65 A verdade

Às seis da manhã, no romper da aurora, ela levantou com os olhos inchados e a cabeça doendo. Nas poucas horas que adormeceu, teve terríveis pesadelos.

Após realizar sua higiene matinal, desceu com a alma oprimida pela amargura e pela vergonha. Disposta a revelar a verdade para o irmão, dirigiu-se à mesa de jantar onde o irmão se encontrava com mãe.

“Bom dia!”

Ela cumprimentou abatida com lágrimas genuínas escorrendo pelo canto dos olhos.

Dona Quitéria se levantou e abraçou a filha com preocupação.

“Bibiana, o que aconteceu? Por que acordou assim, filha?”

Raul também se levantou preocupado com a irmã.

Ela secou os olhos com a manga do casaco e murmurou:

“Irmão, preciso falar com você.”

“Pode falar, o que aconteceu?”

“É uma história longa e delicada, pode ser no seu escritório?”

“Bibiana, agora preciso ir à fazenda da família de Felícia. Podemos conversar quando eu voltar?”

“Não, é sobre a morte do seu filho. Você precisa me escutar antes de conversar com Felícia.”

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