— Nate, seu idiota.
Começo a estapeá-lo e ele me deixa cair na cama.
— Ai, Cat! — ele reclama, passando a mão pelo peito, agora vermelho. — Seus tapas doem.
— Eu sei. — me levanto e caminho para fora do quarto.
A sala já estava limpa. Não havia mais rosas e nem os pequenos copinhos com as velas. Vou para a cozinha e me sento, pegando em um pedaço de presunto. Nate aparece segundos depois, com seu celular em mãos.
— Não acredito. — diz.
— O que?
— Gabei está grávida? — ele se senta.
— Zion postou isso? — me levanto e vou até ele, tirando seu celular.
Era um tweet do Zion. Nele havia uma foto. Era uma barriga branca e ele a beijava. A legenda estava assim:
"Uma nova vida vem aí, para alegrar mais os meus dias :)"
— Ahhh... — sento em seu colo. — Eu sabia que Zion ia amar.
— Então é verdade?
— Sim. — coloco seu celular na mesa e pego em um bolinho. — Come.
Ele abre a boca e morde o bolinho. Coloco o que sobra na boca.
— Hmm... delicia.
Tomamos o café da manhã rindo. Nate conseguia me arrancar risadas com muita facilidade.
Logo depois do café, resolvi tomar um banho. Eu tinha roupas no closet, de quando vinha apenas dormir com ele. Pego em uma lingerie preta e vou para o banheiro. Abro as torneiras da banheira e coloco meu celular no aparelho que tinha em cima da bancada, tocando imediatamente uma música romântica.
Prendo meu cabelo em um coque e retiro a blusa de Nate e a calcinha branca. Logo após fechar as torneiras, entro na água morna, relaxando meu corpo na mesma hora.
A noite passada tinha sido a melhor. Cada toque, beijo. Cada palavra sussurrada, promessas.
Nate demorou para aparecer na minha vida, mas quando apareceu, tornou tudo tão melhor. Ter vindo para Londres, ter conhecido os meninos, fez minha vida voltar a valer a pena. Eles e Justin, me mostraram o que é amizade. Mesmo sabendo de tudo o que aconteceu, enfrentando o que enfrentou comigo, ainda estão aqui.
Comigo.
Saio da banheira e me seco rapidamente. Visto a outra lingerie e coloco a blusa de Nate. Tinha o cheiro doce dele. Se eu pudesse, dormia toda noite com sua blusa, para que me sentisse mais perto dele.
Depois de escovar os dentes, saio do banheiro. Meu vestido estava dobrado em cima da poltrona.
Disco o número de Zion e saio do quarto.
— Bom dia, priminha. — ele sussurra.
— Bom dia. Por que o sussurro?
— Eu estava no quarto. E Gabei ainda está dormindo.
— Entendi. — me sento no sofá. Posso escutar um barulho vindo da cozinha. — Eu amei a foto. A legenda mais ainda.
— Eu... cara, eu estou pirando ainda. — ele solta uma risada.
Nate aparece.
— Vou tomar banho. — ele diz.
— Está bem, amor. — ele sopra um beijinho para mim. — Então você está feliz?
— Eu não poderia estar mais feliz. Eu a amo. De verdade. Quando ela me falou, chorando... eu só consegui soltar uma risada e beijar ela. Eu estou muito feliz.
— Oh Zion, eu também estou feliz. E olha que ela estava com medo de você não aceitar bem.
— É muito cedo? É. Mas não tem como odiar a ideia de ter um filho. Ainda mais um filho com ela.
— O que as fãs estão dizendo?
— Algumas acham que é a barriga da minha mãe. — ele ri. — Outras querem saber a identidade da barriga, e se serei pai.
— E quando isso vai contar?
— Tenho que conversar com Gabrielly primeiro. Quero que ela se mude para cá.
— Ah, vai ser demais. — sorrio. — Ter ela morando aí, ver a barriga crescer.
— É. Pena que não verei isso.
— Oh. — eu tinha me esquecido da turnê — Mas vamos tratar de lhe m****r várias fotos. E não podemos deixar de cogitar a ideia de viajar, para ver vocês.
— Adorei a ideia. — ele ri. — Tudo certo aí?
— Demais.
— Você volta hoje? Ou vai direto para o curso amanhã?
— Não sei. Talvez Nate me leve amanhã.
— Então não te espero aqui hoje?
— Não. Curta o dia com a Gabei. Converse com ela, resolva tudo o que é necessário. Preciso de companhia quando vocês ficarem fora.
— Tudo bem. Então até amanhã, priminha.
— Até amanhã, priminho. — solto uma risada. — Beijo.
Escuto um barulho de beijo e desligo. Deixo o celular de lado e pego o controle da tv, colocando em um filme.
Minutos depois, Nate aparece. Estava de bermuda preta, peito despido e cabelo levemente molhado.
— Vamos ver o que? — pergunta se sentando do meu lado.
— Querido John.
— Ouvi dizer que é lindo. Mas nunca assisti.
— Eu só li. Não cheguei a assistir.
— Então vamos assistir agora! — ele me puxa para seu peito e beija minha cabeça. — Juntinhos.
Beijo seu peito.
— Para sempre.
Assistíamos o filme em silêncio. Nate acarinhava minha cabeça, me deixando sonolenta. Eu não queria ter dormido, mas foi inevitável.
[...]
A areia branquinha, água azul reluzente. Mas nada era comparado a sua beleza. A beleza do meu amor.
— Cat?
Me viro e o encaro. Seus cabelos negros jogados para trás. Seus lindos olhos castanhos, um pouco claros devido a claridade. Sua barriga morena, sarada.
— Zack. — sorrio. — Onde estava?
— Tinha ido lhe comprar um sorvete.
Ele estica uma casquinha, com liquido azul escorrendo pelos lados.
— Céu azul. Seu preferido.
Sorrio.
— Você me conhece tão bem. — passo minha mão pelo seu rosto. — Eu amo...
— Catssyn?
Escuto uma voz diferente me chamar e olho em volta.
O sorvete tinha ido embora. O céu, a areia, a água.
Estava tudo escuro.
Torno a olhar para o lugar onde Zack estava e não vejo mais.
— Zack?
— Tenta de novo!
Abro os olhos e vejo Nate me encarar. Ele estava vestido.
— Nate!?
Ele se levanta.— Por que raios me chamou de Zack?— Eu o que?— É CATSSYN! — ele grita.O olho assustada e me levanto.— Será que dá para parar de gritar comigo?— Será que dá para não me chamar pelo nome do seu ex-namorado?— EU ESTAVA SONHANDO COM ELE! — grito. — E eu não sabia que falava dormindo.— Sonhando com ele?Nate ri.— Que lindo.— Por que está agindo como um babaca? — ele me encara. — Você sabe que ele foi importante na minha vida. Sabe que...— ELE TE SEQUESTROU. ME FEZ SOFRER AQUELE ACIDENTE E VOCÊ VAI ME DIZER QUE SENTE A FALTA DELE?Eu não respondo.Estava chocada com a forma com que Nate gritava. Suas bochechas estavam vermelhas. Ele estava furioso.Mas eu também estava.— Nunca
Desligo o alarme e vou para o banheiro. Passei a tarde e à noite passada, com Gabei e Zion. Vimos vários filmes, conversamos sobre o bebê. Ela inclusive, já havia aceito se mudar para nosso apartamento.A pior parte da noite, foi não ter ligado para Nate e ter escutado a voz dele antes de dormir. Mas não dei e nem darei o braço a torcer. Não tive culpa nenhuma.Depois de tomar um banho rápido, escovo os dentes e vou para o closet, enrolada na toalha.Visto a lingerie, antes de vestir uma calça jeans e uma blusa maior que meu tamanho, com estampas coloridas. Após calçar os tênis, volto para o quarto.Penteio o cabelo e faço uma trança lateral. Depois de uma maquiagem básica, pego na minha bolsa e celular, saindo do quarto.— Bom dia. — Gabei diz, mordendo uma maçã. — Vamos?Pego em uma maçã
— Não acredito que brigaram por isso! — Justin exclama, após contar o motivo da minha briga idiota com Nate. — É. Nem eu. Mas vamos deixar isso pra lá. Saímos do curso e atravessamos a rua. Eu carregando o enorme buque de rosas brancas e Justin puxando Claude, que reclamava de sono. — Você dorme depois. — Justin diz. — Agora vamos almoçar. — Mas eu quero muito dormir. Justin revira os olhos. Entro na pequena loja em que Gabei trabalha e a vejo atrás do balcão, falando com alguém que não parecia nada amigável. — Eu não sei do que está falando. — ela diz. — Claro que sabe! Você foi vista com Zion, não sai do apartamento dele. E agora ele posta a foto de uma barriga, dando a entender que vai ser pai. Gabei abre a boca e a fecha. — O que está havendo aqui? — pergunto. A garota loira se vira e me encara, revirando os olhos. — Cat, não vale a pena. — Gabei diz. — O que foi? Vai defender
A mulher volta para dentro da salinha. — Vestidos? — pergunto. — Posso ver? — Claro. Vou buscá-los. Ela entra na salinha e eu olho as blusinhas da arara. — São ótimas peças. — Claude diz, observando as roupas. — Na França, ela faria um sucesso. — Ela faria um sucesso em qualquer lugar. — Voltei. — Gabei diz. — Sobre o que falavam? — De você. Ela faz careta e coloca os vestidos em cima do balcão. Eram todos do mesmo modelo. Alcinhas finas, tecido liso, que batia na altura do joelho. — Que coisa linda. — digo. — Desenho meu. — ela morde o lábio. — Senhora Aflen adorou e o fez. — Sério? Quero levar. Dois. — Jura? — Claro! — ergo o vestido vermelho. — É tão lindo. E foi você quem desenhou. — Você é demais. — Você que é! — pisco pra ela. — Quero esse e hmm... que cor eu levo? Olho para Justin e Claude. — Hmm... — Justin pega o amarelo — Combina com você.
O olho. — Não. É a primeira vez. Eu sei lá. — Ah, Cat. — ele me abraça. — Talvez deva ir ao médico. — Não. Não é nada demais. Ele pousa a mão na minha bochecha e a acarinha com o polegar. Ele me encara por um tempo. — Desculpe por ontem. — diz. — Exagerei. — Eu sei, mas eu tenho minha parcela de culpa. Você não sabia que eu sonhava frequentemente com Zack. — Direto? — Só não sonho quando estou com você. — faço careta. — É estranho. — Vai ver eu te protejo dos sonhos ruins. — Vai ver é verdade. — ele ri. — Estou desculpado? — Estou aqui. E você limpou meu vomito, então não tem como não estar. Ele morde o lábio. — Ainda bem. Não aguentava mais ficar sem falar com você. — Só um dia. — Um dia e meio. Muito pra mim. Ainda mais agora que estou prestes a viajar. — Então vamos ficar grudadinhos, nesses dias. — o abraço. — Bem grudadinhos. — Adoro es
— Estou sem fome.— Cat...— Cada um vai onde quer comer e eu guardo os lugares na praça de alimentação. Tudo bem?Justin e Gabei suspiram.— Não quer nada mesmo?— Não. — sorrio para eles. — Vão pegar suas comidas, que eu vou esperar bem... hm... — olho em volta. — Ali.Aponto para um lugar com cinco cadeiras.Eles assentem e eu me afasto. Me sento à mesa e respiro fundo. Apoio minha cabeça na mesa e fecho os olhos com força. Minha cabeça latejava tanto, que era como se a banda inteira dos meninos, tocassem dentro dela.Meu celular começa a tocar e rapidamente o pego da bolsa e o coloco no ouvido, sem olhar o nome.— Alô?— Amor? Tudo bem?— Sim. Apenas... dor de cabeça.— Amor, eu já disse para ir a um médico. — e
Ele retira a bandana e coloca em mim.— Ai meu Deus. — digo, olhando para o espelho. — Não combinou em nada. Mas obrigada.Ele pisca.— Oi menina de bandana. — Derek diz.— Oi menino de piercing.Ele me abraça.— Não posso piscar e você já está agarrando outro? — Nate brinca.— Nate? Ué... eu achei... Derek? Vocês loiros me confundem.Eles riem.— Sabe que você é o único loiro que eu desejo. — pisco para Nate.— Ahhhh!Nate me puxa e me beija.— Espera. — o empurro. — Não falei com o Mike.Abraço Mike.— Desculpe. — digo.— Tudo bem.Ele era tão quieto e tímido, que chegava a ser fofo.Pego na mão de Nate e o puxo para o sofá.Ficamos conv
Suspiro.— Eu e Claude. Está difícil de continuar.— Por quê? — ele se encosta na mesa e bebe um pouco do que havia em seu copo.— Ele tem ciúme de você.Ele se engasga.— O que? — Logan ri.— Eu contei a ele sobre você. Sobre o poder que você exercia e ainda exerce sobre mim. E desde então, ele ficou ciumento.— Convenhamos que nenhuma pessoa gostaria de ouvir isso do namorado.Assinto.— O que eu posso fazer se te amo? Mesmo sem ser correspondido, você foi o amor da minha vida. Aquele que me mudou. Me fez ver a vida diferente.Logan se cala.Eu me aproximo. Solto um pequeno suspiro e o abraço. Logan da pequenos tapinhas nas minhas costas. Me separo e encaro seus lindos olhos azuis. Ajo i