O rosto de Maeve ficou terrivelmente pálido, instantaneamente.― Meu Deus! O que aconteceu com sua mão! ― Ela chamou apressadamente o médico e a enfermeira, mas Deirdre foi sacudida de volta à realidade e cobriu a mão ensanguentada com a outra mão, dizendo, com o olhar abaixado:― Está... está bem. Não se preocupe. ― ― Como você pode dizer que está tudo bem? O curativo está encharcado de sangue! Por que você não se cuida? O que você vai fazer quando eu for embora? ― Maeve estava em pânico e furiosa. O médico veio e examinou Deirdre, apenas para descobrir que sua ferida havia aberto novamente e precisava de novos pontos. O médico franziu a testa profundamente, enquanto avaliava a ferida:― O senhor Brighthall estava muito preocupado que sua mão ficasse com cicatrizes, desde o início. Você precisa de pontos novamente, então certamente vai deixar uma cicatriz. Senhora McQuenny, por favor, peça mais analgésicos se a dor ficar intensa, mas não se machuque mais. ― A mente de
Maeve abaixou a cabeça para verificar a hora e franziu as sobrancelhas.― Já passa das nove... ― ― Você vai embora às dez, não é? ― Certamente seria impossível para Maeve afirmar que estava disposta a se separar de Deirdre. Ela gostava muito da jovem, mas ainda não era a verdadeira mãe e sua própria filha ainda esperava por ela. ― Sim... ― Maeve disse, sorrindo e fingindo um comportamento relaxado. ― Mas é uma coisa boa que vou receber tratamento. Dessa forma, não esquecerei suas histórias de infância, da próxima vez. Deirdre abriu um sorriso e demorou a responder. Então, fechou os olhos e disse:― Mãe, por favor, me chame pelo meu nome, mais uma vez? ― Maeve parecia um pouco hesitante.― Dee Dee? ― Uma lágrima rolou do canto do olho de Deirdre.― Obrigada. ― Maeve estendeu a mão para enxugar as lágrimas de Deirdre e, depois de também derramar algumas lágrimas, foi embora. Deirdre não a despediu porque não tinha condições para isso. No dia anterior, acredito
Deirdre não respondeu, mas continuou falando sobre o assunto.― Você tirou a casa onde minha mãe estava hospedada e a deixou ser levada para algum hospital psiquiátrico desconhecido, para ser punida. Ela tinha 40 anos, mas foi forçada a comer comida estragada e apanhar. Eu não tive escolha a não ser me submeter, depois de ver o quão cruel você era... ― As pupilas de Brendan se contraíram abruptamente e ele se sentiu incrédulo. ― Pera aí! Do que você está falando? Eu realmente a despejei da casa onde residia, mas nunca ordenei ou permiti que fosse levada para algum hospital psiquiátrico de má qualidade. Você está fazendo alguma confusão? ― ― Eu estou fazendo confusão? ― As lágrimas escorriam continuamente pelo rosto de Deirdre. A cena ainda assombrara seus pesadelos, por incontáveis noites. Sua mãe costumava ser uma mulher orgulhosa quando era jovem, mas foi tratada como um animal, depois de ter sido levada para o hospício. Deirdre ainda enxergava e viu com os próprios olhos
Deirdre começou a rir, enquanto chorava.― Brendan, você me considera uma idiota, certo? Eu acredito que você está maravilhado em seu coração, sobre como foi capaz de me contar uma mentira absurda e me fez ficar todo esse tempo hipnotizada nesse mundinho de mentiras. ―A jovem sentiu uma dor intensa na garganta, fez uma careta e voltou a falar: ― Ontem à noite... Você me disse que eu ainda tinha você. Você estava zombando de mim? Por outro lado, acreditei em você como uma imbecil! ― ― Não! ― O rosto de Brendan estava lívido de dor. Mas, o empresário se opôs com tanta força que o sangue voltou a escorrer de seu ferimento. Ele sentiu o fluxo quente de sangue sem fim na palma da mão. Brendan sentia medo, mas não era medo de sangrar até a morte. Era medo de que Deirdre sofresse um colapso emocional. ― As palavras que eu disse... foram completamente sinceras... Deirdre, me desculpe... ― Ele não tinha mais nada a dizer naquele momento, exceto pedir desculpas e fazer a jovem acr
Chegando alguns minutos depois de Brendan, Sam se deparou com Deirdre parada, com uma faca na mão e Brendan ajoelhado no chão, com o rosto lívido e as mãos cobrindo o abdômen, que sangrava profusamente. ― Senhor Brighthall! ― Ele correu para Brendan com pressa. Percebendo que seria interrompida, Deirdre avançou contra o empresário, mais uma vez, gritando:― Você expiará seu crime, no inferno! ― ― Deirdre! ― Sam rugiu e avançou para parar Deirdre, arrancando a faca da mão da jovem e arremessando o objeto para o outro lado do quarto. Sam estava incrédulo. ― O que você está fazendo? ― ― O que estou fazendo? ― Deirdre levantou a cabeça, para revelar seu rosto, que estava cheio de ódio e lágrimas. ― Estou vingando minha mãe! ― ― Por favor, acalme-se. ― Sam não se importava com nada além do ferimento de Brendan. Era um corte muito profundo e o sangue tinha encharcado metade da camisa do empresário e formava uma poça em seu redor. Com uma expressão de desespero no rosto, o s
Sam sentiu o coração disparar assim que ouviu o que o homem de uniforme azul dizia. Mas, disse com um sorriso lisonjeiro:― O que você quer dizer com tentativa de homicídio? Há algum tipo de mal-entendido? ― O policial disse franzindo a testa:― Você acha que há um mal-entendido quando o cheiro de sangue é tão forte aqui? Você pode impedir as pessoas de fora de falar sobre esta situação? Estou avisando para não interferir na acusação deste crime. Deirdre é suspeita de crime e vamos levá-la para a delegacia para interrogatório, agora mesmo! ― Ao dizer isso, o homem examinou a mulher sentada no chão e notou que seu rosto desfigurado correspondia totalmente ao relatório policial. Ele não fez mais comentários e apenas disse:― Deirdre, você vem conosco! ― O segurança ficou surpreso, mas deu um passo à frente e disse: ― Isso é um mal-entendido, senhor! Isso deve ser um mal-entendido. Alguém foi ferido aqui, de fato, mas definitivamente não foi um crime tão sério quanto tentat
Madame Brighthall ficou extremamente furiosa e se recusou a ouvir a explicação de Sam.― Não, Sam. As coisas são simples. Se você deve dinheiro a alguém, você devolve o dinheiro. Se você tentar matar alguém, você paga com sua vida. Eu não me importo com o que aconteceu entre eles. Já que aquela mulher feriu Brendan, ela merece ser punida! Traga-me o telefone. ― Na delegacia, Deirdre recuperou a consciência quando um balde de água fria foi derramado sobre ela. Ela havia perdido a conta de quanto tempo se passara desde que fora detida. Então, percebeu que as pessoas ao seu redor eram todas criminosas, quando o policial parado à sua frente deu uma ordem, com voz fria.— Venha, agora mesmo. ― Deirdre seguiu o policial e ouviu o barulho de suas algemas, quando foi presa contra a mesa. A voz dominadora do oficial veio de cima dela, quando ele disse:― Deirdre, você sabe qual é a seu crime? Você infringiu a Lei 121 do Código Penal, sobre homicídio doloso. Você será condenado à morte,
― Desculpe. ― Brendan apoiou a testa e disse: ― Eu só estava tentando descobrir o que aconteceu com Deirdre. Afinal, foi minha culpa que a mãe dela morreu. ― ― Como pode ter sido sua culpa? ― Charlene mordeu o lábio inferior com força. ― Foi ela quem se suicidou. Você ia designar alguém para cuidar dela o dia todo? Por outro lado, a Deirdre é muito insensível. Você tratou a mãe dela tão bem e até abriu uma exceção para enterrá-la. ― ― Isso não foi nada. ― Brendan a interrompeu, com as sobrancelhas ainda mais franzidas. ― Se eu não tivesse feito dela seu bode expiatório, Ophelia não teria morrido. ― ― Então, você se arrepende do que fez? ― Charlene estava incrédula e seus lábios tremiam. Brendan estava tão agitado, em seu coração, que não se deu ao trabalho de se explicar. Enquanto isso, Sam entrou na sala com pressa e seus olhos desanimados se iluminaram abruptamente, quando viu que Brendan estava consciente.― Você finalmente acordou, senhor Brighthall! ― ― O que acont