OI MENINAS, POR FAVOR COLOQUEM O LIVRO NA BIBLIOTECA E SIGAM ESSA MÃE / AUTORA AQUI, OS CAPÍTULOS SÃO DIARIOS SEM ATRASOS,{MESMO A MÃE SENDO ATÍPICA }TODO DIA TEM CAPITULOS ENTÃO QUE PODER AJUDAR A AUTORA SEGUINDO ELA E COLOCANDO O LIVRO NA BIBLIOTECA DE VCS ,EU AGRADEÇO. E TENHAM PACIÊNCIA COM FELLIPO POIS ELE TEM TRAUMAS E PRA PIORAR É HOMEM { CONTEM DEBOCHE} MAS ELE VAI LUTAR E CECILIA VAI COLOCAR ELE NO EIXO. BEIJJOSSSSS VOCÊS SÃO DE MAIS.
Em uma noite silenciosa, depois que todos na mansão já haviam se recolhido, Leonardo e Fernando se reuniram no escritório. Eles já estavam preocupados com Fellipo há dias — o amigo parecia cada vez mais destruído, mais sombrio, como se carregasse o inferno nos ombros.Foi Fernando quem teve a ideia.— A gente precisa arrancar isso dele. — disse, cruzando os braços. — Se continuar assim, ele vai acabar se matando numa dessas missões.Leonardo assentiu, o olhar firme, mas carregado de preocupação.— Eu vou chamar ele agora.Eles não deram escolha a Fellipo. Fernando foi até o apartamento dele e praticamente o arrastou para a mansão, empurrando-o para dentro do escritório.Fellipo estava acabado. Olheiras profundas, rosto pálido, os dedos tremendo levemente. Ele já nem tentava disfarçar.Leonardo fechou a porta e apontou para a poltrona.— Senta.Fellipo revirou os olhos.— Se for pra ouvir sermão...— Cala a boca e senta. — Fernando rosnou, empurrando-o para baixo até que ele caísse na p
Leonardo olhou para Fernando, e Fernando deu um meio sorriso — aquele sorriso de quem estava pronto para cutucar a ferida para ajudar a curar.— Então, você ama a Cecília, mas tá fugindo dela pra não machucar? — Fernando começou, recostando-se na cadeira. — Que engraçado, porque até umas semanas atrás, você tava cuidando dela melhor do que qualquer pessoa.Fellipo levantou a cabeça, os olhos ainda vermelhos, confuso.— Do que você tá falando?Leonardo cruzou os braços, com um olhar sério.— Acha que a gente não sabia? Que vocês estavam dormindo juntos?Fellipo empalideceu.— Não era assim... a gente só...— Só se cuidava — Leonardo completou, com um tom calmo. — Eu via quando você saía do quarto dela de manhã. E, honestamente, nunca me preocupei. Porque você era o único que ela deixava chegar tão perto. e ela é da familia e sabemos que você é de responsabilidade.Fernando riu baixo, balançando a cabeça.— E o Seu Pietro? Acha que a Cecília não sabe que é você que paga o tratamento de
Fellipo voltou para o apartamento, mas a conversa com Leonardo e Fernando ecoava na cabeça dele como um eco interminável. Ele se jogou no sofá, as luzes apagadas, encarando o teto enquanto as palavras se misturavam com os gritos de Cecília que ele já ouvira em tantas noites de desespero."Eu te odeio, Fellipo! Por que você tá fazendo isso comigo?"A voz dela pulsava como uma lâmina. Ele fechava os olhos, mas a imagem dela chorando insistia em aparecer, junto com a lembrança da promessa que fez à mãe."Você é igual ao seu pai. Um dia, vai machucar quem você ama."Ele se encolheu no sofá, levando as mãos à cabeça.— Eu não sou ele... — murmurou para si mesmo, mas as palavras soavam fracas, sem peso.As cenas se atropelavam. A mãe encolhida no chão do banheiro, chorando enquanto esfregava o próprio corpo porque o pai disse que ela estava "imunda". Ele, com 10 anos, estendendo uma toalha pra ela, prometendo que nunca faria isso com ninguém.Mas, então, ele lembrava de Cecília fugindo dele.
Fellipo nem percebeu que tinha pegado o carro. depois da ligação .A voz da enfermeira ainda ecoava na cabeça dele, distorcida, como se estivesse longe:— Hoje foi difícil... Seu Pietro não a reconheceu. Chamou Cecília pelo nome da mãe dela , depois nem isso falou que ela era uma estranha. Ela ficou arrasada, mas disse que estava tudo bem.Ele não pensou. Só dirigiu. O corpo no piloto automático, o coração esmagando o peito como se quisesse arrancar uma parte dele para sempre ele sabia que ela precisava dele.Quando se deu conta, estava parado diante da mansão. As mãos tremiam no volante. Ele nem desligou o carro direito — só saiu, deixando a porta aberta, subindo os degraus com passos pesados. passou pelo corredor que ligava a casa anexa a mansão sem cumprimentar ninguém A porta do quarto de Cecília rangeu quando ela abriu. Os olhos dela estavam vermelhos, inchados. O rosto pálido, o corpo pequeno dentro de um moletom largo demais. Thor estava deitado aos pés da cama, mas quando viu
Fellipo tragou o cigarro com força, sentindo a fumaça rasgar a garganta, mas a dor física era nada comparada à tempestade dentro dele. As palavras de Seu Pietro martelavam em sua cabeça: "Espero que ela encontre alguém que a ame de verdade... que cuide dela quando eu não estiver mais aqui."Ele já cuidava. Sempre cuidou. Mas escondido, nas sombras, como se o amor que sentia fosse algo sujo, indigno , pecaminoso.Ele jogou a bituca longe, esfregando o rosto com as mãos. O céu começava a clarear, tingido de tons alaranjados. Nem percebeu que ficou a noite inteira ali, parado no jardim da mansão, com os pensamentos dilacerando cada pedaço dele.Quando voltou para o carro, tirou o celular do bolso e assistiu ao vídeo de Seu Pietro outra vez. E outra. E outra. Até o peito doer tanto que ele quase vomitou.Sem pensar muito, mandou a gravação para Fernando, junto com uma mensagem curta:"Se eu morrer antes de consertar a merda que fiz, entrega isso pra Cecília. SÓ MANDA SE ACONTECER ALGUMA CO
A voz da mãe dele ecoava, cortante como lâmina:— Você é igual ao seu pai... vai destruir qualquer mulher que te amar.Ele fechou os olhos, tentando afastar a lembrança. Mas era impossível.Ele lembrava do pai gritando com a mãe por ela ter engordado depois da gravidez. Lembrava dela chorando no espelho, tentando esconder as marcas de cansaço. Lembrava dela dizendo que o amor machucava, que amar era sinônimo de sofrimento. Lembrava dela se cortando, depois das brigas. e de uns tempos pra cá vem lembrando do pai e isso não é bom.E agora, Cecília estava ali, frágil e quebrada, e tudo dentro dele gritava que ele era a faca. Que ele era o corte que ia acabar de destruí-la.— Eu... eu não devia estar aqui — ele murmurou, soltando a mão dela como se queimasse.Cecília franziu a testa, confusa.— O que você tá falando? — ela sussurrou, a voz embargada.Ele se levantou num rompante, andando pelo quarto como um animal enjaulado. Passou as mãos pelos cabelos, respirando fundo, o peito s
Nos dias que seguiram à conversa com Leonardo e Fernando, Fellipo começou a se levantar das próprias cinzas. Ainda era difícil, ainda doía, mas agora ele tinha um propósito: reconquistar Cecília E FAZER TUDO QUE O PAI NÃO VARIA PARA A ESPOSA.Ele voltou a treinar, voltou a se alimentar direito. Reduziu as missões mais sangrentas e passou a delegar mais. Sabia que não dava pra carregar a Trindade inteiro nas costas enquanto tentava juntar os cacos do próprio coração.Mas Cecília... ela não facilitava.Ela mantinha a distância, respondia de maneira educada, mas fria. As palavras eram medidas, os olhares fugiam, e Thor — mesmo já aceitando carinho dele novamente — parecia ficar na defensiva quando estavam perto dela. Era como se o cachorro entendesse que Cecília ainda estava magoada.Fellipo tentava se aproximar com delicadeza, sem invadir o espaço dela. Deixava pequenos gestos falarem por ele. Começou a enviar flores para o quarto dela, mas sem bilhete. Pagava pelas coisas que ela gostav
Depois que a festa acabou e a mansão foi ficando silenciosa, cada rastro de alegria se dissipando com o cair da noite, Fellipo se viu parado no jardim, olhando para os balões que ainda balançavam no vento. Os funcionários recolhiam as mesas, Fernando ajudava Leonardo a levar os últimos presentes para dentro, e Cecília... Cecília subiu para o quarto sem sequer olhar para ele.Ele ficou ali por um tempo, a brisa bagunçando seus cabelos, o cheiro doce dos doces ainda no ar. Os dedos apertavam o copo vazio com tanta força que o plástico rangia, mas ele não se importava. Sentia-se oco, como se toda a energia tivesse sido sugada ao vê-la rir com todos, menos com ele.Depois de um tempo, Fernando se aproximou, limpando as mãos com um pano.— Tá se martirizando aí por quê? — perguntou, com aquele jeito direto de sempre. — Achou que ela ia te perdoar só porque você tá indo na terapia?Fellipo riu, um som seco e sem humor.— Nem sei se eu quero que ela me perdoe.Fernando franziu a testa, confus