TRÊS

ENRICO

Quando vi Nina, depois de tantos anos, a porra do meu coração me traiu. Ele bateu acelerado, tirando-me de mim. Foi um inferno me manter na minha zona de conforto. Não permitir que sentimentos que foderam minha vida voltassem. Cada movimento que ela fazia em minha direção, parecia estar em câmera lenta. A minha vontade era correr e me perder em seus braços, agir como o idiota que fui quando me envolvi com ela. "Nina. Enrico." Foi o que dissemos. Sem perceber disse que estava com saudade, as palavras saltaram de minha boca. Ela foi agressiva em sua resposta, como se ela tivesse razão. Foi bom porque me fez lembrar de quem ela é.

No hotel, fiz um esforço para não ser enganado outra vez por sua aparência angelical. Estar face a face com ela, fodeu com tudo que planejei para nosso encontro. Precisei ficar um pouco distante e colocar a porra do meu fodido cérebro no lugar. Levantei-me e preparei outra dose de uísque, para não fazer merda. Não sei que ideia foi essa de trazê-la ao quarto que estou hospedado.

Depois disso, vi que vai ser mais difícil do que eu pensava viver com ela, não posso, de maneira alguma, perder o foco, cair mais uma vez nas suas armadilhas.

O que meu pai não sabe, e ninguém sequer suspeita, que o motivo maior de enfim eu ter cedido ao pedido do Lorenzo, de retornar para minha terra natal, não é apenas para me vingar da diaba em forma de anjo, mas também do principal articulador, o cabeça, o responsável por eu e minha família termos sido expulsos da proteção da família Mancinni.

Durante todos esses anos, não engoli a história contada por aqueles soldados, que foram eles que planejaram tudo, a mando do maledetto Salvatore. Don Guiseppe fez o que tinha que ser feito, depois que Lorenzo descobriu que tudo se tratava de uma armação contra a minha família, os torturou e executou, mas nada me tirava da cabeça que tinha o dedo de alguém do alto escalão.

Cheguei a suspeitar do Enzo e do Pietro. Sentia tanta raiva, que pensei que poderia ser um dos dois, pois ambos poderiam muito bem almejar o cargo de consigliere que meu pai exercia.

Com o passar do tempo, a raiva que sentia dos Mancinni foi se dissipando, meu pai martelava todos os dias na minha cabeça que eles agiram corretamente, que tudo estava contra ele. Depois de tanto refletir, percebi o quanto Don Guiseppe foi complacente, já o vi  tirar a vida de homens que fizeram muito menos. Naquele momento para ele meu pai era um traidor e, mesmo assim, não o executou, apenas o baniu da nossa terra e suspendeu a proteção da famiglia.

Infelizmente não pude participar da guerra contra o maledetto Salvatore. Don Lorenzo pediu para que acabássemos com os mafiosos que serviam ao Salvatore aqui em Nova Iorque. Não foi tão difícil como a guerra travada na Itália, pois eles eram uma máfia menor e seu poderio inferior ao nosso.

Consegui com alguns policiais que fazem parte da nossa folha de pagamento, que eles fechassem o prostíbulo que Salvatore abriu na antiga casa da esposa do Lorenzo. Ele a devolveu, mas ela resolveu vender. Por falar em Perla, a sua fama ecoa nos quatros cantos. A poderosa chefona é respeitada por todos. A conheci em seu casamento, sua aparência não condiz com tudo que já ouvi sobre ela, porém, aprendi na pele como aparência engana. Nina sempre teve a aparência doce, sempre foi meiga, e não passa de uma diaba com cara de anjo.

Ela é a única Mancinni que não perdoei. Foram anos me dedicando ao amor que sentia, o que recebi como recompensa foi sua traição.

Amanhã é o grande dia, eu e toda minha família estaremos de volta ao lugar que nunca deveríamos ter saído. Pietro me disse que tem uma casa à venda próxima a sua, ele mora na mesma rua que Lorenzo. Inventei uma desculpa, disse que já comprei minha casa, não posso morar perto dos Mancinni, pois pode interferir nos meus planos com a Nina.

— Sono i benvenuti. Sejam bem-vindos.

Somos recebidos com festa. Meu pai e eu estamos no clube, Don Lorenzo organizou uma festa de boas-vindas. Minha mãe está na mansão Mancinni com as mulheres. A festa durou toda noite, meu pai e o senhor Guiseppe parecem estar relembrando os velhos tempos, enquanto Enzo e eu estamos sentados assistindo a uma apresentação de strip-tease, enquanto recebemos um boquete.

Lorenzo foi para casa, provavelmente por causa da sua esposa e filha. Meu amigo e Don lambe o chão que sua esposa pisa. Ele tem sorte de ter uma mulher como a Perla ao seu lado, que arriscou a própria vida para acabar com seu arqui-inimigo, que na época era seu marido.

Uma das meninas que estavam fazendo strip-tease se aproxima de mim completamente nua, coloco seu mamilo em minha boca e chupo, com força. Abro suas pernas e enfio meus dedos nela, três de uma vez. Sua intimidade está mais do que acostumada. A vadia que está de joelhos chupando meu pau, para de chupar e me chama para o quarto. Levo as duas comigo.

Ao entrar no quarto, ambas tiram minha roupa. Me sento na beirada da cama e as duas me chupam, alternando entre as bolas e meu pau. A diaba surge em meus pensamentos, desde a última vez que estive com ela, não sai da minha cabeça. No dia do casamento mal trocamos palavras, assim que acabou a cerimônia, voltei para Nova Iorque.

Pedi que ela me desse a resposta somente quando eu retornasse de vez para Itália. A noite em que a fiz minha vem em meu pensamento, meu pau amolece. Foda-se.

— Chupa direito a porra do meu pau — grito e puxo pelos cabelos a ruiva que está me chupando.

A raiva percorre minhas veias, meu pau fica duro de novo, o empurro com força na garganta da morena, que se engasga.

— Está vendo, porra? É assim que se chupa um pau. Fora daqui.

A ruiva me olha, com pavor, abre a porta e sai correndo.

— Diaba do caralho, vou acabar com você, Nina — resmungo, enquanto fodo a morena de quatro.

Por sua culpa, não acredito no amor. Nunca consegui me envolver com ninguém. Seu castigo vai ser ficar presa a mim. Nunca se apaixonar, ter filhos. Nunca mais foder. Se me trair, te mato.

Estou fodendo com tanta força que a morena grita.

— Foda-se.

Gozo. Ela desaba na cama, descarto minha camisinha, me visto e vou embora. Aquela diaba acabou com minha noite.

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