OI MENINAS , UMA PÁSCOA ABENÇOADA PRA VOCÊS, QUE DEUS ABENÇOE A CADA UM DE SUAS FAMILIAS , FELIZ PÁSCOA.
Cecília estava sentada no jardim, com uma manta sobre os ombros e uma xícara de chá nas mãos. Os olhos ainda levemente marejados depois da noite anterior. Samara apareceu com Lorenzon no colo, e ao ver a amiga naquele estado, sentou-se ao seu lado com um sorriso suave.— “Você também não conseguiu dormir direito, né?” — Samara perguntou.Cecília balançou a cabeça negativamente, olhando para o horizonte. — “A dor da Isadora tá aqui… grudada em mim. E eu fico pensando que a gente pode fazer mais.”Samara suspirou, balançando Lorenzon que brincava com os dedinhos. — “Eu também pensei nisso. E tive uma ideia...”As duas se entreolharam e, como se lessem o pensamento uma da outra, falaram quase juntas:— “Trazer ela pro condomínio.”Riram, mesmo que fosse um riso leve, quase tímido diante do peso do momento. Samara completou:— “Aqui ela estaria mais segura. Com a gente por perto. E... a casa anexa onde você ficou quando chegou poderia ser o lugar perfeito. Ela teria privacidade, mas também
Já era tarde da noite quando Fellipo chegou. Os olhos cansados pela missão finalizada, os ombros ainda tensos da responsabilidade, mas o coração leve por saber que em casa o esperava sua paz. Sua Cecília.Ela estava deitada na cama, já em meio ao sono, os cabelos espalhados sobre o travesseiro, a camisola marcando de leve o ventre cada vez mais arredondado. Fellipo se despiu silenciosamente, deitando-se ao lado dela. Encostou o rosto entre os fios de cabelo dela, inalando o perfume familiar que o fazia esquecer do mundo lá fora.Mas assim que os braços dele a envolveram, Cecília se virou repentinamente com os olhos bem abertos:— “Amor…” — ela disse, com uma carinha indecifrável. — “Hm?” — ele murmurou, sonolento. — “Me deu vontade de comer brigadeiro… com maçã picada… e cobertura de chocolate quente por cima.”Fellipo arregalou os olhos.— “O quê?! Isso é real? Ou você sonhou?” — “REAL. E é URGENTE.” — ela dizia com uma expressão seríssima, como se fosse questão de vida ou morte
O carro de Fellipo parou diante do portão do condomínio. Cecília, com a mão sobre o ventre, segurava a pasta com os registros do ultrassom — as imagens de suas quatro meninas que, cada vez mais, ganhavam forma, traços, vida. Ele estendeu a mão e a apertou com carinho.— “Preparada pra descansar um pouco?” — perguntou com um sorriso cansado, mas amoroso.— “Mais ou menos… estou estranhamente animada.” — ela respondeu, achando graça da própria agitação.🍼Quando atravessaram a entrada da casa, foram surpreendidos por uma explosão de tons de rosa.Balões dançavam presos a arcos decorativos. Uma mesa longa estava posta com toalhas floridas em tons suaves de rosa antigo, rosa bebê e branco. No centro, um bolo imenso em camadas, decorado com quatro bonequinhas de pasta americana, todas vestidas como pequenas bailarinas, com saias de tule e laços nas cabeças.Samara apareceu radiante, com um sorriso orgulhoso.— “Surpresa! Bem-vindos ao chá de fraldas das quadrigêmeas Colombo!”🍼Cecília levo
A casa já estava silenciosa, envolta por uma penumbra suave e acolhedora. O chá de fraldas deixara Cecília radiante, mas também com o corpo e a alma sensíveis — e nada era mais reconfortante do que estar ali, no quarto onde a magia deles sempre acontecia.Fellipo fechou a porta com calma, seus olhos indo direto para ela. Cecília estava de costas, tirando os últimos enfeites do cabelo, usando apenas uma camisola fina de cetim claro que marcava com delicadeza suas curvas generosas da gestação. A barriga, redonda e linda, parecia brilhar sob a luz do abajur.Ele se aproximou em silêncio, e quando suas mãos tocaram a cintura dela, um arrepio percorreu os dois.— "Você está deslumbrante..." — sussurrou no ouvido dela, sua voz rouca de desejo. — "A mulher mais linda que eu já vi... e é minha."Cecília sorriu e se virou devagar, os olhos encontrando os dele com uma intensidade que dizia tudo.— "Sou sua. E quero tudo de você, essa noite..."Fellipo a beijou com paixão, profunda e quente, como
A sessão de cinema já havia terminado, mas ninguém tinha pressa de sair dali. Pietro se manteve confortável em seu canto, ainda com um leve sorriso no rosto. Cecília estava aninhada no sofá com a barriga bem à mostra por conta da camisola fresquinha e confortável que usava, enquanto Fellipo fazia carinhos circulares na pele esticada pela presença de quatro pequenas guerreiras.Foi quando o som da porta sendo aberta ecoou pelo corredor. Em poucos segundos, Fernando apareceu com um sorrisão no rosto e oito potes de sorvete equilibrados nos braços, como se fosse o Papai Noel do verão.— “Trouxe reforço!” — anunciou, triunfante. — “Sorvetes! Com chocolate, pedaços de morango, e tem um que é só de Nutella com crocante de amêndoas.”Cecília arregalou os olhos, já quase sentando na pontinha do sofá.— “Fernando, eu te amo!” — ela disse com a maior sinceridade do mundo, arrancando gargalhadas de Fellipo e do próprio Fernando.— “Sabia que você ia dizer isso,” ele brincou, já caminhando até a c
O sol já tinha começado a se esconder, tingindo o céu com tons de dourado e lilás, quando Fellipo puxou delicadamente Cecília para um abraço apertado no meio da sala, cercado pela família ainda rindo da cena do Lorenzo. Ele beijou sua testa com doçura, deslizou os dedos pela lateral do rosto dela e sussurrou ao pé do ouvido:— “Meu amor… a noite é nossa. Vai até a suíte, se arruma com calma. Quero te ver ainda mais linda, se é que isso é possível.”Fez uma pausa, sorrindo. — “Vou para o quarto de hóspedes me arrumar também. Nos encontramos no jardim, ok?”Cecília, com os olhos brilhando, assentiu com um sorriso apaixonado.— “Você sempre me surpreende… meu Subchefe romântico.”— “Sempre farei isso, minha rainha. Você merece o melhor do mundo.”Eles trocaram um beijo lento, cheio de ternura e promessas silenciosas. Ele acariciou a barriga dela antes de se afastar, falando com as meninas com aquele tom leve e protetor:— “Cuidem da mamãe, minhas bailarinas. O papai já volta.”Cecília su
O céu ainda tinha tons alaranjados quando Cecília despertou. A luz suave filtrava pelas frestas da cortina, e o som dos passarinhos anunciava o novo dia. A barriga, já bem crescida, tornava difícil encontrar uma posição confortável para dormir — as meninas estavam agitadas, como se também sentissem a vida pulsando forte.Ela suspirou, passou a mão carinhosa sobre o ventre e sorriu, mesmo com sono.— “Bom dia, minhas bailarinas… mamãe não dormiu muito, mas já vai dar um jeitinho.”Com cuidado, levantou-se da cama sem acordar Fellipo, que dormia profundamente, depois da noite emocional que haviam vivido. O rosto dele, sereno, a fez sorrir ainda mais. Ela ajeitou o cobertor sobre ele e foi até a cozinha com passos silenciosos.Lá, se deixou envolver pela rotina que tanto amava. Enquanto colocava a água pra ferver e separava os ingredientes, seus pensamentos estavam nas pessoas que amava. Sabia que, em poucas horas, a casa estaria cheia de novo. A Trindade sempre acabava se reunindo ali,
Fellipo 38 anos nasceu com o destino traçado dentro da máfia, e isso nunca o incomodou — pelo contrário, ele amava a vida que levava. A adrenalina de caçar traidores ou inimigos o fazia se sentir vivo, e ver o medo nos olhos de suas vítimas lhe trazia uma satisfação sombria. Filho do antigo subchefe, ele cresceu sob a sombra de um pai que era um exemplo de liderança e perfeição na máfia, mas um marido cruel e destrutivo em casa.O pai de Fellipo humilhava a esposa constantemente, comparando-a com prostitutas, menosprezando sua aparência e minando sua autoestima. A mãe de Fellipo, desesperada para agradar o marido, fez inúmeras cirurgias plásticas, tentando alcançar um padrão impossível, mas nada era suficiente para conquistar o respeito ou o amor dele. Aos poucos, ela foi se tornando apenas uma sombra de si mesma, perdendo a vontade de viver.Fellipo foi a única fonte de conforto da mãe, salvando-a em vários momentos de tentativas de suicídio, implorando para que ela largasse a arma e