, já que Marco e Gian foram aproveitar a tal da noite de sexta feira.No silêncio cortado apenas pelo som dos talheres contra os pratos, cada olhar que ela me lança parece um lembrete cruel da noite anterior, de como meu auto controle que foi tão cuidadosamente construído ao longo de décadas foi despedaçado em questão de horas. A comida no meu prato está intacta. Meu apetite foi embora assim que percebi que estar perto dela é como andar desarmado em território inimigo.Ela termina de comer, limpa a boca com um guardanapo e me olha de forma interrogativa, como se esperasse que eu dissesse algo. Talvez seja o vinho, ou talvez eu esteja cansado de lutar contra essa confusão interna, mas as palavras escapam antes que eu consiga contê-las:— Precisamos conversar Giulia.Ela ergue uma sobrancelha, sem dizer nada, e me segue quando me levanto e deixo a sala de jantar. Meus passos nos conduzem até o quart
PriscilaMeu filho está aos prantos no sofá, braços cruzados, a boca formando aquele biquinho teimoso que só ele sabe fazer. — Eu quero ir na casa do Rafa! — ele repete pela terceira vez, aumentando o tom. Respiro fundo, cruzo os braços e lanço meu melhor olhar de mãe impassível, mas por dentro estou à beira de uma risada. É impressionante como essa criaturinha consegue se impor com tanto drama e carisma ao mesmo tempo.— Luan, não pode ser sempre do jeito que você quer! — digo, tentando soar firme, mas o som da campainha salva qualquer tentativa de autoridade. Quando abro a porta, vejo Beatriz e Rafinha. O seu cúmplice corre para dentro, já puxando o Luan pela mão. — Pronto, tia. Nem precisa brigar com ele. — diz Rafinha, com aquele ar de quem sempre sabe o que fazer. Beatriz entra logo atrás, rindo.— Deixa que eu levo o Luan. — ela diz, enquanto pega o menino no colo. Ele já esqueceu a birra e está animado com a ideia de brincar com Rafinha e Giulia. — Vai, Pri. Aproveita a noi
Priscila— Não acredito!— Se arrumou toda, ficou gostosa desse jeito e sem calcinha! — ele fala enquanto levanta ao meu vestido e me empurra no sofá, ele para olhando a minha intimidade e afasta as minhas pernas. — Putta que pariu Priscila, você faz isso para me enlouquecer, deixa essa b0ceta toda lisinha assim. Ele enrola meu vestido até a cintura, abaixa o rosto e passa a língua delicadamente por toda a minha extensão.— Ahh… — gemo enquanto abro mais as pernas para dar total acesso a ele. Ele inicia uma doce tortura, lenta e gostosa, chupa minha b0ceta com vontade, lambe mordisca, faz movimentos circulares com a língua, suga, chupa como se fosse a coisa mais gostosa do mundo. Ele faz isso com tanta empolgação deixando o meu corpo extasiado, eu gemo cada vez mais alto, por mais que eu tente me segurar, isso se tornou uma missão impossível, já não me consigo comandar o meu próprio corpo e quando ele olha nos meus olhos e pergunta:— Está gostoso meu amor? — Muito, meu amor, po
RamiroA noite em Brasília está tão quieta que chega a ser inquietante. Eu olho para o espelho do banheiro, ajeitando a gola da minha camisa preta, e vejo o reflexo de um homem que, apesar dos anos, não perdeu a forma. Corpo firme, esculpido por uma rotina que não tolera desculpas, treinos diários, disciplina e alimentação regrada. Mas a verdade é que eu não suporto essa calmaria. Ela me devora por dentro. Por isso decido, hoje vou trabalhar na boate Luxor.Pego meu celular e mando uma mensagem para Rafael:“Vou monitorar a Luxor de perto hoje. Melhor prevenir do que remediar.”A resposta vem rápido, curta e objetiva: “Ótimo. Confio em você.”Com um sorriso discreto, escolho o meu relógio mais elegante, borrifo o perfume que sempre chama atenção, e deslizo as armas no coldre de forma quase automática. A adrenalina do possível começa a pulsar nas veias enquanto dirijo pelas ruas vazias, o ronco do motor quebrando o silêncio da cidade.Na Luxor, o ambiente ainda está em preparação. A mú
Don FalconeEu a vejo em todos os cantos desta casa. Giulia, com sua língua afiada e seu olhar desafiador, invadiu a minha mente como um veneno doce. A conversa que tivemos mais cedo ainda lateja na minha cabeça como um sino que não para de soar. “Um homem de verdade não foge dos próprios sentimentos como um moleque.” As palavras dela não apenas me irritaram, mas cravaram uma estaca no meu orgulho. Eu, Don Falcone, que não conheço o medo nem a hesitação, estou sendo chamado de covarde? Não. Isso não pode ficar assim.Meus passos ecoam pelos corredores, cada um carregando minha determinação em confrontá-la. Quando abro a porta do quarto dela, estou pronto para derrubar qualquer argumento que ela ouse levantar. Mas o que encontro me desarma completamente. Ela sai da suíte, os cabelos molhados escorrendo pelos ombros, a toalha presa ao corpo como um escudo que desafia minha paciência. Por um segundo, eu congelo. Depois, dou um passo. E mais outro. Cada vez mais próximo.Ela para, os ol
RafaelO som suave da respiração de Beatriz sobre o meu peito é a primeira coisa que sinto ao despertar. Ela está ali, serena, com o rosto relaxado e um leve sorriso nos lábios, como se estivesse sonhando algo bom. O dia começa com essa paz que, por tanto tempo, achei que nunca teria. Sem pressa, passo a mão pelos seus cabelos enquanto ela se mexe suavemente e abre os olhos.— Bom dia, amor — digo, com a voz ainda rouca de sono.Ela sorri preguiçosa e, em um gesto espontâneo, me puxa para um beijo lento e cheio de carinho. Entre beijos e declarações que aquecem meu coração, me lembro de como essa mulher mudou minha vida.Depois de um tempo assim, sem pressa, nos levantamos e preparamos o café da manhã. É quase um ritual. Ela cuida do café, eu das frutas, e juntos preparamos tudo para começar o dia com a nossa pequena família. Chamamos Giulia e Rafinha, que entram na cozinha com energia de sobra, e logo a casa está cheia de risadas e conversas.Após o café, Beatriz me avisa que vai par
GiuliaEntro na sala com passos firmes, e o ar parece mudar. Não é arrogância, é a certeza de que minha presença causa impacto. Marco, filho do Don Falcone, levanta os olhos e, com um sorriso que mistura admiração e uma pitada de atrevimento, deixa escapar algo que faz todos pararem por um momento.— Que mulher perfeita, tem classe e nunca a vi perder a compostura! — Ele olha para o pai com um brilho malicioso. — A única que está à sua altura, meu pai.O Don tosse, desconfortável. Gian Carlo ri alto, aproveitando o momento para provocar.— Seria o casamento do século!Sorrio, mas decido não dar margem à conversa. Minha voz soa firme, mas carregada de ironia.— Procurem suas esposas. Eu e o Don já cumprimos nossa parte casando e tendo filhos. Agora é a vez dos verdadeiros Don Juans.A expressão deles muda em segundos, tentando esconder sorrisos enquanto fecham a cara em falsa indignação. Mas a verdade é que sei que acertei em cheio.Seguimos para o hangar em um esquema de segurança im
Ramiro O clima na sala de conferências é tenso. Estou sentado na ponta da mesa, observando André, Marcos e Liam, que escutam minha narrativa com expressões de incredulidade e fúria contida. Começo direto, sem rodeios:— O ex-marido da Ana, Claudino, invadiu a casa dela enquanto ela dormia e a violentou. — Minha voz é firme, mas o nó na garganta ameaça escapar. — Ele está pressionando-a para desviar dinheiro da Luxor!A revolta é imediata. Marcos fecha as mãos em punhos, os olhos cravados na mesa como se a madeira pudesse absorver a sua raiva. André respira fundo, mas a tensão nos ombros é evidente. Liam, sentado ao lado, mantém a calma habitual, mas eu sei que, por trás daquela fachada serena, ele já está calculando o próximo movimento.— Esse cara assinou a própria sentença, Ramiro. — Marcos rosna, inclinando-se para frente. — A máfia não deixa barato, ainda mais por mexer com uma de nós.Liam abre seu notebook, os dedos ágeis no teclado. Em poucos minutos, ele já tem informações.