― Tudo bem se você não quer se desculpar ― a expressão de Brendan era cruel ― No entanto, espero que você não se arrependa de sua decisão. ― ― Você vai descontar em Sterling, de novo? ― Todo o corpo de Deirdre estava tremendo ― É isso que você pretende fazer?! ― Brendan não planejava fazer isso, mas ficou furioso por ela ter pensado no médico, em primeiro lugar, então ele disse:― Sim! Você pode optar por não se desculpar com ela, mas vou garantir que Sterling esteja nas buscas mais populares e desfrute do melhor tratamento que a imprensa de rapina tem a oferecer. Você vai me agradecer, por isso! ― ‘Brendan é impiedoso. Eu sabia que ele iria me chantagear... Foi Charlene quem me bateu primeiro, mas sou forçada a pedir desculpas. Não há injustiça no mundo de Brendan. É apenas um lugar regado pelo favoritismo.’ Deirdre pensou. Mas, ela já estava acostumada com isso e sabia que tinha situações em que não valia a pena bater o pé, por isso, simplesmente disse:― Tudo bem, vou
Todos, incluindo Sam, sabiam que Charlene havia salvado a vida de Brendan e estavam cientes de sua situação. Por isso, ninguém teria coragem de desafiar o status de Charlene porque ela não poderia ser derrotada. Além disso, ela era vingativa, então qualquer um que a desafiasse estaria condenado. ― Claro... vou conseguir alguém para cuidar de sua ferida primeiro, ou ela vai acabar infeccionando. ― Deirdre forçou um sorriso em seu rosto pálido:― Obrigada, você é muito gentil. ― ― Não por isso. ― Nos dias que se seguiram a liberação de Brendan, ele não apareceu no hospital para ver Deirdre. Entretanto, também não visitou Charlene. Em vez disso, trabalhou no pequeno escritório da mansão, até tarde da noite, antes de subir as escadas e cair na cama de seu quarto. No entanto, ele tinha dificuldade em adormecer. Seu pensamento sempre caía em Deirdre e ele ficava furioso, se perguntando como uma mulher cega e desfigurada era capaz de afetar tanto seu humor.Ele se virou e sai
'Ouvir o outro lado da história?' Brendan ficou atordoado por um momento. Ele nunca se importou com o lado da história de Deirdre porque Charlene nunca mentiria para ele. No entanto... ― Você disse que Charlene fez uma observação provocativa? ― Ele não pôde deixar de levantar uma sobrancelha, porque Charlene nunca havia mencionado isso para ele. Sam assentiu com pressa:― Foi a primeira vez que vi a Senhora McQuenny tão furiosa. Mesmo depois que a contive, a Senhora McKinney continuou provocando, mas não consigo me lembrar dos detalhes. ― ― Obrigado, Sam ― Brendan suspirou e disse ― você pode ir para casa e descansar. Ficarei aqui. ― ― Obrigado, senhor. ― Sam saiu. Brendan olhou para a mulher deitada na cama e pensou nas palavras de Sam, sobre Charlene ter feito comentários tão maldosos que foram capazes de despertar a fúria de Deirdre. Curioso, ele se perguntou o que Charlene havia dito e por que Deirdre não havia mencionado nada. Ele estava chateado quando entrou n
― Eu não lembro direito... Estava muito confusa na hora. Acredito que me queimei acidentalmente, tateando onde não deveria. ― ― Você está mentindo! ― Brendan apertou a mandíbula de Deirdre. Ele conhecia a jovem tão bem que sabia que, inconscientemente, ela abaixava a cabeça para evitá-lo toda vez que mentia ― Se você não disser a verdade, não me culpe por responsabilizar Sam. ― Deirdre respirou fundo, fechou os olhos e os abriu novamente:― Charlene fez isso. Você está satisfeito? ― Brendan assumiu uma expressão de nojo, assim que ela disse isso:― Deirdre, você deve conhecer seus limites, quando estiver tentando incriminar alguém! Charlene esteve comigo o dia todo, no dia 19, então como ela pode ter machucado você!? Você poderia parar de difamar Charlene? ― 'Aqui vamos nós outra vez.' Deirdre queria rir. Ele fez tudo o que pôde para forçá-la a dizer a verdade, mas se recusou a acreditar quando a verdade foi dita. Nesse caso, qual era o sentido de ser honesta? ― Esta
― Como não há ferida na mão do paciente? ― A enfermeira foi pega de surpresa ― A mão está ferida sim, e é muito sério. Não é apenas um ferimento simples, está infectado e descarregará pus à noite. É por isso que a mantemos enfaixada. ― ― Infectado? ― Brendan se levantou do assento ― Quando isso aconteceu? ― A enfermeira pensou por um momento:― Na manhã do dia 19. ― Deirdre dizia a verdade. Ela havia sido ferida na manhã do dia 19. Por outro lado, naquela manhã... Brendan não pôde deixar de respirar pesadamente quando a imagem de Charlene aparecendo naquela manhã surgiu em sua mente. Ele cerrou os punhos com força e perguntou ansiosamente:― Como é a ferida!? ― A enfermeira se assustou, mas não teve coragem de não responder. Ela considerou atentamente, por um momento, antes de apontar para as costas da própria mão e dizer:― Está ferido aqui, aqui e aqui. São marcas de perfurações. Em uma delas a carne foi arrancada de sua pele e ela sangrava em profusão. ― ‘Feridas
― Está feito. Eu drenei o pus completamente e é por isso que doeu tanto. Lembre-se de não molhar o curativo e você ficará bem. Quanto à cicatriz, vai depender do seu tipo de pele. ― ― Muito obrigada. ― A enfermeira respondeu sorrindo:― Por nada! ― Ela então saiu, empurrando o carrinho. Assim que a porta foi fechada, a sala ficou tão silenciosa que parecia sufocante. Então, Brendan cerrou os punhos e se preparou para falar, depois de algumas tentativas:― Se você dizia a verdade, por que você não insistiu? ― O olhar de Deirdre estava vazio. Ele zombava, zombava e a humilhava constantemente, sempre que ela fazia um comentário. Se ela fosse se explicar mais, ela sabia que estaria condenada. Enquanto falava, Brendan percebeu que ele estava errado e franziu os lábios finos dizendo:― Deirdre, é muito difícil para mim confiar em você, por causa de sua história de... ― ― Você terminou? Estou cansada e gostaria muito de descansar. ― A jovem se deitou e fechou os olhos.
― Mostre suas mãos! ― Brendan disse, parado na frente da janela. Seu rosto impecável irradiava frieza. Ele falava em um tom privado de sua gentileza anterior. ― O que... o que aconteceu, Bren? ― Charlene estendeu as mãos, com uma risada forçada ― Por que você está falando tão sério? Você está me deixando nervosa. ― Brendan examinou as unhas dela. Fazia apenas dois dias desde o incidente, então suas unhas ainda não tinham crescido muito. Elas eram aparadas em stiletto, o que as deixava afiadas, como as de um gato. Se ela cravasse as unhas na carne de alguém, seria considerado misericordioso para a vítima apenas sofrer as perfurações e não perder pedaços de carne. ― Você fez alguma coisa nas suas unhas? ― Brendan perguntou, com os olhos semicerrados. ― Como? ― Charlene puxou as mãos para trás, com a consciência pesada ― Eu não tenho certeza. Fui na manicure, há dois dias. Talvez elas tenham sido polidas? ― ― Você causou o ferimento nas mãos de Deirdre? ― Todo o sangue fo
― Por que você faria essa pergunta? ― As sobrancelhas afiadas de Brendan estavam bem franzidas e seus olhos estavam cheios de descrença. Deirdre apertou seu cobertor com toda a força. Ela costumava acreditar que Brendan era um homem sem coração e de sangue frio que faria uma coisa dessas com ela. No entanto, agora tinha perdido um pouco dessa convicção. Se Brendan estivesse envolvido naquele incidente, em um esforço para vingar Charlene, por que ele forçaria Charlene a se desculpar com ela? Ele havia sido imparcial com Charlene, exatamente como havia prometido. ― Você só precisa me responder. Sim ou não? ― ― Não. ― Embora Brendan estivesse incrédulo, ele lhe deu uma resposta. Mas, em seguida, zombou dizendo ― É isso que você pensa de mim em seu coração? ― Os pensamentos de Deirdre se tornaram caóticos. Ela só podia se distrair de seus pensamentos para se acalmar, concentrando-se na dor intensa em suas mãos. ― Deirdre, como você pôde pensar isso? Se eu tivesse sequestr