Mal intencionada

Priscila

Meu filho está aos prantos no sofá, braços cruzados, a boca formando aquele biquinho teimoso que só ele sabe fazer.

— Eu quero ir na casa do Rafa! — ele repete pela terceira vez, aumentando o tom. Respiro fundo, cruzo os braços e lanço meu melhor olhar de mãe impassível, mas por dentro estou à beira de uma risada. É impressionante como essa criaturinha consegue se impor com tanto drama e carisma ao mesmo tempo.

— Luan, não pode ser sempre do jeito que você quer! — digo, tentando soar firme, mas o som da campainha salva qualquer tentativa de autoridade.

Quando abro a porta, vejo Beatriz e Rafinha. O seu cúmplice corre para dentro, já puxando o Luan pela mão.

— Pronto, tia. Nem precisa brigar com ele. — diz Rafinha, com aquele ar de quem sempre sabe o que fazer. Beatriz entra logo atrás, rindo.

— Deixa que eu levo o Luan. — ela diz, enquanto pega o menino no colo. Ele já esqueceu a birra e está animado com a ideia de brincar com Rafinha e Giulia.

— Vai, Pri. Aproveita a noi
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