CAP-18

Nos dias seguintes, Fellipo virou uma sombra do que já foi.

Ele saía para as missões mais brutais, caçando qualquer um que ousasse atravessar o caminho da Trindade. Se não houvesse inimigos suficientes, ele inventava. Se não houvesse sangue para derramar, ele provocava até que houvesse.

Fernando teve que costurar Fellipo mais vezes, cada corte mais profundo que o outro.

— Qual é o seu problema? — Fernando explodiu uma noite, jogando a agulha na mesa com raiva. — Tá difícil se matar?

Fellipo só riu, com o cigarro pendurado no canto da boca e o sangue escorrendo pelo braço.

— Eu tô me mantendo vivo — respondeu, com uma expressão vazia. — Do meu jeito. por que assim eu penso menos.

Ele não voltava mais para a mansão só as vezes ou no café da manhã ou almoço pegava sua dose diária do perfume dela eia embora. Ficava no apartamento imundo, bebendo até desmaiar, acordando com pesadelos da mãe chorando no banheiro, as palavras cruéis do pai ecoando na mente dele.

E, mesmo assim, o pior de tu
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