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O carro de Fellipo parou diante do portão do condomínio. Cecília, com a mão sobre o ventre, segurava a pasta com os registros do ultrassom — as imagens de suas quatro meninas que, cada vez mais, ganhavam forma, traços, vida. Ele estendeu a mão e a apertou com carinho.— “Preparada pra descansar um pouco?” — perguntou com um sorriso cansado, mas amoroso.— “Mais ou menos… estou estranhamente animada.” — ela respondeu, achando graça da própria agitação.🍼Quando atravessaram a entrada da casa, foram surpreendidos por uma explosão de tons de rosa.Balões dançavam presos a arcos decorativos. Uma mesa longa estava posta com toalhas floridas em tons suaves de rosa antigo, rosa bebê e branco. No centro, um bolo imenso em camadas, decorado com quatro bonequinhas de pasta americana, todas vestidas como pequenas bailarinas, com saias de tule e laços nas cabeças.Samara apareceu radiante, com um sorriso orgulhoso.— “Surpresa! Bem-vindos ao chá de fraldas das quadrigêmeas Colombo!”🍼Cecília levo
A casa já estava silenciosa, envolta por uma penumbra suave e acolhedora. O chá de fraldas deixara Cecília radiante, mas também com o corpo e a alma sensíveis — e nada era mais reconfortante do que estar ali, no quarto onde a magia deles sempre acontecia.Fellipo fechou a porta com calma, seus olhos indo direto para ela. Cecília estava de costas, tirando os últimos enfeites do cabelo, usando apenas uma camisola fina de cetim claro que marcava com delicadeza suas curvas generosas da gestação. A barriga, redonda e linda, parecia brilhar sob a luz do abajur.Ele se aproximou em silêncio, e quando suas mãos tocaram a cintura dela, um arrepio percorreu os dois.— "Você está deslumbrante..." — sussurrou no ouvido dela, sua voz rouca de desejo. — "A mulher mais linda que eu já vi... e é minha."Cecília sorriu e se virou devagar, os olhos encontrando os dele com uma intensidade que dizia tudo.— "Sou sua. E quero tudo de você, essa noite..."Fellipo a beijou com paixão, profunda e quente, como
A sessão de cinema já havia terminado, mas ninguém tinha pressa de sair dali. Pietro se manteve confortável em seu canto, ainda com um leve sorriso no rosto. Cecília estava aninhada no sofá com a barriga bem à mostra por conta da camisola fresquinha e confortável que usava, enquanto Fellipo fazia carinhos circulares na pele esticada pela presença de quatro pequenas guerreiras.Foi quando o som da porta sendo aberta ecoou pelo corredor. Em poucos segundos, Fernando apareceu com um sorrisão no rosto e oito potes de sorvete equilibrados nos braços, como se fosse o Papai Noel do verão.— “Trouxe reforço!” — anunciou, triunfante. — “Sorvetes! Com chocolate, pedaços de morango, e tem um que é só de Nutella com crocante de amêndoas.”Cecília arregalou os olhos, já quase sentando na pontinha do sofá.— “Fernando, eu te amo!” — ela disse com a maior sinceridade do mundo, arrancando gargalhadas de Fellipo e do próprio Fernando.— “Sabia que você ia dizer isso,” ele brincou, já caminhando até a c
O sol já tinha começado a se esconder, tingindo o céu com tons de dourado e lilás, quando Fellipo puxou delicadamente Cecília para um abraço apertado no meio da sala, cercado pela família ainda rindo da cena do Lorenzo. Ele beijou sua testa com doçura, deslizou os dedos pela lateral do rosto dela e sussurrou ao pé do ouvido:— “Meu amor… a noite é nossa. Vai até a suíte, se arruma com calma. Quero te ver ainda mais linda, se é que isso é possível.”Fez uma pausa, sorrindo. — “Vou para o quarto de hóspedes me arrumar também. Nos encontramos no jardim, ok?”Cecília, com os olhos brilhando, assentiu com um sorriso apaixonado.— “Você sempre me surpreende… meu Subchefe romântico.”— “Sempre farei isso, minha rainha. Você merece o melhor do mundo.”Eles trocaram um beijo lento, cheio de ternura e promessas silenciosas. Ele acariciou a barriga dela antes de se afastar, falando com as meninas com aquele tom leve e protetor:— “Cuidem da mamãe, minhas bailarinas. O papai já volta.”Cecília su
O céu ainda tinha tons alaranjados quando Cecília despertou. A luz suave filtrava pelas frestas da cortina, e o som dos passarinhos anunciava o novo dia. A barriga, já bem crescida, tornava difícil encontrar uma posição confortável para dormir — as meninas estavam agitadas, como se também sentissem a vida pulsando forte.Ela suspirou, passou a mão carinhosa sobre o ventre e sorriu, mesmo com sono.— “Bom dia, minhas bailarinas… mamãe não dormiu muito, mas já vai dar um jeitinho.”Com cuidado, levantou-se da cama sem acordar Fellipo, que dormia profundamente, depois da noite emocional que haviam vivido. O rosto dele, sereno, a fez sorrir ainda mais. Ela ajeitou o cobertor sobre ele e foi até a cozinha com passos silenciosos.Lá, se deixou envolver pela rotina que tanto amava. Enquanto colocava a água pra ferver e separava os ingredientes, seus pensamentos estavam nas pessoas que amava. Sabia que, em poucas horas, a casa estaria cheia de novo. A Trindade sempre acabava se reunindo ali,
Fellipo 38 anos nasceu com o destino traçado dentro da máfia, e isso nunca o incomodou — pelo contrário, ele amava a vida que levava. A adrenalina de caçar traidores ou inimigos o fazia se sentir vivo, e ver o medo nos olhos de suas vítimas lhe trazia uma satisfação sombria. Filho do antigo subchefe, ele cresceu sob a sombra de um pai que era um exemplo de liderança e perfeição na máfia, mas um marido cruel e destrutivo em casa.O pai de Fellipo humilhava a esposa constantemente, comparando-a com prostitutas, menosprezando sua aparência e minando sua autoestima. A mãe de Fellipo, desesperada para agradar o marido, fez inúmeras cirurgias plásticas, tentando alcançar um padrão impossível, mas nada era suficiente para conquistar o respeito ou o amor dele. Aos poucos, ela foi se tornando apenas uma sombra de si mesma, perdendo a vontade de viver.Fellipo foi a única fonte de conforto da mãe, salvando-a em vários momentos de tentativas de suicídio, implorando para que ela largasse a arma e
Cecília era o tipo de pessoa que iluminava o ambiente sem nem perceber. Meiga, divertida e inteligente, ela tinha uma doçura natural, mas também um jeito forte, moldado pelas dificuldades que enfrentava. O amor pelo pai doente a fazia amadurecer um pouco mais a cada dia, mas ela nunca perdia o brilho nos olhos, especialmente quando estava cercada por duas de suas paixões: os livros de romance e seu fiel companheiro de quatro patas.Sempre que tinha um tempo livre, Cecília se refugiava nas páginas de seus romances favoritos. Gostava das histórias intensas, daquelas que arrancavam suspiros e faziam o coração acelerar. E quando não estava perdida nos livros, era com Thor, seu enorme rottweiler, que ela passava os dias.Apesar da aparência intimidadora, com seu porte robusto e olhar sério, Thor era um verdadeiro amor. Cecília costumava brincar que ele tinha "coração de filhote", pois bastava um carinho para ele deitar de barriga para cima, pedindo mais.— Seu brucutu mimado — ela dizia, r
Após conseguir o emprego como assistente pessoal da esposa do Dom, Cecilia se dedica ao trabalho enquanto continua cuidando do pai doente. Durante o primeiro dia de trabalho na hora de ser apresentada a alta cúpula da TRINDADE, sua chefe descobre sobre a condição de seu pai e, sensibilizada, promete que o Dom providenciaria ajuda para o tratamento. Mais do que isso, ela convida Cecilia a morar na mansão, garantindo que assim seria mais fácil conciliar as responsabilidades profissionais com os cuidados com o pai.após observar a dedicação da jovem e ouvir sua história, a esposa do Dom a chamou para uma conversa. Quando Cecilia contou sobre o Alzheimer do pai e como isso afetava sua rotina, sua chefe ficou visivelmente emocionada. Sem hesitar, prometeu que o Dom providenciaria todo o suporte médico necessário para Pietro e, com carinho, sugeriu que Cecilia fosse morar na mansão. Assim, ela poderia estar sempre perto, tanto do pai quanto do trabalho, sem se desgastar nos deslocamentos.C