Depois daquela discussão chata entre Tory e Denw decidi aproveitar as poucas horas que me restavam, Luara estava sentada na praça arrumando flechas em sua aljava. Me aproximei devagar sentando ao seu lado.
- Oi solzinho. Como está? - não fazia muito tempo que eu tinha sussurrado coisas ao seu ouvido, ela era linda. Cabelos negros sedosos e olhos azuis penetrantes, sua pele era corada e macia. Pena que a noite já estava próxima.
- Issei, me chame de Luara por favor. - pediu corando, sorri passando os dedos delicadamente em sua bochecha.
- Ja disse que você é linda? - perguntei me aproximando devagar.
- Disse, alguns minutos atrás. - ela riu deixando que eu encostasse meus lábios nos dela, eu posso não aproveitar a noite mas a terra ja esta pronta para uso.
Estava levando nosso beijo a outro nível quando sinto alguém puxando braço com violência. Meu corpo para alguns metros depois arrastand
A confusão estava armada na praça, eu só queria dormir mais um pouco embora todo o barulho estivesse demonstrando que eu não iria conseguir. Respirei fundo abrindo os olhos e encarando o teto de palha da pequena casa em ruínas, DK me deixou ficar em sua casa porque iria ficar de vigia a noite toda. A cama era feita de folhas sobre pedras, de longe era algo confortável mas meu corpo não pareceu se importar quando caiu aqui. Me levantei encarando um barril cheio de água que usei para tomar um banho, me vesti e sai da casa percebendo que todos estavam discutindo ao mesmo tempo. Estava realmente dividida entre gritar ou sair tacando a porrada em todo mundo.- CALEM A PORRA DA BOCA! MAS QUE SACO! - me aproximei após ter gritado, rodos me encararam surpresos e baixavam o tom de voz até que houve silêncio. - Tory
Depois que Issei ficou em silêncio vaguei meu olhar pelo ambiente e encontrei algumas boas armas diferenciadas, em silêncio rezei para a bênção das armas e assim pude retira-las do lugar. Elas não eram oferendas apenas tinham sido esquecidas por seus guerreiros mortos, perdi o foco de tudo ao meu retor enquanto segurava as armas em minhas mãos.- Quer ajuda? - quase derrubei tudo quando Issei se aproximou sorrindo e estendendo as mãos, lhe entreguei as armas que tinha pego e descemos os numerosos degraus de volta para a praça onde todos treinavam.- Evy, você irá ficar com o chicote. Froy, as adagas e Kouta com a espada. - entreguei para cada um, foi o que vi neles, a sua personalidade clamava por aquelas armas. Eu podia sentir isso.- Alli, não é assim que se treina jovens inesperientes. - Issei sussurrou ao meu ouvido fazendo meu corpo arrepiar, não gostei de ter sentido isso e me afastei de imediato.- Então fique a vontade senhor expert. - dei
Eu passei horas ali em cima, não jogando tudo nas costas dos outros mas tentando entender a situação que se passava aqui. Como poderia haver uma forma de derrotarmos aqueles semideuses imbecis e retornarmos para nossas vidas. Miseráveis vidas. Ao menos a minha era. Ares sumiu sem dar mais nenhuma palavra, me deixou sozinha com meus próprios pensamentos magoados. Talvez eu fosse o problema, não?La de cima eu podia ver cada um dos jovens que estavam treinando, evoluindo um pouco da ignorância que mantinham. Algo me diz que Denw não queria que eles aprendessem algo além do que ele estava ensinando, ninguém podia ser melhor do que ele. Com a ajuda de ais sei tudo parecia melhorar devagar, mas era notório. A concentração do filho de Ofion enquanto manejada aquela foice, ensinando golpes e bloqueios aos novatos era de se admirar. O sol ia se escondendo na água, fazendo a mesma borbulhar como se toda aquela imensidão quente escondendo tivesse mergulhando na mar gelado e calmo daquel
Meu pai vai me matar. Esse pendamento rodeava a minha cabeça o tempo inteiro, como uma abelha zunindo dentro do meu cérebro buscando uma brecha para poder sair, ou me picar. Esperei que ela me batesse, me xingasse... Esperei que a riuva me chamasse de idiota, mas ao ver aquelas lágrimas escorrendo, ao ver seus olhos inchados eu não sabia mais onde ficava o chão. Eu sabia como era estar sozinho, sabia exatamente a sensação de olhar para todos os lados e não ver a pessoa que eu tanto queria que estivesse ali. Era a minha recompensa por ser quem sou? Talvez, não posso duvidar disso. A dor da saudade pode ser impedida, eu não permiti que ela me consumisse por muito tempo, porque se não tivesse bloqueado esses sentimentos da minha vida, com certeza não estaria aqui agora. Teria sucumbido a dor que irradiava do peito para todo o corpo.E qual era o problema? Ali, era o problema. Aqueles olhinh
Estava mais uma vez no quarto, presa a correntes que me machucavam por estarem muito apertadas. Era a única coisa que eu não conseguia quebrar e o único jeito que não me permitia sair do quarto. Eu cansei de gritar, não entendo o porquê de estar apenas sendo eu mesmo a machuca dessa forma.- Você não entende, porque não pode ser uma boa garota Allegra? - Ela chorava jogada no chão próximo a mim. Eu queria enxugar suas lágrimas mas não podia por causa das correntes. - Eu só queria que você fosse uma boa garota. Me diga o que você fez de errado.- Eu estava com meninos, mamãe. - Falei após o ordenado. O que uma criança de sete anos sabe da vida? - Eu te machuquei mamãe?- Sim Allegra, você me machucou muito. - Aquilo foi como uma facada em um pequeno coração que já vinha sufocando aos p
Sangue. Ver o sofrimento do inimigo me deixava transbordando de prazer. Enquanto alguns gostavam de matar eu preferia ver minha vítima agonizar em minhas mãos e pedir misericórdia, cuja qual eu nunca daria. Nunca imaginei que iria gostar tanto dessa fase da minha vida. Ontem foi o dia da minha transferência. Desde o primeiro incidente eu venho sendo acompanhada por especialistas e fui transferida para o grupo especial.Cinco anos sendo estudada fisicamente para então fazer parte do grupo especial. Continuo mantendo Meu cabelo a frente do rosto como antigamente, virou quase uma marca minha. O professor de física está a frente da sala explicando algo sobre ilusões ópticas. A sala tem vinte e sete alunos dentre eles apenas eu de mulher, às vezes me sinto deslocada como qualquer adolescente em fase de descoberta. A aula está interessante só que algo me chamou atenção ou alguém, ele tinha cabelos castanhos e olhos verdes posso dizer que é bem mais alto que eu e
Apenas algumas luzes estavam acesas e o resto estava um completo breu, alguns alunos deveriam estar patrulhando esse lugar mas nesse momento existe apenas eu. Escuto uma respiração cerca de uns três metros da minha posição, seus passos são calmos e suaves tão macios que não dá para ser ouvido mas poucas pessoas conseguem diminuir sua frequência respiratória ao ponto de ficar quase invisível. Deixei que ele achasse estar em vantagem e quando estava próximo de mim me virei pronta para acertar um soco em seu queixo mas sua mão segurou a minha fortemente, ao me virar percebi ser um dos gêmeos que andam com Ermet. Ele sorria como se tivesse encontrado algo que procurava. Ouvi outra respiração atrás de mim perto o suficiente para tentar me atacar, desviei para o lado esquerdo imaginando o soco de direita que atingiu seu irmão em cheio no peitoral o fazendo cair e me soltar. Olhei para trás vendo o outro gêmeo e chutei seu estômago o mais rápido que pude raciocinar e ele não teve tempo de
Os gêmeos seguraram em minhas mãos enquanto Ermet nos dirigia por entre os alojamentos. Eles tinham um lugar especial na floresta, era como uma campina encantada onde apenas semideuses poderiam entrar. Tinha algumas armas e alvos, era um local perfeito para treinamento. Não havia ninguém ali além de nós, eles me dirigiram a um pequeno tronco caído e ali me sentei. Ao contrário da noite que fazia no alojamento militar aqui fazia um sol frio e revigorante, parecia uma dimensão paralela enquanto eu olhava ao redor eles ficavam rindo baixinho das minhas reações, eu mal tinha notado que o cabelo já não estava em meu rosto e todo ele estava a mostra teria continuado assim se Ermet ficasse de boca fechada.- Seus olhos são lindos. - Rapidamente escondi o rosto com a franja e o espiei entre os fios alaranjados. - Não precisa esconder, não aqui.Ele se aproximou de mim e colocou minha franja atrás da orelha de forma delicada e sorrio para mim, sorri de volta sem