Ele se levanta.
— Por que raios me chamou de Zack?
— Eu o que?
— É CATSSYN! — ele grita.
O olho assustada e me levanto.
— Será que dá para parar de gritar comigo?
— Será que dá para não me chamar pelo nome do seu ex-namorado?
— EU ESTAVA SONHANDO COM ELE! — grito. — E eu não sabia que falava dormindo.
— Sonhando com ele?
Nate ri.
— Que lindo.
— Por que está agindo como um babaca? — ele me encara. — Você sabe que ele foi importante na minha vida. Sabe que...
— ELE TE SEQUESTROU. ME FEZ SOFRER AQUELE ACIDENTE E VOCÊ VAI ME DIZER QUE SENTE A FALTA DELE?
Eu não respondo.
Estava chocada com a forma com que Nate gritava. Suas bochechas estavam vermelhas. Ele estava furioso.
Mas eu também estava.
— Nunca mais grite comigo. — digo.
— Vai fugir da minha pergunta? É isso mesmo que eu notei?
— Nate...
— Não. — ele ergue as mãos. — Você não precisa falar nada.
Ele pega nas chaves e sai do quarto, batendo a porta com força.
Eu olhava para a porta, tentando entender o porquê de Nate ter feito esse escândalo.
Um dos motivos para nossa primeira vez, ter demorado a acontecer, era que eu sonhava com Zack. Várias vezes eu acordei com Zion me sacudindo. Ele dizia que eu gritava. Mas em outras vezes, os sonhos eram calmos. Eram lembranças boas que eu tinha dele. Mas todas as vezes que eu dormia com Nate, eu não sonhava com Zack.
Tinha sacolas de papel em cima da mesinha, o que indica que ele saiu pra comprar comida e tinha ido me acordar, quando o chamei pelo nome do meu ex morto.
Balanço a cabeça negativamente e volto para o quarto. Abro a gaveta em que tinha roupas minhas e pego em um short jeans e uma blusa branca. Tiro a blusa de Nate e me visto rapidamente. Pego minha bolsa, óculos escuro e calço chinelos saindo do quarto. Agarro no meu celular e saio do apartamento. No elevador, encaro minha imagem no espelho e suspiro.
Meu rosto estava amassado e cabelo desgrenhado. Retiro o elástico do cabelo e o penteio com os dedos, prendendo-o em um rabo de cavalo.
Saio do elevador colocando os óculos escuros e saio do prédio. Ando um pouco e faço sinal para um táxi.
Digo o endereço do prédio de Zion e afundo no banco do carro.
[...]
Cumprimento o porteiro e entro no elevador. Assim que ele para no meu andar, tiro a chave da bolsa e penso antes de colocá-la na porta.
E se eles estiverem pelados no sofá?
Balanço a cabeça, afastando aquele pensamento sem noção e toco a campainha. Depois de uns segundos Zion abre a porta, apenas de bermuda.
— Oi? — ele faz careta.
— Oi.
O empurro de leve e entro no apartamento. Gabei estava sentada no sofá comendo um sanduíche.
— Oi, Cat! — ela sorri. — Achei que só fosse vê-la amanhã.
— Eu também.
— Eu também. — digo. — Briguei com Nate... Quer dizer, ele brigou comigo.
— Por quê?
Me sento no chão e agarro minhas pernas. Conto a eles, cada detalhe da briga sem noção, que havia tido com Nate.
— Eu pensei que ele sabia dos pesadelos. — Zion diz.
— Eu não quis contar. Achei irrelevante.
— Mesmo se contasse, ele não devia agir assim. — Gabei diz. — Você estava sonhando. Ninguém controla o que sonha. Se fosse assim, eu só sonharia com Zion e não com o Henry.
Zion a olha.
— Você sonha com o Henry?
— Vocês não vão brigar, né?
— Sonho. — Gabei responde. — Quase sempre.
— Ai meu Deus.
— E você não me fala nada?
— O que queria? Que eu chegasse pra você e falasse: Zion, sonhei com seu amigo. Por favor, né.
— Não briguem. — apoio minha cabeça no meu joelho, e fecho os olhos.
— Sonha o que?
— Meu Deus, Zion! Todos os sonhos acontecem a mesma coisa! — Gabei diz. — Estou com Henry, aí você chega e eu me apaixono por você. É sempre a mesma coisa! Você é o dono do meu coração.
Levanto a cabeça e encaro Zion.
— Oh.
— Fica sem palavras mesmo bobão. — digo me levantando — Vou para o quarto. Caso Nate apareça hoje, eu não estou afim de vê-lo.
Gabei assente e eu pisco pra ela.
Vou para o quarto. Largo minha bolsa em cima da cama e pego no meu livro Cidade de Papel.
Vou para a janela e me sento, retomando a leitura, para tentar acalmar meu coração.
[...]
Eu estava completamente puta da vida, com o final do livro. Tinha quase meia hora que eu havia acabado e ainda estava processando toda a informação que tive.
Meu celular tinha tocado duas vezes. E nas duas havia sido Nate. Uns minutos depois Zion aparece.
— Nate ligou para mim. — diz.
— Eu imaginei. Não o atendi.
— É. Ele queria vir aqui. Mas eu disse que você não iria vê-lo e falei para deixar você quieta um pouco.
— E ele não vem? — faço bico.
— Queria que viesse?
— Por um lado sim. — ele se senta do meu lado. — A briga foi desnecessária, mas ele está errado. Então é melhor ele não vir.
Minha barriga faz barulho.
— Nossa. — Zion me olha. — Tem um bebê aí também?
— Não! — o empurro. — Eu só estou com fome. Não almocei.
— Por que não falou nada?
— Você e Gabei meio que começaram a brigar.
— Eu levei muito a sério.
— Eu vi.
— Enfiiiiiim — ele suspira. — Quer que eu faça um macarrão para você?
— Não. Não precisa. Vou lá fazer um sanduíche.
— Faz pra mim também?
— Por que você não faz?
— Porque você vai estar na cozinha e com tudo na mesa.
— Folgado. — coloco meu braço em volta do pescoço de Zion e o puxo, me levantando. — Vamos lá.
Desligo o alarme e vou para o banheiro. Passei a tarde e à noite passada, com Gabei e Zion. Vimos vários filmes, conversamos sobre o bebê. Ela inclusive, já havia aceito se mudar para nosso apartamento.A pior parte da noite, foi não ter ligado para Nate e ter escutado a voz dele antes de dormir. Mas não dei e nem darei o braço a torcer. Não tive culpa nenhuma.Depois de tomar um banho rápido, escovo os dentes e vou para o closet, enrolada na toalha.Visto a lingerie, antes de vestir uma calça jeans e uma blusa maior que meu tamanho, com estampas coloridas. Após calçar os tênis, volto para o quarto.Penteio o cabelo e faço uma trança lateral. Depois de uma maquiagem básica, pego na minha bolsa e celular, saindo do quarto.— Bom dia. — Gabei diz, mordendo uma maçã. — Vamos?Pego em uma maçã
— Não acredito que brigaram por isso! — Justin exclama, após contar o motivo da minha briga idiota com Nate. — É. Nem eu. Mas vamos deixar isso pra lá. Saímos do curso e atravessamos a rua. Eu carregando o enorme buque de rosas brancas e Justin puxando Claude, que reclamava de sono. — Você dorme depois. — Justin diz. — Agora vamos almoçar. — Mas eu quero muito dormir. Justin revira os olhos. Entro na pequena loja em que Gabei trabalha e a vejo atrás do balcão, falando com alguém que não parecia nada amigável. — Eu não sei do que está falando. — ela diz. — Claro que sabe! Você foi vista com Zion, não sai do apartamento dele. E agora ele posta a foto de uma barriga, dando a entender que vai ser pai. Gabei abre a boca e a fecha. — O que está havendo aqui? — pergunto. A garota loira se vira e me encara, revirando os olhos. — Cat, não vale a pena. — Gabei diz. — O que foi? Vai defender
A mulher volta para dentro da salinha. — Vestidos? — pergunto. — Posso ver? — Claro. Vou buscá-los. Ela entra na salinha e eu olho as blusinhas da arara. — São ótimas peças. — Claude diz, observando as roupas. — Na França, ela faria um sucesso. — Ela faria um sucesso em qualquer lugar. — Voltei. — Gabei diz. — Sobre o que falavam? — De você. Ela faz careta e coloca os vestidos em cima do balcão. Eram todos do mesmo modelo. Alcinhas finas, tecido liso, que batia na altura do joelho. — Que coisa linda. — digo. — Desenho meu. — ela morde o lábio. — Senhora Aflen adorou e o fez. — Sério? Quero levar. Dois. — Jura? — Claro! — ergo o vestido vermelho. — É tão lindo. E foi você quem desenhou. — Você é demais. — Você que é! — pisco pra ela. — Quero esse e hmm... que cor eu levo? Olho para Justin e Claude. — Hmm... — Justin pega o amarelo — Combina com você.
O olho. — Não. É a primeira vez. Eu sei lá. — Ah, Cat. — ele me abraça. — Talvez deva ir ao médico. — Não. Não é nada demais. Ele pousa a mão na minha bochecha e a acarinha com o polegar. Ele me encara por um tempo. — Desculpe por ontem. — diz. — Exagerei. — Eu sei, mas eu tenho minha parcela de culpa. Você não sabia que eu sonhava frequentemente com Zack. — Direto? — Só não sonho quando estou com você. — faço careta. — É estranho. — Vai ver eu te protejo dos sonhos ruins. — Vai ver é verdade. — ele ri. — Estou desculpado? — Estou aqui. E você limpou meu vomito, então não tem como não estar. Ele morde o lábio. — Ainda bem. Não aguentava mais ficar sem falar com você. — Só um dia. — Um dia e meio. Muito pra mim. Ainda mais agora que estou prestes a viajar. — Então vamos ficar grudadinhos, nesses dias. — o abraço. — Bem grudadinhos. — Adoro es
— Estou sem fome.— Cat...— Cada um vai onde quer comer e eu guardo os lugares na praça de alimentação. Tudo bem?Justin e Gabei suspiram.— Não quer nada mesmo?— Não. — sorrio para eles. — Vão pegar suas comidas, que eu vou esperar bem... hm... — olho em volta. — Ali.Aponto para um lugar com cinco cadeiras.Eles assentem e eu me afasto. Me sento à mesa e respiro fundo. Apoio minha cabeça na mesa e fecho os olhos com força. Minha cabeça latejava tanto, que era como se a banda inteira dos meninos, tocassem dentro dela.Meu celular começa a tocar e rapidamente o pego da bolsa e o coloco no ouvido, sem olhar o nome.— Alô?— Amor? Tudo bem?— Sim. Apenas... dor de cabeça.— Amor, eu já disse para ir a um médico. — e
Ele retira a bandana e coloca em mim.— Ai meu Deus. — digo, olhando para o espelho. — Não combinou em nada. Mas obrigada.Ele pisca.— Oi menina de bandana. — Derek diz.— Oi menino de piercing.Ele me abraça.— Não posso piscar e você já está agarrando outro? — Nate brinca.— Nate? Ué... eu achei... Derek? Vocês loiros me confundem.Eles riem.— Sabe que você é o único loiro que eu desejo. — pisco para Nate.— Ahhhh!Nate me puxa e me beija.— Espera. — o empurro. — Não falei com o Mike.Abraço Mike.— Desculpe. — digo.— Tudo bem.Ele era tão quieto e tímido, que chegava a ser fofo.Pego na mão de Nate e o puxo para o sofá.Ficamos conv
Suspiro.— Eu e Claude. Está difícil de continuar.— Por quê? — ele se encosta na mesa e bebe um pouco do que havia em seu copo.— Ele tem ciúme de você.Ele se engasga.— O que? — Logan ri.— Eu contei a ele sobre você. Sobre o poder que você exercia e ainda exerce sobre mim. E desde então, ele ficou ciumento.— Convenhamos que nenhuma pessoa gostaria de ouvir isso do namorado.Assinto.— O que eu posso fazer se te amo? Mesmo sem ser correspondido, você foi o amor da minha vida. Aquele que me mudou. Me fez ver a vida diferente.Logan se cala.Eu me aproximo. Solto um pequeno suspiro e o abraço. Logan da pequenos tapinhas nas minhas costas. Me separo e encaro seus lindos olhos azuis. Ajo i
— Ei, ei, ei! — Henry grita. — Se ficar agarrando muito o Logan, eu agarro o Zion.— Mas foi ele que me agarrou! — Leon se defende. — Então não se aproxime do Zion.Henry abre a boca, mas eu falo antes dele.— Desculpa atrapalhar a discussão dos casais. Mas eu estou mesmo com fome.— Eu também. — Lanay diz.— Nem preciso dizer o que acho. — Nate diz.Logan volta pro seu lugar rindo.Nos servimos e Henry grita por uma das empregadas que estava por ali.— Tire uma foto de nós. — ele pede, lhe entregando seu celular. — Uma última, antes da viagem.— Para de me lembrar Henry! — reclamo.Me viro para a câmera. Nate coloca a cabeça no meu ombro e sorri. Faço o mesmo.A mulher entrega o celular para Henry, que escreve rapidamente. Um minuto depois, todos os c