Desligo o alarme e vou para o banheiro. Passei a tarde e à noite passada, com Gabei e Zion. Vimos vários filmes, conversamos sobre o bebê. Ela inclusive, já havia aceito se mudar para nosso apartamento.
A pior parte da noite, foi não ter ligado para Nate e ter escutado a voz dele antes de dormir. Mas não dei e nem darei o braço a torcer. Não tive culpa nenhuma.
Depois de tomar um banho rápido, escovo os dentes e vou para o closet, enrolada na toalha.
Visto a lingerie, antes de vestir uma calça jeans e uma blusa maior que meu tamanho, com estampas coloridas. Após calçar os tênis, volto para o quarto.
Penteio o cabelo e faço uma trança lateral. Depois de uma maquiagem básica, pego na minha bolsa e celular, saindo do quarto.
— Bom dia. — Gabei diz, mordendo uma maçã. — Vamos?
Pego em uma maçã.
— Vamos.
Saímos do apartamento e descemos. Já no táxi, ela fala:
— Eu adorei a ideia de ir para o apartamento de vocês.
— Seu também. — digo. — E eu adorei mais ainda essa ideia.
— Sabe, outro dia, um repórter foi até o meu trabalho, me perguntar se eu era algo do Zion. Eu não sabia o que responder.
— Mas agora sabe. Já foi combinado. Ele vai dizer, na entrevista de hoje. De você e do bebê.
— Eu sei. — ela esfrega as mãos.
— Está assustada?
— Um pouco. Eu não quero que elas sejam agressivas.
— É... eu te entendo. Mas ninguém vai te agredir nem nada.
— Não. Eu sei. Mas sei lá... tenho um pouco de receio.
— Relaxa. — pego sua mão. — Vai dar tudo certo. Eu estarei com você.
— Obrigada... — ela me abraça — cunhada.
Solto uma risada.
— Falando nisso, já falou com as meninas? Com a minha tia?
— Não. Parece que Zion vai avisar a elas e pedir para que elas venham me conhecer.
— Elas são legais.
— Ainda não se falam?
— Não falo nem com os meus pais. — digo. — E olha que eles me ligaram depois da morte do Zack. Mas eu dei um corte neles e pedi para que não me ligassem.
— Não sente falta deles?
— Sinto. — olho para minhas mãos. — Mas eles me deixaram quando eu mais precisei. Ai agora que minha vida está certinha, que Zion me ajuda a viver bem, eles surgem e parecem preocupados comigo? Eles que me desculpem, mas não quero papo tão cedo.
— Olha Cat, eu sei que você tem seus motivos para não querer assunto com seus pais, mas deve deixar todas as diferenças para trás. Pois, Deus que te livre, um dia pode acontecer algo com um deles e você acabar se culpando por ter ficado afastada deles.
A olho.
— Por que fala isso?
— Meu pai morreu quando eu tinha dezesseis anos. E tínhamos um relacionamento complicado. Quando ele se foi, morte natural, eu me senti péssima, por ter passado os últimos meses da vida dele, as brigas.
— Eu sinto muito.
Ela sorri de lado.
— Não se preocupe. Só não quero que você sofra, com mais isso. Você já passou por muita coisa, em muito pouco tempo.
Balanço a cabeça afirmativamente.
— É. Obrigada.
Minutos depois, o táxi estaciona em frente ao seu trabalho. Ela mexe na bolsa, mas eu me antecipo e pago a corrida.
Ela me fuzila com o olhar.
— Era minha vez de pagar! — exclama.
— Jura? Eu não lembrava.
Saímos do carro.
— Almoça comigo? — pergunta.
— Claro. Mas Justin e Claude com certeza irão.
— Sem problema. Adoro aqueles dois.
Beijo seu rosto.
— Então até depois.
Atravesso a rua e entro no prédio. Cumprimento o porteiro e subo as escadas.
— Catssyn! — Jessica pula da cadeira ao me ver. — Tudo bem?
— Sim e você?
— Bem... posso perguntar uma coisa?
— Sim.
— Zion vai ser pai?
Ela e essa fixação em Zion.
— Bem, a Fivers vai dar uma entrevista hoje às duas da tarde. Assista!
Sorrio pra ela e entro na minha sala. Todos os olhares se voltam para mim.
Justin sorri largamente e bate no banco ao seu lado.
Louco pra saber das novidades.
— Oi.
— Conta tudo! — diz. — Como sei que sobre sua noite foi muuuuuuito longa, fale-me sobre a foto que Zion postou.
— Ué, não entendeu?
— Sim. — ele revira os olhos. — Alguém está grávida. É Gabrielly?
— Claro né!
Ele arregala os olhos e coloca a mão na boca.
— Não grita! Eu imploro.
Ele balança a cabeça e respira fundo.
— Tudo bem. — diz. — Agora me fala sobre sua noite.
— BOM DIA! — Martha entra na sala.
— Acho que vai ficar pra depois. — sussurro para Justin, que revira os olhos.
[...]
— Muito bom! — Martha diz para nós. — Adorei esse mousse. Parabéns.
Ela pisca para gente e se afasta.
— Somos um arraso. — Justin diz.
Apenas solto uma risada.
Batem à porta e Martha pede pra entrar.
— Licença. — Jessica entra, com um enorme buque de rosas brancas nas mãos.
As meninas se entreolham e apostam para quem seria aquele buque.
— Deixaram para a Cat!
— Para mim? — me levanto.
— Algo me diz, que foi um certo loiro de olhos azuis. — Justin diz.
— Algo me diz que Justin está certo. — Jessica brinca e estica o buque para mim.
— Obrigada, Jess. Pode ir. — Martha diz.
Olho para as rosas e abro um sorriso.
— Tem um cartão. — Justin diz. — Leia-o.
Tiro o cartão do meio das rosas e o abro. Justin se estica e eu abaixo o papel.
— Deixa de ser fofoqueiro. — digo e ele faz biquinho. — Depois deixo você ler.
Ele sorri.
Volto minha atenção para o bilhete.
“Eu fui tão idiota com você. E por um motivo muito mais idiota. Me desculpa? Se você puder e quiser me perdoar, vai ao meu apartamento hoje, as oito.
Eu te amo, Nate.”
— Não acredito que brigaram por isso! — Justin exclama, após contar o motivo da minha briga idiota com Nate. — É. Nem eu. Mas vamos deixar isso pra lá. Saímos do curso e atravessamos a rua. Eu carregando o enorme buque de rosas brancas e Justin puxando Claude, que reclamava de sono. — Você dorme depois. — Justin diz. — Agora vamos almoçar. — Mas eu quero muito dormir. Justin revira os olhos. Entro na pequena loja em que Gabei trabalha e a vejo atrás do balcão, falando com alguém que não parecia nada amigável. — Eu não sei do que está falando. — ela diz. — Claro que sabe! Você foi vista com Zion, não sai do apartamento dele. E agora ele posta a foto de uma barriga, dando a entender que vai ser pai. Gabei abre a boca e a fecha. — O que está havendo aqui? — pergunto. A garota loira se vira e me encara, revirando os olhos. — Cat, não vale a pena. — Gabei diz. — O que foi? Vai defender
A mulher volta para dentro da salinha. — Vestidos? — pergunto. — Posso ver? — Claro. Vou buscá-los. Ela entra na salinha e eu olho as blusinhas da arara. — São ótimas peças. — Claude diz, observando as roupas. — Na França, ela faria um sucesso. — Ela faria um sucesso em qualquer lugar. — Voltei. — Gabei diz. — Sobre o que falavam? — De você. Ela faz careta e coloca os vestidos em cima do balcão. Eram todos do mesmo modelo. Alcinhas finas, tecido liso, que batia na altura do joelho. — Que coisa linda. — digo. — Desenho meu. — ela morde o lábio. — Senhora Aflen adorou e o fez. — Sério? Quero levar. Dois. — Jura? — Claro! — ergo o vestido vermelho. — É tão lindo. E foi você quem desenhou. — Você é demais. — Você que é! — pisco pra ela. — Quero esse e hmm... que cor eu levo? Olho para Justin e Claude. — Hmm... — Justin pega o amarelo — Combina com você.
O olho. — Não. É a primeira vez. Eu sei lá. — Ah, Cat. — ele me abraça. — Talvez deva ir ao médico. — Não. Não é nada demais. Ele pousa a mão na minha bochecha e a acarinha com o polegar. Ele me encara por um tempo. — Desculpe por ontem. — diz. — Exagerei. — Eu sei, mas eu tenho minha parcela de culpa. Você não sabia que eu sonhava frequentemente com Zack. — Direto? — Só não sonho quando estou com você. — faço careta. — É estranho. — Vai ver eu te protejo dos sonhos ruins. — Vai ver é verdade. — ele ri. — Estou desculpado? — Estou aqui. E você limpou meu vomito, então não tem como não estar. Ele morde o lábio. — Ainda bem. Não aguentava mais ficar sem falar com você. — Só um dia. — Um dia e meio. Muito pra mim. Ainda mais agora que estou prestes a viajar. — Então vamos ficar grudadinhos, nesses dias. — o abraço. — Bem grudadinhos. — Adoro es
— Estou sem fome.— Cat...— Cada um vai onde quer comer e eu guardo os lugares na praça de alimentação. Tudo bem?Justin e Gabei suspiram.— Não quer nada mesmo?— Não. — sorrio para eles. — Vão pegar suas comidas, que eu vou esperar bem... hm... — olho em volta. — Ali.Aponto para um lugar com cinco cadeiras.Eles assentem e eu me afasto. Me sento à mesa e respiro fundo. Apoio minha cabeça na mesa e fecho os olhos com força. Minha cabeça latejava tanto, que era como se a banda inteira dos meninos, tocassem dentro dela.Meu celular começa a tocar e rapidamente o pego da bolsa e o coloco no ouvido, sem olhar o nome.— Alô?— Amor? Tudo bem?— Sim. Apenas... dor de cabeça.— Amor, eu já disse para ir a um médico. — e
Ele retira a bandana e coloca em mim.— Ai meu Deus. — digo, olhando para o espelho. — Não combinou em nada. Mas obrigada.Ele pisca.— Oi menina de bandana. — Derek diz.— Oi menino de piercing.Ele me abraça.— Não posso piscar e você já está agarrando outro? — Nate brinca.— Nate? Ué... eu achei... Derek? Vocês loiros me confundem.Eles riem.— Sabe que você é o único loiro que eu desejo. — pisco para Nate.— Ahhhh!Nate me puxa e me beija.— Espera. — o empurro. — Não falei com o Mike.Abraço Mike.— Desculpe. — digo.— Tudo bem.Ele era tão quieto e tímido, que chegava a ser fofo.Pego na mão de Nate e o puxo para o sofá.Ficamos conv
Suspiro.— Eu e Claude. Está difícil de continuar.— Por quê? — ele se encosta na mesa e bebe um pouco do que havia em seu copo.— Ele tem ciúme de você.Ele se engasga.— O que? — Logan ri.— Eu contei a ele sobre você. Sobre o poder que você exercia e ainda exerce sobre mim. E desde então, ele ficou ciumento.— Convenhamos que nenhuma pessoa gostaria de ouvir isso do namorado.Assinto.— O que eu posso fazer se te amo? Mesmo sem ser correspondido, você foi o amor da minha vida. Aquele que me mudou. Me fez ver a vida diferente.Logan se cala.Eu me aproximo. Solto um pequeno suspiro e o abraço. Logan da pequenos tapinhas nas minhas costas. Me separo e encaro seus lindos olhos azuis. Ajo i
— Ei, ei, ei! — Henry grita. — Se ficar agarrando muito o Logan, eu agarro o Zion.— Mas foi ele que me agarrou! — Leon se defende. — Então não se aproxime do Zion.Henry abre a boca, mas eu falo antes dele.— Desculpa atrapalhar a discussão dos casais. Mas eu estou mesmo com fome.— Eu também. — Lanay diz.— Nem preciso dizer o que acho. — Nate diz.Logan volta pro seu lugar rindo.Nos servimos e Henry grita por uma das empregadas que estava por ali.— Tire uma foto de nós. — ele pede, lhe entregando seu celular. — Uma última, antes da viagem.— Para de me lembrar Henry! — reclamo.Me viro para a câmera. Nate coloca a cabeça no meu ombro e sorri. Faço o mesmo.A mulher entrega o celular para Henry, que escreve rapidamente. Um minuto depois, todos os c
Quase uma hora depois, o celular de Justin toca.— É O CLAU! — grita se levantando.— Ai meu Deus. — tiro o som da tv. — Atende.Ele respira fundo e atende.— Clau.......— Nada bem... e você?....— Hmm.......— Sério? — ele sorri por um instante. — Está bem.....— Posso sim.....— Até, Clau.Ele desliga e fica sorrindo.— CONTA TUDO. — eu e Gabei gritamos.— Ele quer me ver. — ele solta um gritinho. — Ainda não acredito no que ouvi.— Eu disse que ele ligaria.— Ele só ligou, porque o Logan ligou pra ele.— Então era isso.— Logan? — Gabei me olha.— Ele pediu o número do Claude. Mas não tinha me dito o motivo.<