07

Assim que amanheceu, Elisa olhou em direção à janela, observando os raios de sol por sobre as cortinas. Havia dormido mal, na verdade fazia tempos que não dormia bem. Sua noite era agitada com pesadelos, sonhava com Jaoquim sendo atingido em combate, acordava assustada e angustiada. O pobre do seu irmão talvez nem soubesse da morte dos pais e nem que ela havia sido submetida a este casamento. Também sentia tanta falta dos pais, não tinha vivido o luto da forma apropriada.

Se levantou, pediu à serva que lhe preparasse um banho. Antes que entrassem com os baldes de água quente, precisava fazer o que Manuel havia lhe pedido, era sua única garantia de que ele a deixaria em paz por um tempo.

Logo no desjejum, soube que o clima naquela casa andava de mal a pior. Manuel tinha olheiras, como se também não dormisse a noite toda, foi difícil encará-lo depois do que havia acontecido na noite anterior. Elisa sentia medo daquele homem, o que era terrível, pois precisaria se acostumar a viver ao
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