Capítulo 10: Saciando a sede

Os dias se arrastaram desde que Jade encontrou aquela maldita carta vermelha. A raiva queimava em seu peito como brasas incandescentes, sufocando qualquer tentativa de raciocínio lógico. Ela sabia que Viktor não tinha culpa por amar outra pessoa, sabia que não deveria se importar. Mas o nó na garganta não desaparecia, e cada batida de seu coração ecoava a humilhação de descobrir que, por todo esse tempo, ela fora apenas uma peça descartável em um jogo que não entendia completamente.

Por isso, se trancou no quarto.

Ignorou cada batida na porta, cada tentativa de Viktor de se aproximar. Ele insistiu nos primeiros dias, chamando-a com uma paciência quase exasperante. Mas, eventualmente, o silêncio se instalou entre eles como um abismo intransponível. Quando ele parou de chamá-la, Jade percebeu que sua ausência deixava um vazio que não deveria existir.

A única voz que permitiu cruzar aquela barreira foi a de Alfie, o servo de Viktor que lhe salvou do lago congelante.

Ele vinha todas as no
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