Jogo o roupão por cima e retiro o tampão da banheira. Escovo os dentes rapidamente. Volto para o quarto e me sento na frente do espelho. Marco bem meus olhos de preto. Exagero no rímel e passo um pouco de blush. Maquiagem pronta, foco no cabelo. Solto-o do coque e apenas o amasso.
Pego o vestido de dentro da sacola e o estico em cima da cama. Vou até o closet e pego em uma bolsa e um scarpin preto. Coloco o básico de maquiagem na bolsa e a deixo de lado.
Abro o zíper do vestido e passo as pernas por ele. Subo-o e passo os braços pela alça. Fecho o zíper e passo a mão no vestido.
Escuto a campainha tocar e me sobe um arrepio. Eu me sentia nervosa todas as vezes em que esperava por Nate. Estar apaixonada era lindo.
Subo no scarpin e me olho no espelho. Falta algo.
Olho em volta e avisto um batom vermelho. Pego-o rapidamente e deslizo nos meus lábios.
Agora sim.
Jogo o cabelo para trás e pego na minha bolsa, saindo do quarto. Ainda do corredor, posso ouvir a deliciosa risada de Nate.
— O que é tão engraçado? — pergunto aparecendo na sala.
Nate e Zion se levantam.
Nate vestia uma calça jeans escura, uma blusa social branca e um blazer preto.
— Você está magnífica. — ele diz se aproximando.
Nate me abraça de leve e beija meu ombro, enquanto eu beijo seu pescoço.
— Obrigada, amor. — sussurro. — Você está lindo.
— Vocês são fofos a ponto de me fazer vomitar.
Olho para Zion.
— Você devia tomar um banho.
— Por quê?
— Hmm... — seguro a mão de Nate e o puxo — Vai receber uma visita.
— De quem?
— Que visita merece um banho?
Ele pensa.
— Gabei? Ela vem aqui?
Solto a mão de Nate e vou até Zion. O abraço.
— Ouça até o final. E nada de decisão precipitada. Por favor.
Ele me encara.
— Que papo é esse?
— Eu te amo. — passo a mão pelo seu rosto. — E qualquer coisa me liga.
— Cat, ei... espera.
— Eu não posso falar nada. Logo você vai saber.
Sopro um beijo para o poço de confusão que Zion se tornou e saio do apartamento com Nate. Entramos no elevador.
— Por que falou aquilo para Zion?
— Eu não sei se posso contar para você. Desculpe.
— Não precisa se desculpar. — ele me enlaça pela cintura. — Não é segredo seu, para sair contando.
— Mas amanhã, acho que pode. Só é justo Zion saber primeiro.
— Tudo bem! Sem problemas.
Ele beija meu rosto ternamente e as portas do elevador se abrem. Vamos até seu novo carro, e ele abre a porta do passageiro para mim. Vejo Nate dá a volta e ele logo está ao volante, levando o carro para a estrada.
— Vamos para um restaurante italiano. — ele informa. — Problemas?
— Jamais. Confio no seu gosto.
Ele sorri e coloca uma mão na minha perna.
— Eu sei que a gente combinou de não comprar presentes.
— Nate!
— Ah, amor, eu vi na loja e achei a sua cara.
Rolo os olhos.
— Tudo bem. O que é?
Eu não podia reclamar, sendo que também não tinha cumprido com a minha parte do trato.
— Está no meu apartamento. — ele sorri de leve e aperta minha coxa.
— Está bem né. E já que estamos falando de presentes...
— Eu já sei. — o olho. — Logan me falou.
— AH NÃO. Logan não deu com a língua nos dentes!
— Logan não consegue guardar segredo.
— Merda. — resmungo. — Sabia que devia ter falado com Leon. Mas o fato de Logan ser meu melhor amigo, me fez escolhê-lo.
— Logan é seu melhor amigo? — ele me olha rápido. — Desde quando?
— Desde que ele foi o primeiro, depois de Zion, a saber dos meus motivos de ter vindo pra Londres. Ele me apoiou, me deu conselhos.
— Eu fiz tudo isso aí. Por que eu não sou seu melhor amigo?
— Ué, se quiser, peço ao Logan pra ser meu namorado, e você se torna meu melhor amigo.
Ele cerra os olhos e dá um sorrisinho debochado.
— Engraçadinha.
Solto o cinto e beijo seu rosto demoradamente, depois passo a mão, para tirar os resíduos do batom.
Após uns minutos, o carro para. Nate pula do carro e abre a porta para mim. Depois entrega a chave para um manobrista. Ele pega em minha mão e nós entramos no restaurante. Ele fala com um homem, que nos leva até uma mesa bem afastada. Tinha um agradável som de violino no ambiente.
— Obrigada. — agradeço ao homem que havia puxado a cadeira pra mim.
Ele deixa dois cardápios.
— O gerente lhes presenteou com o melhor vinho da casa. — ele informa. — Posso servi-lo?
— Claro. — Nate diz.
Ele se afasta e Nate segura minha mão.
— Massa e vinho. — digo. — Perfeito.
— Que tal luzes de vela?
— Ah Nate... — sorrio. — Você é tão perfeito.
— Eu só quero que essa noite, seja perfeita.
— Já está sendo.
[...]
— Nunca conte pra ninguém, que eu dirigi depois de beber. — Nate diz, me imprensando contra o espelho do elevador.
— Você vai ter que me fazer ficar calada.
Coloco minhas mãos, que seguram minha bolsa e sapatos, em volta do seu pescoço.
Um sorriso aparece em seus lábios, antes dele me atacar em um beijo. A porta do elevador abre, e Nate me conduz, sem desgrudar nossos lábios.
Ele abre a porta do seu apartamento e nós entramos.
— Olha. — ele sussurra e me vira.
Minha boca forma um perfeito 'O' ao olhar o que Nate havia feito.
Tinha pequenos copos, com pequenas velas, formando um caminho até o corredor. E no meio desse caminho, tinha pétalas de rosas.
— É tão incrível. — sussurro, e me viro com os olhos marejados. — Você é o melhor namorado do mundo. E... eu amo você.
Era a primeira vez que eu havia dito aquilo. Ele sorri, lindamente, antes de me beijar. — Eu te amo, Cat. EU TE AMO, CATSSYN! — EU TE AMO, NATE! Ele sorri e puxa meus sapatos e bolsa da minha mão. Nate os larga perto da porta, e torna a me beijar. Andamos sem nos desgrudar, até o seu quarto. Puxo o blazer de Nate e ele o deixa atingir o chão. Nate beija o meu pescoço e leva a mão até o zíper do meu vestido. — Não! — me afasto. — Eu vou tirar. — Ué. — Fica quieto. Pego sua mão e o puxo para a ponta da cama, que estava coberta de pétalas. Levo minhas mãos, até os botões da camisa dele. Camisa aberta, empurro Nate de leve, e ele cai na cama, rindo. — Saí com meus amigos hoje. — fico de costas para ele, e começo a abrir o vestido — E eles acharam, que você merecia isso. Retiro as alças e deixo o vestido deslizar pelo meu corpo, até atingir o chão. Então me viro, vendo o rosto de Nate pegar fogo. — Gostou? —
— Nate, seu idiota.Começo a estapeá-lo e ele me deixa cair na cama.— Ai, Cat! — ele reclama, passando a mão pelo peito, agora vermelho. — Seus tapas doem.— Eu sei. — me levanto e caminho para fora do quarto.A sala já estava limpa. Não havia mais rosas e nem os pequenos copinhos com as velas. Vou para a cozinha e me sento, pegando em um pedaço de presunto. Nate aparece segundos depois, com seu celular em mãos.— Não acredito. — diz.— O que?— Gabei está grávida? — ele se senta.— Zion postou isso? — me levanto e vou até ele, tirando seu celular.Era um tweet do Zion. Nele havia uma foto. Era uma barriga branca e ele a beijava. A legenda estava assim:"Uma nova vida vem aí, para alegrar mais os meus dias :)"— Ahhh... &md
Ele se levanta.— Por que raios me chamou de Zack?— Eu o que?— É CATSSYN! — ele grita.O olho assustada e me levanto.— Será que dá para parar de gritar comigo?— Será que dá para não me chamar pelo nome do seu ex-namorado?— EU ESTAVA SONHANDO COM ELE! — grito. — E eu não sabia que falava dormindo.— Sonhando com ele?Nate ri.— Que lindo.— Por que está agindo como um babaca? — ele me encara. — Você sabe que ele foi importante na minha vida. Sabe que...— ELE TE SEQUESTROU. ME FEZ SOFRER AQUELE ACIDENTE E VOCÊ VAI ME DIZER QUE SENTE A FALTA DELE?Eu não respondo.Estava chocada com a forma com que Nate gritava. Suas bochechas estavam vermelhas. Ele estava furioso.Mas eu também estava.— Nunca
Desligo o alarme e vou para o banheiro. Passei a tarde e à noite passada, com Gabei e Zion. Vimos vários filmes, conversamos sobre o bebê. Ela inclusive, já havia aceito se mudar para nosso apartamento.A pior parte da noite, foi não ter ligado para Nate e ter escutado a voz dele antes de dormir. Mas não dei e nem darei o braço a torcer. Não tive culpa nenhuma.Depois de tomar um banho rápido, escovo os dentes e vou para o closet, enrolada na toalha.Visto a lingerie, antes de vestir uma calça jeans e uma blusa maior que meu tamanho, com estampas coloridas. Após calçar os tênis, volto para o quarto.Penteio o cabelo e faço uma trança lateral. Depois de uma maquiagem básica, pego na minha bolsa e celular, saindo do quarto.— Bom dia. — Gabei diz, mordendo uma maçã. — Vamos?Pego em uma maçã
— Não acredito que brigaram por isso! — Justin exclama, após contar o motivo da minha briga idiota com Nate. — É. Nem eu. Mas vamos deixar isso pra lá. Saímos do curso e atravessamos a rua. Eu carregando o enorme buque de rosas brancas e Justin puxando Claude, que reclamava de sono. — Você dorme depois. — Justin diz. — Agora vamos almoçar. — Mas eu quero muito dormir. Justin revira os olhos. Entro na pequena loja em que Gabei trabalha e a vejo atrás do balcão, falando com alguém que não parecia nada amigável. — Eu não sei do que está falando. — ela diz. — Claro que sabe! Você foi vista com Zion, não sai do apartamento dele. E agora ele posta a foto de uma barriga, dando a entender que vai ser pai. Gabei abre a boca e a fecha. — O que está havendo aqui? — pergunto. A garota loira se vira e me encara, revirando os olhos. — Cat, não vale a pena. — Gabei diz. — O que foi? Vai defender
A mulher volta para dentro da salinha. — Vestidos? — pergunto. — Posso ver? — Claro. Vou buscá-los. Ela entra na salinha e eu olho as blusinhas da arara. — São ótimas peças. — Claude diz, observando as roupas. — Na França, ela faria um sucesso. — Ela faria um sucesso em qualquer lugar. — Voltei. — Gabei diz. — Sobre o que falavam? — De você. Ela faz careta e coloca os vestidos em cima do balcão. Eram todos do mesmo modelo. Alcinhas finas, tecido liso, que batia na altura do joelho. — Que coisa linda. — digo. — Desenho meu. — ela morde o lábio. — Senhora Aflen adorou e o fez. — Sério? Quero levar. Dois. — Jura? — Claro! — ergo o vestido vermelho. — É tão lindo. E foi você quem desenhou. — Você é demais. — Você que é! — pisco pra ela. — Quero esse e hmm... que cor eu levo? Olho para Justin e Claude. — Hmm... — Justin pega o amarelo — Combina com você.
O olho. — Não. É a primeira vez. Eu sei lá. — Ah, Cat. — ele me abraça. — Talvez deva ir ao médico. — Não. Não é nada demais. Ele pousa a mão na minha bochecha e a acarinha com o polegar. Ele me encara por um tempo. — Desculpe por ontem. — diz. — Exagerei. — Eu sei, mas eu tenho minha parcela de culpa. Você não sabia que eu sonhava frequentemente com Zack. — Direto? — Só não sonho quando estou com você. — faço careta. — É estranho. — Vai ver eu te protejo dos sonhos ruins. — Vai ver é verdade. — ele ri. — Estou desculpado? — Estou aqui. E você limpou meu vomito, então não tem como não estar. Ele morde o lábio. — Ainda bem. Não aguentava mais ficar sem falar com você. — Só um dia. — Um dia e meio. Muito pra mim. Ainda mais agora que estou prestes a viajar. — Então vamos ficar grudadinhos, nesses dias. — o abraço. — Bem grudadinhos. — Adoro es
— Estou sem fome.— Cat...— Cada um vai onde quer comer e eu guardo os lugares na praça de alimentação. Tudo bem?Justin e Gabei suspiram.— Não quer nada mesmo?— Não. — sorrio para eles. — Vão pegar suas comidas, que eu vou esperar bem... hm... — olho em volta. — Ali.Aponto para um lugar com cinco cadeiras.Eles assentem e eu me afasto. Me sento à mesa e respiro fundo. Apoio minha cabeça na mesa e fecho os olhos com força. Minha cabeça latejava tanto, que era como se a banda inteira dos meninos, tocassem dentro dela.Meu celular começa a tocar e rapidamente o pego da bolsa e o coloco no ouvido, sem olhar o nome.— Alô?— Amor? Tudo bem?— Sim. Apenas... dor de cabeça.— Amor, eu já disse para ir a um médico. — e