— Não acredito que brigaram por isso! — Justin exclama, após contar o motivo da minha briga idiota com Nate.
— É. Nem eu. Mas vamos deixar isso pra lá.
Saímos do curso e atravessamos a rua. Eu carregando o enorme buque de rosas brancas e Justin puxando Claude, que reclamava de sono.
— Você dorme depois. — Justin diz. — Agora vamos almoçar.
— Mas eu quero muito dormir.
Justin revira os olhos.
Entro na pequena loja em que Gabei trabalha e a vejo atrás do balcão, falando com alguém que não parecia nada amigável.
— Eu não sei do que está falando. — ela diz.
— Claro que sabe! Você foi vista com Zion, não sai do apartamento dele. E agora ele posta a foto de uma barriga, dando a entender que vai ser pai.
Gabei abre a boca e a fecha.
— O que está havendo aqui? — pergunto.
A garota loira se vira e me encara, revirando os olhos.
— Cat, não vale a pena. — Gabei diz.
— O que foi? Vai defender a amiguinha?
— Vou! Primeiro, quem é você pra vir até o trabalho dela e questioná-la sobre sua vida pessoal? Creio eu, que nem repórter você é.
— Não. Sou uma fã. E amo Zion. Não quero que ele caia em um golpe.
— Se você amasse mesmo o meu primo, respeitaria as escolhas dele e não duvidaria. Você não conhece a vida dela — aponto para Gabei — e nem de Zion. Você conhece aquele Zion dos shows, da tv. Não o conhece fora disso.
A garota cruza os braços e bate o pé.
— Então por favor, respeite-a. Em nome do que sente pelo Zion.
Ela não fala nada. Apenas bufa e sai da loja.
— Arrasou! — Justin diz. — Achei que fosse bater nela.
— Não foi necessário. Ela não tinha argumentos.
Gabei dá a volta no balcão e me abraça.
— Obrigada.
— Não foi nada. Vamos almoçar?
— Só um minuto.
Ela entra em uma porta e depois de alguns segundos volta com sua bolsa.
— Fui avisar que ia sair. — ela diz. — Agora podemos ir.
Saímos da loja e vamos para um restaurante que tinha ali perto.
— Rosas de Nate? — Gabei pergunta, cheirando as rosas.
— Um pedido de desculpas. Mesa para quatro. — digo para o garçom. — Tem como ser perto de uma TV?
Ele assente e anda. O seguimos.
— E você aceitou?
— Tenho que ir ao apartamento dele.
Ela sorri e balança a cabeça.
Nos sentamos à mesa. Justin e Claude de um lado, eu e Gabei do outro.
— Algo especial que queiram assistir? — o maitrê pergunta, nos entregando os cardápios.
— Uma entrevista que a banda Fivers dará daqui a pouco.
— Vou providenciar.
Agradeço e ele se afasta. Olhamos o cardápio, e quando o garçom vem, fazemos nossos pedidos.
— Vinho? — ele pergunta.
— Acho melhor não. Ela está grávida.
— Podem beber. — Gabei diz. — Fico no suco de uva.
— Vocês querem? — pergunto olhando para Justin e Claude.
— Um vinho cairia bem.
— Então vinho para três e suco de uva pra ela. — digo.
O garçom assente e se afasta.
— Não tive tempo de parabenizá-la pela gravidez. — Justin diz.
— Obrigada.
— O que quer? — Claude pergunta.
— Eu não gosto da ideia de escolher, — ela solta uma risada. — mas eu sempre quis um menino.
— Já pensou em nomes?
— Com certeza não. Mal tive tempo de pensar, imagine de escolher nomes.
Logo nossos pedidos chegam e nós nos preparamos para comer, enquanto a entrevista não começa.
[...]
— E sobre aquela foto Zion? O que tem a dizer?
Zion olha para os meninos e sorri por um minuto.
— Serei pai. — ele diz. — E estou muito feliz com a notícia.
— E quem é ela? Alguma ex namorada?
— Não! — Zion ri. — Gabrielly não é famosa. Ela é uma garota simples, trabalhadora e dona do meu amor. Estamos juntos há pouco tempo, mas eu a amo intensamente.
Olho para Gabei, que sorri.
— Devo dizer que estou boba, mas feliz por você, Zion. Criança é sinal de renovação na vida de um casal.
— É. Com certeza.
— E vocês meninos? Namorando?
— Sim! — Henry e Logan dizem.
— Nate? Leon?
— Não. — Leon diz. — Ainda não.
— Não preciso responder né!? — Nate pergunta, sorrindo.
— Tudo certo com você e Catssyn?
Ele assente.
— Tudo ótimo.
Suspiro.
— Que foi? — Justin pergunta.
— Nada.
— E como vai ser para os relacionamentos com a turnê? As meninas vão?
— Não. — Logan diz. — Elas têm suas coisas a fazer aqui. Mas pode ser que nos visitem.
— Zion como irá acompanhar a gravidez da sua namorada?
— Vai ser um pouco difícil ficar longe. Ainda mais agora. Mas Cat me prometeu fazer um vídeo todo dia, para me mostrar o crescimento da barriga.
Eles falam mais um pouco sobre a tour e cantam sua última música de sucesso nas paradas musicais.
— Vai ser legal fazer o video. — Claude diz.
— É. Foto não tem tanta emoção.
Gabei passa a mão na barriga.
— Quando Zion voltar, ele ou ela, estará perto de nascer.
— É verdade. — Justin diz. — Pelo menos ele chegará a tempo.
— Eu espero que sim.
Gabei fica olhando para a barriga por um tempo.
— Vamos fechar a conta? — pergunto.
Todos concordam.
— Vamos rachar. — Gabe diz.
— Deixa comigo. — pisco pra ela.
Peço ao garçom a conta. Olho o valor e lhe entrego meu cartão. Depois de uns segundos, ele volta e me entrega o pequeno pedaço de plástico.
— Obrigada. — agradeço.
Saímos do restaurante e voltamos com Gabei até a lojinha.
— Gabrielly! — uma mulher a chama. — Chegou tecido novo. Ajeite os vestidos que estão lá dentro, nas araras.
— Sim senhora.
A mulher volta para dentro da salinha. — Vestidos? — pergunto. — Posso ver? — Claro. Vou buscá-los. Ela entra na salinha e eu olho as blusinhas da arara. — São ótimas peças. — Claude diz, observando as roupas. — Na França, ela faria um sucesso. — Ela faria um sucesso em qualquer lugar. — Voltei. — Gabei diz. — Sobre o que falavam? — De você. Ela faz careta e coloca os vestidos em cima do balcão. Eram todos do mesmo modelo. Alcinhas finas, tecido liso, que batia na altura do joelho. — Que coisa linda. — digo. — Desenho meu. — ela morde o lábio. — Senhora Aflen adorou e o fez. — Sério? Quero levar. Dois. — Jura? — Claro! — ergo o vestido vermelho. — É tão lindo. E foi você quem desenhou. — Você é demais. — Você que é! — pisco pra ela. — Quero esse e hmm... que cor eu levo? Olho para Justin e Claude. — Hmm... — Justin pega o amarelo — Combina com você.
O olho. — Não. É a primeira vez. Eu sei lá. — Ah, Cat. — ele me abraça. — Talvez deva ir ao médico. — Não. Não é nada demais. Ele pousa a mão na minha bochecha e a acarinha com o polegar. Ele me encara por um tempo. — Desculpe por ontem. — diz. — Exagerei. — Eu sei, mas eu tenho minha parcela de culpa. Você não sabia que eu sonhava frequentemente com Zack. — Direto? — Só não sonho quando estou com você. — faço careta. — É estranho. — Vai ver eu te protejo dos sonhos ruins. — Vai ver é verdade. — ele ri. — Estou desculpado? — Estou aqui. E você limpou meu vomito, então não tem como não estar. Ele morde o lábio. — Ainda bem. Não aguentava mais ficar sem falar com você. — Só um dia. — Um dia e meio. Muito pra mim. Ainda mais agora que estou prestes a viajar. — Então vamos ficar grudadinhos, nesses dias. — o abraço. — Bem grudadinhos. — Adoro es
— Estou sem fome.— Cat...— Cada um vai onde quer comer e eu guardo os lugares na praça de alimentação. Tudo bem?Justin e Gabei suspiram.— Não quer nada mesmo?— Não. — sorrio para eles. — Vão pegar suas comidas, que eu vou esperar bem... hm... — olho em volta. — Ali.Aponto para um lugar com cinco cadeiras.Eles assentem e eu me afasto. Me sento à mesa e respiro fundo. Apoio minha cabeça na mesa e fecho os olhos com força. Minha cabeça latejava tanto, que era como se a banda inteira dos meninos, tocassem dentro dela.Meu celular começa a tocar e rapidamente o pego da bolsa e o coloco no ouvido, sem olhar o nome.— Alô?— Amor? Tudo bem?— Sim. Apenas... dor de cabeça.— Amor, eu já disse para ir a um médico. — e
Ele retira a bandana e coloca em mim.— Ai meu Deus. — digo, olhando para o espelho. — Não combinou em nada. Mas obrigada.Ele pisca.— Oi menina de bandana. — Derek diz.— Oi menino de piercing.Ele me abraça.— Não posso piscar e você já está agarrando outro? — Nate brinca.— Nate? Ué... eu achei... Derek? Vocês loiros me confundem.Eles riem.— Sabe que você é o único loiro que eu desejo. — pisco para Nate.— Ahhhh!Nate me puxa e me beija.— Espera. — o empurro. — Não falei com o Mike.Abraço Mike.— Desculpe. — digo.— Tudo bem.Ele era tão quieto e tímido, que chegava a ser fofo.Pego na mão de Nate e o puxo para o sofá.Ficamos conv
Suspiro.— Eu e Claude. Está difícil de continuar.— Por quê? — ele se encosta na mesa e bebe um pouco do que havia em seu copo.— Ele tem ciúme de você.Ele se engasga.— O que? — Logan ri.— Eu contei a ele sobre você. Sobre o poder que você exercia e ainda exerce sobre mim. E desde então, ele ficou ciumento.— Convenhamos que nenhuma pessoa gostaria de ouvir isso do namorado.Assinto.— O que eu posso fazer se te amo? Mesmo sem ser correspondido, você foi o amor da minha vida. Aquele que me mudou. Me fez ver a vida diferente.Logan se cala.Eu me aproximo. Solto um pequeno suspiro e o abraço. Logan da pequenos tapinhas nas minhas costas. Me separo e encaro seus lindos olhos azuis. Ajo i
— Ei, ei, ei! — Henry grita. — Se ficar agarrando muito o Logan, eu agarro o Zion.— Mas foi ele que me agarrou! — Leon se defende. — Então não se aproxime do Zion.Henry abre a boca, mas eu falo antes dele.— Desculpa atrapalhar a discussão dos casais. Mas eu estou mesmo com fome.— Eu também. — Lanay diz.— Nem preciso dizer o que acho. — Nate diz.Logan volta pro seu lugar rindo.Nos servimos e Henry grita por uma das empregadas que estava por ali.— Tire uma foto de nós. — ele pede, lhe entregando seu celular. — Uma última, antes da viagem.— Para de me lembrar Henry! — reclamo.Me viro para a câmera. Nate coloca a cabeça no meu ombro e sorri. Faço o mesmo.A mulher entrega o celular para Henry, que escreve rapidamente. Um minuto depois, todos os c
Quase uma hora depois, o celular de Justin toca.— É O CLAU! — grita se levantando.— Ai meu Deus. — tiro o som da tv. — Atende.Ele respira fundo e atende.— Clau.......— Nada bem... e você?....— Hmm.......— Sério? — ele sorri por um instante. — Está bem.....— Posso sim.....— Até, Clau.Ele desliga e fica sorrindo.— CONTA TUDO. — eu e Gabei gritamos.— Ele quer me ver. — ele solta um gritinho. — Ainda não acredito no que ouvi.— Eu disse que ele ligaria.— Ele só ligou, porque o Logan ligou pra ele.— Então era isso.— Logan? — Gabei me olha.— Ele pediu o número do Claude. Mas não tinha me dito o motivo.<
Leucemia?Olho para Gabrielly, que tem a mão na boca e os olhos cheios de lagrimas.— Isso não pode estar certo! — exclamo. — Isso não pode ser verdade.Gabe segura minha mão.— Catssyn, vamos fazer um exame mais profundo, mas o resultado será o mesmo. Leucemia.Entro em desespero.— NÃO. EU NÃO POSSO MORRER!— Cat, se acalma — a voz de Gabei sai tremida.— FICAR CALMA? GABRIELLY EU VOU MORRER!Eu me levanto da cama com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.— Cat não diz isso!— DIGO SIM. EU NÃO SEI O QUE FIZ PARA MERECER ISSO. MEU DEUS.— CATSSYN!Ela se levanta e segura meus braços. Aquela garota chorava tanto quanto eu. O medo era claro.— Você não vai morrer!— Vou sim. — ela me abraça forte