Capítulo 2

Sangue. Ver o sofrimento do inimigo me deixava transbordando de prazer. Enquanto alguns gostavam de matar eu preferia ver minha vítima agonizar em minhas mãos e pedir misericórdia, cuja qual eu nunca daria. Nunca imaginei que iria gostar tanto dessa fase da minha vida. Ontem foi o dia da minha transferência. Desde o primeiro incidente eu venho sendo acompanhada por especialistas e fui transferida para o grupo especial.

Cinco anos sendo estudada fisicamente para então fazer parte do grupo especial. Continuo mantendo Meu cabelo a frente do rosto como antigamente, virou quase uma marca minha. O professor de física está a frente da sala explicando algo sobre ilusões ópticas. A sala tem vinte e sete alunos dentre eles apenas eu de mulher, às vezes me sinto deslocada como qualquer adolescente em fase de descoberta. A aula está interessante só que algo me chamou atenção ou alguém, ele tinha cabelos castanhos e olhos verdes posso dizer que é bem mais alto que eu e aparenta ser o melhor da turma. Às vezes ele me olha de soslaio e sinto minhas bochechas esquentarem, ele está sempre com um par de gêmeos loiros que ficam me encarando. O clima da sala começa a ficar pesado e eu torço para que o sinal toque logo, o que o professor fala se perde em meus pensamentos como se não tivesse importância o que na verdade é o contrário.

Ao ouvir o sinal tocar praticamente corro para fora da sala segurando firmemente a minha mochila, a passos largos me aproximo do pátio de treinamento e me sento sobre um dos bancos olhando os soldados treinarem, em breve eu estarei fora das salas e finalmente em combate. Pego o meu caderno e começo a rabiscar algumas formas que vem em minha cabeça ficando totalmente destraida com minha própria mão desenhando símbolos.

- Legais essas letras. - Ouço a voz dele a minha frente e levanto o olhar um pouco atordoada, não estava prestando atenção no que estava fazendo apenas como estava fazendo. - São letras gregas não é?

- Ahm... Eu, acho que sim. - Olhei novamente para meu caderno e havia algumas frases escritas em grego, fiquei encarando minha arte por um tempo tentando descobrir desde quando eu sabia grego. - Você é?

- Ermet Douglas - Eu sabia o nome dele, o moreno do grupo especial que deixava as garotas do primeiro ano com as pernas bambas. - E o seu?

- Allegra. - Disse somente, eu não costumava dizer meu sobrenome pelo simples fato de não ter tido contato nenhum com meu pai e minha mãe não ter sido, uma mãe. - O que faz aqui?

- Acho que todos os alunos podem ficar aqui, não? - Arqueei uma sobrancelha e sorri de lado, parece que ele não se incomodava muito com minha grosseria. - Fico me perguntando o que você tem de especial...

- Como assim? - Ele rio ao ouvir a confusão nas minhas palavras e olhou para o céu.

- Todos que estamos aqui temos alguma habilidade especial, qual a sua? - Ele voltou os olhos para mim novamente como se quisesse ver por trás do meu cabelo, o que eu não deixaria.

- Gosto de matar. - Essa era a minha habilidade, após dizer isso fechei o meu caderno e coloquei novamente na bolsa me dirigindo a porta do colégio sem olhar para trás. Ele era o garoto mais lindo daqui porém não merecia ter que me aturar por mais tempo que o necessário.

Ele não falou mais nada, pois se tivesse feito provavelmente eu teria escutado. Passei por aquela multidão de alunos e fui até a sala em silêncio apenas pensando no que eu tinha escrito. Peguei o meu caderno e fiquei olhando as palavras que se formavam vagarosamente em minha frente, como um leque sendo aberto as palavras começaram a fazer sentido é uma frase foi formada, Você é mais especial do que pensa. Estava completamente perdida naquelas palavras quando ouvi algo bater no quadro negro, de imediato me assustei e pulei na cadeira. Todos a minha volta estavam rindo menos Ermet e os gemeos, eles me encarava sérios como se algo estivesse errado.

- Allegra, preste mais atenção por favor. - Disse o professor com uma cara de poucos amigos. Sorri de lado como uma espécie de desculpa e ele continuou com o assunto.

Após virar as costas para mim ele começou a escrever no quadro, suspirei e peguei a caneta logo anotando toda a aula e evitando ao máximo distrações, estava na terceira folha quando uma bola de papel cai sobre a minha mesa, olhei para o professor que ainda estava de costas e para os outros alunos concentrados na aula e rapidamente abri a bola, dentro tinha uma pequena mensagem escrita em grego.

Nos encontre no pátio de treinamento após a aula.

Não sei como eu consegui ler aquilo mas guardei a bola de papel dentro da bolsa e olhei para uma possível direção pela qual ela veio, Ermet estava rindo de lado e me olhando de soslaio. Esperei que aula terminasse e devagar fui andando para o pátio, chutando uma pequena tampa que achei no corredor movimentado. Estava escuro do lado de fora e nebuloso, ao chegar no centro do pátio notei estar sozinha isso só pode ser alguma pegadinha com novatos.


Sigue leyendo en Buenovela
Escanea el código para descargar la APP

Capítulos relacionados

Último capítulo

Escanea el código para leer en la APP